FOBIA SOCIAL Transtornos Ansiosos e Transtornos Fóbicos FEAD - Centro de Estudos Administrativos Trabalho apresentado a disciplina de Psicodiagnóstico. Grupo: Aparecida Mendes Cristiane Passos Érika Renata Gabriela Campos Gleiciane Ávila Marcela Marçal Outubro/2010 Nádia Alvarenga Ansiedade Sentimento vago e desagradável de medo, apreensão, caracterizado por tensão ou desconforto derivado de antecipação de perigo, de algo desconhecido ou estranho. Passa a ser reconhecida como patológica quando é exagerada, desproporcional em relação ao estímulo e interfere com a qualidade de vida, o conforto emocional ou o desempenho diário do indivíduo. Ansiedade Em algumas circunstancias, a ansiedade pode ser uma coisa boa porque serve como um impulso ou motivador. A maneira prática de se diferenciar ansiedade normal de ansiedade patológica é basicamente avaliar se a reação ansiosa é de curta duração, autolimitada e relacionada ao estímulo do momento ou não. Ansiedade Segundo HOLMES (?), a ansiedade está presente em muitos tipos de comportamento anormal. Sendo nos transtornos de ansiedade, o sintoma principal ou a causa de outros sintomas. Holmes ainda cita alguns sintomas presentes no transtorno de ansiedade como: Ansiedade Sintomas de Humor: tensão, pânico e apreensão. Sintomas Cognitivos: apreensão, preocupação, ruminação e distrabilidade. Ansiedade Sintomas Somáticos - divididos em dois grupos: Sintomas imediatos – refletem o alto nível de estimulação do sistema nervoso autônomo: suor, boca seca, respiração curta, pulso rápido, aumento de pressão sanguínea, sensações do tipo latejo na cabeça, sensações do tipo latejo na cabeça, sensações de tensão muscular e hiperventilação. Ansiedade Sintomas Motores: nestes é comum que os indivíduos ansiosos exibam impaciência, inquietação, atividade motora sem objetivo como movimentos rápidos com os dedos dos pés e respostas de susto exageradas a ruído súbito. Estados de Ansiedade Transtorno do Pânico: Envolve breves períodos de ansiedade espontânea excepcionalmente intensa, duram apenas alguns minutos, e sua ocorrência é imprevisível. Parecem “vir do nada” e podem ate mesmo começar durante o sono (ataque de pânico noturno). Além de sentimentos psicológicos intensos de apreensão, medo e terror, o indivíduo experimenta sintomas físicos que podem incluir respiração curta, palpitações cardíacas, dores no peito, sensações de asfixia ou sufocação, tontura, sentimentos de irrealidade, formigamento das extremidades, calafrios e calores, suor, fraqueza e tremor. Estados de Ansiedade Transtorno de Ansiedade Generalizada: Caracteriza-se por sintomas ansioso excessivos, na maior parte dos dias, pelo menos seis meses em diferentes atividades e eventos da vida, não sendo pensamentos repetitivos sobre o mesmo tema, mas preocupações constantes que mudam o tema e geram ansiedade, onde a pessoa considera ser difícil controlar a preocupação e ansiedade, vivendo angustiada, nervosa ou irritada. Podem apresentar sintomas como cansaço, dificuldade de concentração, tensão muscular e alterações do sono. Estados de Ansiedade Transtorno de Estresse Pós-Traumático: O principal sintoma do transtorno é a reexperiência de um evento traumático. Os eventos traumáticos que precipitam este transtorno são extremos, incluindo desastres naturais, desastres acidentais e desastres deliberados como guerras, tortura, campos de concentração, estupro, assaltos. Além da reexperiencia há muitas vezes um entorpecimento de responsividade geral ou envolvimento reduzido com o mundo externo. Os sintomas incluem hiperalerteza, problemas com o sono, culpa em relação a sobreviver quando outros não sobreviveram, problemas de concentração, evitação de atividades que suscitam memórias do evento traumático e estimulação intensificada quando da exposição a eventos que simbolizam ou se assemelham ao evento traumático. Estados de Ansiedade Transtorno Obsessivo-Compulsivo: Envolve obsessões ou compulsões recorrentes ou ambas. Obsessões e preocupações, ambos envolvem pensamento perseverativo. A preocupação está relacionada a experiências cotidianas e a obsessões giram em torno de um tópico singular. A compulsão é um comportamento de um modo estereotipada, sem sentido e ineficaz. O individuo a irracionalidade do comportamento, mas se torna tenso e ansioso se o comportamento não for desempenhado. Estados de Ansiedade Transtorno do Estresse Agudo: Trata-se de um transtorno novo que fez aparição no DSM-IV e envolve um período de ansiedade intensa com duração de aproximadamente um mês ou menos. Esta ansiedade poderia se originar de algum fator situacional transitório, como um desastre natural ou experiência pessoal. Diferença entre ansiedade e fobia Os estados de ansiedade diferem dos transtornos fóbicos no sentido em que, nos estados de ansiedade, a resposta emocional é difusa e não relacionada a qualquer situação ou estímulo particular. Fobias As fobias são medos irracionais e persistentes de um objeto, atividade ou situação específicos. Elas envolvem medos que não tem justificativa na realidade. Um aspecto importante do medo fóbico é que o indivíduo está consciente da irracionalidade do medo, mas ao mesmo tempo não pode simplesmente parar de senti-lo. O conhecimento da realidade da situação é importante porque distingue um indivíduo com fobia de um indivíduo com delírio. Fobias Ainda segundo Holmes, os transtornos de ansiedade podem ser divididos em fóbicos e estados de ansiedade, para ele podem ser identificados três tipos de transtornos fóbicos que são: Fobias Agorafobia – envolve medo de lugares públicos, onde a fuga pode parecer difícil. Fobias sociais – medo de situações sociais nas quais o individuo poderá ser submetido a criticas. Fobias especificas – explicam todos os outros medos irracionais como, medo de lugares pequenos, animais, tempestades, altura, etc... Ansiedade Normal x Anormal Em muitos casos a ansiedade é uma resposta normal, adaptada e positiva, como um impulso que aumenta os nossos esforços e desempenho. Devemos considerar três fatores para fazermos a distinção entre ansiedade normal e anormal. Sendo o primeiro o nível de ansiedade, o segundo a justificativa para a ansiedade e o terceiro as conseqüências, pois se a ansiedade traz conseqüências negativas ela é anormal. Características Demográficas Os transtornos de ansiedade tendem ser mais diagnosticados em mulheres do que em homens. Há evidencias de que pelo menos entre as mulheres, a prevalência de medos em todos os níveis, de suave a intenso, parece diminuir com idade. Alguns dados sugerem que agorafobia e fobia específica são mais prevalentes em indivíduos com baixa escolaridade. A prevalência é influencia também pelo local onde a pessoa vive devido a maior ou menor exposição ao estresse. Ansiedade-Traço x Ansiedade-Estado Quando falamos de um individuo ansioso, é importante esclarecer se a estimulação é um traço crônico ou um estado breve e passageiro. Ansiedade-Traço Ansiedade-Estado Característica duradoura do indivíduo que transcede as fronteiras de lugar e tempo. É limitado a um momento ou situação particular. Indivíduos ansiosos a despeito de onde eles estão ou do que eles estão Os indivíduos ficam ansiosos apenas em situações particulares fazendo Ansiedade Cognitiva X Ansiedade Somática: A ansiedade também pode ser subdividida em termos dos tipos de sintomas que os indivíduos experimentam. E podem influenciar aspectos diferentes do comportamento. Sendo importante também para desenvolver um plano de tratamento. Ansiedade cognitiva Ansiedade somática Sintomas: Preocupações, sentimentos de pressão, frustração e preocupações sobre fracasso. Sintomas: Sentir fisicamente “apertado” e inquieto e ter uma freqüência cardíaca rápida e perturbações estomacais. Critérios diagnósticos do DSM-IV para a Fobia Social A. Um medo acentuado e persistente de uma ou mais situações sociais ou de desempenho em que a pessoa se encontra exposta a desconhecidos ou á possível avaliação por outras pessoas. O individuo teme comportar-se de maneira humilhante ou embaraçosa (ou mostrar sintomas de ansiedade). Nota: em crianças, deve haver evidências de capacidade para relacionamentos sociais adequados à idade com pessoas que lhe são familiares se a ansiedade deve ocorrer em contextos que envolvam seus pares, não apenas em interações com adultos. Critérios diagnósticos do DSM-IV para a Fobia Social B. A exposição ás situações sociais temidas quase sempre provoca ansiedade, que pode assumir a forma de uma ataque de pânico situacional. Nota: em crianças, a ansiedade pode ser expressa por choro, raiva , irritabilidade ou afastamento de situações sociais com pessoas desconhecidas. C. A pessoa reconhece que o medo excessivo ou irracional. Nota: em crianças, essa característica pode estar ausente. Critérios diagnósticos do DSM-IV para a Fobia Social D. As situações sociais ou de desempenho são evitadas ou enfrentadas com muita ansiedade ou desconforto. E. A esquiva, a ansiedade antecipatória ou o desconforto nas situações sociais ou de desempenho interferem significamente na rotina, no funcionamento ocupacional( acadêmico) das atividades sociais ou no relacionamento do individuo, ou existe sofrimento acentuado pela fobia. Critérios diagnósticos do DSM-IV para a Fobia Social F. Em indivíduos com idade inferior a 18 anos, o transtorno deve ter uma duração de , pelo menos, 6 meses. G. O temor ou a esquiva não se devem aos efeitos diretos de uma substância( por exemplo, droga de abuso, medicamento), ou de a uma condição médica geral e não são mais bem explicados por outro transtorno mental( por exemplo, transtorno de pânico com ou sem agorafobia, transtorno de ansiedade de separação, transtorno dismórfico corporal, um transtorno de desenvolvimento ou transtorno esquizóide de personalidade). Critérios diagnósticos do DSM-IV para a Fobia Social H. Na presença de uma condição médica geral ou de outro transtorno mental, o medo no descrito no critério A não tem relação com ele; por exemplo, o medo não diz respeito à tartamudez, tremer na doença de Parkinson ou exibir um comportamento alimentar anormal na anorexia nervosa ou na bulimia nervosa. Especificar generalizada, quando o individuo teme a maioria das situações sociais (considerar também o diagnóstico adicional de transtorno de personalidade evitativa). Psicodiagnóstico Entrevistas