Berenice Nery Larissa Di Genova Marcos Roberto de Oliveira Nalva de Fátima Rayara Brandão O sentimento de indignação através da perspectiva Construtivista Piagetiana Trabalho Apresentado na Disciplina Psicologia da Educação III ministrada pela Profª.Drª Luciene Tognetta Universidade Estatual Paulista Julho de Mesquita Filho Faculdade de Ciências e Letras Campus Araraquara Junho - 2015 Apresentação. Neste trabalho será abordado a respeito do sentimento de indignação através da perspectiva construtivista piagetiana, com base nos textos lidos ao longo do semestre na disciplina de Psicologia da Educação III. Em busca por pesquisas empíricas buscamos compreender o que seria o sentimento de indignação, através de perguntas: como se dá esse sentimento no individuo? Será que se indignar é ruim? Pelo que estudamos na teoria de Piaget, não, e é com base a esses estudos, um grupo composto por cinco alunos todos, estudantes do curso de Pedagogia do segundo ano, partimos em busca de melhor entender esse sentimento humano e sua relação com o ambiente sociomoral que a escola precisa construir para que valores morais como a justiça sejam construídos com os alunos. Introdução. O sentimento de indignação é expresso como uma manifestação humana de descontentamento, através de palavras ou atitudes, variando de intensidade conforme o nível de indignação do indivíduo. A indignação surge como uma reação espontânea a presença de um ato de injustiça, ofensa ou revolta, praticado diretamente contra uma pessoa ou sentida por empatia a alguém que sofreu um tratamento considerado incorreto. A indignação é um sentimento moral que está completamente ligada à vergonha. Quem sente vergonha moral está indignado consigo próprio e posteriormente revela que existe um valor nesse individuo, isto é, esse valor moral seria a sensação de satisfação por ter realizado uma tarefa com êxito ou culpa por ser desrespeitoso. Exemplo disso, as indagações do tipo: “Quem eu sou de ter traído a confiança de alguém?”. Se temos um aluno com um sentimento de indignação quando acontece algo em que um valor moral esteja em jogo, isso significa que este aluno tem um valor moral, logo, não podemos assemelhar indignação à algo ruim. Ou seja, nós, educadores não devemos matar esse sentimento nos nossos alunos. O desenvolvimento cognitivo, afetivo, moral estão sempre juntos, como lembra Piaget (1932). Piaget explica que quando uma pessoa só interioriza uma regra que é dada pelo professor, a criança apenas obedece sem saber discernir se a regra é boa ou não por si própria. Piaget comprovou que o desenvolvimento moral se constrói em três tendências, sendo estes: anomia: quando a criança esta fora do universo moral, a segunda tendência sendo justamente quando se dá a entrada no universo moral, chamada de heteronomia que basicamente seu significado está apoiado no respeito pela autoridade e pela obediência. Essa tendência de heteronomia só é então superada pela fase de autonomia onde a legitimação da moral não se dá mais pelo respeito à autoridade em questão e sim pelo contrato, pelo respeito mutuo, pelas relações de reciprocidade. Dessa forma, estudamos que a moral é sempre construída, e as crianças, por volta dos três, quatro anos de idade começam a nos pedir regras e percebemos isso claramente quando eles nos perguntam perguntas do tipo: “isso pode, isso não pode?”. Nessa tendência de heteronomia a regulação vem do outro e é uma regulação externa, pois essa moral obedece a regras seguindo determinados comportamentos que dependem praticamente das situações ambientais das relações com as pessoas. Através dos textos estudados, pudemos analisar que uma das características da heteronomia é que a regra não é justificada pela necessidade dela existir e sim pela autoridade de quem a coloca. Com o tempo essa heteronomia precisa ser substituída pela autonomia moral, mas isso não tem idade fixa para ocorrer, podemos ser heterônomos pelo resto da vida, se não houver a possibilidade do individuo poder desenvolver seus sentimentos morais A moralidade depende muito dos instrumentos intelectuais que vão permitir raciocinar por hipóteses, perceber as consequências das nossas ações não só para um indivíduo mas em relação à sociedade no seu todo. Pesquisas nacionais e internacionais (ARAÚJO, 1993; DEVRIES e ZAN, 1998; VINHA, 2000 e 2003; TOGNETTA, 2003) mostram que as escolas sempre interferem na formação moral das crianças e jovens. Quanto mais o ambiente oferecido for cooperativo, maior o desenvolvimento da autonomia. Dessa forma: Propõe-se, como objetivo formar pessoas capazes de desenvolver um pensamento autônomo, com possibilidade de produzir novas ideias e capazes de avanços científicos e culturais, enfim sociais. A formação não deve limitar-se aos aspectos científicos culturais, mas também a tudo que concerne relações interpessoais. É necessário que estas ultimas sejam objeto de reflexão e transformação. (Assis, C. M; MANTOVANI DE ASSIS, p. 161). Para Piaget o desenvolvimento cognitivo, afetivo e moral estão sempre juntos, sendo que, esse desenvolvimento necessita de desequilíbrios, mas para que isso ocorra é necessário que os indivíduos possam ter possibilidades de rever as suas próprias hipóteses, pensar sobre as normas, rever as relações e que se questionem os valores que têm. Mas para isso, é preciso que tenham abertura para discutir nas escolas; como em qualquer meio na sociedade é necessário que haja a troca de perspectivas para gerar o desequilíbrio para que todos nos possamos rever nossas próprias ações. Infelizmente, o que temos visto nas escolas é justamente o contrário as escolas dão tudo pronto e não permite que o aluno pense a respeito de suas próprias dificuldades. Os estudos têm mostrado que há uma relação direta entre o desenvolvimento moral do professor com o desenvolvimento moral do aluno. Foi comprovado por GALEGO (2006) que o processo de desenvolvimento moral do professor influencia as interações sociais que estabelecem com os alunos adolescentes. Segundo a autora: Chegamos à conclusão de que o processo de desenvolvimento moral do professor influencia seu modo de se relacionar com seus alunos, tornando o mais ou menos relevante em termos de desenvolvimento moral dos jovens. Tal processo inclui não apenas suas relações familiares, mas sua formação continuada reflexões e ações significativas ao longo de sua vida, inclusive com seus alunos. Percebemos que professores que viveram em seu desenvolvimento relações de autonomia e tiveram a oportunidade de refletir de ter um contato mais amplo com o conhecimento tende a ser mais descentrados e ter o desenvolvimento do aluno como um valor importante. Assim, esses professores tendem a apresentar mais indicadores de que estabelecem relações significativas em termos de desenvolvimento moral com seus alunos. (GALLEGO, 2006, p. 149-150). Sabemos o quanto é necessário trabalhar o desenvolvimento moral de nossos alunos, para que eles possam se indignar e consequentemente expressar seus valores de uma forma que o respeito pela reciprocidade faça sentido a eles. Mas infelizmente estudos têm mostrado o quanto falta ainda isso em nossas escolas, o quanto infelizmente ainda não é dado valor nos sentimentos, nos valores dentro das escolas. Constata-se que raramente a educação apresenta ao aluno a moral como objeto de estudo e reflexão. Deseja-se que os alunos ajam moralmente, mas não se abrem espaços para que haja a reflexão sobre as ações, sobre os princípios e as normas, sobre os valores e sentimentos que nos movem... Portanto, considerando que a transmissão direta de conhecimentos é pouco eficaz para fazer com que os valores morais sejam eficazes. É, necessário procedimentos que favoreçam a apropriação racional das normas e valores, o autoconhecimento e o conhecimento do outro, a identificação e expressão dos sentimentos, a aprendizagem de formas mais justas e eficazes de resolver conflitos e, conseqüentemente, o desenvolvimento da autonomia. (TOGNETTA & VINHA, 2008, p. 10). É necessário ter um ambiente cooperativo nas escolas que permita o desenvolvimento moral de todos. Mas para isso é necessário ter a busca do professor por novos conhecimentos. A inserção do desenvolvimento moral, o reconhecimento dos sentimentos são temas importantes para o currículo escolar. Inúmeros estudos comprovam que para se chegar a autonomia é preciso existir uma participação ativa da criança na construção da sua própria moral. E para que isso ocorra o compromisso precisa ser coletivo, só assim, alcançaremos a autonomia desejada. Metodologia de nosso trabalho: o que tem causado indignação em nossos jovens? Eles mostram que seus valores são morais? Nós nos baseamos pelo estudo: Valores em crise: o que nos causa indignação? (TOGNETTA, P.R. L; VINHA. P. T., 2009). Fizemos as seguintes perguntas elaboradas para adolescentes de 14 anos: O que te causa indignação dentro da escola? Se você pudesse mudar alguma coisa nela, o que você mudaria? E as classificamos da mesma forma, que na pesquisa citada, sendo da seguinte maneira: Categoria A: característica de certo individualismo: As respostas indicam que o sujeito sente-se indignado com ações que o atingem diretamente, por conseguinte, o outro não está incluso a não ser cometendo uma injustiça contra ele. Resposta: “Não quero mais voltar na escola porque todos me tratam como criança, dizendo o que devo e não devo fazer me mandando seguir regras. Os professores não prestam atenção nas dúvidas da gente e como a gente vai mal às provas nossos pais ficam nos culpando.” (P.Y 14 anos). Resposta: “Existem brincadeiras bobas por parte dos alunos eles se “sentem” os alentões, mas se comportam como crianças. Fico indignada quando isso acontece e pior vivem fazendo brincadeiras com as minhas coisas e por isso que eu acho que a única forma de resolver é expulsando todos esses maus elementos.” (A. S. 14 anos). Resposta: “O que mais me deixa indignado é ter que fazer trabalho em grupo na escola eu não gosto porque tem sempre os folgados que ficam querendo se encostar e sempre acabo tendo que fazer tudo sozinha, isso me deixa com muita raiva, quero e gosto de fazer meus trabalhos, sozinha, porque quando faço sozinha tenho boas notas, ao contrário de quando tenho que fazer em grupo.” (B. V. 16 anos). Categoria B - Característica de um caráter moral restrito e estereotipado: As respostas que traduzem um estereótipo social: não fica clara a relevância das injustiças citadas na fala dos sujeitos fazendo alusão a características comumente vistas seja em suas relações mais próximas, seja produzida culturalmente, como falsidade, vaidade, inveja, falta de gentileza, ganância, futilidade, que não nos permitem afirmar com clareza uma dimensão que inclua o outro no universo de pretensões éticas. Resposta: “Na escola as pessoas se metem demais na minha vida e isso me deixa nervoso, vivem dando opiniões que ninguém pediu tudo é motivo para piada com a mãe da gente, e nem adianta falar para o professor, ele não tá nem aí isso me deixa indignada, mais bem mais quando falam da minha mãe.” (M.A. 15 anos). Resposta: “O que mais me causa indignação na escola são as brincadeiras de mau gosto, principalmente quando inventam apelidos na minha família isso me deixa muito triste e sempre acontece na frente de todo mundo e o que me deixa com mais raiva é que os meus professores veem e ninguém faz nada, por isso é sempre a mesma historia, é por isso que não gosto de vir para a escola.” (K.T. 14 anos). Resposta: “Se tem uma coisa que me irrita na escola é que tudo é motivo para ofender as doninhas da escola dá a hora do intervalo e descem todos zoando as donas que ficam no pátio todo dia é sempre igual, mas elas não escutam, mesmo assim eu fico indignada agora se zoa algum aluno chato já correm fazer algo mais com isso ninguém faz nada” (J. 14 anos). Categoria C - Característica de individuo que desenvolveu um caráter moral e ético: Nessa categoria, portanto, o sujeito já não concebe os valores como restritos aos integrantes de sua comunidade, mas os considera universais, ou seja, válidos para qualquer ser humano independentemente da sociedade, transcendendo assim os valores dominantes da cultura em que vive. Resposta: “Me sinto indignado quando na aula de artes e de educação física alguns dos meus colegas de sala pegam todo o material e não dividem o que obriga a quase todos ficarem sem poder fazer as atividades mais legais.” (P.H. 15 anos). Resposta: “O que me deixa indignado é ver meus colegas pulando o muro da escola para matar aula sendo que a direção poderia muito bem fazer algo para que os alunos gostassem e quisessem ficar na escola e assim estudar para podermos todos juntos ter uma escola melhor e não a que temos hoje” (V. R. 16 anos). Com base nas respostas de aproximadamente 13 alunos que foram entrevistados, o grupo elaborou um gráfico para representar a porcentagem aproximada das respostas, e dividimos estas respostas em suas respectivas categorias, com base no embasamento teórico da pesquisa já citada. Vale citar que os valores descritos no gráfico foram porcentagens aproximadas. Observamos que na maioria das respostas dos alunos encontram-se na categoria A, como descrito no gráfico de aproximadamente 56% são pessoas com características individualistas, em seguida com 33% são as pessoas com um caráter de moral restrito e estereotipado, e por ultimo uma minoria de 11% são as pessoas que desenvolveram um caráter ético e moral. Podemos analisar pela figura o quanto nossos alunos demonstram estar longe da autonomia moral em que se considera a si e ao outro. Faltam oportunidades de discussão dos problemas que os alunos têm, faltam vivências que trabalhem os valores morais. Como o ambiente escolar pode limitar ou estimular a autonomia no aluno? Autonomia para Piaget não significa apenas o simples direito de decidir, mas sim a complexa capacidade do indivíduo tomar decisões tanto no campo moral, quanto no campo intelectual, decisões estas independentes de recompensas ou punições. A partir deste conceito estabelecido por Piaget, o grupo pensou na questão da escola como formadora de indivíduos e de como ela promove ou limita a autonomia em seus alunos. Observou-se nas práticas cotidianas escolares que a maioria dos professores também não desenvolveu ao longo de suas vidas a autonomia e quando não se é autônomo há uma incompatibilidade no processo de se ensinar o outro a ser autônomo. As regras observadas no ambiente escolar acontecem a partir da imposição estabelecida pela visão unilateral dos professores que consideram o processo de aplicar punições uma forma justa de controle. O quadro descrito pelos alunos de uma situação em que um aluno é convidado pelo professor a se retirar da sala de aula por ter descumprido a regra do silencio, por exemplo, é classificada por quem a obedece como uma ameaça comum e corriqueira. Na tentativa de se resolver uma situação de conflito em sala de aula a postura do professor tente a ser impositiva. Esta coação limita a livre autonomia dos alunos, pois é a partir desta intervenção sem dialogo recíproco em que o educador impõe a regra do silêncio sem explicar o motivo da existência desta regra, que a autonomia dos alunos é limitada, pois eles vão apenas interiorizar o que precisa ser feito, sem questionamento algum. Sobre isso, La Taille (1992) afirma “Como a coação impõe, ela não possibilita o desenvolvimento do raciocínio uma vez que aquilo que foi imposto permanece exterior à consciência, permanece apenas uma coisa na qual se acredita” (p. 67). Em muitas atitudes a escola não auxilia no desenvolvimento de autonomia no aluno. O ambiente escolar limita a autonomia quando pune o aluno por uma resposta julgada errada, ou quando o ridiculariza por uma pergunta realizada fora do contexto da aula, as opiniões dos alunos são descartadas publicamente e todo este processo autoritário do professor vai gerando no indivíduo o de medo de expressar o que pensa sobre algo, a inibição da iniciativa de fazer perguntas. Observou-se que as perguntas e respostas feitas na escola, não têm diferenças de pessoa para pessoa, pois para uma resposta julgada errada por ser diferente, sempre há uma que é o padrão estabelecido e seguido pelos demais. As regras escolares na maioria das vezes são estabelecidas apenas para serem obedecidas e não questionadas, são regras estas que iniciam um movimento de alienação no individuo. Retomando o primeiro exemplo, o professor não deveria ter expulsado o aluno por descumprir uma regra estabelecida por ele, o professor deveria intervir de forma a ajudar este aluno a pensar de maneira consciente, fazendo-o se colocar no lugar de quem ele estava atrapalhando e fazendo-o entender que as regras de convivências são essenciais para que ele possa viver em sociedade, ao invés de reprimir a atitude do aluno o professor deveria auxiliar na atividade de pensar na lógica da cooperação. A escola pode colaborar para que o aluno adquira autonomia quando propicia o diálogo e justifica a existências das regras. Diante de uma situação em que o aluno precise cumprir uma regra, o professor deve propiciar ao aluno duas opções, mesmo que as duas sejam sugeridas por ele, o aluno deve desenvolver a capacidade de fazer suas próprias escolhas. “Quando o adulto precisa exercer sua autoridade, ele pode fazê-lo de talmaneira que a criança tenha a possibilidade de agir voluntariamente, construindopara si mesma suas próprias regras morais.” (KAMMI e DEVRIES, 1991, p.31). A escola estimula o pensamento autônomo quando propicia a interação em sala de aula, onde a voz do aluno é ouvida sem julgamentos definidos. A autonomia está diretamente relacionada ao ato de indignar-se, pois a indignação só é possível no individuo que desenvolveu em si a coragem de expor e defender suas opiniões, se tornando único e não uma cópia fiel dos demais. A intervenção do Professor para construção da moralidade do aluno. O aluno não poderá desenvolver o caráter ético e moral se ele é impedido de se expressar, se é submetido a uma realidade aceitação, carregando se de reflexões estereotipadas presentes na sociedade em que vive.Se o professor usa-se de autoridade impondo a disciplina, resulta-se de uma moral baseada na obediência, pela qual levará somente ao conformismo. Um método a ser usado, pode ser uso de jogos coletivos; além da proposta para trazer uma disciplina não consentida, subentende-se então dessa maneira, uma moral que aos poucos vai sendo incorporada por meio da amizade e solidariedade, ou seja, que irá sendo construída, lembrando-se sempre de intervir nas possíveis tentativas de burlar as regras. Deve-se estimular trabalhos em grupo, promover debates interacionistas e provocativos, colocando-se sempre no lugar do outro, observando diferentes perspectivas. Somente tendo a cooperação como base que é possível ser contra a obediência e heteronomia, na busca da construção da liberdade e democracia. Considerações finais. Em virtude dos fatos mencionados, concluímos que a Indignação irá se caracterizar como um sentimento pela qual o indivíduo apresentará seu desenvolvimento não apenas cognitivo, mas também moral e afetivo. A pesquisa realizada pelo grupo teve por finalidade apresentar como essas questões morais estão trabalhadas com os alunos, sem se esquecer de como devem ser aperfeiçoadas e difundidas, procurando levar sempre em consideração o ambiente escolar onde se é inserida. Com todos esses aspectos, os resultados nos mostraram índices em que a indignação aponta para um caráter individualista, raramente expressando uma razão coletiva. Após a análise, entendemos que o papel da escola se encontra em desenvolver trabalhos e formas para que exista o desenvolvimento não focando somente no aprendizado de conteúdo, mas também da moral, do sentimento de pertencimento e de coletividade, não permitindo que a indignação desapareça da atmosfera escolar, ao contrário, a escola deve ser o lugar onde possa desenvolvê-la fortemente, para que se alcancem os direitos e a autonomia. Referências: ARAÚJO, U. F. Um estudo da relação entre o ambiente cooperativo e o julgamento moral na criança. Dissertação de mestrado, Faculdade de Educação, Unicamp. Campinas, 1993. Carretero, A.L (e col). Piaget em sala de aula. In MANTOVANI DE ASSIS, O.Z; CAMARGO DE ASSIS, M. Piaget para professores. p. 161. Desenvolvimento do juízo moral e afetividade na teoria de Jean Piaget. IN LA TAILLE; OLIVEIRA, M.K; DANTAS, H. Piaget Vygotsky, Wallon: Teorias psicogenéticas em discussão. 13. Ed. São Paulo: Summus, 1992, p. 47-74. DEVRIES, R.; ZAN, B. 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