USO DE RECURSOS NATURAIS NO DESENVOLVIMENTO DE COMPÓSITOS POLIMÉRICOS.POSSIBILIDADES E LIMITAÇÕES Laura H. Carvalho1 1 - Universidade Federal de Campina Grande – UFCG, Campina Grande – PB, [email protected] Resumo: O desenvolvimento de materiais compósitos utilizando polímeros sintéticos ou naturais e fibras vegetais em substituição a fibras sintéticas convencionais, tem se mostrado uma alternativa viável em vários segmentos industriais, incluindo a indústria automotiva, moveleira e de embalagens. O foco deste trabalho é a valorização de fibras vegetais Brasileiras, através do desenvolvimento de compósitos poliméricos utilizando diversas matrizes poliméricas, de preferência, biodegradáveis. Alguns dos resultados sobre a influência do tipo, teor e modificação das fibras bem como a aditivação dos sistemas nas propriedades dos produtos obtidos são apresentados e discutidos. Palavras-chave: fibras vegetais, compósitos poliméricos,, ecocompósitos, compósitos biodegradáveis, aditivação . USE OF NATURAL RESOURCES ON THE DEVELOPMENT OF POLYMER COMPOSITES: POSSIBILITIES AND LIMITATIONS . Abstract: I The development of composite materials using natural or synthetic polymers and natural fibers to replace conventional synthetic fibers, has proven to be a viable alternative in various industries , including the automotive, furniture and packaging. The focus of this work is the use of Brazilian vegetable fibers , through the development of polymer composites using various polymer matrices , preferably biodegradable ones . Some of the results about the influence of the type , content and modification of the fibers and the use of additives on these systems on the properties of the products obtained are presented and discussed . Keywords: vegetable fibers, polymer composites ,, ecocomposites , biodegradable composites, additives . Introdução O uso de compósitos a base de biopolímeros e fibras vegetais, em substituição a materiais tradicionais, tem se mostrado uma alternativa viável em vários segmentos industriais. Os motivos para este crescimento envolvem tanto o uso racional de recursos naturais, a produção e uso de materiais menos agressivos ao meio-ambiente e a reciclagem de materiais, quanto a razões econômicas e sanções oriundas das novas normas e leis ambientais que se tornaram cada vez mais restritas. Este tipo de preocupação vem norteando a maior parte das pesquisas desenvolvidas no âmbito da UFCG. Alguns dos resultados obtidos nos últimos anos serão apresentados neste trabalho. Histórico No início as pesquisas tratavam de sistemas a base de polímeros termofixos sintéticos reforçados por fibras vegetais de importância regional[1-2]. A escolha dos sistemas baseou-se na disponibilidade, custo e importância regional das fibras e facilidade de processamento da matriz, já que a infra-estrutura laboratorial na UFCG era precária. Efeitos sobre o tipo, teor e tratamento das fibras nas propriedades mecânicas de vários sistemas polímero termofixo/fibras vegetais foram avaliados. Anais do 13º Congresso Brasileiro de Polímeros – Natal, RN – 18 a 22 de outubro de 2015 Posteriormente, fibras vegetais na forma de fios[1-3] e de tecidos tramados e tricotados[4-5] foram utilizadas como reforço em sistemas de matriz termofixa. Os efeitos de tratamentos superficiais destes reforços nas propriedades finais de compósitos de polímero termofixo/fibras vegetais também foram investigados[1-11]. O efeito da hibridização de reforços foi investigado através do uso de tecidos híbridos algodão/sisal, algodão/juta, algodão/rami, sisal/vidro e juta/vidro, confeccionados especificamente para serem utilizados como reforço em compósitos de matriz polimérica[5-8]. Nesses casos, além do tipo e teor de reforço, o efeito da orientação das fibras nas propriedades mecânicas dos compósitos também foi avaliado. Estudos sobre a sorção de água e cinética de sorção de água também foram conduzidos, inclusive com a utilização modelos matemáticos[7,9-10]. A capacitação do grupo de polímeros da UFCG permitiu a ampliação de sua infra-estrutura, de modo que trabalhos também pudessem ser desenvolvidos com matrizes termoplásticas. A partir daí, estudos sobre os efeitos de diferentes fibras vegetais curtas – sisal, babaçu, fibra de madeira – nas propriedades de compósitos de matrizes termoplásticas sintéticas processados por extrusão e moldados por injeção e compressão puderam ser realizados. Nestes casos foram investigados os efeitos do tipo e teor de fibras, das variáveis de processo, de tratamentos das fibras e da hibridização dos reforços, nas propriedades de sistemas diversos[11-17]. Estudos sobre o envelhecimento térmico e higrotérmico desses sistemas também foram conduzidos [7-17,23]. Dentre os estudos mais interessantes conduzidos pelo grupo inclui-se: (a) o desenvolvimento de uma metodologia capaz de produzir compósitos de matriz termoplástica multicamadas, consolidados por compressão de lâminas, reforçados por fibras vegetais orientadas e alinhadas[2] e (b) a produção de pás eólicas reforçadas por: (i) fibras de juta e (ii) por reforços híbridos juta/vidro que apresentaram bom desempenho mecânico e durabilidade em uso[9]. Mais recentemente, estudos sobre materiais compósitos utilizando matrizes termoplásticas biodegradáveis como Ecobrás, PHB e Ecoflex e cargas vegetais como casca de arroz, babaçu e sisal foram desenvolvidos e estudos sobre a biodegradação e estabilização desses sistemas durante o processamento ganharam impulso.[18-22]- Os principais resultados e conclusões desses estudos serão apresentados. Metodologia Compósitos termofixos foram moldados por espalmagem ou por compressão enquanto no processamento de compósitos com matrizes termoplásticas foram utilizados misturadores internos, extrusoras mono e dupla rosca, injetoras e uma variedade de equipamentos auxiliares (moinhos, estufas, prensas, secador de resina, etc). Todos esses processos foram realizados no Laboratório de Processamento de Polímeros da UAEMa/UFCG. O misturador interno acoplado ao reômetro de torque é o equipamento de pesquisa de processamento fundamental. Nosso laboratório possui dois misturadores: um pequeno e um grande. O pequeno com capacidade de 69 cm3 g e utilizar rotores distintos (roller, sigma ou cam) que impõe diferentes intensidades de mistura ao material. O grande e mais novo, com capacidade de 310 cm3, é equipado com rotores do tipo roller e pode operar até 200 rpm e 400C. Contamos também com uma extrusora monorosca de 20 mm com rosca convencional além de termos desenhado e feito construir roscas com elementos de mistura de desenho próprio. Uma extrusora de dupla rosca entrelaçada cônica contra-rotacional e uma extrusora de dupla rosca corotacional modular de 22 mm e 38 L/D completam os equipamentos de processamento primário disponíveis em nosso laboratório. Testes para processamento com roscas Anais do 13º Congresso Brasileiro de Polímeros – Natal, RN – 18 a 22 de outubro de 2015 configuradas com elementos de mistura não-convencionais e um side feeder que permitem ampliar o tipo e intensidade de mistura fornecida, estão sendo iniciados na extrusora de dupla-rosca corotacional. Para a preparação de filmes dispomos de uma extrusora mono-rosca de bancada (também com rosca padrão e roscas com elementos de mistura) e equipamento para filme plano (processo “chill roll”) e filme soprado. Dispomos de equipamentos para caracterização térmica (DSC, TG, DMA), difração de raios-x (DRX), microscopia eletrônica de varredura (MEV), microscopia ótica (MO), FTIR e força atômica nos Laboratório de Caracterização de Materiais e CERTBIO, ambos da UFCG. As propriedades reológicas (índice de fluidez), mecânicas (ensaios em tração, flexão e impacto, ensaios de dureza) e termomecânicas (deflexão térmica) são avaliadas em amostras moldadas por compressão ou por injeção para estudar o desempenho dos materiais preparados. Ensaios específicos (penetração, termoselagem) são conduzidos em filmes. A absorção de água em amostras moldadas, e a permeabilidade ao vapor de água em filmes são também técnicas utilizadas com frequência. Recentemente colocamos em funcionamento um permeâmetro que nos permitirá avaliar a permeabilidade, difusividade e solubilidade de gases e vapores em filmes. Finalmente temos conduzido ensaios de reprocessamento e envelhecimento acelerado para avaliar a reciclabilidade e durabilidade dos sistemas investigados. Testes de biodegradação e compostagem também são realizados em nossos laboratórios. Conclusões Os trabalhos desenvolvidos envolveram diferentes matrizes e fibras em diferentes formas (curtas, longas, fios, tecidos tramados, tricotados, híbridos) e disposições (aleatória, orientada, seqüência de empilhamento). Apesar de enorme variedade de estudos realizados, algumas afirmações gerais podem ser feitas. Tal como esperado, as propriedades dos compósitos dependem do par polímero/reforço e das interações entre os componentes do sistema. Propriedades nominais mais elevadas são obtidas com matrizes e fibras com propriedades individuais superiores, porém, os sistemas que relativamente mais se beneficiam pela incorporação das fibras vegetais são aqueles de baixo módulo e resistência. O uso de agentes de acoplamento e modificadores de superfície promove a adesão matriz/fibra vegetal. Porém, na nossa experiência, muitas vezes a secagem prévia dos insumos é suficientemente eficiente. Do ponto de vista custo/benefício, o ganho adicional em propriedades alcançado pela modificação superficial da fibra não é economicamente viável na maioria dos casos. A hibridização de reforços provou ser uma forma viável e interessante de se otimizar propriedades de sistemas compósitos já que se aliam diferentes características e mecanismos de reforço. No caso dos sistemas com matrizes biodegradáveis, o principal problema é a baixa estabilidade térmica durante o processamento. O uso de extensores de cadeia permite minimizar esse problema, porém no reprocessamento a extensão de cadeia não é eficaz. A presença de fibras vegetais não chega a comprometer fortemente a estabilidade térmica dos sistemas nem tampouco a sua biodegradação. Agradecimentos Ao CNPQ, FAPESQ, MCT pelo apoio financeiro. À todas as indústrias que ao longo dos anos nos apoiaram, em particular à Braskem, BUN, Cia Textil Castanhal, Brascorda, Corona, MAPA Representações, Fibranatu, Florestas Brasileiras, PHB Industrial, BASF. Aos meus alunos e colegas pelo apoio, dedicação e amizade e sem os quais esses trabalhos não teriam sido realizados. Anais do 13º Congresso Brasileiro de Polímeros – Natal, RN – 18 a 22 de outubro de 2015 Referências Bibliográficas 1. LARANJEIRA, Edilane ; CARVALHO, L. H. ; SILVA, Suedina M L ; D'ALMEIDA, J. R. M. . Influence of fiber orientation on the mechanical properties of polyester/jute composites. 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