Investigadores de Coimbra estudam novos materiais de restauro dentário mais resistentes e duráveis Escrito por CienciaPT 09-SEP-2009 Para resolver o grande problema da durabilidade limitada dos actuais compósitos utilizados nos restauros dentários, devido à enorme sensibilidade à variação da temperatura bucal, a aposta passa por desenvolver compósitos híbridos, incluindo partículas nanométricas, com base em novos polímeros mais resistentes e mais duráveis. Esta é a conclusão de um estudo realizado por uma equipa multidisciplinar das Faculdades de Ciências e Tecnologia (FCTUC) e Medicina FMUC) da Universidade de Coimbra, que pela primeira vez em Portugal, fez a caracterização física e mecânica (a resistência ao desgaste e à fadiga) dos compósitos usados actualmente na reparação de dentes danificados. Durante os últimos cinco anos, os investigadores (de Eng. Mecânica, Eng. Química e Medicina Dentária) realizaram estudos in vitro e in vivo, analisaram o efeito do envelhecimento dos materiais ao longo do tempo - acompanharam a evolução da deterioração ao longo de 3 anos – e desenvolveram técnicas “inexistentes até ao momento em Portugal, que permitem testar e validar novos materiais mais resistentes, mais duráveis e menos sensíveis à variação da temperatura da boca, que é um dos problemas dos compósitos actuais”, informa o coordenador do estudo, Amílcar Ramalho. Durante a investigação, financiada pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT), e que originou 10 artigos científicos publicados em revistas de referência nacionais e internacionais, foi também identificado e estudado um novo material polimérico muito resistente, com reduzida sensibilidade à temperatura da cavidade oral. “Este estudo é essencial para o desenvolvimento de novos materiais com uma longevidade muito maior. Ao desenvolver métodos de ensaios para a caracterização física e mecânica dos materiais adaptados aos mecanismos que ocorrem na boca (variação de Ph, temperatura, carga mecânica, etc), que até aqui não existiam, fornecemos o Know-how necessário para suportar o desenvolvimento de compósitos mais resistentes e com implicações positivas para os utentes”, realça o investigador da FCTUC. http://www.cienciapt.net/pt/index.php?option=com_content&task=view&id=100087&It emid=337