CONGRESO LXV CONGRESSO NACIONAL DE BOTÂNICA BOTÁNICA XXXIV ERBOT - Encontro Regional de Botânicos MG, BA, ES 18 A 24 DE OUTUBRO DE 2014 - SALVADOR - BAHIA - BRASIL Latinoamericano de Botânica na América Latina: conhecimento, interação e difusão INFLUÊNCIA DO MODO DE DISPERSÃO NA DISTRIBUIÇÃO DE PLANTAS NO PARQUE DAS DUNAS – SALVADOR/BA AUTOR(ES):Beatriz Silva Moreira;Rafaela Alexandrino Sacramento; Joisilene de Jesus dos Santos;Patrícia Gonçalves de Lima;Cibele Conceição dos Santos;Marcos Moura Nogueira; INSTITUIÇÃO: Universidade Federal da Bahia A dispersão é um processo chave para a propagação de plantas através da disseminação de sementes, cuja principal influência demográfica advém de processos de limitação relacionado ao número de sementes dispersadas com sucesso e a eficiência do seu agente dispersor. Embora o conhecimento dos mecanismos de dispersão seja essencial para a manutenção das populações e ecossistemas, os estudos sobre a ecologia da dispersão no Nordeste brasileiro são escassos, principalmente em ambientes de restinga. Deste modo, o conhecimento fitossociológico através de estudos das interações de plantas com animais e com fatores abióticos fazem-se necessário para compreensão da estrutura e dinâmica das comunidades sendo importantes para a manutenção e conservação destes ambientes. Diante deste fato, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a influência da dispersão na distribuição de populações de plantas na área de estudo. Foram selecionadas, aleatoriamente, 20 manchas de igual tamanho, sendo 10 em área aberta e 10 em área fechada. Destas, mensurou-se a abundância de duas espécies com diferentes vetores de dispersão: Byrsonima microphylla A. Juss. com dispersão zoocórica e Stilpnopappus scaposus DC. com dispersão anemocórica. Testou-se a diferença na abundância das espécies em áreas de borda e centro das manchas de vegetação utilizando-se o Teste T. A população de S. scaposus apresentou maior abundância em áreas de borda (p= 0,0468) e a população de B. microphylla não apresentou diferença significativa entre áreas de borda e centro das manchas de habitat (p= 0,4902). Sugere-se que a falta de um dossel contínuo, característico de ambientes de restinga, favorece a dispersão por ação do vento, possibilitando o estabelecimento de plantas anemocóricas nas áreas marginais dos fragmentos, o que não é observado nas plantas que se dispersam por ação de animais. Palavras-chave: Dispersão anemocórica, Dispersão zoocórica, Restinga.