Neuro – anatomia Cerebelo!!!!! Equipe 2: Patrícia Santana José Jorge Ester Paixão Raimundo Elisangela Gonçalves CEREBELO Órgão do SN supra-segmentar , deriva da parte dorsal do metencéfalo Fica situado dorsalmente ao bulbo e à ponte, contribuindo para a formação do tecto do IV ventrículos. Repousa sobre a fossa cerebelar do osso occipital e está separado do lobo occipital do cérebro por uma prega da dura-máter denominada tenda do cerebelo. Liga –se à medula e ao bulbo pelo pedúnculo cerebelar inferior e à ponte e mesencéfalo pelos pedúnculos cerebelares médio e superior. No cerebelo chegam milhões de fibras nervosas, trazendo informações de diversos setores do SN, as quais são processadas pelo órgão, através de um complexo sistema de ANATOMIA DO CEREBELO Fica situado na fossa posterior do crânio, dorsalmente em relação ao tronco cerebral , e é formado por uma parte ímpar, mediana, o vérmis, ligado a duas grandes massas laterais, os hemisférios cerebelares. O vérmis é pouco separado dos hemisférios na face superior do cerebelo, o que não ocorre na face inferior, onde dois sulcos bem evidentes o separam das parte laterais. Na superfície do cerebelo, podem-se identificar sulcos de orientação predominantemente transversal, que delimita as folhas do cerebelo. Sulcos mais profundas , as fissuras cerebelares, delimita ,por sua vez , os lóbulos, cada um formando por sua vez, os lóbulos , cada um formando por uma ou várias folhas Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. CEREBELO É constituído por substância branca central, o corpo medular do cerebelo, de onde se irradiam as lâminas brancas do cerebelo, revestidas por uma fina camada de substância cinzenta córtex cerebelar. O corpo medular do cerebelo com as lâminas brancas que dele irradiam, quando vistas em cortes sagitais, receberam o nome de árvore da vida. No interior do corpo medular existem quatro pares de núcleo s de substância cinzenta que são os núcleos centrais do cerebelo: denteado, emboliforme, globoso e fastigial. Pode ser dividido em três lobos separados por duas fissuras: o lobo anterior, o lobo posterior e o lobo flóculo - nodular. (Não tem nenhum significado funcional e sua importância é apenas topo gráfica ). LÓBULOS DO CEREBELO Os lóbulos recebem denominações diferentes no vérmis e nos hemisférios. A cada lóbulo do vérmis correspondem a dois hemisférios. A língula está quase sempre aderida ao véu medular superior. O folium consiste em apenas uma folha do vérmis. Liga-se ao nódulo, lóbulos do vérmis, pelo pedúnculo do flóculo. As tonsilas são bem evidentes na face inferior do cerebelo, projetando-se medialmente sobre a face dorsal do bulbo. CEREBELO Um lobo importante é o flóculo – nodular é a parte ontogeneticamente mais antiga do cerebelo. Situado logo abaixo do ponto em que o pedúnculo cerebelar médio penetra no cerebelo, próximo ao nervo vestíbulo-coclear. A fissura póstero lateral separa o cerebelo em lobo flóculo – nodular,formado pelo flóculo e pelo nódulo e o corpo do cerebelo (lobo posterior), formado pelo resto do órgão. A fissura prima que divide o corpo do cerebelo marca a divisão entre lobo anterior e lobo posterior. Divisão ontogenética [corpo do cerebelo {lobo anterior e lobo posterior}] Divisão ontogenética [ Lobo flóculo – nodular ] FISSURAS X VÉRMIS A DIVISÃO FILOGENÉTICA DO CEREBELO É importante para a compreensão das conexões, funções e lesões do órgão. O cerebelo do homem é formado de três partes: arqui, páleo e neocerebelo. O arquicerebelo corresponde ao lobo flóculo – nodular. O paleocerebelo ao lobo anterior mais pirâmide e a úvula e é predominante vermiano, enquanto o neocerebelo corresponde ao resto do lobo posterior e fica localizado nos hemisférios. Fonte: MACHADO, Ângelo. Neuroanatomia Funcional. Rio de Janeiro/São Paulo: Atheneu, 1991. CEREBELO X CÉREBRO O cerebelo e cérebro são os dois órgão que constituem o SN supra segmentar. Tanto o cerebelo como o cérebro apresentam um córtex que envolve um centro de subst. branca (o centro medular do cérebro e o corpo medular do cerebelo), onde são observadas massas de subst. cinzenta (os núcleos centrais do cerebelo e os núcleos da base do cérebro). A estrutura fina do cérebro é muito mais complexa do que a do cerebelo. O cerebelo difere fundamentalmente do cérebro porque funciona sempre em nível involuntário e inconsciente, sendo sua função exclusivamente motora CÓRTEX CEREBELAR A citoarquitetura do córtex cerebelar, ao contrario da cerebral, é basicamente a mesma em todas folhas e lóbulos. É composto por três camadas: a) Camada molecular; b) Camadas de células de Purkinje; c) Camada granular; A camada molecular é formada principalmente por fibras de direção paralelas e contém tipos de neurônios, as células estreladas e as células em cestos. CÓRTEX CEREBELAR Na camada das células de Purkinje - Os dendritos das células de Purkinje e das células de Golgi tipo II projetam para dentro da camada molecular e um axônios que sai em direção oposta, terminando nos núcleos centrais cerebelo, onde exercem ação inibitória.Esses axônios constituem as únicas fibras eferentes do córtex do cerebelo. As camadas granular é constituída principalmente pelas células granulares ou grânulos do cerebelo , células muito pequenas (as menores do corpo humano) . CEREBELO AS FIBRAS PARALELAS Os axônios das células granulares ascendem também para a camada molecular, onde se bifurcam e correm em paralelo ao eixo maior da folha cerebelar. Na camada granular existe ainda um outro tipo de neurônios, as células de Golgi com ramificações muito amplas. AS FIBRAS EFERENTES Dos núcleos centrais saem as fibras eferentes do cerebelo e neles chegam os axônios das células de Purkinje. CONEXÕES INTRÍNSECAS DO CEREBELO As fibras que penetram no cerebelo se dirigem ao córtex e são dois tipos: fibras musgosas e fibras trepadeiras. As fibras musgosa representam a terminação dos feixes de fibra que penetram no cerebelo e emitem ramos colaterais. As fibras trepadeiras terminam enrolando-se em torno dos dendritos as células de Purkinje e exerce uma potente ação excitadora. Os impulsos nervosos que penetram no cerebelo pelas fibras musgosas ativam sucessivamente os neurônios dos núcleo centrais as células granulares e células de Purkinje inibem os próprios neurônios dos núcleos centrais. Os impulsos excitatórios das fibras musgosas fazem exclusivamente através de suas conexões no glomérulo cerebelar, onde excitam as células granulares, que excitarão as demais células do córtex cerebelar através das fibras paralelas. CONEXÕES INTRÍNSECAS DO CEREBELO As informações chegam ao cerebelo de vários setores do sistema nervoso agem inicialmente sobre os neurônios dos núcleos centrais de onde saem as respostas eferentes do cerebelo. As conexões intrínsecas do cerebelo são mais complexas – O circuito formam união das células granulares com as células de Purkinje pela ação de três células inibidoras: célula de golgi, célula em cesto, células estreladas. Assim como as células de Purkinje essa três células agem através da liberação de ácido grama- amino-butérico (GAMA). A célula granular única célula excitadora do córtex cerebelar, tem como neurotransmissor o GLUTAMATO. NÚCLEOS CENTRAIS DO CEREBELO Os núcleos são: Núcleo Fastigial – localiza-se próximo ao plano mediano, em relação como ponto mais alto do teto do IV ventrículo. Núcleo Denteado – localiza-se mais lateralmente e é o maior dos núcleos centrais do cerebelo assemelha-se ao núcleo olivar inferior. Entre eles se localiza-se os Núcleos Emboliforme e Globoso. São bastante semelhantes : funcional e estrutural , se agrupados sob o nome de núcleo interpósito. Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000. CORPO MEDULAR O corpo medular do cerebelo - é constituído de subst. branca e formado por fibras mielínicas: I. Fibras aferentes ao cerebelo – penetram pelos pedúnculos cerebelares e se dirigem ao córtex onde perdem a bainha de mielina. II. Fibras formadas pelos axônios das células de Purkinjie dirigem –se aos núcleos centrais e, ao sair do córtex, tornam-se mielínicas. Existem poucas fibras de associação no corpo medular do cerebelo. Admitem que essas fibras são ramos colaterais dos axônios das células de Purkinje. CONEXÕES EXTRÍNSECAS DO CEREBELO Ao contrário do cerebelo , o cérebro influencia os neurônios motores de seu próprio lado. Para isso, tanto suas vias aferentes como eferentes, quando não são homolaterais, sofrem um duplo cruzamento, ou seja , vão para o lado oposto e voltam para o mesmo lado. CONEXÕES AFERENTES As fibras aferentes do cerebelo terminam no córtex como fibras trepadeiras ou musgosas. I. As primeiras originam-se no complexo olivar inferior e distribuem-se a todo o cerebelo. II. Na segundas originam-se em três regiões núcleos vestibulares, a medula espinhal e os núcleos pontinos e distribuem-se a áreas especificas do cerebelo. CONEXÕES AFERENTES Fibras aferentes de origem Vestibular – essas fibras chegam ao cerebelo pelo fascículo vestíbulo – cerebelar. Cuja fibras tem origem nos núcleos vestibulares. Trazem informações originadas na parte vestibular do ouvido interno sobre a posição do cabeça, importante para manter o equilíbrio e a postura . Fibras aferentes de origem Pontina – tem origem nos núcleos pontinos, penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar médio, distribuindo ao córtex do neocerebelo. Na via cortico – ponto - cerebelar chegam ao cerebelo informação oriundas do córtex de todos os lobos cerebrais. CONEXÕES AFERENTES Fibras aferentes de origem Medular – essas fibras – pelos tractos espino -cerebelar anterior e posterior, que penetram no cerebelo pelos pedúnculos cerebelares superior e inferior e terminam no córtex do paleocerebelo. o Tracto espino cerebelar posterior – o cerebelo recebe sinais sensoriais originados em receptores somáticos, avalia o grau de contração dos músculos, a tensão nas cápsulas articulares e tendões, assim como as posições e velocidades do movimento das partes do corpo. o Tracto espino cerebelar anterior – são ativadas pelos sinais motores que chegam a medula pelo tracto córtico – espinhal permitindo ao cerebelo avaliar o grau de atividade nesse tracto. CONEXÕES EFERENTES O cerebelo exerce influência sobre os neurônios motores a medula. Situados em áreas do tronco encefálico, do tálamo ou das próprias áreas motoras do córtex cerebral. As fibras eferentes do cerebelo saem dos três núcleos centrais, recebem os axônios das células de Purkinje das três zonas longitudinais do corpo do cerebelo: zona medial,zona intermédia, zona lateral. o Zona medial (Vérmis) – Fazem sinapses nos núcleos fastigiais de onde sai o tracto fastígio bulbar com dois tipos de fibras: fastígio – vestibulares r fastígio – reticulares. O cerebelo exerce sobre os neurônios motores do grupo medial da coluna anterior, os quais controlam a musculatura axial e proximal dos membros, mantêm o equilíbrio e a postura. CONEXÕES EFERENTES o Zona intermédia – Fazem sinapse no núcleo interpósito, de onde saem fibras para o núcleo rubro e para o tálamo do lado oposto. A ação do núcleo interpósito se faz sobre neurônios motores do grupo lateral da coluna anterior que controlam os músculos distais dos membros responsáveis por movimentos delicados. o Zona lateral – Fazem sinapse no núcleo denteado, de onde os impulsos seguem para o tálamo do lado oposto e daí para as áreas motoras do córtex cerebral (via dento –tálamo cortical).O núcleo denteado participa da atividade motora, agindo sobre a musculatura distral, responsável por movimentos delicados. FUNÇÕES DO CEREBELO Manutenção do equilíbrio e da postura – Essa função ocorre pela arquicerebelo e pela zona medial (vérmis) que promove a contração adequada dos músculos axiais e proximais dos membros, a manter o equilíbrio e a postura normal, nas condições que o corpo se desloca. Controle do tônus muscular – Decerebelização é a perda de tônus muscular que é obtida por lesões dos núcleos centrais (denteado e interpósito) mantêm ausência de movimentos. FUNÇÕES DO CEREBELO Controle dos movimentos voluntários – O mecanismo através do qual o cerebelo controla o movimento envolve duas etapas: uma planejamento do movimento e outra de correção do movimento já em execução. Aprendizagem motores – O sistema nervoso aprende a executar as tarefas motoras repetitivas, o que envolve modificações mais ou menos estáveis em circuitos nervosos. CORRELAÇÕES ANATOMOCLÍNICAS: Incoordenação dos movimentos Perda do equilíbrio Diminuição do tônus da musculatura esquelética (hipotonia) APLICAÇÃO CLÍNICA Lesões cerebelares provocam principalmente alterações de coordenação motora. As doenças cerebelares são de natureza variável. Como: Lesões vasculares (infartos ou hemorragias) Lesões granulomatosas (bactérias, fúngicas, parasitárias) Lesões tumorais (astrocintoma) Sinais clínicos de lesões cerebelares: Ataxia( perda de coordenação motora dos membros e tronco), disartria( dificuldade nas articulações das palavras), nistagmo( são movimentos rítmicos dos globos oculares) e hipotonia( diminuição do tônus muscular). APLICAÇÃO CLÍNICA Lesões nos hemisférios cerebelares - manifestam- se nos membros do mesmo lado e dão sintomatologia neocerebelar relacionada à coordenação dos movimentos. Lesões no vérmis cerebelar - manifesta-se por perda de equilíbrio, com alargamento da base de sustentação e alterações na marcha (ataxia). SINDROMES A síndrome cerebelar hemisférica é composta de ataxia e hipotonia das extremidades ipsilaterais. As causas comum são infartos e neoplasias. A síndrome do vérmis anterior consiste em distaxia dos membros inferiores e do tronco, com pouco envolvimento das extremidades superiores, da fala e dos movimentos oculares. A causa é degeneração cerebelar alcoólica crônica. A síndrome do vérmis posterior traz incapacidade da pessoa de manter-se em pé, devido à ataxia severa. Pode ocorre nistagmo. Essa síndrome é mais comum em tumores de vérmis cerebelar, como, por exemplo, ependimomas de quarto ventrículo, meduloblastomas e astrocitomas cerebelares. A síndrome pancerebelar apresenta sintomas como ataxia bilateral de membros superiores e inferiores, de tronco, fala cerebelar, nistagmo e hipotonia generalizada. As causas comuns são doença heredodegenerativas, esclerose múltipla ou intoxicação (por exemplo, intoxicação alcoólica aguda). MANOBRA ÍNDEX - NARIZ MANOBRA DE REBOTE (DE HOLMES) É um dado semiológico bastante útil na constatação de alteração cerebelar em membros superiores Referências Bibliográficas Neuroanatomia Funcional – Ângelo Machado – Atheneu 2ª ed. Neuroanatomia Aplicada – Murilo Meneses – Guanabara 2ª ed. Obrigada!!!!!!