1 UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS MARIANA ANTONIO SARTORI A UTILIZAÇÃO DO SPED COMO MECANISMO DE CONTROLE DE ESTOQUE NAS EMPRESAS COMERCIAIS CRICIÚMA, JUNHO 2010. 2 MARIANA ANTONIO SARTORI A UTILIZAÇÃO DO SPED COMO MECANISMO DE CONTROLE DE ESTOQUE NAS EMPRESAS COMERCIAIS Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito para obtenção do título de Bacharel no curso de Ciências Contábeis, da Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC, tendo como orientador o Professor Esp. Jose Luiz Possolli. CRICIÚMA, JUNHO 2010. 3 MARIANA ANTONIO SARTORI A UTILIZAÇÃO DO SPED COMO MECANISMO DE CONTROLE DE ESTOQUE NAS EMPRESAS COMERCIAIS Trabalho de Conclusão de Curso aprovado pela Banca Examinadora para obtenção do Grau de Bacharel, no Curso de Ciências Contábeis da Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC, com Linha de Pesquisa em Contabilidade Tributária. Criciúma, 14 de Junho de 2010. BANCA EXAMINADORA Professor Esp. Jose Luiz Possolli – Orientador Professor Esp. – Aílton Schuelter Professor Esp. – Fernando Marcos Garcia 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente a Deus. À minha mãe, que há oito anos partiu me deixando a vontade de sempre fazer o melhor, para que onde estiver possa ter orgulho de mim. Às minhas tias que sempre estiveram ao meu lado em momentos tristes e felizes, me apoiando e dando forças para alcançar todos os meus objetivos. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus, por ter me abençoado em toda esta caminhada acadêmica, principalmente no desenvolvimento deste trabalho, por me dar forças em todos os momentos difíceis, e por ser tão presente em minha vida; Ao meu avô, meu irmão Michel e todas as minhas tias, tios e familiares, que tanto me apoiaram para que eu conseguisse concluir este curso; Ao meu noivo, chamado Wendel e junto a ele a família Crescêncio, que sempre estiveram ao meu lado; Ao meu orientador Possolli, pessoa esta que admiro muito, agradeço pelas críticas construtivas, pelo apoio e permanente incentivo; Às minhas amigas: Daiane, Ana Paula Pereira, Ana Paula Gonçalves, Vanessa, Viviane e aos meus amigos Jonas e Rodrigo. A todos os professores deste curso, especialistas que a mim agregaram muito conhecimento. A Domínio Sistemas, pelo incentivo, conhecimento e oportunidade a mim proporcionado. Enfim, a todos que ajudaram direta ou indiretamente com a minha caminhada acadêmica e com a elaboração deste trabalho. 6 Mais importante do que possuir a tecnologia, é fazer bom uso dela. Isso nos torna mais competitivos enquanto profissionais, empresas e nação. Fonte: DUARTE (2009, p. 3). 7 RESUMO SARTORI, Mariana Antonio. A utilização do SPED como mecanismo de controle de estoque nas empresas comerciais. 2010. 70 p. Orientador: Jose Luiz Possolli. Trabalho de Conclusão de Curso de Ciências Contábeis. Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC – SC. Os contribuintes têm como obrigação pagar valores à União, Estados e Municípios. Estes são chamados de tributos, sendo assim, foram criadas as obrigações acessórias para demonstrar o quanto eles devem recolher ao fisco. Destas obrigações, existem os informativos e as declarações. Por meio destas o fisco exige várias informações. Devido a falta de padronização dos dados solicitados, uma vez que várias obrigações são solicitadas em linguagem diversa pelos governos federal, estaduais e municipais, não é possível ter uma fiscalização eficiente, sendo que as empresas têm um retrabalho. Em busca de uma solução, o governo implementou o projeto SPED – Sistema Público de Escrituração Digital, que altera a forma do cumprimento das obrigações, substituindo a emissão de notas, documentos contábeis e fiscais de papel por documento digital. O SPED tem com subprojetos principais a NF-e - Nota Fiscal Eletronica, ECD - Escrituração Contábil Digital e a EFD – Escrituração Fiscal Digital. Esta nova forma de comunicação com o fisco, se destaca não somente pela forma de gerar as obrigações fiscais acessórias, mas também pelo detalhamento das informações solicitadas. Em uma organização existe vários dados pertinentes à fiscalização. Destes o SPED solicita um grande número de informações do controle de estoque, sendo que sua composição vai da emissão da nota fiscal, com a movimentação dos estoques, ao saldo final do Inventário. Desta forma, este trabalho tem como objetivo principal, demonstrar os dados solicitados pelo fisco, por meio dos subprojetos NF-e e EFD, focado no controle de estoque, a fim de demonstrar o detalhamento das informações exigidas. Sendo assim, utilizou-se de uma pesquisa bibliográfica qualitativa no levantamento de dados em livros e na legislação vigente, de forma exploratória a fim de proporcionar maior familiaridade com o problema. Sendo possível, desta forma, verificar as principais informações dos produtos exigidos na emissão da NF-e e os dados solicitados das movimentações dos estoques na EFD, concluindo assim, os objetivos proposto neste. Palavras-chave: Controle de Estoque, Escrituração Fiscal Digital, Nota Fiscal Eletrônica. 8 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Quadro 1: Método de Avaliação de Custo Médio ............................................. 22 Figura 1: Estrutura SPED ................................................................................. 29 Quadro 2: Método de Avaliação do PEPS........................................................ 23 Figura 2: Processo da NF-e ............................................................................. 38 Quadro 3: Método de Avaliação do Ueps ........................................................ 24 Figura 3: Arquitetura de Comunicação ............................................................. 39 Quadro 4: Principais objetivos do SPED .......................................................... 28 Figura 4: Modalidades de Emissão de NF-e .................................................... 40 Quadro 5: Autoridades Certificadoras ICP-Brasil ............................................. 31 Figura 5: Processo de transmissão do SPED .................................................. 48 Quadro 6 : Processamento NF-e...................................................................... 35 Figura 6: Hierarquia dos Registros no EFD. ..................................................... 49 Quadro 7 : Blocos de Informações da NF-e. .................................................... 41 Quadro 8 : Composição Chave de Acesso....................................................... 42 Quadro 9: Blocos da Escrituração Digital ......................................................... 50 Quadro 10: Exemplo (discriminações permitidas para os itens)....................... 55 Quadro 11: Tipos de Item. ................................................................................ 56 Quadro 12: CST-ICMS, Código da Situação Tributária do ICMS. .................... 59 Quadro 13: CST- IPI, Código da Situação Tributária do IPI. ............................ 58 Quadro 14: CST- PIS/COFINS, Cód. da Sit. Tributária do PIS e COFINS ....... 59 Quadro 15: Indicador de Posse do Item. .......................................................... 61 9 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AIDF - Autorização de impressão de documento fiscal CFOP – Código Fiscal de Operação e Prestação COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social CPF – Cadastro de Pessoas Físicas CAE - Código de Atividade Econômica CNAE - Classificação Nacional de Atividades Econômicas CST – Código de situação Tributária CT-e - Conhecimento de Transporte Eletrônico DACON – Demonstrativo de Apuração de Contribuições Sociais DANFE – Documento Auxiliar à Nota Fiscal Eletrônica DCTF – Declaração de Débitos e Créditos Tributários Federais DIME – Declaração do ICMS e do Movimento Econômico DPEC - Declaração Prévia de Emissão em Contingência EFD – Escrituração Fiscal Digital ENAT – Encontro Nacional de Administradores Tributários FS - Formulário de Segurança GIA – Guia de Informação e Apuração do ICMS IBPT - Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e sobre Prestação de Serviços IN – Instrução Normativa IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados ITI - Instituto Nacional de Tecnologia da Informação ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza Kb - Kilobyte NCM - Nomenclatura Comum do Mercosul NF-e – Nota Fiscal Eletrônica NFS-e - Nota Fiscal de Serviço Eletrônica PAC - Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal PEPS - Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair PIS – Programa de Integração Social PVA – Programa Validador e Assinador 10 RFB – Receita Federal do Brasil RIEX - Registro de Informações de Exportação SCAN - Sistema de Contingência do Ambiente Nacional SRF - Secretaria da Receita Federal SPED – Sistema Público de Escrituração Digital TIPI - Tabela de Incidência do Imposto de Produtos Industrializados UEPS - Último a Entrar, Primeiro a Sair 11 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 13 1.1 Tema e Problema ..................................................................................... 13 1.2 Objetivos da Pesquisa ............................................................................. 14 1.3 Justificativa .............................................................................................. 15 1.4 Metodologia .............................................................................................. 16 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .................................................................... 17 2.1 Controles de Estoque .............................................................................. 17 2.1.1 Tipos de Estoques ................................................................................. 18 2.1.1.1 Matérias – Primas ............................................................................... 18 2.1.1.2 Produtos em Elaboração.................................................................... 19 2.1.1.3 Produtos Acabados ............................................................................ 19 2.1.1.4 Mercadorias Para Revenda ................................................................ 20 2.1.1.5 Peças de Manutenção ........................................................................ 20 2.1.2 Funções do Controle de Estoque ....................................................... 20 2.1.3 Avaliação de Estoques ........................................................................ 21 2.1.3.1 Custo Médio ........................................................................................ 22 2.1.3.2 FIFO ou PEPS...................................................................................... 23 2.1.3.3 LIFO ou UEPS ..................................................................................... 24 2.1.4 Informatização do Controle de Estoque .............................................. 25 2.2 SPED – Sistema Público de Escrituração Digital .................................. 27 2.2.1 Objetivos do SPED ................................................................................ 28 2.2.2 Certificado Digital .................................................................................. 30 2.2.3 Escrituração Contábil Digital – ECD .................................................... 32 2.2.4 Nota Fiscal Eletrônica – NF-e ............................................................... 34 2.2.4.1 Obrigatoriedade .................................................................................. 35 2.2.4.2 Processamento da NF-e ..................................................................... 37 2.2.4.3 Contingência ....................................................................................... 39 2.2.4.4 Características da NF-e ...................................................................... 41 2.2.4.5 Documento Auxiliar à Nota Fiscal Eletrônica – DANFE .................. 43 2.2.5 Escrituração Fiscal Digital - EFD.......................................................... 44 2.2.5.1 Obrigatoriedade .................................................................................. 45 12 2.2.5.2 Processamento da EFD...................................................................... 47 2.2.5.3 Característica SPED Fiscal ................................................................ 49 3 CONTROLE DE ESTOQUE NO SPED ......................................................... 52 3.1 Controle de Estoque na Escrituração Fiscal Digital - EFD ................... 54 3.1.1 Identificação do Produto ou Serviço ................................................... 54 3.1.1.1 Tipos de Item....................................................................................... 56 3.1.1.2 Códigos Obrigatórios ......................................................................... 56 3.1.2 Movimentação de Itens nas Notas Fiscais .......................................... 57 3.1.2.1 Códigos Obrigatórios e Tributação................................................... 58 3.1.3 Inventário................................................................................................ 60 3.2 Controle de Estoque na Nota Fiscal Eletrônica..................................... 61 3.2.1 Identificação do Produto e Serviço ...................................................... 62 3.2.2 Movimentação do Produto ou Serviço na NF-e .................................. 63 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 65 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 67 ANEXOS .......................................................................................................... 71 13 INTRODUÇÃO Encontram-se dispostos neste capítulo o tema, o problema da pesquisa, bem como descreve-se os objetivos almejados. Na sequência, aborda-se a justificativa, na qual se aponta a importância do tema proposto. Apresenta-se a metodologia que será utilizada, no intuito de responder as questões propostas neste trabalho. Por fim, será abordada a fundamentação teórica do Controle de Estoque, SPED, com seus subprojetos: Escrituração Fiscal Digital, Escrituração Contábil Digital e Nota Fiscal Eletrônica, para que assim possa ser desenvolvida a verificação deste controle nesta obrigação acessória. 1.1 Tema e Problema Com a necessidade de se manterem atuantes no mercado, as empresas têm procurado elaborar normas e processos para salvaguardar os seus ativos. Entre outras preocupações, constata-se que é preciso minimizar as perdas e diminuir os custos que podem ocorrer na atividade da organização. Sendo assim, existem setores de controles internos, com o propósito de inserir na funcionalidade das operações, manejos eficientes para a realização das atividades. Diante disso, pode se observar que o setor responsável pelo controle de estoque tem obrigação de manter-se atualizado, conforme a movimentação dos materiais; pois no ramo comercial, toda entrada e saída deve gerar uma informação, que é gerada dentro de um sistema (software), que emitirá relatórios e demonstrativos dos saldos efetivos no período. Em uma empresa comercial, com grandes movimentações, se faz necessário este tipo de controle, devido ao custo que é gerado em sua atividade, visto que um setor focado nas movimentações do estoque pode gerar informações consideráveis para a tomada de decisões. Atualmente, a exigência fiscal que obriga as empresas ao controle de estoque, é o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED). O informativo SPED na Escrituração Fiscal Digital e na Nota Fiscal Eletrônica, além de exigir a 14 movimentação dos produtos gerados nas notas fiscais, é necessário gerar informações, como os saldos gerados no registro de inventários, sendo todos estes dados detalhados conforme o interesse dos fiscos das unidades federadas e da Receita Federal do Brasil. O governo implantou esta obrigação acessória (SPED), com o propósito de aprimorar os controles das movimentações de bens e serviços de seus contribuintes, aumentando assim a fiscalização, na tentativa de combater a sonegação fiscal. O fato é que a implantação do SPED acarretará nas empresas várias mudanças, como instalação de novos sistemas de informações, controles internos, adequação de profissionais e de processos. Com a necessidade de mudanças para que seja possível a emissão da Nota Fiscal Eletrônica e a geração do SPED Fiscal, devido ao detalhamento exigido, o setor de controle de estoque necessita estar atento às exigências fiscais. Com o intuito de colaborar para uma pesquisa para as empresas comerciais procurar-se-á responder a seguinte questão: Como dar-se-á o controle de estoque nas empresas comerciais com a utilização do SPED, especificamente a escrituração fiscal e na Nota Fiscal Eletrônica? 1.2 Objetivos da Pesquisa O objetivo geral deste trabalho visa demonstrar todas as informações que uma empresa comercial necessita, com o propósito de gerar a Nota Fiscal Eletrônica e o informativo SPED, focado no controle de estoque. Constituem-se objetivos específicos da pesquisa no intuito de chegar ao resultado esperado: descrever os métodos de controle de estoque de uma empresa comercial; demonstrar o SPED, com ênfase na Nota Fiscal Eletrônica e a Escrituração Fiscal Digital; e identificar a estrutura do controle de estoque com utilização do SPED, especificamente a Escrituração Fiscal e a Nota Fiscal Eletrônica. 15 1.3 Justificativa Em meio ao cenário brasileiro atual, os entes tributantes buscam uma fiscalização eficiente, reduzindo desta forma, as possibilidades de sonegação, com o acesso às informações fiscais das empresas. É possível perceber uma mudança considerável nesses processos, devido ao projeto SPED, instituído pelo decreto n° 6.022/07. Este projeto tem a intenção de promover a integração entre os fiscos federal, estaduais e municipais, com o propósito de combater a sonegação fiscal. O governo pretende modernizar todo o processo de escrituração fiscal e recepção das informações. Para isso incluiu outros subprojetos como a Escrituração Fiscal Digital e a Nota Fiscal Eletrônica, todos com o certificado digital, para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, pois assim garantirá a validade jurídica destes documentos. Devido a esta nova obrigação, as mudanças não serão somente tecnológicas, haja vista necessitar de informações precisas e complexas da atividade comercial da organização. Um dos controles de maior relevância é o do estoque, devido ao número de dados contidos no registro de inventário, e no qual se pode conciliar e verificar movimentações geradas no período. Será necessário que as empresas revejam todo o processo do controle de estoques e das informações geradas por seus sistemas de informação, para que possam originar a escrituração digital conforme requer a Receita Federal. Diante do exposto, este trabalho propõe-se a contribuir na prática com o levantamento dos dados necessário à uma empresa comercial, demonstrando as informações pertinentes ao controle de estoque, para que seja possível a emissão da Nota Fiscal Eletrônica e a geração da Escrituração Fiscal Digital. Ressalta-se que a implantação do controle de estoque, conforme a obrigação acessória, é complexa, devido a quantidade de dados necessários, podendo ocasionar alterações significativas no processo de cadastramento, controle e emissão de notas fiscais, refletindo no setor fiscal, que é responsável pela entrega do arquivo da EFD e pelas orientações preliminares. 16 1.4 Metodologia Para a elaboração deste trabalho é necessário estabelecer os procedimentos metodológicos utilizados para o desenvolvimento da pesquisa. Conforme Oliveira(1999. P. 117), “objetiva a pesquisa como uma série de compreensões no sentido de descobrir respostas para questões que existem em todos os ramos do conhecimento humano.” O presente trabalho será desenvolvido em uma pesquisa bibliográfica qualitativa e exploratória. De acordo com Gil (1996), a pesquisa bibliográfica é uma modalidade de pesquisa desenvolvida por meio de trabalhos já publicados, como livros e artigos. Enquanto que a classificação como pesquisa exploratória demonstra, para Gil (1996, p. 45), que ela tem: “[...] como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torná-lo mais explícito ou a construir hipóteses. Pode-se dizer que estas pesquisas têm como objetivo principal o aprimoramento de ideias [...]”. De modo que “as pesquisas descritivas têm como objetivo primordial a descrição das características de determinada população ou fenômeno ou, então, o estabelecimento de relações entre variáveis”. (GIL, 2002, p.45). Desta maneira, esta pesquisa tentará delinear possíveis caminhos para o controle de estoque de uma empresa comercial ao sistema SPED, na emissão da NFe e na geração da EFD. 17 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Este tópico busca fundamentar teoricamente o tema pesquisado, apresentando as características de um controle de estoque como os seus conceitos, tendo o foco na escrituração digital. Além disso, será demonstrado a estrutura das informações prestadas ao SPED na Escrituração Fiscal Digital e na Nota Fiscal Eletrônica, referente ao Controle de Estoque. 2.1 Controles de Estoque Os estoques são materiais utilizados na produção ou para a comercialização, conforme a atividade da empresa. De acordo com Arnold (1999), os estoques são materiais ou suprimentos que a instituição mantém, seja para vender ou como insumo nas produções. Afirma que todas as empresas precisam manter estoques, sendo assim, frequentemente, estes constituem uma parte substancial dos ativos totais. O estoque é necessário no processo de produção e vendas de uma empresa que opere com o mínimo de preocupação. Estes podem ser de matériaprima, produtos em fabricação e produtos acabados. Em uma atividade comercial seriam materiais para revenda. O setor de controle de estoque controla o nível de material e o investimento financeiro envolvido. (Dias, 2009). O controle de estoque é gerado dentro de um planejamento, desde o estágio de matéria-prima até o produto acabado que será vendido. Este ainda tem a função de maximizar o efeito lubrificante no feedback de vendas; sendo assim, deve reduzir o capital investido, pois este tem alto custo e tem uma movimentação contínua. Portanto, quanto maior for o investimento neste, tanto maior será a responsabilidade de cada departamento, a gerência tendo a meta primordial na minimização dos estoques. (Dias, 2009). Conforme podemos verificar, o estoque em uma organização é muito importante, devido ao custo gerado no mesmo e sua representação considerável na organização. 18 Assim, de acordo com Iudícibus e Martins (2008, p.104): No caso de companhias industriais e comerciais, os estoques representam um dos ativos mais importantes do capital circulante e da posição financeira, de forma que sua correta determinação no início e no fim do período contábil é essencial para uma apuração adequada do lucro líquido do exercício. Os estoques são muito importantes para as empresas, pois representam de 20% a 60% dos ativos totais. À medida que estes vão sendo utilizados, seu valor é convertido em dinheiro, que gera o retorno do investimento, mas se o custo de estocagem aumentar, o custo operacional irá reduzir o lucro, sendo assim a boa administração é essencial. (ARNOLD, 1999). Pode-se verificar a importância existente em um controle de estoque de uma empresa, conforme a representatividade que este tem dentro da atividade da organização. 2.1.1 Tipos de Estoques Os estoques são mercadorias, produtos, materiais, mantidos em almoxarifados, dentro das organizações. “Existem diversos tipos ou nomes de estoques. Usualmente, as empresas possuem em sua organização cinco almoxarifados básicos.” (POZO, 2007, p.41). Os próximos tópicos irão descrever estes tipos de estoque: 2.1.1.1 Matérias – Primas São os materiais que sofrem transformação no processo produtivo, sua composição é extremamente diversificada, dependendo do tipo de indústria. Conforme DIAS (1993, p.30), matérias – primas são; [...] materiais básicos e necessários para a produção do produto acabado, seu consumo é proporcional ao volume da produção. Em outras palavras, também podemos dizer que matérias-primas são todos os materiais que são agregados ao produto acabado. Em alguns casos, que uma empresa fabrica produtos complexos com inúmeras partes, o estoque de matérias-primas 19 pode consistir em itens já processados, que foram comprados de outras companhias ou transferidos de outra divisão da mesma empresa. Todas as empresas de atividade industrial tem algum tipo de matériaprima. O volume real deste tipo de estoque depende do tempo de reposição, da frequência de uso e do investimento exigidos e também das características físicas. (DIAS, 1993). É verificado que a matéria-prima é um estoque exclusivo de empresas industriais, e é deste que será gerado o produto acabado. 2.1.1.2 Produtos em Elaboração Este tipo de estoque é gerado antes do produto acabado, este é o item em transformação. Conforme Iudícibus e Martins (2007, p. 106), “Representa a totalidade das matérias-primas já requisitadas que estão em processo de transformação e todas as cargas de custos diretos e indiretos relativos a produção não concluída na data do balanço”. Após o término da fabricação dos produtos, estes são transferidos a produtos acabados, sendo que seu valor é gerado conforme o custo ocorrido em sua produção. (IUDÍCIBUS e MARTINS, 2007). Este é mais um tipo de estoque, encontrado em empresas industriais, devido ao estágio de transformação. 2.1.1.3 Produtos Acabados Este estoque representa os produtos já terminados e oriundos da própria produção da empresa e disponíveis à venda, sendo mantidos em almoxarifados. (IUDÍCIBUS e MARTINS, 2007). De acordo com Dias (1993, p. 31), “O estoque de produtos acabados consiste em itens que já foram produzidos, mas ainda não foram vendidos...” 20 Após a fabricação do produto, o mesmo ganha o nome de produto acabado, sendo assim, é embalado e repassado ao cliente. 2.1.1.4 Mercadorias Para Revenda Este tipo de estoque é normal em empresas comerciais, não existindo nenhuma relação com a industrialização. Conforme Iudícibus e Martins (2007, p. 106) “Engloba todos os produtos adquiridos de terceiros para revenda, que não sofrem nenhum processo de transformação na empresa.” Esta mercadoria, por ter objetivo de revenda e ser adquirido de terceiros, não pode ser confundida com produto acabado. 2.1.1.5 Peças de Manutenção Este estoque é considerado como uma prevenção, servindo para a manutenção das máquinas e equipamentos. Em algumas empresas o cuidado gerado com este tipo de estoque é o mesmo que se deve ter com a matéria – prima, pois a falta de uma peça pode parar a produção, tendo um custo do equipamento ocioso, gerando assim vários outros fatores negativos. (DIAS, 1993). Mesmo sendo um tipo de estoque para manutenção, este pode ser encontrado em vários tipos de atividades, conforme a necessidade da empresa. 2.1.2 Funções do Controle de Estoque O controle de estoque, dentro de uma organização, tem a função geral de minimizar os custos gerados na movimentação de sua atividade. 21 Conforme Dias (1993, p. 29), são as seguintes as funções principais: a) determinar “o que” deve permanecer em estoque. Número de itens; b) determinar “quando” se devem reabastecer os estoques. Periodicidade; c) determinar “quanto” de estoque será necessário para um período predeterminado; d) acionar o departamento de compra para executar aquisição de estoque; e) receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades; f) controlar os estoques em termos de quantidade e valor e fornecer informações sobre a posição do estoque; g) manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados; e h) identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados. Existe a preocupação com os problemas quantitativos e financeiros dos materiais, gerando a necessidade de controlar os estoques para uma boa administração, existindo assim, a função de minimizar os riscos do processo produtivo. (POZO, 2007). A movimentação de materiais gera gastos que podem afetar o capital de giro da empresa. O controle de estoque tem a função de minimizar a possibilidade de estes gastos refletirem de forma negativa no caixa da organização, gerando assim um resultado insatisfatório da atividade exercida. 2.1.3 Avaliação de Estoques Na gestão de estoque, além de ter-se a preocupação com a quantidade, busca-se também a redução constante dos valores monetários destes, atento a não prejudicar as disponibilidades quando existe demanda. Este controle, mesmo não sendo administrativo, é de suma importância para a empresa, pois este pode causar sérios danos quando representa um valor elevado nos ativos. Uma atividade importante dentro deste meio é prever o valor do estoque dos períodos junto ao planejamento, para a tomada de decisões, este é chamado de avaliações de estoque. (POZO, 2007). Conforme Pozo (2007, p.87), esta avaliação tem como objetivos: a) assegurar que o capital imobilizado em estoques seja o mínimo possível. b) assegurar que estejam de acordo com a política da empresa. c) Garantir que a valorização do estoque reflita exatamente seu conteúdo. d) o valor deste capital seja uma ferramenta de tomada de decisão. e) evitar desperdícios como obsolescência, roubos, extravios etc. 22 Todas as formas de registrar os estoques tem como objetivo obter o controle da quantidade, do custo, das variações, com a finalidade de proporcionar uma avaliação exata, resultante em informações financeiras. A avaliação de estoques é gerada com o valor do custo da mercadoria, ou seja, o preço de fabricação ou de mercado. (DIAS, 2003) De acordo com Pozo (2007), é devida esta análise para proporcionar informações confiáveis e atualizadas dos produtos em estoque. Esta avaliação é gerada por processos, que podem ser avaliadas pelos métodos de custo médio, PEPS ou UEPS. 2.1.3.1 Custo Médio Este é um dos métodos mais utilizados, também chamado de média ponderada móvel. Faz-se a somatória do custo total e da quantidade total, chegando assim a um custo médio. Por ser um método de procedimento simples, muitas empresas aderem ao mesmo. Sua metodologia é a fixação de preço médio entre todas as entradas e as saídas, seguindo a cronologia destas operações. A baixa é efetuada normalmente pela quantidade, encontrando assim o saldo final. (POZO, 2007). Conforme Iudicibus e Martins (2007, p.111); Esse método, mais comumente utilizado no Brasil, evita o controle de custos por lotes de compras, como nos métodos anteriores, mas obriga a maior numero de cálculos ao mesmo tempo em que foge dos extremos, dando como custo da aquisição um valor médio das compras. A figura 1 demonstra a tabela da avaliação do Custo Médio: ENTRADA SAÍDA VALOR Data Quant. Unit. $ Total $ xx/xx xx/xx 20 30 600 SALDO VALOR Quant. Unit. $ Total $ VALOR Quant. Unit. $ Total $ 20 20 400 40 25 1.000 23 xx/xx 10 25 250 30 25 750 xx/xx 20 25 500 10 25 250 40 32,50 1.300 325 30 32,50 975 1.075 30 32,50 975 xx/xx 30 35 1.050 xx/xx SOMA 10 50 1.650 32,50 40 Quadro 1: Método de Avaliação de Custo Médio. Fonte: Iudicibus e Martins (2007, p.111) Por este método, o valor existente em cada unidade em estoque é alterado com as compras de novas unidades com preço diferente. Sendo assim, a cada nova aquisição o valor unitário é recalculado. 2.1.3.2 FIFO (First In, First Out) ou PEPS (Primeiro a Entrar, Primeiro a Sair) Este método controla a saída conforme a entrada da mercadoria, calculando o custo separadamente, assim, o valor da saída será o mesmo obtido pela entrada do material. Conforme Francischini e Gurgel (2002), este método prioriza a ordem cronológica das entradas, o primeiro material que entrar no estoque será o primeiro a sair, com seu respectivo preço de aquisição. Conforme Dias (1993, p. 127): A avaliação por este método é feito pela ordem cronológica das entradas. Sai o material que primeiro integrou o estoque, sendo substituído pela mesma ordem cronológica em que foi recebido, devendo seu custo real ser aplicado. Quando o giro dos estoques ocorre de maneira rápida ou quando as oscilações normais nos custos podem ser absorvidas no preço do produto, ou quando se dispõe de material que esteja mantido por longo prazo, esse tipo de avaliação serve também para controlar os estoques. Conseguintemente os estoques são mantidos em contas de ativo, com valores próximos dos preços atuais de mercado. Com base neste critério é dada baixa pelo custo de aquisição, sendo o primeiro que entra o primeiro a sair. Na ocorrência das vendas o lançamento é feito a partir das primeiras compras o que equivale ao seguinte raciocínio: vendem-se antes as primeiras mercadorias compradas. (IUDÍCIBUS e MARTINS, 2007) A figura 3 demonstra a tabela da avaliação do PEPS: 24 Data ENTRADA VALOR Quant. Unit. $ Total $ Quant. SAÍDA VALOR Unit. $ Total $ xx/xx xx/xx 20 30 20 20 400 20 20 40 10 20 30 10 20 30 400 600 1.000 200 600 800 300 30 35 300 10 30 40 30 35 300 1.050 1.350 1.050 1.000 30 35 1.050 600 xx/xx 10 20 200 xx/xx 10 10 20 20 30 200 300 500 xx/xx 30 35 1.050 xx/xx SOMA 10 50 1.650 40 30 Quant. SALDO VALOR Unit. $ Total $ 20 30 30 Quadro 2: Método de Avaliação do PEPS. Fonte: Iudicibus e Martins (2007, p.110) Por este método, o valor encontrado no custo é o valor real de aquisição das mercadorias, deixando assim no balanço o saldo das últimas aquisições em estoque. 2.1.3.3 LIFO (Last In, First Out) ou UEPS (Último a Entrar, Primeiro a Sair) Este método tem a lógica ao contrário do PEPS, pois neste caso o primeiro a sair é a última aquisição realizada. Conforme Francischini e Gurgel (2002), este método inverte a ordem cronológica de entrada em estoque. Sendo assim, o último lote a entrar em estoque é o primeiro a ser considerado para o cálculo do custo das saídas. Conforme Dias (1993, p.127). Este método de avaliação considera que devem em primeiro lugar sair as ultimas peças que deram entrada no estoque, o que faz com que o saldo seja avaliado ao preço das últimas entradas. É o método mais adequado em períodos inflacionários, pois uniformiza o preço dos produtos em estoque para venda. Baseia-se na premissa se que o estoque de reserva é economicamente o equivalente ao ativo fixo. A figura 3 demonstra a tabela da avaliação do Ueps: 25 Data ENTRADA VALOR Quant. Unit. $ Total $ Quant. SAÍDA VALOR Unit. $ Total $ Quant. xx/xx xx/xx 20 30 600 xx/xx 10 30 300 xx/xx 10 10 20 30 20 300 200 500 xx/xx 30 35 1.050 xx/xx SOMA 10 50 1.650 35 40 350 1.150 SALDO VALOR Unit. $ Total $ 20 20 400 20 20 40 20 10 30 10 20 30 400 600 1.000 400 300 700 200 10 30 40 10 20 30 30 20 35 20 30 20 20 35 200 1.050 1.250 200 700 900 900 Quadro 3: Método de Avaliação do Ueps. Fonte: Iudicibus e Martins (2007, p.110) Conforme Pozo (2007), com este método é obtido o custo na variação do saldo baseado dos últimos preços, gerando facilidade na contabilização dos produtos para a definição de preços e refletindo os custos mais próximos ao do real. 2.1.4 Informatização do Controle de Estoque A tecnologia nas empresas tornou-se uma ferramenta poderosa na conquista de novos clientes. Organizações que se mantém atualizadas acompanham a evolução do mercado. O emprego da tecnologia Web nas empresas tornou-se um dos assuntos mais comentados. Com a utilização da internet, existe a procura por inovação, constante atualização e modernização. Acompanhando o mercado, as empresas brasileiras vivem atualmente no mundo da tecnologia, usufruindo de suas vantagens. (VIANA, 2007). A informatização das informações é muito importante, também no controle de estoque, na utilização dos ERP - Enterprise Resource Planning traduzindo seria sistemas de gestão empresarial, é possível agilizar o acesso aos saldos e 26 movimentações, além disso, os cálculos em sistemas informatizados são mais confiáveis do que em sistemas de ficha. (PILATTI, 2009). Assim, pode-se verificar que este tipo de controle pode contar com a inovação da tecnologia, substituindo processos antes feitos manualmente por armazenamento de dados e emissão de relatórios. Esta evolução não gerou vantagens apenas para as empresas, como também ao fisco, que com a implementação de projetos como o do SPED, terá acesso a uma maior quantidade de informações de seus contribuintes. 27 2.2 SPED – Sistema Público de Escrituração Digital O SPED teve origem pela Emenda Constitucional n°42, de 19 de dezembro de 2003, aonde foi determinado que as administrações tributárias da União, Estados, Distrito Federal e Municípios devem ser integrados, compartilhando cadastros e informações fiscais. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). Partindo desta emenda, foi instituído pelo Decreto n° 6.022, de Janeiro de 2007, o Sistema Público de Escrituração Digital – SPED, fazendo parte do Programa de Aceleração do Crescimento do Governo Federal (PAC 2007 - 2010), gerando, assim, um avanço na relação entre o fisco e os contribuintes. (YOUNG, 2009). Conforme o Decreto 6.022/07: O Sped é instrumento que unifica as atividades de recepção, validação, armazenamento e autenticação de livros e documentos que integram a escrituração comercial e fiscal dos empresários e das sociedades empresárias, mediante fluxo único, computadorizado, de informações. O projeto do SPED (Sistema Público de Escrituração Digital) prevê alteração na forma do cumprimento das principais obrigações acessórias, onde irá substituir todo o processo efetuado em papel por documentos eletrônicos. Conforme Azevedo e Mariano (2009. p.37) “nesse projeto, mais que uma alteração da forma de cumprimento das obrigações, há a alteração da “cultura” do “papel”, presente em nossa sociedade, pela utilização de arquivos digitais.” Esta iniciativa consiste na modernização da sistemática do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes à administração tributária e aos órgãos fiscalizadores, sendo que sua validade jurídica é gerada na utilização do Certificado Digital. Neste sentido, Young (2009, p.16) ressalta que: Os livros e documentos inseridos no projeto SPED serão emitidos de forma eletrônica, observado o disposto na Medida Provisória 2.200-2, de 24.08.2001, que instituiu a Infraestrutura de Chaves Públicas Brasileira, ICP-Brasil, transformou o Instituto Nacional de Tecnologia da Informação em autarquia. Conforme a RFB (Receita Federal do Brasil), o SPED é composto pelos seguintes subprojetos: 1)Escrituração Contábil Digital – ECD; 2)Escrituração Fiscal Digital – EFD; 28 3)Nota Fiscal Eletrônica – NF-e; 4)Nota Fiscal de Serviço Eletrônica – NFS-e; 5)Conhecimento de Transporte Eletrônico – CT-e; 6)E-Lalur; 7) Central de Balanços. Os arquivos gerados para envio ao ambiente do SPED serão transmitidos via sistema próprio disponibilizado pela receita federal, que está disponível no link <http://www1.receita.fazenda.gov.br/default.htm>. 2.2.1 Objetivos do SPED O objetivo inicial deste projeto foi a integração das informações por compartilhamento de dados entre as administrações tributárias. Mediante este, os demais surgem como reflexo desta sistemática. A Receita Federal do Brasil (2009) destaca como objetivos principais do projeto SPED: a) b) c) mediante a padronização e compartilhamento das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais. Promover a integração dos fiscos, Racionalizar e uniformizar obrigações acessórias para contribuintes, as os Tornar mais célere a identificação de ilícitos tributários, com o estabelecimento de transmissão única de distintas obrigações acessórias de diferentes órgãos fiscalizadores. com a melhoria do controle dos processos, a rapidez no acesso às informações e a fiscalização mais efetiva das operações com o cruzamento de dados e auditoria eletrônica. Quadro 4: Principais objetivos do SPED. Fonte: Receita Federal do Brasil. Desta forma, o SPED pretende padronizar a forma de entregar, validar e recepcionar as informações, sendo o processo totalmente digital, trazendo benefícios aos contribuintes e ao fisco. Neste sentido, Azevedo e Mariano (2009, p. 39) ressalta que: Com a implantação do SPED, respeitadas as restrições constitucionais e legais, essas esferas de governo, poderão consultar numa única fonte todas 29 as informações necessárias, dentro de um leiaute estruturado e capaz de fazer cruzamentos que apontam mais rapidamente inconsistências e o contribuinte poderá, gerando um arquivo padronizado, cumprindo suas obrigações acessórias. Dos subprojetos existentes, os maiores são SPED Contábil, SPED Fiscal e a NF-e, sendo que estes têm estrutura e andamento próprios, ocorrendo apenas a integração entre eles, para não fugir de seu objetivo principal, a integração entre as informações: SPED (Receita Federal) SPED Contábil SPED Fiscal (EFD) Nota Fiscal eletrônica (NF-e) Receita Federal Receita Federal E Estados Estados Figura 1: Estrutura SPED. Fonte: Azevedo e Mariano (2009, p. 40). Portanto, este sistema tornará mais fácil, tanto o cumprimento da obrigação acessória pelo contribuinte, quanto a fiscalização no confronto das informações, sendo que elas estarão em um banco de dados único, possibilitando ao mesmo momento verificar a escrituração de mais de uma empresa do Brasil. (AZEVEDO e MARIANO. 2009). A RFB (Receita Federal do Brasil) ressalta como benefícios deste projeto ao fisco e aos contribuintes: Redução de custos com a dispensa de emissão e armazenamento de documentos em papel; Eliminação do papel; Redução de custos com a racionalização e simplificação das obrigações acessórias; Uniformização das informações que o contribuinte presta às diversas unidades federadas; Redução do envolvimento involuntário em práticas fraudulentas; Redução do tempo despendido com a presença de auditores fiscais nas instalações do contribuinte; Simplificação e agilização dos procedimentos sujeitos ao controle da administração tributária (comércio exterior, regimes especiais e trânsito entre unidades da federação); Fortalecimento do controle e da fiscalização por meio de intercâmbio de informações entre as administrações tributárias; Rapidez no acesso às informações; 30 Aumento da produtividade do auditor através da eliminação dos passos para coleta dos arquivos; Possibilidade de troca de informações entre os próprios contribuintes a partir de um leiaute padrão; Redução de custos administrativos; Melhoria da qualidade da informação; Possibilidade de cruzamento entre os dados contábeis e os fiscais; Disponibilidade de cópias autênticas e válidas da escrituração para usos distintos e concomitantes; Redução do “Custo Brasil; Aperfeiçoamento do combate à sonegação; Preservação do meio-ambiente pela redução do consumo de papel. Este projeto tem como virtude a parceria criada com as empresas e o governo, que se uniram para algo novo e moderno, necessário a ambos. 2.2.2 Certificado Digital Tanto a emissão da NF-e quanto a transmissão dos arquivos gerados pelo SPED, precisam de validade jurídica, e esta é gerada pela assinatura digital. Sendo assim, existe a necessidade dos contribuintes adquirirem o certificado digital. O certificado digital pode ser definido como sendo a tecnologia que provê mecanismos de segurança, sendo capaz de gerar autenticidade às informações eletrônicas trocadas na internet. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). “Um certificado digital contém os dados de seu titular, tais como: nome, e-mail, CPF, chave pública, nome e assinatura da autoridade certificadora que emitiu. É como se fosse uma carteira de identidade virtual!” (Young, 2009, p.19). O certificado digital pode ser emitido tanto por pessoa jurídica como física, sendo que com a utilização deste, pode se identificar o autor de uma transação, protegendo os dados contra a leitura de pessoas não autorizadas. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). Somente certificados emitidos por autoridades credenciadas na ICPBrasil, presumem-se verdadeiros gerando, assim, validade jurídica. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). A implantação do sistema nacional de certificado digital da ICP-Brasil teve início com a edição da Medida Provisória 2.200-2 de 24 de Agosto de 2001. Este é mantido pelo Instituto Nacional de Tecnologia da Informação – ITI, que é uma 31 autarquia federal vinculada à Casa Civil da Presidência da República. “A Autoridade Certificadora Raiz da ICP-Brasil é a primeira autoridade da cadeia de certificação. É executora das Políticas de Certificados e normas técnicas e operacionais aprovadas pelo Comitê Gestor da ICP-Brasil.” (ITI, 2010). O ICP-Brasil tem como uma das principais características a sua estrutura hierárquica, onde no topo da estrutura encontra-se a Autoridade Certificadora Raiz e, abaixo dela, as diversas entidades. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). Atualmente estão cadastras as seguintes entidades como Autoridades Certificadoras na ICP-Brasil, conforme consta no site da ITI: Entidade Serpro Caixa Econômica Federal Serasa Secretaria da Receita Federal do Brasil Certisign Imesp (Imprensa Oficial do Estado de São Paulo) Logo Observação O Serpro foi a primeira autoridade certificadora credenciada pela ICP-Brasil. A empresa busca desde a criação de seu Centro de Certificação Digital - CCD, em 1999, divulgar o uso dessa tecnologia para os vários segmentos com que trabalha. A Caixa Econômica Federal - atualmente única instituição financeira credenciada como Autoridade Certificadora ICP-Brasil - utiliza, desde 1999, a tecnologia de certificação digital para prover a comunicação segura na transferência de informações referentes ao FGTS e à Previdência Social, dentro do projeto Conectividade Social. Para a Serasa, a tecnologia de certificação digital é o instrumento que viabiliza a inserção dos diversos agentes econômicos e cidadãos brasileiros em uma sociedade digital. A Serasa fornece a segurança dos certificados digitais para quase todos os grupos financeiros participantes do Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). A Receita Federal do Brasil (RFB) disponibiliza uma grande quantidade de serviços na web, com o objetivo de simplificar ao máximo a vida dos contribuintes e facilitar o cumprimento espontâneo das obrigações tributárias. Por meio do serviço Receita222, a RFB presta atendimento aos contribuintes de forma interativa, via Internet, com uso de certificados digitais, garantindo a identificação inequívoca dos usuários. Com o apoio da Certisign, empresa fundada em 1996 com foco exclusivamente no desenvolvimento de soluções de certificação digital para o mercado brasileiro, importantes instituições vêm adotando a tecnologia nas mais diversas formas. A Imprensa Oficial é a Autoridade Certificadora Oficial do Estado de São Paulo e está credenciada e preparada para oferecer produtos e serviços de certificação digital para os poderes executivo, legislativo e judiciário, incluindo todas as esferas da administração pública, direta e 32 indireta, nos municipal. JUS (Autoridade Certificadora da Justiça) Presidência da Republica AC CMB (Autoridade Certificadora da Casa da Moeda do Brasil) âmbitos federal, estadual e A Autoridade Certificadora da Justiça (AC-JUS) é Gerenciada por um Comitê Gestor que a partir de outubro de 2005 é composto por representantes do STF, STJ, TST, TSE, STM, CNJ, CJF e o CSJT. Trata-se da primeira autoridade certificadora do Poder Judiciário no mundo. Sua implementação possibilitou a definição de regras e perfis de certificados, específicos para aplicações do Judiciário e resulta da necessidade crescente de transpor a mesma credibilidade e segurança existentes hoje no "mundo do papel" para o "mundo digital". A Autoridade Certificadora da Presidência da República - ACPR foi criada em abril de 2002, por uma iniciativa da Casa Civil, no âmbito do governo eletrônico (e-Gov) e tem como objetivo emitir e gerir certificados digitais das autoridades da Presidência da República, ministros de estado, secretários-executivos e assessores jurídicos que se relacionem com a PR. A Autoridade Certificadora da Casa da Moeda do Brasil - AC CMB - é a mais nova Autoridade Certificadora credenciada à ICP-Brasil. Com mais de 300 anos de existência, a Casa da Moeda do Brasil é uma das mais antigas instituições públicas brasileira. Possui uma tradicional atuação na produção de formulários seguros e ao entrar na era da segurança eletrônica de documentos, consolida o objetivo de modernização de sua estrutura produtiva e administrativas, bem como se habilita para atender ao mercado de segurança na era virtual. Quadro 5: Autoridades Certificadoras ICP-Brasil. Fonte: Instituto Nacional de Tecnologia da Informação - ITI “Formando assim a assinatura digital temos a chave pública (de conhecimento público) e a chave privada (de conhecimento apenas do possuidor do certificado).” (AZEVEDO e MARIANO, 2009, p.52). Por estes se dará a autenticidade as obrigações acessórias prestadas pelo Sistema Público de Escrituração Digital. 2.2.3 Escrituração Contábil Digital – ECD Conceituando de maneira bastante simplificada, a Escrituração Contábil Digital (ECD), também conhecida como o SPED Contábil, é a substituição dos livros 33 da escrituração mercantil em papel para a forma digital. A Escrituração Contábil Digital, integrante do SPED, foi instituída pela IN RFB N° 787, de 19 de Novembro de 2007, a qual foi alterada pela IN RFB n° 926/2009, aonde esta será utilizada para fins Fiscais e Previdenciários. (YOUNG, 2009). Conforme determina a RFB na IN 787/2007, a ECD compreenderá a versão digital dos seguintes livros: I - livro Diário e seus auxiliares, se houver; II - livro Razão e seus auxiliares, se houver; III - livro Balancetes Diários, Balanços e fichas de lançamento comprobatórias dos assentamentos neles transcritos. Cada arquivo gerado da ECD deverá conter apenas um livro, e este, após ser emitido em forma eletrônica, deverá ser assinado digitalmente, utilizando-se certificado de segurança no mínimo do tipo A31, emitido por entidade credenciada no ICP-Brasil, a fim de garantir a validade do documento digital. (YOUNG, 2009). Os livros digitais serão enviados anualmente para o SPED. Conforme a RFB (2009), são previstas as seguintes formas de escrituração: a) G – Diário Geral, completo, sem escrituração auxiliar; b) R – Diário com Escrituração Resumida (vinculado a livro auxiliar), este é uma escrituração resumida, com este é obrigado a elaborar o livro fiscal A ou Z; c) A – Livro Diário Auxiliar, este contém os lançamentos individualizados das operações lançadas no Diário com Escrituração Resumida; d) Z – Razão Auxiliar, este é utilizado quando o Livro Diário Auxiliar não se mostra adequado. Sendo o leiaute deste definido pelo titular da escrituração. e) B – Livro Balancetes Diários e Balanços, este é regulamentado pelo Banco Central, e praticamente, é encontrado em instituições financeiras. 1 Diferença entre o certificado A1 e A3: A3 – são certificados digitais válidos por 2 (dois) ou 3 (três) anos, que são armazenados em token ou cartão. O token é um dispositivo apropriado para guardar certificados digitais e se conecta ao computador através da porta usb. Se parece com um pen-drive, embora pendrives comuns não possam ser utilizados como tokens. Podem-se ter vários certificados num único token. Já o cartão necessita de uma leitora. A1 – são certificados digitais válidos por um ano, que ficam armazenados no próprio computador do usuário. Os dados são protegidos por uma senha de acesso. Somente com essa senha é possível acessar, mover e copiar a chave privada a ele associada Recomenda-se que seja feita uma cópia de segurança desse certificado (backup). Esse é o tipo mais apropriado para uso em sistemas de informação, em situações de grande volume de emissões de NF-e. (SEFAZ/SE, 2009). 34 As empresas obrigadas à ECD, devem usar o plano de contas publicado pela Receita Federal pelo Ato Declaratório Executivo Cofis 36/07, alterado pelo Ato Declaratório Executivo Cofis 20/09, sendo que as financeiras utilizam o Cosif (Plano Contábil das Instituições do Sistema Financeiro Nacional). O plano de contas referencial tem por finalidade estabelecer uma relação entre as contas da empresa e um padrão. (YOUNG, 2009). De acordo com a IN 787/2007 da RFB, estão obrigados a apresentar a ECD, em relação aos fatos contábeis ocorridos a partir de 1° de Janeiro de 2009, as sociedades empresariais sujeitas à tributação do Imposto de Renda com base no Lucro Real. O prazo de transmissão da ECD é até o último dia útil do mês de Junho do ano seguinte ao ano-calendário ao qual se refere à escrituração contábil, sendo que o serviço de recepção será encerrado às 20 horas – horário de Brasília – da data final fixada para a entrega. (RFB, 2009). Por exigência da RFB, a não apresentação da ECD no prazo fixado acarretará a aplicação de multa no valor R$ 5.000.00 por mês-calendário ou fração de dias. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). A ECD deve ser transmitida ao ambiente do SPED, sendo considerado válido somente após a confirmação do recebimento, e quando necessário após a autenticação dos órgãos de registro, como por exemplo, as Juntas Comerciais. 2.2.4 Nota Fiscal Eletrônica – NF-e A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) faz parte do projeto do Sistema Público de Escrituração Digital – SPED e foi desenvolvido de forma integrada pelas Secretarias de Fazenda dos Estados e Receita Federal do Brasil, a partir da assinatura do protocolo ENAT 03/2005, sendo celebrado pelo ajuste Estados, Distrito Federal e Ministério da SINIEF Fazenda, 07/05, juntamente pelos com a legislação complementar contida no Ato COTEPE 72/05, de 22/12/2005. A Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) pode ser conceituada como sendo um documento exclusivamente digital, emitido e armazenado eletronicamente, com intuito de documentar a circulação de mercadorias e a prestação de serviços. Sua 35 validade jurídica será gerada pela assinatura digital do emitente e a Autorização de Uso fornecida pela administração tributária do domicílio do contribuinte. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). Conforme o Protocolo de Cooperação ENAT 03/05, o desenvolvimento da NF-e teve a intenção de: I - substituição das notas fiscais em papel por documento eletrônico; II - validade jurídica dos documentos digitais; III - padronização nacional da NF-e; IV - mínima interferência no ambiente operacional do contribuinte; V - compartilhamento da NF-e entre as administrações tributárias; VI - preservação do sigilo fiscal, nos termos do Código Tributário Nacional. Este projeto propõe mudanças significativas na emissão e na gestão das informações fiscais, gerando benefícios para os contribuintes e para a administração tributária. Este irá propiciar benefícios às empresas, que serão identificados após o processo de automatização, como o controle do custo. Com o tempo, as empresas terão noção dos seus reais ganhos. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). Atualmente a NF-e substitui apenas a nota fiscal de modelo 1 e 1A, que é utilizada, em regra, para documentar transações de pessoas jurídicas. Até o momento não se destina a substituir outros modelos. Hoje já existem outros projetos, para outros modelos de nota, como a Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e) e o Conhecimento de Transporte Eletrônico (CT-e), que já estão em funcionamento em alguns municípios. (Young, 2009). 2.2.4.1 Obrigatoriedade O Protocolo do ICMS N°10/2007 deu início a lista de atividades obrigadas à emissão da NF-e. De acordo com o protocolo ICMS Confaz 12/2009, estabeleceuse a relação de mais contribuintes que deverão emitir a NF-e em 2010. Afirma Azevedo e Mariano (2009, p. 77), que: [...] para determinar se a empresa está ou não na obrigatoriedade, não importa se ela possui o CNAE(Código Nacional de Atividade Econômica) principal ou secundária com atividade, mas sim se pratica ou praticou nos últimos 12 meses alguma atividade relacionada no Protocolo. 36 Esta afirmação de Azevedo e Mariano seria ao Protocolo n° 10/2007, pois o Protocolo ICMS 42/2009, define que para fins de obrigatoriedade de uso, deve-se considerar o código CNAE (Classificação Nacional de Atividades Econômicas) principal do contribuinte, bem como as secundárias, sendo que as Unidades da Federação poderão utilizar o Código de Atividade Econômica- CAE em substituição ao correspondente código CNAE. O Protocolo n°42/2009 tem como objetivo ampliar a obrigação da NF-e até o final do ano 2010, alcançando os contribuintes do ICMS que desenvolvem atividade industrial, comércio atacadista ou de distribuição, que pratiquem saídas para outros estados e forneçam mercadorias para a administração Pública. Este dispositivo não se aplica ao Microempreendedor Individual – MEI, de que trata o art.18-A da LC 123/06. (YOUNG, 2009). Conforme Regulamento do ICMS-SC, Anexo 2 ficam obrigados à emissão da NF-e, modelo 55, a partir de 1° de Dezembro de 2010, independente da atividade econômica exercida, os contribuintes que realizem operações com empresas de Administração Pública e com outros Estados, exceto empresas exclusivamente varejistas. A obrigatoriedade de emissão da NF-e, conforme Junior (2009), não se aplica: (Protocolo ICMS 87/08): I - ao estabelecimento do contribuinte onde não se pratique e nem se tenha praticado nos incisos I e III há pelo menos 12 (doze) meses, ainda que a atividade seja realizada em outros estabelecimentos do mesmo titular; II - nas operações realizadas fora do estabelecimento, relativas às saídas de mercadorias remetidas sem destinatário certo, desde que os documentos fiscais relativos à remessa e ao retorno sejam NF-e (Protocolo ICMS 68/08); III - REVOGADO; IV - na hipótese prevista na alínea “e” do inciso III do “caput”, ao fabricante de aguardente (cachaça) e vinho que aufira receita bruta anual inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil) reais. V – na entrada de sucata de metal, com peso inferior a 200 Kg (duzentos quilogramas), adquirida de particulares, inclusive catadores, desde que, ao fim do dia, seja emitida NF-e englobando o total das entradas ocorridas (Protocolo ICMS 68/08); VI – à empresa inscrita como contribuinte de imposto exclusivamente neste estado Estado, que aufira receita bruta anual inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e que realize somente operações internas (Ajuste SINIEF 07/05). Para que o contribuinte possa emitir a NF-e, o mesmo deve estar credenciado na Sefaz da unidade de federação onde estiver estabelecido ou inscrito. 37 O credenciamento ocorre de duas formas: voluntária (solicitação do Contribuinte) ou por ofício (feito pela Sefaz sem manifestação do Contribuinte). (AZEVEDO e MARIANO, 2009). 2.2.4.2 Processamento da NF-e Inicialmente, o contribuinte solicita seu cadastramento como emissor de NF-e junto a Secretaria da Fazenda. Após o cumprimento desta parte inicial de cadastramento, o mesmo deverá iniciar o envio de notas eletrônicas, em ambiente de teste, para homologação do seu sistema. Com o término da fase de teste, o contribuinte receberá um código de habilitação para emitir a NF-e. (YOUNG, 2009). De uma forma simplificada, Azevedo e Mariano (2009) descreve o processamento da nota fiscal eletrônica: a empresa emissora de NF-e gera um arquivo eletrônico contendo as informações fiscais da operação comercial e o assina digitalmente, de maneira garantir a integridade dos dados e a autoria do emissor. o arquivo eletrônico, que corresponderá à Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), será transmitido b) pela internet para a Secretaria da Fazenda de jurisdição do contribuinte; a Sefaz recebe o arquivo e devolve um protocolo de recebimento; c) a Sefaz faz uma pré-validação do arquivo verificando da assinatura digital, a consistência d) do esquema XML, se o emitente está regular perante o Fisco e se não há duplicidade de número e série do documento fiscal; autorizado o uso da NF-e, a Sefaz devolverá um protocolo de Autorização de Uso, sem o e) qual não poderá haver o trânsito da mercadoria; a Sefaz enviará o arquivo à Secretaria Receita Federal, que será repositório nacional de f) todas as NF-e emitidas (Ambiente Nacional). a Receita Federal em caso de operação interestadual enviará para a Secretaria de g) Fazenda de destino da operação e Suframa, no caso mercadorias destinadas às áreas incentivadas; com a autorização de uso, a mercadoria pode ser transportada para o destino, circulando h) com o Danfe (Documento Auxiliar da Nota Fiscal eletrônica); Recebida a mercadoria, o destinatário deve escriturar a NF-e, conforme arquivo enviado i) pelo emitente ou pelo Danfe, se o destinatário não estiver obrigado a emitir 100% de NFe. Quadro 6: Processamento NF-e. Fonte: Azevedo e Mariano (2009, p. 40). a) Na figura a seguir é possível verificar todo o processo gerado na emissão da Nota Fiscal Eletrônica – NF-e. 38 Figura 2: Processo da NF-e. Fonte: Receita Federal do Brasil A comunicação com a Sefaz Virtual sempre será iniciada por um aplicativo do contribuinte, solicitando um serviço desejado. Conforme a RFB (2009), para cada serviço oferecido existirá um Web Service específico. As Secretarias de Fazenda Estaduais irão disponibilizar os seguintes serviços: a) 1) 2) b) c) d) e) f) Recepção de NF-e; Recepção de Lote; Consulta Processamento de Lote; Cancelamento de NF-e; Inutilização de numeração de NF-e; Consulta da situação atual da NF-e; Consulta do status do serviço; Consulta cadastro. Os serviços podem ser Síncronos ou Assíncronos, conforme o serviço solicitado pelo contribuinte. Conforme o Manual de Integração do Contribuinte: a) Serviços síncronos – o processamento da solicitação de serviço é concluído na mesma conexão, com a devolução de uma mensagem com o resultado do processamento do serviço solicitado; b) Serviços assíncronos – o processamento da solicitação de serviço não é concluído na mesma conexão, havendo a devolução de uma mensagem de resposta com um recibo que apenas confirma o recebimento da solicitação de serviço. O aplicativo do contribuinte deverá realizar uma nova conexão para consultar o resultado do processamento do serviço solicitado anteriormente. 39 O diagrama a seguir ilustra o fluxo conceitual de comunicação entre o aplicativo do contribuinte e o Portal da Secretaria de Fazenda Estadual: Figura 3: Arquitetura de Comunicação. Fonte: Receita Federal do Brasil O tempo médio de resposta para o processamento da NF-e é importante, pois o contribuinte deve saber se o tempo de resposta é suficiente para poder realizar suas operações, pois se necessário poderá entrar em contingência para não impactar em seu negócio. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). 2.2.4.3 Contingência Na emissão da Nota Fiscal Eletrônica, NF-e, são utilizados vários recursos de infra-estrutura, hardware e software. O não funcionamento de algum destes recursos pode comprometer a emissão da NF-e. Quando o contribuinte não consegue aprovar a NF-e utilizando a Sefaz de sua unidade de federação ou a Sefaz Virtual, o mesmo, para não gerar um impacto negativo em seu negócio pode emitir nota em contingência. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). Existem as seguintes formas de emissão de NF-e: 40 Figura 4: Modalidades de Emissão de NF-e. Fonte: Manual de Emissão da NF-e em Contingência. a) Normal Esta forma é o procedimento padrão. Será gerada a emissão da NF-e com a transmissão dos dados para a Secretaria da Fazenda para obter a autorização de uso. O DANFE será impresso em papel comum para acompanhar a mercadoria (Anexo A). (RFB, 2009). b) FS - Contingência com uso do Formulário de Segurança ou FS-DA - Formulário de Segurança para impressão de DANFE Esta é considerada a alternativa mais simples. Neste caso, o contribuinte pode optar pela emissão da nota fiscal de contingência, com a impressão do DANFE em formulário de segurança. Sendo possível adquirir o Formulário de Segurança para impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal – FS-DA, que substitui a contingência com o uso do formulário de segurança (Anexo B). (RFB, 2009). c) SCAN – Sistema de Contingência do Ambiente Nacional 41 Para poder utilizar esta modalidade, é necessário a Sefaz acioná-lo. Por este motivo ocorre quando existe problema na recepção da Sefaz. Neste caso, o contribuinte continua autorizando a NF-e antes do fato gerador, podendo emitir o DANFE antes da transmissão da nota a Secretaria da Fazenda. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). d) DPEC – Declaração Prévia de Emissão em Contingência Nesta modalidade o contribuinte continua com a possibilidade de impressão do DANFE em papel, gerando previamente um registro do resumo de NFe emitidas. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). 2.2.4.4 Características da NF-e Na emissão da NF-e, além de gerar esta para a Sefaz no ambiente virtual, é necessário disponibilizar o arquivo em formato .XML. para download junto ao seu respectivo protocolo de autorização para seu destinatário. Sendo que este pode verificar a validade jurídica pelo aplicativo “Visualizador”, disponibilizado gratuitamente no Portal da NF-e (www.nfe.fazenda.gov.br). (YOUNG, 2009). Este arquivo XML, conforme a NF-e, é formado dentro de um layout , que é separado por blocos de informações: Bloco A B C D E F G H I J K L L1 M N O P Descrição Dados da NF-e Identificação da NF-e Identificação do emitente da NF-E Identificação do Fisco emitente da NF-e Identificação do destinatário da NF-e Identificação do local de retirada Identificação do local de entrega Detalhamento de serviço e produtos NF-e Produtos e serviços NF-e Detalhamento específico de veículos novos Detalhamento específico de medicamento Detalhamento específico de armamento Detalhamento específico de combustíveis Tributos incidentes no produto ou serviços ICMS normal e ST Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI Imposto de Importação 42 Q PIS R PIS ST S Cofins T Dados Cofins ST U ISSQN V Informações Adicionais W Valores Totais de NF-e X Informações de Transporte da NF-e Y Dados da cobrança Z Informações Adicionais da NF-e ZA Informações de comércio exterior ZB Informações de cobrança ZC Informações de Assinatura Digital Quadro 7: Blocos de Informações da NF-e. Fonte: Azevedo e Mariano (2009, p. 155). A consulta da nota também pode ser feita no Portal da NF-e, com a Chave de Acesso, sendo este de 44 caracteres, informado dentro do arquivo .XML e impresso no Danfe, seguindo a seguinte composição: Código Data da CNPJ da UF Emissão Emitente Modelo Série Número Código da NF-e Numérico (Ano e mês) Quantidades 02 04 DV Aleatório 14 02 03 09 09 01 de Caracteres Quadro 8 = Composição Chave de Acesso. Fonte: Azevedo e Mariano (2009, p. 113). A NF-e ficará disponível para consulta, conforme o Portal da NF-e, durante 180 dias após sua autorização. Após este período, a mesma estará disponível somente para consulta resumida. Com a emissão da NF-e não existe mais a figura da AIDF (Autorização de impressão de documento fiscal), em decorrência de não mais existir a impressão gráfica. Entretanto, a empresa que está obrigada também a emitir outros modelos de nota fiscal, deverá solicitar a AIDF para estes documentos. (RFB, 2009). Atualmente, mesmo com a emissão da NF-e, os contribuintes ainda ficam obrigados às obrigações acessórias, como o SINTEGRA, GIA, RIEX, DIME, Livros Fiscais e outros, que serão substituídos e dispensados futuramente. (YOUNG, 2009). 43 A numeração emitida pela NF-e sempre irá começar pelo n. 1, pois trata de um novo modelo de documento fiscal (modelo 55), sendo as notas seguintes emitidas em sequência. (RFB, 2009). Ainda conforme a RFB (2009), NF-e pode ser cancelada, para isso, deve ter sido previamente autorizada pelo fisco, e ainda não ter ocorrido o fato gerador, ou seja, a saída da mercadoria do estabelecimento. O prazo para poder cancelar a Nota Fiscal Eletrônica e de 7 dias (168 horas). 2.2.4.5 Documento Auxiliar à Nota Fiscal Eletrônica – DANFE O Documento Auxiliar à Nota Fiscal Eletrônica (DANFE), não é considerada documento fiscal e foi criado para acompanhar a mercadoria em seu transporte, para facilitar a consulta da NF-e. Seu leiaute também é definido pelo Ato Cotepe. (YOUNG, 2009). O DANFE não substitui a nota fiscal modelo 1 e 1-A, é impresso em papel comum, que deve ter em destaque a chave da NF-e para consulta da nota e o código de barras para a confirmação das informações da NF-e pelo fisco. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). Conforme a RFB (2009), este tem como objetivos: a) Acompanhar o trânsito de mercadorias; b) Colher a firma do destinatário/tomador para comprovação de entrega das mercadorias ou prestação de serviços; c) Prover a necessidade de representações impressas adicionais previstas expressamente na legislação; e d) Auxiliar a escrituração da NF-e pelo destinatário não credenciado como emissor de NF-e. O DANFE, por ser um documento auxiliar, não necessita ser armazenado, portanto, se o contribuinte destinatário não for emissor da NF-e, pode utilizar o mesmo para a escrituração fiscal. Sendo assim arquivará a DANFE como se fosse documento fiscal. Já o emitente da NF-e realizará a escrituração fiscal a partir de documentos fiscais emitidos e recebidos. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). O DANFE deve ser impresso em papel no tamanho mínimo A4. Em sua impressão, conforme o Manual da Nota Fiscal Eletrônica, pode ser utilizado: folhas soltas; formulário de segurança; 44 formulário de Segurança para Impressão de Documento Auxiliar de Documento Fiscal Eletrônico (FS-DA); formulário contínuo, ou formulário pré-impresso. Com o DANFE, a captura da chave de acesso, por meio de leitor de código de barras, os postos fiscais poderão fazer as verificações necessárias, e na escrituração fiscal poderá importar as notas por este meio ou pela importação do arquivo XML. 2.2.5 Escrituração Fiscal Digital - EFD A EFD (Escrituração Fiscal Digital) é o arquivo digital que será gerado pelos contribuintes, sendo constituído por um conjunto de escriturações fiscais das entradas e saídas realizadas e de outras informações que interessam aos fiscos das unidades federativas e da Secretaria da Receita Federal do Brasil, bem como os registros de apuração dos impostos. Sendo que este arquivo deverá ser assinado digitalmente e transmitido, via internet, ao ambiente do SPED. (RFB, 2009). Observados os padrões fixados para o ambiente nacional SPED, em especial quanto à validação, disponibilidade permanente, segurança e redundância, faculta-se às Secretarias Estaduais de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal recepcionar os dados relativos à EFD diretamente em suas bases de dados, com imediata retransmissão ao ambiente nacional SPED. (RFB, 2007). A EFD, a partir da base de dados da empresa aonde deverá ser gerado a escrituração digital, de acordo com o leiaute (padrão que deve ser gerado um arquivo) estabelecido pelo ato COTEPE, este arquivo gerado será submetido a importação e a validação pelo Programa Validador e Assinador (PVA), fornecido pelo SPED. (RFB, 2009). De acordo com Azevedo e Mariano (2009), a Escrituração Fiscal Digital objetiva a substituição da emissão dos livros: a) registro de Entradas; b) registro de Saídas; c) registro de Apuração do ICMS; d) registro de Apuração do IPI; e e) registro de Inventário. 45 Conforme o Convênio ICMS 143/06, os contribuintes obrigados à EFD, ficam dispensados de entrega dos arquivos estabelecidos pelo Convênio ICMS 57/95, também conhecido como Sintegra. A implantação da Escrituração Fiscal Digital visa substituir todos os livros fiscais gerados ou emitidos em papel, pela obrigação da entrega destes mesmos registros de forma digital. De acordo com Azevedo e Mariano (2009, p.159): A Escrituração Fiscal Digital (EFD) obriga o contribuinte a informar suas operações de forma mais detalhada ao Fisco, ao contrário da forma que realiza a escrituração fiscal nos livros fiscais, porque estes contemplam apenas dados totais dos documentos fiscais. Isso significa que ao gerar os livros fiscais de forma digital, as informações não serão mais as mesmas apresentadas nos livros Fiscais, pois estas serão geradas no leiaute do SPED, que pede detalhamento de cada operação apresentada. 2.2.5.1 Obrigatoriedade A partir de Janeiro de 2009, os contribuintes relacionados no Protocolo n° 77/2008 deveriam apresentar a EFD mensalmente às suas respectivas unidades da Federação. Estas empresas não necessariamente são emissoras de nota fiscal eletrônica, a listagem é por escolha da unidade federativa, segundo critérios por ela definidos. Para as empresas que não são obrigadas, é possível pedir a sua unidade de federação o ingresso de forma voluntária, sendo que uma vez optando voluntariamente, não pode mais retornar ao sistema anterior. Contudo, a solicitação não garante a entrega à EFD, porque sempre cabe à Unidade da Federação da empresa aceitar ou não a solicitação. (AZEVEDO e MARIANO. 2009). [...] empresas com estabelecimentos em várias Estados podem ter situações diversas, inclusive sendo obrigadas à EFD em alguns Estados e desobrigadas em outros, necessitando manter o sistema com condição de gerar a obrigação nos moldes da EFD e como processamento de dados. (Azevedo e Mariano, 2009, p. 161). Como cada Unidade da Federação pode determinar o critério que obriga às empresas à EFD, uma organização com filiais em Estados diferentes pode ter 46 que gerar o SPED apenas em alguns Estados, não sendo obrigada a gerar a EFD em todas as suas unidades. Também fica a cargo do estado determinar o cronograma de entrada em vigor da EFD, sendo que a primeira entrega foi definida pelo Ato Cotepe n° 15/2009, para 30 setembro de 2009, relativos aos períodos de janeiro a agosto de 2009. Foi deixado a cargo das Unidades da Federação a escolha das empresas, sendo que os demais fatores que regulamentam a obrigatoriedade foram instituídos pela RFB, a todos os estados. (RFB, 2009). Conforme o Convênio ICMS 143/06, o arquivo digital da EFD será gerado dentro do prazo estabelecido pela legislação da unidade Federativa e da SRFSecretaria da Receita Federal do Estado aonde se localiza o estabelecimento do contribuinte. Conforme o art. 33 do RICMS-SC, Anexo 2, “O arquivo da EFD deverá ser transmitido ao SPED até o 20º (vigésimo) dia do mês subsequente ao da apuração do imposto.” O Regulamento do ICMS-SC, Anexo 2, art. 25, determina que, em 1° de Janeiro de 2009, os contribuintes com valor contábil das saídas informados na DIME (Declaração do ICMS e do Movimento Econômico) no ano de 2007, no total de seus estabelecimentos localizados em Santa Catarina, superiores a R$ 50.000.000,00 (cinquenta milhões de reais) e as prestadoras de serviço de comunicação e de telecomunicação e fornecedores de energia elétrica, estavam obrigadas a entregar a Escrituração Fiscal Digital. Este mesmo Regulamento define que estão obrigados a partir de 1° de Abril de 2010, a entrega da Escrituração Fiscal Digital, os contribuintes com valor contábil das saídas informados na DIME no ano de 2008, no total de seus estabelecimentos localizados em Santa Catarina, superiores a R$ 24.000.000,00 (vinte quatro milhões de reais). E estão obrigados a partir de 1° de Julho de 2010 os contribuintes com valor contábil das saídas informados na DIME no ano de 2008, no total de seus estabelecimentos localizados em Santa Catarina superiores a R$ 12.000.000,00 (doze milhões de reais). E por fim, a partir de 1º de janeiro de 2011, estarão obrigados a EFD os demais contribuintes registrados no Cadastro de Contribuintes do ICMS – CCICMS, exceto os enquadrados no Simples Nacional. 47 2.2.5.2 Processamento da EFD A entrega do SPED Fiscal será feita em um ambiente específico, no leiaute do arquivo digital da EFD, utilizando um programa próprio ou adquirido de terceiros. Após a implantação das informações no sistema, o mesmo irá gerar um arquivo texto, sendo este a ser importado no PVA – Programa Validador e Assinador. Na validação pode ocorrer erros, na estrutura e nas informações, impossibilitando a transmissão. Assim, deve ser gerado um novo arquivo texto na base de dados que se deu origem, com a correção das inconsistências. De acordo com Azevedo e Mariano (2009, p.161), [...] se não houver erros no arquivo digital, o representante legal do contribuinte deve assiná-lo utilizando o certificado digital no padrão ICPBrasil e fazer a transmissão para o ambiente da Refeita Federal do Brasil – RFB, que devolverá recibo identificador da EFD com a data e hora da transmissão. Os contribuintes com mais de um estabelecimento, devem prestar as informações à EFD em arquivo digital individualizado, mesmo que a apuração dos impostos e contabilização seja centralizada. (RICMS-SC, 2009). A transmissão do SPED é possível com a utilização do certificado digital, porém a procuração da assinatura digital deve ser registrada no site https://cav.receita.fazenda.gov.br/scripts/login.asp e estar dentro do prazo de validade. Após receber o recibo do SPED, o contribuinte deve transmitir a EFD para unidade de federação de onde se localiza. Segue abaixo a figura 1, aonde é demonstrado o processo de transmissão. 48 Figura 5: Processo de transmissão do SPED. Fonte: Receita Federal do Brasil As informações contidas no banco de dados do contribuinte são transmitidas via arquivo digital à RFB e às unidades da federação de onde a empresa possui estabelecimento. Caso este processo seja realizado mais de uma vez, será considerado como retificação, a partir da segunda. Esta substituição dos arquivos entregues será realizada somente em sua íntegra, ou seja, não são permitidos arquivos complementares da EFD. A Escrituração Fiscal Digital somente terá validade, para efeitos fiscais, após a confirmação do seu recebimento. Portanto, não basta entregar o arquivo, é necessário a confirmação do SPED, para que este se torne válido. (Young, 2009). O acesso as informações armazenadas no SPED deverá ser compartilhado com seus usuários (SRF, Administração Tributária dos Estados e os órgãos e as entidades da administração pública federal), sendo que este também será possível aos empresários e às sociedades empresárias em relação as informações por estes transmitidos ao ambiente do SPED. (RFB, 2009). 49 2.2.5.3 Característica Sped Fiscal Este informativo se assemelha ao Sintegra (Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais com Mercadorias e Serviços), e com os livros fiscais. O arquivo do mesmo tem o formato “txt”, sendo que este é uma formação hierárquica, ou seja, alguns registros são preenchidos como complemento de outros. Deste modo, um cadastro como das notas, necessita de outros como os de produtos. Esta situação dentro do leiaute do SPED, como exemplo, seria o Registro 0200, que gera a informação do produto, sendo a primeira informação deste o código; e no registro C170 que é o item nas notas, será informado somente o código do produto e sua movimentação, devido ao produto já estar referenciado no registro anterior apresentado. Conforme Duarte (2009, p. 142): O arquivo da EFD deve ser entendido como uma representação de tabelas de um banco de dados relacional, no qual cada registro faz referência a outro no sentido de manter a “integridade referencial” das tabelas do banco de dados. Por isso, há “tabelas”, ou registros – usando a terminologia dos manuais da EFD – que possuem “filhos”, “netos”, “bisnetos”, e assim por diante. Cada nível representa uma posição na “árvore genealógica” do arquivo. Na figura abaixo, pode-se verificar como funciona esta apresentação hierárquica: Figura 6: Hierarquia dos Registros no EFD. Fonte: Duarte (2009, p.142). 50 Para a entrega é necessário o certificado digital, pois este deve ter validade jurídica. Trata-se de um mecanismo de segurança, capaz de garantir autenticidade, confidencialidade e integridade das informações eletrônicas. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). O leiaute é todo estruturado por Blocos, sendo que em cada bloco é definido um tipo de registro, como por exemplo, Bloco O, aonde é gerado a identificação do contribuinte. Podemos verificar no quadro 2, esta relação. Bloco Descrição 0 Abertura, Identificação e Referencias (registro de tabelas) C Documentos Fiscais I – Mercadorias (ICMS, IPI) D Documentos Fiscais II – Serviços (ICMS) E Apuração do ICMS e do IPI G Controle do Crédito de ICMS do Ativo Permanente - CIAP - modelos “C” e “D” H Inventário Físico I Outras Informações 9 Controle e Encerramento do Arquivo Digital Quadro 9: Blocos da Escrituração Digital Fonte: guia_pratico_da_efd_versao_1_0_6 Conforme Azevedo e Mariano (2009, p. 163) Os arquivos digitais não são separados em entradas e saídas como os livros fiscais por processamento de dados, mas por blocos de informações, onde, por exemplo, no bloco C informamos todas as operações com mercadorias. As empresas obrigadas a gerar o SPED serão separadas por perfil que irá definir a forma da apresentação das informações e os registros (blocos) a serem gerados. Exemplo: se organização for enquadrada no perfil A, terá de apresentar todos os documentos de forma detalhada, como os registros do cupom fiscal C460 e C470. Agora, se for enquadrada no registro B, irá informar os dados consolidados, um exemplo é não ter obrigação de gerar o registro de detalhamento do cupom fiscal. (RFB, 2009). Na EFD serão apresentadas informações mais detalhadas do que hoje é exigido nas obrigações acessórias, como a necessidade da escrituração individualizada por item de mercadoria, escrituração detalhada dos tributos (ICMS, IPI, PIS e COFINS), utilização de CST (Código de Situação Tributária), nos impostos na escrituração fiscal. Conforme o Ajuste SINIEF 2/09, na Escrituração Fiscal Digital deve ser gerado a totalidade de suas informações, relativas às entradas e saídas de mercadorias, bem como aos serviços prestados e tomados, sendo estes detalhados. 51 Como as informações que reflitam no inventário físico e contábil, e no pagamento e apuração de tributos. Os dados transmitidos ficarão na base de dados do SERPRO (Serviço Federal de Processamento de Dados), tendo a possibilidade do cruzamento das informações contábeis com a NF-e. No preenchimento das informações na EFD deve-se respeitar as regras de escrituração de cada Unidade da Federação, sua legislação, seus regulamentos e instruções. O envio e armazenamento da EFD não dispensam os contribuintes da guarda dos documentos que deram origem às informações prestadas, na forma e prazos estabelecidos pela legislação aplicável, (RFB, 2009). 52 3 CONTROLE DE ESTOQUE NO SPED Diante da globalização e a acentuada evolução tecnológica com o conseguinte crescimento do mercado, as administrações tributárias adotaram procedimentos de fiscalização que também contemplam o avanço tecnológico, por meio da utilização da informática do cumprimento, pelos contribuintes, das obrigações fiscais acessórias legalmente estabelecidas. Ante a diversidade de informações prestadas, com linguagem diversa a serem entregues as entidades fiscalizadoras, e com a falta de padronização das informações, existe uma facilidade na ocorrência de fraudes e sonegação fiscal. O IBPT (Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário), fez um estudo aonde apontou os principais tipos de fraudes e sonegação fiscal existentes: - Venda sem nota; com "meia" nota; com "calçamento" de nota; duplicidade de numeração de nota fiscal; - "Compra" de notas fiscais; - Passivo fictício ou saldo negativo de caixa; - Acréscimo patrimonial a descoberto (do sócio); - Deixar de recolher tributos descontados de terceiros; - Saldo de caixa elevado; - Distribuição disfarçada de lucros; - Alienação de bem ou direito ao sócio ou pessoa ligada por valor inferior ou superior ao de mercado; - Aluguel ou serviços pagos a sócio ou pessoa ligada cujos valores excedem aos praticados pelo mercado em situações similares; - Empréstimos a sócios ou pessoas ligadas em condições prejudiciais à empresa, ou com vantagens não praticadas normalmente pelo mercado; - Multas exorbitantes ou perda de sinal de negócio previstas em contrato, não cumprido, com sócios ou pessoas ligadas; - Pagamento de despesas particulares de sócios; - Doações irregulares; (FUTEMA, 2005). Com isso, a Receita Federal do Brasil, viu a necessidade de buscar uma forma de integrar a fiscalização: governos federal, estaduais e municipais. O projeto SPED, atualmente tornou-se obrigatório em várias organizações por subprojetos diferenciados. A Nota Fiscal, agora por meio eletrônico, e a Escrituração Fiscal de forma digital, auxilia hoje a Receita Federal e as unidades federativas a fiscalizar as empresas. Isso é, devido ao grande número de informações prestadas a estes entes, por via do Projeto SPED, de forma integrada entre a União, Estados, Distrito Federal, e Municípios, irá facilitar o controle de dados recolhidos. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). A maior “vantagem” do SPED, conforme Vardinghus (2009), é o fato de 53 este projeto obrigar as organizações a serem transparentes, da geração da nota a escrituração fiscal. Os benefícios não serão somente aos órgãos fiscalizadores, mas também na gestão das empresas pois irá ajudar as pequenas e médias empresas a ganhar competitividade, permitindo que o contribuinte, seja ele de pequeno, médio e grande porte, tenha as mesmas oportunidades. Na Escrituração Fiscal Digital, hoje, as empresas obrigadas tem como primeira preocupação ter seus arquivos validados e entregues em tempo, a fim de evitar multas e penalidades. Mas ter os arquivos validados e entregues não é garantia de êxito, pois esta primeira parte é só a verificação estrutural das informações, sendo que existe a análise tributária das mesmas. O objeto deste projeto não foi somente a redução de papel, com este foi criado uma ferramenta de fiscalização da administração tributária. (RODRIGUES, 2009). Conforme Duarte (2009, p.41): Os fiscos, de uma maneira geral, têm aprimorado os seus sistemas de fiscalização. A partir dos seus próprios bancos de dados e também através do cruzamento de informações permutadas com outras esferas de poder, há um aumento substancial dos resultados no combate à evasão fiscal. Como as empresas precisam de controles para gerenciar as movimentações geradas em sua atividade comercial, o fisco vem exigir as informações geradas em tais controles, para que possa fazer levantamentos relativos às entradas e saídas de mercadorias, bem como aos serviços prestados e tomados. (RFB, 2009). Dos controles existentes nas organizações, a Receita Federal do Brasil, junto com as administrações tributárias, tem grande interesse em obter os dados gerados nas movimentações de estoque, é devido ao grande volume de informações recolhidos, que pode gerar um cruzamento, a fim de certificar-se de que a empresa é idônea. Do grande volume de informações solicitadas aos contribuintes por via das obrigações implementadas pelo SPED, o controle de estoque é um dos mais detalhados na Escrituração Fiscal Digital e na Nota Fiscal Eletrônica, como poderemos verificar nos próximos capítulos. 54 3.1 Controle de Estoque na Escrituração Fiscal Digital - EFD A Escrituração Fiscal Digital – EFD, é a obrigação acessória que tende apresentar ao fisco toda a entrada, saída e inventário de mercadorias e serviços, além da apuração do IPI e ICMS. “A EFD é extremamente detalhada. A tabela de registros possui mais de 100 tipos diferentes, dado o nível de exigência com relação às informações fiscais solicitadas.” (DUARTE, 2009, pg. 139). Um exemplo deste detalhamento é o registro 0200, que especifica o cadastro de produto e serviço, sendo exigido informações como o NCM Nomenclatura Comum do Mercosul, para cada item. Com esta informação o fisco poderá rastrear toda a cadeia produtiva, tendo assim uma abrangência maior para a fiscalização. 3.1.1 Identificação do Produto ou Serviço A Escrituração Fiscal Digital exige que sejam informados as mercadorias, serviços, produtos ou quaisquer outros itens concernentes às transações fiscais. Conforme o Guia Prático ECD, a identificação do produto sempre deve ser gerada quando existe uma informação do item em algum dos registros do SPED Fiscal, como a movimentação do estoque nas notas de saída e entrada e no Livro de Inventário. As informações dos produtos devem ser precisas, aonde a discriminação do item deve identificar o mesmo, sendo vedadas as discriminações genéricas, (“diversas entradas”, “diversas saídas”, “mercadorias para revenda”, etc). São ressalvadas as operações que não destinam a uma posterior circulação ou apropriação. A RFB (2009) cita alguma destas situações: 1- de aquisição de "materiais para uso/consumo" que não gerem direitos a créditos; 2- que discriminem por gênero a aquisição de bens para o "ativo fixo" (e sua baixa); 3- que contenham os registros consolidados relativos aos contribuintes com atividades econômicas de fornecimento de energia elétrica, de fornecimento 55 de água canalizada, de fornecimento de gás canalizado, e de prestação de serviço de comunicação e telecomunicação que poderão, a critério do Fisco, utilizar registros consolidados por classe de consumo para representar suas saídas ou prestações. Pode-se verificar a discriminação do item conforme a operação no quadro abaixo: Operação entradas/aquisições ou saídas/prestação de itens de mercadoria ou serviço aquisição de vários itens de suprimentos diversos e de material para escritório em um mesmo documento fiscal. aquisição de vários componentes que componham um único item de ativo fixo Discriminação do item § Liquidificador Turbo; § Refresco Bom 300 ml § Materiais para uso/consumo § Ar-condicionado central Alfa 3000; § Computador Martus 800 MHz; § Escada rolante registro consolidado § 01 registro consolidando os documentos de consumo residencial até R$ 50,00 compra de energia elétrica § Energia elétrica compra de serviço de telecomunicação § Serviço de telecomunicação transferência de valor § Ressarcimento de ICMS-ST Quadro10: Exemplo (discriminações permitidas para os itens). Fonte: ATO COTEPE/ICMS Nº 38, DE 10 DE SETEMBRO DE 2009 Conforme o Ato COTEPE 82/06, o tratamento dado ao produto irá definir sua operação. O termo “Item” é utilizado nas operações fiscais que envolvam mercadorias, serviços, produtos ou quaisquer outros concernentes as operações fiscais. Já os vocábulos “Mercadorias” e “Produto”, indistintamente, referenciam as operações que envolvam atividades de comércio atacadista, varejista, atividades industriais. A cada produto, para que seja identificada a quantidade, é definida uma medida. O Ato COTEPE 38/09, determina a “Tabela de Identificação das Unidades de Medidas – tem o objetivo de descrever as unidades de medidas utilizadas no arquivo digital.” Em uma movimentação de produtos o contribuinte deve considerar a unidade de medida utilizada dentro de seu estoque, mesmo que na nota fiscal de entrada esta seja diferente. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). 56 3.1.1.1 Tipos de Item A Escrituração Fiscal Digital solicita que seja informado o tipo de item aplicável, sendo que quando o item possuir mais de uma destinação, deve ser informado o de maior relevância. São doze os tipos existentes de itens para atividades Industriais, Comerciais e Serviços: 00 Mercadorias para Revenda 01 Matéria – Prima 02 Embalagem 03 Produto em Processo 04 Produto Acabado 05 Subproduto 06 Produto Intermediário 07 Material de Uso e Consumo 08 Ativo Imobilizado 09 Serviços 10 Outros Insumos 99 Outros Quadro 11: Tipos de Item. Fonte: Guia Prático EFD – versão 2.0 (2009, p. 16). Dentro da Escrituração Fiscal Digital, o código irá referenciar seu tipo do produto conforme a tabela acima, aonde deve ser informada a destinação inicial do produto. 3.1.1.2 Códigos Obrigatórios A Escrituração Fiscal Digital pede que o item seja identificado por códigos como NCM (Nomenclatura Comum do MERCOSUL), constante na TIPI (Tabela de Incidência do Imposto de Produtos Industrializados), Código do Gênero do Item e Código de Serviço. O código NCM - Nomenclatura Comum do MERCOSUL é obrigatório na Escrituração Fiscal Digital, conforme o Ministério do Desenvolvimento, Industria e Comércio Exterior, “Este Sistema foi criado para promover o desenvolvimento do comércio internacional, assim como aprimorar a coleta, a comparação e a análise das estatísticas, particularmente as do comércio exterior.” 57 Quando existir para o item relacionado na EFD o código da TIPI - Tabela de Incidência do Imposto de Produtos Industrializados, o mesmo deve ser informado. Na ocorrência da aquisição de produtos primários, existe o Código do Gênero do Item, o valor informado na identificação do item na EFD, este deve contar na tabela "Gênero do Item de Mercadoria/Serviço", conforme Ato COTEPE/ICMS 09/08, item 4.2.1, corresponde à tabela de "Capítulos da NCM" acrescida do código "00 - Serviço". E para concluir a identificação do produto, quando este for um serviço deve ser informado o código do serviço, conforme o Anexo I da Lei Complementar 116/03. (RFB, 2009). O conjunto dos dados solicitados pela Escrituração Fiscal Digital na Identificação do Item será gerado no SPED, conforme (Anexo C). 3.1.2 Movimentação de Itens nas Notas Fiscais Na Escrituração Fiscal Digital, nas notas de modelo 01- Nota Fiscal, 1BNota Fiscal Avulsa, 04 – Nota Fiscal de Produtor e 55 – Nota Fiscal Eletrônica, obriga que seja discriminado os itens, que nestas gerarem movimentação. Conforme item 2.4.2.2.1 do Ato COTEPE/ICMS nº 09, de 18 de abril de 2008: [...] o termo "item" é aplicado às operações fiscais que envolvam mercadorias, serviços, produtos ou quaisquer outros itens concernentes às transações fiscais suportadas pelo documento, como por exemplo, nota fiscal complementar, nota fiscal de ressarcimento, transferências de créditos e outros casos. O registro de movimentação dos itens dentro da Escrituração Fiscal Digital será referenciado por um código já informado na identificação do item. Se na nota fiscal tiver alguma descrição complementar do item, este deve ser informado. (RFB, 2009). Na movimentação de produto deve ser informada a unidade por este utilizada, a quantidade e o valor, para cada item gerado na nota, sendo que uma mesma mercadoria não pode ser gerada mais de uma vez para o mesmo 58 documento fiscal. Não são todos os itens que geram movimentação de estoque, como exemplo os serviços, quando este é gerado na nota, deve-se informar que “não” geram movimentação física. 3.1.2.1 Códigos Obrigatórios e Tributação A Escrituração Fiscal Digital, na movimentação dos itens do Documento Fiscal, solicita que seja informado o Código da Situação Tributária dos impostos ICMS, IPI, PIS e COFINS. Conforme Convênio SN/70, atualizado pelo ajuste SINIEF 06/08, o Código da Situação Tributária é composto por três números, sendo o primeiro a origem da mercadoria ou serviço (Tabela A), e os dois últimos a tributação do ICMS (Tabela B), conforme tabela a seguir: Tabela A – Origem da Situação Tributária Nacional; Estrangeira – Importação Direta; Estrangeira – Adquirida no mercado interno. Tabela B – Tributação do ICMS 00 Tributada Integralmente; 10 Tributada e com cobrança do ICMS por substituição tributária; 20 Com redução da base de cálculo; 30 Isenta ou não tributada e com a cobrança do ICMS por substituição tributária; 40 Isenta, 41 Não tributada; 50 Suspensão; 51 Diferimento; 60 ICMS cobrado anteriormente por substituição tributária; 70 Com redução da base de cálculo e cobrança do ICMS por substituição tributária; 90 Outros. Quadro 12: CST-ICMS, Código da Situação Tributária do ICMS. Fonte: CONVÊNIO S/Nº, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1970. 0 1 2 O CST – IPI, Código da Situação Tributária do IPI, somente deve ser informado caso o declarante seja contribuinte do Imposto de Produto Industrializado. A IN RFB nº 1009, de 10 de fevereiro de 2010, determina a seguinte tabela para o CST – IPI: 00 01 02 03 Entrada com Recuperação de Crédito Entrada Tributável com Alíquota Zero Entrada Isenta Entrada Não-Tributada 59 04 Entrada Imune 05 Entrada com Suspensão 49 Outras Entradas 50 Saída Tributada 52 Saída Tributável com Alíquota Zero 52 Saída Isenta 53 Saída Não-Tributada 54 Saída Imune 55 Saída com Suspensão 99 Outras Saídas Quadro 13: CST- IPI, Código da Situação Tributária do IPI. Fonte: Instrução Normativa RFB nº 1.009, de 10 de fevereiro de 2010. Pela IN n° 1009/10, também foi formalizado nova tabela de CST – PIS/COFINS, Código Situação Tributária para PIS e COFINS, para que seja informada na Escrituração Fiscal Digital: 01 02 03 04 05 06 07 08 09 49 50 51 52 53 54 55 56 60 61 62 63 64 65 66 67 70 Operação Tributável com Alíquota Básica Operação Tributável com Alíquota Diferenciada Operação Tributável com Alíquota por Unidade de Medida de Produto Operação Tributável Monofásica - Revenda a Alíquota Zero Operação Tributável por Substituição Tributária Operação Tributável a Alíquota Zero Operação Isenta da Contribuição Operação sem Incidência da Contribuição Operação com Suspensão da Contribuição Outras Operações de Saída Operação com Direito a Crédito - Vinculada Exclusivamente a Receita Tributada no Mercado Interno Operação com Direito a Crédito - Vinculada Exclusivamente a Receita Não Tributada no Mercado Interno Operação com Direito a Crédito - Vinculada Exclusivamente a Receita de Exportação Operação com Direito a Crédito - Vinculada a Receitas Tributadas e Não-Tributadas no Mercado Interno Operação com Direito a Crédito - Vinculada a Receitas Tributadas no Mercado Interno e de Exportação Operação com Direito a Crédito - Vinculada a Receitas Não-Tributadas no Mercado Interno e de Exportação Operação com Direito a Crédito - Vinculada a Receitas Tributadas e Não-Tributadas no Mercado Interno, e de Exportação Crédito Presumido - Operação de Aquisição Vinculada Exclusivamente a Receita Tributada no Mercado Interno Crédito Presumido - Operação de Aquisição Vinculada Exclusivamente a Receita NãoTributada no Mercado Interno Crédito Presumido - Operação de Aquisição Vinculada Exclusivamente a Receita de Exportação Crédito Presumido - Operação de Aquisição Vinculada a Receitas Tributadas e NãoTributadas no Mercado Interno Crédito Presumido - Operação de Aquisição Vinculada a Receitas Tributadas no Mercado Interno e de Exportação Crédito Presumido - Operação de Aquisição Vinculada a Receitas Não-Tributadas no Mercado Interno e de Exportação Crédito Presumido - Operação de Aquisição Vinculada a Receitas Tributadas e NãoTributadas no Mercado Interno, e de Exportação Crédito Presumido - Outras Operações Operação de Aquisição sem Direito a Crédito 60 71 Operação de Aquisição com Isenção 72 Operação de Aquisição com Suspensão 73 Operação de Aquisição a Alíquota Zero 74 Operação de Aquisição sem Incidência da Contribuição 75 Operação de Aquisição por Substituição Tributária 98 Outras Operações de Entrada 99 Outras Operações Quadro 14: CST- PIS/COFINS, Código da Situação Tributária do PIS e COFINS. Fonte: Instrução Normativa RFB nº 1.009, de 10 de fevereiro de 2010. Junto a estes códigos deve ser informado o CFOP – Código Fiscal de Operação e Serviço que descreve a natureza da operação realizada. Também deve ser discriminado a tributação do Item, dos impostos ICMS, ICMS-ST, IPI, PIS e COFINS. A Escrituração Fiscal Digital solicita a Base de Cálculo, Alíquota e o Valor do Imposto. (RFB, 2010). A tributação dos itens deve ser gerada condizente com a nota, pois o SPED Fiscal faz uma comparação dos valores dos impostos informados na movimentação dos produtos e a tributação informada na identificação do documento fiscal, exemplo: O valor do ICMS informado no (Registro C100 – Documento Fiscal) da Escrituração é diferente o valor do ICMS debitado/Creditado informado no (Registro C170 – Item do Documento). A Escrituração Fiscal Digital, para os impostos ICMS e IPI, com os dados prestados, faz sua própria apuração e verifica se está igual a informada no Bloco E, aonde o contribuinte irá informar a apuração do ICMS, ICMS-ST e IPI. O conjunto dos dados solicitados pela Escrituração Fiscal Digital na movimentação do Item será gerado no SPED, conforme (Anexo D). 3.1.3 Inventário A Escrituração Fiscal Digital solicita que seja informado o Livro de Registro de Inventário, sendo que a entrega deste deve constar os produtos conforme orienta o art. 76, do Convênio S/N de 15 de dezembro de 1970, que diz: Art. 76. O livro Registro de Inventário, modelo 7, destina-se a arrolar, pelos seus valores e com especificações que permitam sua perfeita identificação, as mercadorias, as matérias-primas, os produtos intermediários, os materiais de embalagem, os produtos manufaturados e os produtos em 61 fabricação, existentes no estabelecimento à época do balanço. § 1º No livro referido neste artigo serão também arrolados, separadamente: 1. as mercadorias, as matérias-primas, os produtos intermediários, os materiais de embalagem e os produtos manufaturados pertencentes ao estabelecimento, em poder de terceiros; 2. as mercadorias, as matérias-primas, os produtos intermediários, os materiais de embalagem, os produtos manufaturados e os produtos em fabricação de terceiros, em poder do estabelecimento. O Livro de Inventário deve ser entregue junto à movimentação do segundo período de apuração subsequente ao fechamento do Balanço, normalmente em dezembro. Sendo assim, é obrigatório em Fevereiro. O contribuinte, se desejar, pode fazer a entrega deste livro mensalmente. (RFB, 2010). Este livro discrimina os itens existentes no estoque, portanto, somente será gerado quando o saldo do item no final do período for diferente de zero. O produto será referenciado na Escrituração Fiscal Digital, no Inventário, pelo código já informado na identificação do item. Neste será informado o saldo final do produto do período anterior a qual se refere, ou seja, se for anual, será o saldo de 31/12 do ano anterior, se for mensal será o saldo do último dia do mês anterior. (RFB, 2010). Será informado também a quantidade final, o valor unitário e o valor total de cada item. Serão identificados ainda, como nos demais registros, as unidades de medida dos itens. Nem sempre o produto em estoque é do contribuinte, sendo assim, a EFD solicita que seja informado o indicador de posse do item: 0 Item de propriedade do Informante e em seu poder; 1 Item de propriedade do informante em posse de terceiros; 2 Item de propriedade de terceiros em posse do informante. Quadro 15: Indicador de Posse do Item. Fonte: Guia Prático EFD,versão 2.0.1 (2010, p.124). Com esta sequência de informações, obtém-se o Registro de Inventário, com o saldo final em estoque dos produtos centralizados, já que a EFD com os dados da movimentação das mercadorias, possibilita este controle. A o saldo final do produto no Inventário, pode ser observado no (Anexo E). 3.2 Controle de Estoque na Nota Fiscal Eletrônica 62 Como a Escrituração Fiscal Digital, a Nota Fiscal Eletrônica também deve gerar informações referente aos itens. Com uma perspectiva diferente, a NF-e irá descrever a movimentação dos produtos e serviços que ocorreram no documento fiscal a qual se refere. A NF-e transmitida para a SEFAZ, emitida na DANFE e gerada em arquivo XML, deverá detalhar o cadastro de cada item e a movimentação gerada por este no documento fiscal. (RFB, 2010). A legislação fiscal permite que uma nota fiscal tenha até 990 itens, o fato é que a Nota Fiscal Eletrônica, sendo um documento digital, tem um limite de armazenamento, ou seja, a NF-e possibilita que seja transmitido apenas arquivos com máximo de 500 kb, sendo assim, o arquivo deve obedecer estes dois limites. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). Quando ocorrer devolução de uma NF-e, ou o destinatário emite uma nota fiscal de compra ou este recusa a mercadoria, destacando os motivos no verso do DANFE, neste caso, o emitente irá gerar uma NF-e de entrada para poder receber a mercadoria devolvida. (RFB, 2009). 3.2.1 Identificação do Produto e Serviço Na identificação do item na Nota Fiscal Eletrônica, existe um detalhamento que normalmente não ocorria nas notas de modelo 1 e 1A. Sistemas de informações hoje, conseguem importar a NF-e e com isso cadastrar o produto ou serviço automaticamente, devido a quantidade de informações prestadas. A primeira informação gerada é o código do produto ou serviço, este representa a codificação deste item para o emitente. Caso este não possua codificação própria, como itens de ativo ou uso e consumo, pode ser preenchido com o CFOP (formato “CFOP9999”). (AZEVEDO e MARIANO, 2009). A NF-e solicita que seja informado o código (Global Trade Item Number) ou (Número Global de Item Comercial) GTIN-8, GTIN-12, ou GTIN-14 (antigos códigos EAN, UPC e DUN-14) este seria um código de barras. Conforme a Simply Barcodes: 63 [...] é uma série de dígitos composta por linhas (barras) de diferentes larguras, as quais representam uma sequência numérica, geralmente apresentada abaixo das linhas (barras). Este código é usado por revendedores para rastrear suas vendas e inventário. Ou seja, quando um produto é escaneado o código de 13 dígitos é usado para rastrear algumas informações acerca dele, tais como nome e preço. Estas informações serão vistas na caixa registradora. Todo produto relacionado na nota deve ter sua descrição, mesmo que o item seja um serviço. Da mesma forma que a Escrituração Fiscal Digital, deve ser informado o código NCM – Nomenclatura Comum do MERCOSUL. Conforme o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: O Brasil, a Argentina, o Paraguai e o Uruguai adotam, desde janeiro de 1995, a Nomenclatura Comum do MERCOSUL (NCM), que tem por base o Sistema Harmonizado. Assim, dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são formados pelo Sistema Harmonizado, enquanto o sétimo e oitavo dígitos correspondem a desdobramentos específicos atribuídos no âmbito do MERCOSUL. Dos códigos a serem informados na Nota Fiscal Eletrônica, também deve ser gerado o EX da TIPI, e o gênero do produto conforme a Tabela de Capítulos da NCM, em ambos, em caso de serviço, não deve ser preenchido estes códigos. (RFB, 2010). Este conjunto de informações é gerado na nota junto a sua movimentação, aonde é identificado o item na transação comercial (Anexo F). 3.2.2 Movimentação do Produto ou Serviço na NF-e Para cada produto relacionado na nota serão geradas as informações referente à sua movimentação. “O CFOP passa ser informado item a item, podendo ser diferente para os vários itens da nota fiscal.” (AZEVEDO e MARIANO, 2009, p. 147). Deve ser informada a unidade comercial e tributável, e junto a estes a quantidade e valor unitário para cada item. (RFB, 2010). Se houver frete, seguro ou desconto, estes valores de despesas acessórias devem ser informados para cada item. Caso estes valores não sejam 64 cobrados ou englobem o valor do produto, não precisam ser descriminados na nota. (AZEVEDO e MARIANO, 2009). Referente aos tributos, item a item deve ser gerado a tributação do ICMS, IPI, PIS, COFINS, ISSQN e Imposto de Importação. Para estes tributos, exceto ISSQN e Imposto de Importação, são exigidos o código da situação tributária sendo estes já especificados no tópico 3.1.2.1. Para o ISSQN, será necessária a informação da lista de serviços, conforme o Anexo I da Lei Complementar 116/03 (Anexo G). (RFB, 2009). Para todos estes impostos, serão geradas base de cálculo, alíquota e valor do imposto. Nem todo o detalhamento gerado na movimentação dos produtos e serviços gerados na Nota Fiscal Eletrônica, serão repassados para os clientes ou destinatários. Muitos destes dados serão exclusivos para controle do fisco. 65 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A tecnologia, que hoje alcançou um patamar anteriormente não esperado, diminuiu a distância existente entre o contribuinte e as administrações tributárias. O governo em busca de uma fiscalização eficiente, implantou o Sistema Público de Escrituração Digital. Este “pretende” substituir todos os documentos fiscais em papel por eletrônicos, isso porque atualmente as empresas que estão obrigadas à Escrituração Fiscal Digital, ainda continuam obrigadas aos demais informativos, como a DIME, DACON, DCTF, entre outros. Este novo sistema atende as exigências do fisco, reunindo todas as informações prestadas pelos contribuintes em um único banco de dados, sendo este compartilhado entre as esferas do governo, gerando assim, a possibilidade de cruzamento de informações ao alcance da União, dos Estados e Municípios. Irá beneficiar os contribuintes, sendo que este terá de entregar uma única declaração padronizada, economizando tempo e recursos. Mas ao mesmo tempo, o contribuinte terá de preocupar-se com as informações prestadas, devido ao detalhamento solicitado para fiscalização. Muitos contribuintes ainda não conseguem verificar as benfeitorias que o SPED traz. Isso devido à cultura, ainda existente, do “Papel”, e pelo ônus financeiro e o estresse da implantação. Mas, com este novo sistema, as empresas terão competitividade, pois, atualmente, devido à sonegação fiscal e não controle das informações existentes nas organizações, o mercado é deficiente e desigual. Muitas empresas, ainda hoje, não têm controles eficientes, no qual possam ter os seus verdadeiros resultados, com análises pertinentes. Muitas vezes isso ocorre devido a necessidade de tecnologia, que em sua implantação gera um custo. Algumas organizações não percebem a necessidade de investir em informatização para redução de riscos. O fato é que, com a implementação do SPED, o fisco exige muitas informações contidas em controles gerados na gestão empresarial, e com isso, os contribuintes serão obrigados a buscar recursos para que possam gerar tais dados. O controle de estoque, tanto na EFD quanto na NF-e é relevante, devido às informações neste prestadas, que serão fonte de forte fiscalização, pois na movimentação de mercadorias e serviços é possível fazer cruzamentos dos dados 66 recolhidos dos contribuintes, a fim de verificar o real faturamento e custos das organizações. Mesmo assim, existem muitas empresas que irão entregar as informações solicitadas pelo fisco, sem fazer utilização em sua administração. Isso pode ser verificado em Escritórios Contábeis, que recolhem os dados solicitados pelo governo junto ao seus clientes, muitas vezes por importação de arquivos, em seus sistemas fazem a montagem das informações para entrega da obrigação acessória. As organizações que estão obrigadas ao SPED em algum dos subprojetos, muitas vezes estão preocupadas somente com a emissão ou com a validação e entrega dos arquivos, que muitas vezes, devido a problemas estruturais, são rejeitados, e não se atém que estas informações entregues à administração tributária, posteriormente serão fiscalizadas. É possível verificar neste momento de transição a valorização da classe contábil. Das informações exigidas pelo SPED, a maioria é de domínio do contador, sendo assim, este estará presente junto à organização para que se possa estruturar todas as movimentações, inclusive do controle de estoque, para que seja feita a geração das informações relativas aos fatos ocorridos. 67 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARNOLD, J.R. Tony. Administração de Materiais. São Paulo: Atlas, 1999. AZEVEDO, Osmar Reis; MARIANO, Paulo Antonio. SPED – Sistema Público de Escrituração Digital. São Paulo: IOB, 2009. BRASIL. AJUSTE SINIEF 07/05. Disponível em: <http://www.fazenda.gov.br/confaz/confaz/ajustes/2009/AJ_002_09.htm>. em; 07 Mai. 2010. Acesso BRASIL. AJUSTE SINIEF 02/09. Disponível em: <http://www.fazenda.gov.br/confaz/confaz/ajustes/2005/AJ_007_05.htm>. em; 29 Abr. 2010. Acesso BRASIL. ATO COTEPE/ICMS 72, de Dezembro de 2005. Disponível em: <http://www.fazenda.gov.br/Confaz/confaz/Atos/Atos_Cotepe/2005/AC072_05.htm>. Acesso em; 28 Abr. 2010. BRASIL. ATO COTEPE/ICMS 15, de Março de 2009. Disponível em: <http://www.fazenda.gov.br/confaz/confaz/Atos/Atos_Cotepe/2009/ac015_09.htm>. Acesso em; 30 Abr. 2010. BRASIL. ATO COTEPE/ICMS 38, de Setembro de 2009. Disponível em: <http://www.fazenda.gov.br/confaz/confaz/atos/atos_cotepe/2009/ac038_09.htm>. Acesso em; 13 Mai. 2010. BRASIL. ATO COTEPE/ICMS 82/06. Disponível em: <http://www.fazenda.gov.br/confaz/Confaz/Atos/Atos_Cotepe/2007/..%5C2006%5CA C082_06.htm>. Acesso em; 13 Mai. 2010. BRASIL. ATO COTEPE/ICMS 09, de Abril de 2008 . 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São Paulo: Atlas, 2002. 448p. 71 ANEXO A - DANFE 72 73 ANEXO B – FORMULÁRIO DE SEGURANÇA 74 75 ANEXO C – IDENTIFICAÇÃO DO ITEM EFD 76 77 ANEXO D – ITEM DO DOCUMENTO EFD 78 79 ANEXO E – ITEM NO INVENTÁRIO EFD 80 81 ANEXO F – ITENS NA NF-e 82 83 ANEXO G – ANEXO I DA LEI COMPLEMENTAR 116/03 84 Lista de serviços anexa à Lei Complementar nº 116, de 31 de julho de 2003. 1 – Serviços de informática e congêneres. 1.01 – Análise e desenvolvimento de sistemas. 1.02 – Programação. 1.03 – Processamento de dados e congêneres. 1.04 – Elaboração de programas de computadores, inclusive de jogos eletrônicos. 1.05 – Licenciamento ou cessão de direito de uso de programas de computação. 1.06 – Assessoria e consultoria em informática. 1.07 – Suporte técnico em informática, inclusive instalação, configuração e manutenção de programas de computação e bancos de dados. 1.08 – Planejamento, confecção, manutenção e atualização de páginas eletrônicas. 2 – Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza. 2.01 – Serviços de pesquisas e desenvolvimento de qualquer natureza. 3 – Serviços prestados mediante locação, cessão de direito de uso e congêneres. 3.01 – (VETADO) 3.02 – Cessão de direito de uso de marcas e de sinais de propaganda. 3.03 – Exploração de salões de festas, centro de convenções, escritórios virtuais, stands, quadras esportivas, estádios, ginásios, auditórios, casas de espetáculos, parques de diversões, canchas e congêneres, para realização de eventos ou negócios de qualquer natureza. 3.04 – Locação, sublocação, arrendamento, direito de passagem ou permissão de uso, compartilhado ou não, de ferrovia, rodovia, postes, cabos, dutos e condutos de qualquer natureza. 3.05 – Cessão de andaimes, palcos, coberturas e outras estruturas de uso temporário. 4 – Serviços de saúde, assistência médica e congêneres. 4.01 – Medicina e biomedicina. 4.02 – Análises clínicas, patologia, eletricidade médica, radioterapia, quimioterapia, ultrasonografia, ressonância magnética, radiologia, tomografia e congêneres. 4.03 – Hospitais, clínicas, laboratórios, sanatórios, manicômios, casas de saúde, prontossocorros, ambulatórios e congêneres. 4.04 – Instrumentação cirúrgica. 4.05 – Acupuntura. 85 4.06 – Enfermagem, inclusive serviços auxiliares. 4.07 – Serviços farmacêuticos. 4.08 – Terapia ocupacional, fisioterapia e fonoaudiologia. 4.09 – Terapias de qualquer espécie destinadas ao tratamento físico, orgânico e mental. 4.10 – Nutrição. 4.11 – Obstetrícia. 4.12 – Odontologia. 4.13 – Ortóptica. 4.14 – Próteses sob encomenda. 4.15 – Psicanálise. 4.16 – Psicologia. 4.17 – Casas de repouso e de recuperação, creches, asilos e congêneres. 4.18 – Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres. 4.19 – Bancos de sangue, leite, pele, olhos, óvulos, sêmen e congêneres. 4.20 – Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais biológicos de qualquer espécie. 4.21 – Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel e congêneres. 4.22 – Planos de medicina de grupo ou individual e convênios para prestação de assistência médica, hospitalar, odontológica e congêneres. 4.23 – Outros planos de saúde que se cumpram através de serviços de terceiros contratados, credenciados, cooperados ou apenas pagos pelo operador do plano mediante indicação do beneficiário. 5 – Serviços de medicina e assistência veterinária e congêneres. 5.01 – Medicina veterinária e zootecnia. 5.02 – Hospitais, clínicas, ambulatórios, prontos-socorros e congêneres, na área veterinária. 5.03 – Laboratórios de análise na área veterinária. 5.04 – Inseminação artificial, fertilização in vitro e congêneres. 5.05 – Bancos de sangue e de órgãos e congêneres. 5.06 – Coleta de sangue, leite, tecidos, sêmen, órgãos e materiais biológicos de qualquer espécie. 86 5.07 – Unidade de atendimento, assistência ou tratamento móvel e congêneres. 5.08 – Guarda, tratamento, amestramento, embelezamento, alojamento e congêneres. 5.09 – Planos de atendimento e assistência médico-veterinária. 6 – Serviços de cuidados pessoais, estética, atividades físicas e congêneres. 6.01 – Barbearia, cabeleireiros, manicuros, pedicuros e congêneres. 6.02 – Esteticistas, tratamento de pele, depilação e congêneres. 6.03 – Banhos, duchas, sauna, massagens e congêneres. 6.04 – Ginástica, dança, esportes, natação, artes marciais e demais atividades físicas. 6.05 – Centros de emagrecimento, spa e congêneres. 7 – Serviços relativos a engenharia, arquitetura, geologia, urbanismo, construção civil, manutenção, limpeza, meio ambiente, saneamento e congêneres. 7.01 – Engenharia, agronomia, agrimensura, arquitetura, geologia, urbanismo, paisagismo e congêneres. 7.02 – Execução, por administração, empreitada ou subempreitada, de obras de construção civil, hidráulica ou elétrica e de outras obras semelhantes, inclusive sondagem, perfuração de poços, escavação, drenagem e irrigação, terraplanagem, pavimentação, concretagem e a instalação e montagem de produtos, peças e equipamentos (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador de serviços fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 7.03 – Elaboração de planos diretores, estudos de viabilidade, estudos organizacionais e outros, relacionados com obras e serviços de engenharia; elaboração de anteprojetos, projetos básicos e projetos executivos para trabalhos de engenharia. 7.04 – Demolição. 7.05 – Reparação, conservação e reforma de edifícios, estradas, pontes, portos e congêneres (exceto o fornecimento de mercadorias produzidas pelo prestador dos serviços, fora do local da prestação dos serviços, que fica sujeito ao ICMS). 7.06 – Colocação e instalação de tapetes, carpetes, assoalhos, cortinas, revestimentos de parede, vidros, divisórias, placas de gesso e congêneres, com material fornecido pelo tomador do serviço. 7.07 – Recuperação, raspagem, polimento e lustração de pisos e congêneres. 7.08 – Calafetação. 7.09 – Varrição, coleta, remoção, incineração, tratamento, reciclagem, separação e destinação final de lixo, rejeitos e outros resíduos quaisquer. 7.10 – Limpeza, manutenção e conservação de vias e logradouros públicos, imóveis, chaminés, piscinas, parques, jardins e congêneres. 7.11 – Decoração e jardinagem, inclusive corte e poda de árvores. 87 7.12 – Controle e tratamento de efluentes de qualquer natureza e de agentes físicos, químicos e biológicos. 7.13 – Dedetização, desinfecção, desinsetização, imunização, higienização, desratização, pulverização e congêneres. 7.14 – (VETADO) 7.15 – (VETADO) 7.16 – Florestamento, reflorestamento, semeadura, adubação e congêneres. 7.17 – Escoramento, contenção de encostas e serviços congêneres. 7.18 – Limpeza e dragagem de rios, portos, canais, baías, lagos, lagoas, represas, açudes e congêneres. 7.19 – Acompanhamento e fiscalização da execução de obras de engenharia, arquitetura e urbanismo. 7.20 – Aerofotogrametria (inclusive interpretação), cartografia, mapeamento, levantamentos topográficos, batimétricos, geográficos, geodésicos, geológicos, geofísicos e congêneres. 7.21 – Pesquisa, perfuração, cimentação, mergulho, perfilagem, concretação, testemunhagem, pescaria, estimulação e outros serviços relacionados com a exploração e explotação de petróleo, gás natural e de outros recursos minerais. 7.22 – Nucleação e bombardeamento de nuvens e congêneres. 8 – Serviços de educação, ensino, orientação pedagógica e educacional, instrução, treinamento e avaliação pessoal de qualquer grau ou natureza. 8.01 – Ensino regular pré-escolar, fundamental, médio e superior. 8.02 – Instrução, treinamento, orientação pedagógica e educacional, avaliação de conhecimentos de qualquer natureza. 9 – Serviços relativos a hospedagem, turismo, viagens e congêneres. 9.01 – Hospedagem de qualquer natureza em hotéis, apart-service condominiais, flat, aparthotéis, hotéis residência, residence-service, suite service, hotelaria marítima, motéis, pensões e congêneres; ocupação por temporada com fornecimento de serviço (o valor da alimentação e gorjeta, quando incluído no preço da diária, fica sujeito ao Imposto Sobre Serviços). 9.02 – Agenciamento, organização, promoção, intermediação e execução de programas de turismo, passeios, viagens, excursões, hospedagens e congêneres. 9.03 – Guias de turismo. 10 – Serviços de intermediação e congêneres. 10.01 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de câmbio, de seguros, de cartões de crédito, de planos de saúde e de planos de previdência privada. 10.02 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de títulos em geral, valores mobiliários e contratos quaisquer. 88 10.03 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de direitos de propriedade industrial, artística ou literária. 10.04 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de contratos de arrendamento mercantil (leasing), de franquia (franchising) e de faturização (factoring). 10.05 – Agenciamento, corretagem ou intermediação de bens móveis ou imóveis, não abrangidos em outros itens ou subitens, inclusive aqueles realizados no âmbito de Bolsas de Mercadorias e Futuros, por quaisquer meios. 10.06 – Agenciamento marítimo. 10.07 – Agenciamento de notícias. 10.08 – Agenciamento de publicidade e propaganda, inclusive o agenciamento de veiculação por quaisquer meios. 10.09 – Representação de qualquer natureza, inclusive comercial. 10.10 – Distribuição de bens de terceiros. 11 – Serviços de guarda, estacionamento, armazenamento, vigilância e congêneres. 11.01 – Guarda e estacionamento de veículos terrestres automotores, de aeronaves e de embarcações. 11.02 – Vigilância, segurança ou monitoramento de bens e pessoas. 11.03 – Escolta, inclusive de veículos e cargas. 11.04 – Armazenamento, depósito, carga, descarga, arrumação e guarda de bens de qualquer espécie. 12 – Serviços de diversões, lazer, entretenimento e congêneres. 12.01 – Espetáculos teatrais. 12.02 – Exibições cinematográficas. 12.03 – Espetáculos circenses. 12.04 – Programas de auditório. 12.05 – Parques de diversões, centros de lazer e congêneres. 12.06 – Boates, taxi-dancing e congêneres. 12.07 – Shows, ballet, danças, desfiles, bailes, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres. 12.08 – Feiras, exposições, congressos e congêneres. 12.09 – Bilhares, boliches e diversões eletrônicas ou não. 12.10 – Corridas e competições de animais. 89 12.11 – Competições esportivas ou de destreza física ou intelectual, com ou sem a participação do espectador. 12.12 – Execução de música. 12.13 – Produção, mediante ou sem encomenda prévia, de eventos, espetáculos, entrevistas, shows, ballet, danças, desfiles, bailes, teatros, óperas, concertos, recitais, festivais e congêneres. 12.14 – Fornecimento de música para ambientes fechados ou não, mediante transmissão por qualquer processo. 12.15 – Desfiles de blocos carnavalescos ou folclóricos, trios elétricos e congêneres. 12.16 – Exibição de filmes, entrevistas, musicais, espetáculos, shows, concertos, desfiles, óperas, competições esportivas, de destreza intelectual ou congêneres. 12.17 – Recreação e animação, inclusive em festas e eventos de qualquer natureza. 13 – Serviços relativos a fonografia, fotografia, cinematografia e reprografia. 13.01 – (VETADO) 13.02 – Fonografia ou gravação de sons, inclusive trucagem, dublagem, mixagem e congêneres. 13.03 – Fotografia e cinematografia, inclusive revelação, ampliação, cópia, reprodução, trucagem e congêneres. 13.04 – Reprografia, microfilmagem e digitalização. 13.05 – Composição gráfica, fotocomposição, clicheria, zincografia, litografia, fotolitografia. 14 – Serviços relativos a bens de terceiros. 14.01 – Lubrificação, limpeza, lustração, revisão, carga e recarga, conserto, restauração, blindagem, manutenção e conservação de máquinas, veículos, aparelhos, equipamentos, motores, elevadores ou de qualquer objeto (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS). 14.02 – Assistência técnica. 14.03 – Recondicionamento de motores (exceto peças e partes empregadas, que ficam sujeitas ao ICMS). 14.04 – Recauchutagem ou regeneração de pneus. 14.05 – Restauração, recondicionamento, acondicionamento, pintura, beneficiamento, lavagem, secagem, tingimento, galvanoplastia, anodização, corte, recorte, polimento, plastificação e congêneres, de objetos quaisquer. 14.06 – Instalação e montagem de aparelhos, máquinas e equipamentos, inclusive montagem industrial, prestados ao usuário final, exclusivamente com material por ele fornecido. 14.07 – Colocação de molduras e congêneres. 14.08 – Encadernação, gravação e douração de livros, revistas e congêneres. 90 14.09 – Alfaiataria e costura, quando o material for fornecido pelo usuário final, exceto aviamento. 14.10 – Tinturaria e lavanderia. 14.11 – Tapeçaria e reforma de estofamentos em geral. 14.12 – Funilaria e lanternagem. 14.13 – Carpintaria e serralheria. 15 – Serviços relacionados ao setor bancário ou financeiro, inclusive aqueles prestados por instituições financeiras autorizadas a funcionar pela União ou por quem de direito. 15.01 – Administração de fundos quaisquer, de consórcio, de cartão de crédito ou débito e congêneres, de carteira de clientes, de cheques pré-datados e congêneres. 15.02 – Abertura de contas em geral, inclusive conta-corrente, conta de investimentos e aplicação e caderneta de poupança, no País e no exterior, bem como a manutenção das referidas contas ativas e inativas. 15.03 – Locação e manutenção de cofres particulares, de terminais eletrônicos, de terminais de atendimento e de bens e equipamentos em geral. 15.04 – Fornecimento ou emissão de atestados em geral, inclusive atestado de idoneidade, atestado de capacidade financeira e congêneres. 15.05 – Cadastro, elaboração de ficha cadastral, renovação cadastral e congêneres, inclusão ou exclusão no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos – CCF ou em quaisquer outros bancos cadastrais. 15.06 – Emissão, reemissão e fornecimento de avisos, comprovantes e documentos em geral; abono de firmas; coleta e entrega de documentos, bens e valores; comunicação com outra agência ou com a administração central; licenciamento eletrônico de veículos; transferência de veículos; agenciamento fiduciário ou depositário; devolução de bens em custódia. 15.07 – Acesso, movimentação, atendimento e consulta a contas em geral, por qualquer meio ou processo, inclusive por telefone, fac-símile, internet e telex, acesso a terminais de atendimento, inclusive vinte e quatro horas; acesso a outro banco e a rede compartilhada; fornecimento de saldo, extrato e demais informações relativas a contas em geral, por qualquer meio ou processo. 15.08 – Emissão, reemissão, alteração, cessão, substituição, cancelamento e registro de contrato de crédito; estudo, análise e avaliação de operações de crédito; emissão, concessão, alteração ou contratação de aval, fiança, anuência e congêneres; serviços relativos a abertura de crédito, para quaisquer fins. 15.09 – Arrendamento mercantil (leasing) de quaisquer bens, inclusive cessão de direitos e obrigações, substituição de garantia, alteração, cancelamento e registro de contrato, e demais serviços relacionados ao arrendamento mercantil (leasing). 15.10 – Serviços relacionados a cobranças, recebimentos ou pagamentos em geral, de títulos quaisquer, de contas ou carnês, de câmbio, de tributos e por conta de terceiros, inclusive os efetuados por meio eletrônico, automático ou por máquinas de atendimento; fornecimento de posição de cobrança, recebimento ou pagamento; emissão de carnês, fichas de compensação, impressos e documentos em geral. 91 15.11 – Devolução de títulos, protesto de títulos, sustação de protesto, manutenção de títulos, reapresentação de títulos, e demais serviços a eles relacionados. 15.12 – Custódia em geral, inclusive de títulos e valores mobiliários. 15.13 – Serviços relacionados a operações de câmbio em geral, edição, alteração, prorrogação, cancelamento e baixa de contrato de câmbio; emissão de registro de exportação ou de crédito; cobrança ou depósito no exterior; emissão, fornecimento e cancelamento de cheques de viagem; fornecimento, transferência, cancelamento e demais serviços relativos a carta de crédito de importação, exportação e garantias recebidas; envio e recebimento de mensagens em geral relacionadas a operações de câmbio. 15.14 – Fornecimento, emissão, reemissão, renovação e manutenção de cartão magnético, cartão de crédito, cartão de débito, cartão salário e congêneres. 15.15 – Compensação de cheques e títulos quaisquer; serviços relacionados a depósito, inclusive depósito identificado, a saque de contas quaisquer, por qualquer meio ou processo, inclusive em terminais eletrônicos e de atendimento. 15.16 – Emissão, reemissão, liquidação, alteração, cancelamento e baixa de ordens de pagamento, ordens de crédito e similares, por qualquer meio ou processo; serviços relacionados à transferência de valores, dados, fundos, pagamentos e similares, inclusive entre contas em geral. 15.17 – Emissão, fornecimento, devolução, sustação, cancelamento e oposição de cheques quaisquer, avulso ou por talão. 15.18 – Serviços relacionados a crédito imobiliário, avaliação e vistoria de imóvel ou obra, análise técnica e jurídica, emissão, reemissão, alteração, transferência e renegociação de contrato, emissão e reemissão do termo de quitação e demais serviços relacionados a crédito imobiliário. 16 – Serviços de transporte de natureza municipal. 16.01 – Serviços de transporte de natureza municipal. 17 – Serviços de apoio técnico, administrativo, jurídico, contábil, comercial e congêneres. 17.01 – Assessoria ou consultoria de qualquer natureza, não contida em outros itens desta lista; análise, exame, pesquisa, coleta, compilação e fornecimento de dados e informações de qualquer natureza, inclusive cadastro e similares. 17.02 – Datilografia, digitação, estenografia, expediente, secretaria em geral, resposta audível, redação, edição, interpretação, revisão, tradução, apoio e infra-estrutura administrativa e congêneres. 17.03 – Planejamento, coordenação, programação ou organização técnica, financeira ou administrativa. 17.04 – Recrutamento, agenciamento, seleção e colocação de mão-de-obra. 17.05 – Fornecimento de mão-de-obra, mesmo em caráter temporário, inclusive de empregados ou trabalhadores, avulsos ou temporários, contratados pelo prestador de serviço. 17.06 – Propaganda e publicidade, inclusive promoção de vendas, planejamento de campanhas ou sistemas de publicidade, elaboração de desenhos, textos e demais materiais publicitários. 17.07 – (VETADO) 92 17.08 – Franquia (franchising). 17.09 – Perícias, laudos, exames técnicos e análises técnicas. 17.10 – Planejamento, organização e administração de feiras, exposições, congressos e congêneres. 17.11 – Organização de festas e recepções; bufê (exceto o fornecimento de alimentação e bebidas, que fica sujeito ao ICMS). 17.12 – Administração em geral, inclusive de bens e negócios de terceiros. 17.13 – Leilão e congêneres. 17.14 – Advocacia. 17.15 – Arbitragem de qualquer espécie, inclusive jurídica. 17.16 – Auditoria. 17.17 – Análise de Organização e Métodos. 17.18 – Atuária e cálculos técnicos de qualquer natureza. 17.19 – Contabilidade, inclusive serviços técnicos e auxiliares. 17.20 – Consultoria e assessoria econômica ou financeira. 17.21 – Estatística. 17.22 – Cobrança em geral. 17.23 – Assessoria, análise, avaliação, atendimento, consulta, cadastro, seleção, gerenciamento de informações, administração de contas a receber ou a pagar e em geral, relacionados a operações de faturização (factoring). 17.24 – Apresentação de palestras, conferências, seminários e congêneres. 18 – Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêneres. 18.01 - Serviços de regulação de sinistros vinculados a contratos de seguros; inspeção e avaliação de riscos para cobertura de contratos de seguros; prevenção e gerência de riscos seguráveis e congêneres. 19 – Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e congêneres. 19.01 - Serviços de distribuição e venda de bilhetes e demais produtos de loteria, bingos, cartões, pules ou cupons de apostas, sorteios, prêmios, inclusive os decorrentes de títulos de capitalização e congêneres. 20 – Serviços portuários, aeroportuários, ferroportuários, de terminais rodoviários, ferroviários e metroviários. 93 20.01 – Serviços portuários, ferroportuários, utilização de porto, movimentação de passageiros, reboque de embarcações, rebocador escoteiro, atracação, desatracação, serviços de praticagem, capatazia, armazenagem de qualquer natureza, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, serviços de apoio marítimo, de movimentação ao largo, serviços de armadores, estiva, conferência, logística e congêneres. 20.02 – Serviços aeroportuários, utilização de aeroporto, movimentação de passageiros, armazenagem de qualquer natureza, capatazia, movimentação de aeronaves, serviços de apoio aeroportuários, serviços acessórios, movimentação de mercadorias, logística e congêneres. 20.03 – Serviços de terminais rodoviários, ferroviários, metroviários, movimentação de passageiros, mercadorias, inclusive suas operações, logística e congêneres. 21 – Serviços de registros públicos, cartorários e notariais. 21.01 - Serviços de registros públicos, cartorários e notariais. 22 – Serviços de exploração de rodovia. 22.01 – Serviços de exploração de rodovia mediante cobrança de preço ou pedágio dos usuários, envolvendo execução de serviços de conservação, manutenção, melhoramentos para adequação de capacidade e segurança de trânsito, operação, monitoração, assistência aos usuários e outros serviços definidos em contratos, atos de concessão ou de permissão ou em normas oficiais. 23 – Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e congêneres. 23.01 – Serviços de programação e comunicação visual, desenho industrial e congêneres. 24 – Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, banners, adesivos e congêneres. 24.01 - Serviços de chaveiros, confecção de carimbos, placas, sinalização visual, banners, adesivos e congêneres. 25 - Serviços funerários. 25.01 – Funerais, inclusive fornecimento de caixão, urna ou esquifes; aluguel de capela; transporte do corpo cadavérico; fornecimento de flores, coroas e outros paramentos; desembaraço de certidão de óbito; fornecimento de véu, essa e outros adornos; embalsamento, embelezamento, conservação ou restauração de cadáveres. 25.02 – Cremação de corpos e partes de corpos cadavéricos. 25.03 – Planos ou convênio funerários. 25.04 – Manutenção e conservação de jazigos e cemitérios. 26 – Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, bens ou valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; courrier e congêneres. 26.01 – Serviços de coleta, remessa ou entrega de correspondências, documentos, objetos, bens ou valores, inclusive pelos correios e suas agências franqueadas; courrier e congêneres. 27 – Serviços de assistência social. 94 27.01 – Serviços de assistência social. 28 – Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza. 28.01 – Serviços de avaliação de bens e serviços de qualquer natureza. 29 – Serviços de biblioteconomia. 29.01 – Serviços de biblioteconomia. 30 – Serviços de biologia, biotecnologia e química. 30.01 – Serviços de biologia, biotecnologia e química. 31 – Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres. 31.01 - Serviços técnicos em edificações, eletrônica, eletrotécnica, mecânica, telecomunicações e congêneres. 32 – Serviços de desenhos técnicos. 32.01 - Serviços de desenhos técnicos. 33 – Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, despachantes e congêneres. 33.01 - Serviços de desembaraço aduaneiro, comissários, despachantes e congêneres. 34 – Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres. 34.01 - Serviços de investigações particulares, detetives e congêneres. 35 – Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas. 35.01 - Serviços de reportagem, assessoria de imprensa, jornalismo e relações públicas. 36 – Serviços de meteorologia. 36.01 – Serviços de meteorologia. 37 – Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins. 37.01 - Serviços de artistas, atletas, modelos e manequins. 38 – Serviços de museologia. 38.01 – Serviços de museologia. 39 – Serviços de ourivesaria e lapidação. 39.01 - Serviços de ourivesaria e lapidação (quando o material for fornecido pelo tomador do serviço). 40 – Serviços relativos a obras de arte sob encomenda. 95 40.01 - Obras de arte sob encomenda. Nome do arquivo: Diretório: Modelo: Unesc - corrigido pronto para entrega C:\Users\Mariana\Documents\leonardo\Unesc C:\Users\Mariana\AppData\Roaming\Microsoft\Mode los\Normal.dotm Título: UNESC – Universidade do Extremo Sul Catarinense Assunto: Autor: Mariana Palavras-chave: Comentários: Data de criação: 14/07/2010 09:37:00 Número de alterações: 28 Última gravação: 14/07/2010 10:27:00 Salvo por: Mariana Tempo total de edição:51 Minutos Última impressão: 14/07/2010 10:28:00 Como a última impressão Número de páginas: 95 Número de palavras: 22.471 (aprox.) Número de caracteres: 121.346 (aprox.)