Introdução à Engenharia de Produção Aula 2 Introdução e evolução histórica da gestão de produção e operações Aeroporto de Congonhas Gestão de Produção e Operações A gestão de operações ocupa-se da atividade de gerenciamento estratégico dos recursos escassos (humanos, tecnológicos, de informação e outros), de sua interação e dos processos que produzem e entregam bens e serviços visando a atender necessidades e ou desejos de qualidade, tempo e custo de seus clientes. Além disso, deve também compatibilizar este objetivo com as necessidades de eficiência no uso dos recursos que os objetivos estratégicos da organização requerem. Evolução da área Área nasce manufatureira e detalhista Expande-se para tornar-se estratégica Incorpora o tratamento de serviços Passa a tratar de redes de operações Origens da área: difíceis de rastrear Primeiras menções na literatura: gestão de projetos “A construção da torre de Babel foi de fato um projeto, pois a definição mais recentemente aceita (em cerca de 1693) de um projeto é, como dito antes, um vasto empreendimento, grande demais para ser gerenciado e, portanto, provável de não chegar a nada” (Defoe, 1697) Grandes projetos do oriente – Desde 4.000 aC. Administração de projetos de engenharia: cidades, pirâmides, projetos de irrigação. Organizações militares – Desde 3.500 aC. Organização, disciplina, hierarquia, logística, planejamento de longo prazo, formação de recursos humanos. Grécia – Desde 500 aC. Democracia, ética, qualidade, método científico. Roma – Entre VII aC. e IV A.D. Administração de império multinacional, formação de executivos, grandes empresas privadas, exército profissional. Renascimento – Século XVI. Retomada dos valores humanistas, grandes empresas de comércio, invenção da contabilidade, Maquiavel Revolução industrial – Século XVIII Invenção das fábricas, surgimento dos sindicatos, início da administração como disciplina. Figura 2.2 Origens da administração moderna. American System of Manufacture Watt, 1776 e seu motor a vapor Eli Whitney Mosquete “Charleville” 1763, produzido em 1798 por Eli Whitney com peças intercambiáveis American System of Manufacture Samuel Colt e seu “revolver” Colt 1885 Máquina de costura Singer (1854) Lançadas as bases para o surgimento da industria automobilística Grandes ferrovias e seu papel Consumo de aço (Andrew Carnegie) Século XX – Taylor e alguns “princípios da administração científica” Frederick Taylor (1856-1915) Desenvolver uma ciência que pudesse aplicar-se a cada fase do trabalho humano (divisão do trabalho), em lugar dos velhos métodos rotineiros; Selecionar o melhor trabalhador para cada serviço, passando em seguida a ensiná-lo, treiná-lo e formá-lo, em oposição à prática tradicional de deixar para ele a função de escolher método e formar-se; Separar as funções de preparação e planejamento da execução do trabalho, definindo-as com atribuições precisas; Especializar os agentes nas funções correspondentes; Predeterminar tarefas individuais ao pessoal e conceder-lhes prêmios quando realizadas; Controlar a execução do trabalho. HENRI FAYOL (1841 – 1925) Processo de Admnistração Francês Administração da empresa é distinta das operações de produção. Administração é o processo de planejar, organizar, comandar, coordenar e controlar. Henry Ford (1863-1947) Quadriciclo Ford (1896) Ford e seu Modelo T (1907 – 1925) Linha de montagem móvel (1913) Ford Highland Park (1918) FAYOL Organização da empresa e papel do dirigente FORD Organização do processo produtivo Quadro 2.4 Bases da administração moderna. TAYLOR Eficiência do trabalho operacional AUTORIDADE TRADICIONAL Baseia-se nos usos e costumes. Passa de geração a geração. Depende da crença na “santidade dos hábitos” AUTORIDADE CARISMÁTICA AUTORIDADE LEGAL-RACIONAL Baseia-se em Baseia-se nas normas impessoais e qualidades pessoais de racionais. um líder. Cria “figuras de Depende de os autoridade”. seguidores admirarem as qualidades do líder. Cria direitos e obrigações. Quadro 2.5 Três tipos de autoridade segundo Max Weber. COMPORTAMENTO E DIFERENÇAS INDIVIDUAIS Percepção Personalidade Competências Conhecimentos Aptidões e habilidades Atitudes, interesses e valores • Estilos (liderança, motivação) Quadro 2.6 – Áreas de interesse do enfoque comportamental. COMPORTAMENTO COLETIVO E PROCESSOS INTERPESSOAIS Cultura organizacional Clima organizacional Grupos informais Processo de comunicação Processo de liderança Processo de motivação ENFOQUE COMPORTAMENTAL Estudo das pessoas como indivíduos • Competências: conhecimentos, habilidades, atitudes. • Traços de personalidade. Estudo das pessoas como membros de grupos • Motivação • Liderança • Dinâmica de grupo • Comunicação • Cultura Quadro 2.7 Dois eixos do enfoque comportamental: o estudo do comportamento das pessoas como indivíduos e como membros de grupos. GESTALT Realidade é feita de conjuntos de partes inseparáveis. A natureza de cada parte é definida pela finalidade do conjunto. TEORIA DOS SISTEMAS CIBERNÉTICA Realidade é feita de sistemas. Para entender a realidade, é preciso analisar relações entre as partes dos sistemas. Sistemas podem controlar seu próprio desempenho. A ferramenta para o autocontrole é a informação. ENFOQUE SISTÊMICO Organização é sistema feito de um sistema técnico e um sistema social. Sistemas influenciam-se mutuamente. Organização é sistema cercado por ambiente. Papel da administração é cuidar do desempenho global do sistema. Figura 2.6 – Enfoque sistêmico e suas bases. Alfred Sloan (GM) e diversificação: um baque para Ford Chevrolet (dois modelos bem diferentes entre si) Oakland (antecessor do Pontiac) Olds (mais tarde Oldsmobile) Scripps-Booth Sheridam Buick e, Cadillac Trade-offs ficam claros Mas a quebra da bolsa americana em 1929 mascara o efeito A componente social do trabalho Lilian Gilbreth Elton Mayo II Grande Guerra e anos 50 Pesquisa Operacional surge e desenvolve-se; torna-se civil Logística evolui Controle estatístico do processo evolui (origem por Shewart, 1927) Planejamento da produção Surge o JIT Pós guerra Estados Unidos beneficiam-se de não ter tido seu parque industrial bombardeado Demanda reprimida pela guerra “Seller´s market” Mass production sofre outro impulso Afluência, crescimento e certa complacência que dura até os anos ´60 Anos 60 Jit, da Toyota, espalha-se pelo mundo Deming e o movimento de Qualidade no Japão Japão torna-se um player importante Computadores surgem e, com eles, o MRP na IBM, e outros desenvolvimentos PS: MRP (Material Requirements Planning) Tahiichi Ohno, o “pai” do JIT Deming Anos 70 – início da reação ocidental Primeira crise do petróleo (1973) Estratégia de operações Gestão de operações de serviços MRPII (Manufacturing resource planning) Celularização Automação desenvolve-se Anos 80 e 90 Os ´80 são anos da Qualidade Total MRPII espalha-se Visão por processos (re-engenharia) ERPs Gestão de redes de suprimentos Lean production & agile manufacturing Virtual organization Anos 2000 e adiante Nova economia Transição importante Unidades de análise muda; novos atores Custos fixos vs. variáveis Furos e não brocas Large data sets: universo e não amostras ? Organização geral Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado Visão Mercado Negócio Recursos e competências Ambiente •Estratégia de operações •Redes de operações •Pacotes de valor •Medidas de desempenho •Qualidade total •Ética, sustentabilidade e segurança •Produtos e processos •Instalações •Planejamento e controle de operações •Controle estatístico do processo e confiabilidade Mercados visados Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado Visão Mercado Negócio Recursos e competências Ambiente •Estratégia de operações •Redes de operações •Pacotes de valor •Medidas de desempenho •Qualidade total •Ética, sustentabilidade e segurança •Produtos e processos •Instalações •Planejamento e controle de operações •Controle estatístico do processo e confiabilidade Mercados visados Desempenho operacional •Qualidade •Custos •Flexibilidade •Velocidade Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado •Confiabilidade Visão Mercado Negócio Estratégia Gestão Estratégica de Operações Recursos e competências Restrições & oportunidades Ambiente •Estratégia de operações •Redes de operações •Pacotes de valor •Medidas de desempenho •Qualidade total •Ética, sustentabilidade e segurança •Produtos e processos •Instalações •Planejamento e controle de operações •Controle estatístico do processo e confiabilidade O que é priorizado pelos Mercados visados Desempenho operacional •Qualidade •Custos •Flexibilidade •Velocidade Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado •Confiabilidade Visão Mercado Negócio Estratégia Gestão Estratégica de Operações Recursos e competências Restrições & oportunidades Ambiente •Estratégia de operações •Redes de operações •Pacotes de valor •Medidas de desempenho •Qualidade total •Ética, sustentabilidade e segurança •Produtos e processos •Instalações •Planejamento e controle de operações •Controle estatístico do processo e confiabilidade Desempenho operacional •Qualidade •Custos •Flexibilidade •Velocidade •Confiabilidade Benchmarking O que é priorizado pelos Mercados visados Desempenho operacional dos Concorrentes Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado Visão Mercado Negócio Estratégia Gestão Estratégica de Operações Recursos e competências Restrições & oportunidades Ambiente •Estratégia de operações •Redes de operações •Pacotes de valor •Medidas de desempenho •Qualidade total •Ética, sustentabilidade e segurança •Produtos e processos •Instalações •Planejamento e controle de operações •Controle estatístico do processo e confiabilidade Desempenho operacional •Qualidade •Custos •Flexibilidade •Velocidade Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado •Confiabilidade Visão Mercado Benchmarking O que é priorizado pelos Desempenho operacional dos Mercados visados Concorrentes Negócio Estratégia Gestão Estratégica de Operações Recursos e competências Restrições & oportunidades Ambiente •Estratégia de operações •Redes de operações •Pacotes de valor •Medidas de desempenho •Qualidade total •Ética, sustentabilidade e segurança •Produtos e processos •Instalações •Planejamento e controle de operações •Controle estatístico do processo e confiabilidade Desempenho operacional •Qualidade •Custos •Flexibilidade •Velocidade Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado •Confiabilidade Visão Mercado Benchmarking O que é priorizado pelos Desempenho operacional dos Mercados visados Concorrentes Negócio Estratégia Gestão Estratégica de Operações Recursos e competências Restrições & oportunidades Ambiente •Estratégia de operações •Redes de operações •Pacotes de valor •Medidas de desempenho •Qualidade total •Ética, sustentabilidade e segurança •Produtos e processos •Instalações •Planejamento e controle de operações •Controle estatístico do processo e confiabilidade Desempenho operacional •Qualidade •Custos •Flexibilidade •Velocidade Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado •Confiabilidade Visão Mercado Benchmarking O que é priorizado pelos Desempenho operacional dos Mercados visados Concorrentes Negócio Estratégia Gestão Estratégica de Operações Recursos e competências Restrições & oportunidades Ambiente •Estratégia de operações •Redes de operações •Pacotes de valor •Medidas de desempenho •Qualidade total •Ética, sustentabilidade e segurança •Produtos e processos •Instalações •Planejamento e controle de operações •Controle estatístico do processo e confiabilidade Desempenho operacional •Qualidade •Custos •Flexibilidade •Velocidade Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado •Confiabilidade Visão Mercado Benchmarking O que é priorizado pelos Desempenho operacional dos Mercados visados Concorrentes Negócio Estratégia Gestão Estratégica de Operações Recursos e competências Restrições & oportunidades Ambiente •Estratégia de operações •Redes de operações •Pacotes de valor •Medidas de desempenho •Qualidade total •Ética, sustentabilidade e segurança •Produtos e processos •Instalações •Planejamento e controle de operações •Controle estatístico do processo e confiabilidade Desempenho operacional •Qualidade •Custos •Flexibilidade •Velocidade Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado •Confiabilidade Visão Mercado Benchmarking O que é priorizado pelos Desempenho operacional dos Mercados visados Concorrentes Negócio Estratégia Gestão Estratégica de Operações Recursos e competências Restrições & oportunidades Ambiente •Estratégia de operações •Redes de operações •Pacotes de valor •Medidas de desempenho •Qualidade total •Ética, sustentabilidade e segurança •Produtos e processos •Instalações •Planejamento e controle de operações •Controle estatístico do processo e confiabilidade Desempenho operacional •Qualidade •Custos •Flexibilidade •Velocidade Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado •Confiabilidade Visão Mercado Benchmarking O que é priorizado pelos Desempenho operacional dos Mercados visados Concorrentes Negócio Estratégia Gestão Estratégica de Operações Recursos e competências Restrições & oportunidades Ambiente •Estratégia de operações •Redes de operações •Pacotes de valor •Medidas de desempenho •Qualidade total •Ética, sustentabilidade e segurança •Produtos e processos •Instalações •Planejamento e controle de operações •Controle estatístico do processo e confiabilidade Desempenho operacional •Qualidade •Custos •Flexibilidade •Velocidade Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado •Confiabilidade Visão Mercado Benchmarking O que é priorizado pelos Desempenho operacional dos Mercados visados Concorrentes Negócio Estratégia Gestão Estratégica de Operações Recursos e competências Restrições & oportunidades Ambiente •Estratégia de operações •Redes de operações •Pacotes de valor •Medidas de desempenho •Qualidade total •Ética, sustentabilidade e segurança •Produtos e processos •Instalações •Planejamento e controle de operações •Controle estatístico do processo e confiabilidade Desempenho operacional •Qualidade •Custos •Flexibilidade •Velocidade Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado •Confiabilidade Visão Mercado Benchmarking O que é priorizado pelos Desempenho operacional dos Mercados visados Concorrentes Negócio Estratégia Gestão Estratégica de Operações Recursos e competências Restrições & oportunidades Ambiente •Estratégia de operações •Redes de operações •Pacotes de valor •Medidas de desempenho •Qualidade total •Ética, sustentabilidade e segurança •Produtos e processos •Instalações •Planejamento e controle de operações •Controle estatístico do processo e confiabilidade Desempenho operacional •Qualidade •Custos •Flexibilidade •Velocidade Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado •Confiabilidade Visão Mercado Benchmarking O que é priorizado pelos Desempenho operacional dos Mercados visados Concorrentes Negócio Estratégia Gestão Estratégica de Operações Recursos e competências Restrições & oportunidades Ambiente •Estratégia de operações •Redes de operações •Pacotes de valor •Medidas de desempenho •Qualidade total •Ética, sustentabilidade e segurança •Produtos e processos •Instalações •Planejamento e controle de operações •Controle estatístico do processo e confiabilidade Desempenho operacional •Qualidade •Custos •Flexibilidade •Velocidade Resultados Visão Negócio Visão Ambiente Visão Aprendizado •Confiabilidade Visão Mercado Benchmarking O que é priorizado pelos Desempenho operacional dos Mercados visados Concorrentes