NOÇÕES BÁSICAS SOBRE SISTEMAS DE RAÍZES E DIAGRAMAS DYNKIN Cléber Barreto dos Santos Programa de Iniciação Científica e Mestrado / CNPQ Edson Ribeiro Alvares Nosso objetivo neste trabalho é dar noções sobre sistemas de raízes e, principalmente como classificar os sistemas de raízes irredutíveis, e por fim como relacioná-los aos diagramas Dynkin. Isto é queremos mostrar de que forma podemos relacionar um conjunto finito de vetores, associados a reflexões do Espaço Euclidiano, gerador de tal espaço está relacionado com diagramas conhecidos de Álgebras clássicas. Neste trabalho estudamos de forma detalhada os principais resultados relacionados à estrutura de um sistema de raízes propondo, na forma de seminários, novas demonstrações para facilitar a compreensão de como funciona tal estrutura para isso utilizando conhecimentos das Álgebras de Lie, provando também os principais resultados relacionados à tal Teoria, e dando maior importância aos exemplos que facilitam a compreensão do texto. As principais referências utilizadas neste trabalho foram os livros “Álgebras de Lie” de Luiz Antonio Barreira San Martin e “Introduction to Lie Algebras and Representation Theory” de James E. Humphreys. Um dos resultados que mais chama atenção é uma das limitações encontradas em qualquer sistema de raízes: o tamanho de seus ângulos. De fato, dos quatro axiomas fundamentais da definição de um sistema de raízes concluímos que quaisquer par de vetores distintos de tal conjunto só pode formar ângulos de 30°, 45°, 60°, 90°, 120°, 135° e 150°, o que é surpreendente, pois deste fato também podemos limitar as relações entre os comprimentos dos vetores de tal par. De fato, um dos axiomas de tal conjunto nos diz que o produto interno de tais vetores deve ser um número inteiro, donde podemos concluir que quando os vetores são perpendiculares podem assumir qualquer relação de comprimento, porém nos casos em que o ângulo formado é de 60 ou 120 graus, tais vetores devem ter o mesmo comprimento, nos casos de 45 e 135 graus devem estar na razão √2:1, e nos casos em que o ângulo formado é de 30 ou 150 graus os vetores devem estar na proporção √3:1. Neste conjunto, podemos ainda escolher um subconjunto que seja base para o espaço citado que seja geradora para o conjunto, ao qual associamos uma matriz denominada matriz de Cartan Com o fato listado acima, e mais alguns teoremas podemos provar que a matriz de Cartan não depende da escolha particular da base de tal conjunto, o que é crucial para podermos determinar à qual álgebra está associado cada sistema de raízes, e por sua vez cada álgebra está associada a uma diagrama Dynkin, e consequentemente estudar de forma simultânea a estrutura de tais conjuntos.