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Fevereiro 2010
Sociedade
da Mesa
Villa Borgetti 2008
Reservas
Borrego dos meus
sonhos
Coq au Vin
02
EDITORIAL
Direção Dario Taibo
Direção da revista Dario Taibo
[email protected]
Desenho e direção de arte
OC O
comunicação e design
[email protected]
Atendimento ao cliente Karla Sol
[email protected]
Contato de Publicidade Ochoa
[email protected]
Impressão 6.200 exemplares
Sociedade da Mesa
Rua Branco de Moraes, 248/11
Chácara Santo Antônio
São Paulo - SP - Brasil
CEP 04718-010
(55-11) 5181-4140
www.sociedadedamesa.com.br
0800-7740303
Este informativo é uma edição
exclusiva para os associados da
Sociedade da Mesa. Pertencente
a um grupo internacional, a
Sociedade da Mesa é um clube
de vinhos, seleciona vinhos
para seus associados, publica
um informativo mensal além de
organizar cursos e eventos.
Sociedade
da Mesa
games
Fuçando na internet, topei com um site que permite
criar com facilidade e rapidez, joguinhos do tipo
“mapa”.
03
índice
04
Seleção do Mês
06
Artigo
Basta jogar meia dúzia de vezes para que de forma
divertida você logo saiba onde estão e quais são
todas as denominações espanholas.
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Mesa
Jogue aqui :
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Programa Saca-Rolha
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Receita
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Acessórios
Logo pensei no vinho e criei um joguinho das
denominações de origem espanholas.
http://www.purposegames.com/
game/spain-wine-dos-quiz/info
Tente bater meu recorde de tempo em acertar
todas as Dos.
A propósito, seguirei fazendo mais joguinhos de
outras regiões.
Dario Taibo
sócio-diretor
Villa Borgetti 2008
Reservas
Borrego dos meus Sonhos
Casinha de Monet Bistrô
Coq au Vin
18
Vinhos em Estoque
19
Próximas Seleções
S EM
VINHO
UE
ESTOQ
04
05
Seleção Vinho do Mês
TEXTO
JOÃO CALDERÓN
CATA
DARIO TAIBO
Itália
Villa Borgetti, a nossa seleção do
mês de fevereiro, é também nome
de uma vila do século XVII, repleta
de casas de campo, que traz na
arquitetura sua característica mais
marcante, a de todas elas serem
construídas ao redor de um pátio,
formando verdadeiros claustros.
E em meio a estas construções
nasce o Villa Borgetti 2008, que
como o próprio nome nos induz,
vem da Enotria ou “a terra do vinho”,
nome pelo qual os antigos gregos se
referiam à Itália. E de que parte da
Itália?
Ele vem do nordeste italiano, da
região do Vêneto, das colinas de
Verona, paisagem praticamente
monopolizada pelo vinho e berço
da “família” Valpolicella. A DOC
Valpolicella permite que seus
produtores elaborem quatro tipos
diferentes de vinhos tintos, todos eles
provenientes dos mesmos vinhedos
e com um corte básico de Corvina,
Molinara e Rondinella: o Valpolicella,
o Valpolicella Superiore, o Amarone
e o Recioto.
Villa Borg etti 2008
O Recioto, assim como sua versão
mais seca, o Amarone, é um vinho
geralmente muito alcoólico, feito de
uvas parcialmente secas; o Valpolicella
Superiore por sua vez, é elaborado
de uvas frescas, mas frequentemente
reforçado com as cascas que restaram
do Amarone, ou até mesmo com um
pouco do próprio irmão.
O caçula da família, e nossa seleção
do mês é o Valpolicella, um vinho
considerado do dia a dia, elaborado
também com uvas frescas, e que
também carrega as características da
região, com sabor de cerejas e um
leve toque amargo.
As variações que ocorrem nos estilos
dos vinhos desta mesma família não
dependem simplesmente da utilização
de frutos frescos ou secos, mas
também das cepas secundárias.
Vamos então degustar estas
características e tentar quebrar este
tabu que nos acostumamos a ter, e
enfim aprovar um Valpolicella.
Gran Feudo
Villa Borgetti 2008
DO: Valpolicella
Uvas: Corvina Veronese 70%, Rondinella
20%, Corvinone 10%.
Grad. Alcoólica: 12% vol
Rubi translúcido. Nariz: Intensidade mediana,
especiarias. Boca: equilibrado, saboroso,
paso por boca constante, acidez presente,
corpo médio.
Harmonização: É um vai com tudo mas
em função de sua presente acidez, irá
particularmente bem com pratos com
molhos de tomate, um bife a parmegiana por
exemplo.
Guarda: Não melhorará mas pode ser
guardado por uns dois ou três anos sem que
perca suas qualidades.
Temperatura de serviço: Entre 18° e 24°
06
07
ARTIGO
especial
Revista SOBREMESA
Texto: Luis García Torrens
Fotos: Antonio de Benito
RESERVAS
O tempo é
um tesouro
Inspirando-se na vizinha França, os produtores espanhóis
conquistaram o termo RESERVA para designar suas melhores
elaborações, os herdeiros dignos do prestígio da marca. Hoje, os
reservas seguem sendo considerados da mais alta qualidade.
Desde sempre, o vinho de reserva tem
sido o tesouro melhor guardado pelas
vinícolas. Era o vinho que o produtor
“reservava” - nunca melhor dito - para
as comemorações familiares ou para os
grandes acontecimentos, ainda que seja
verdade que nas origens da enologia
moderna (fins do século XIX), quando
Rioja adota os métodos bordeleses
da vizinha França, eram vinhos mais
fruto da casualidade do que de um
critério buscado. Escolhia-se para isto
aqueles que melhor se comportavam
no processo de elaboração, e que o
produtor tivesse seguido e selecionado
porque ofereciam características
diferenciadas que os tornavam, de
certa forma, excepcionais.
Com a prática e o decorrer da evolução
vitivinícula durante o século XX, observouse que esses vinhos excepcionais não
saíam assim por acaso, senão que
rastreando sua origem costumavam vir
dos melhores vinhedos, das uvas que
conseguiam equilíbrio e maturação.
Neles participavam as variedades mais
propícias para envelhecer em barricas
bem conservadas.
Os termos “reserva” e
“Gran reserva” se referiam
somente aos vinhos cujas
características permitiam
ficar armazenados por um
longo período.
A experiência e a boa aceitação
destes vinhos fez com que as
vinícolas se interessassem por
criar condições idôneas para
elaborar os melhores elementos
possíveis. Assim aconteceu até
os anos 80 e 90 do século
passado, quando as vinícolas
destinavam para sua elaboração
as uvas de maior qualidade, as
barricas mais bem cuidadas e as
garrafas mais elegantes. Faz-se do
reserva o vinho estrela das vinícolas.
Antes de prosseguir, convém ressaltar
que “reserva” é um termo que somente
se contempla e regulamenta dentro das
fronteiras espanholas, e corresponde
a vinhos que devem ter um período
mínimo de armazenagem de três anos,
dos quais um deles deve ser em barrica
e o resto em garrafa, embora seja
possível encontrar o termo também
em garrafas procedentes dos países
emergentes – vitinicolamente falando
- da América Latina (Argentina, Chile,
Uruguai...), ainda que mais como
imitação das etiquetas espanholas e
sob o sentido de vinho especial, que
sob os critérios de uma regulamentação
específica.
Da mesma maneira, aos vinhos “Gran
reserva” supõe-se uma preocupação
maior nos regulamentos encarregados
de vigiar as elaborações e suas crianzas.
Para este setor só eram considerados
os vinhos cujas características permitiam
uma armazenagem prolongada, já que
deveriam – e devem - permanecer,
pelo menos, cinco anos entre barrica
e garrafa, dos quais, dois em carvalho.
Na prática, um tempo total que leva de
oito a dez anos.
08
A moda Parker
Com a chegada dos anos 90 do século
XX, as modas e tendências de consumo,
sobretudo as procedentes dos Estados
Unidos, começaram a marcar novos
padrões de elaboração. Surgiu o
“fenômeno Parker”, cujas pontuações
do guru norte-americano eram capazes
de disparar as vendas dos vinhos que
ele considerava melhor. Uns vinhos mais
atuais, com maior expressão frutada,
taninosos, carnosos e encorpados, que
contradiziam o espírito tradicional do tinto
pátrio, certamente, sempre defendido
pelos vinhos de Rioja, espelho do resto
de denominações espanholas.
Assim, sem perder de vista, nem muito
menos, o classicismo riojano (tons de
cor telha, notória acidez que garantia
a longa permanência dos vinhos em
barrica, e um corpo médio) começaram
a fazer vinhos que refletiam um trabalho
consciente no vinhedo, uma maior
extração de cor e taninos, umas crianzas
sublimes em barricas novas, tanto de
carvalho americano quanto do até então
desconhecido carvalho francês. Junto
disso, uma imagem cuidada, com
garrafas de desenho que recuperavam,
como novos, os velhos moldes da
garrafa bordelesa de antigamente, muito
mais pesadas e com ombros largos.
Para não tirar o nicho do
mercado dos reservas, as
vinícolas ampararam seus
novos vinhos sob um genérico
que indicava somente o ano
da colheita.
Rioja rumo à modernidade
Foi uma autêntica revolução que
começou nos anos 90 em Rioja, que
no fim se decidiu por empreender um
caminho diferente e elaborar uns vinhos
nos quais se refletisse todo o potencial
da variedade, da terrinha e do cuidado
que era capaz de dar o diferencial com
sua história e prestígio. Parecia ter
acordado de uma situação cômoda que
lhe permitia viver dos lucros por ser a
única referência de vinhos espanhóis de
qualidade. Rioja acabou deixando que
outras denominações principiantes, mais
ao gosto dos mercados internacionais,
ocupassem seu terreno para elaborar
vinhos mais atuais.
Claro que esses vinhos deveriam ocupar
seu status dentro do escalão, sem que
mudassem, pelo menos de repente, a
força de venda das vinícolas, baseada
nos tintos jovens e nos crianzas, ou os
próprios reservas e grandes reservas,
que tinham seu nicho de mercado bem
consolidado. Para eles, muitos desses
novos vinhos saíram das tradicionais
vinícolas como nova marca, com a
finalidade de não interferir em sua
linha de produtos e nem confundir o
consumidor, que podia encontrar a sua
marca de toda a vida transformada em
um vinho inexplicável para ele.
Foi o caso de famosas etiquetas como
“Barón de Chirel”, das centenárias
vinícolas riojanas do “Marqués de Riscal”;
ou “Torre Muga”, da prestigiosa vinícola
do “Barrio de la Estación de Haro”; ou
“Dominio de Conte”, das muito mais
modernas vinícolas “Breton”... E assim
poderíamos citar uma enorme lista de
marcas que rapidamente aderiram à
moda destes novos vinhos que ninguém
se atreveu a batizar de forma oficial,
mas que começaram a ser conhecidos
por vários apelativos, tais como “vinhos
de autor” ou de “alta expressão” por
considerar que mostravam melhor do
que os vinhos tradicionais, o sentir de
uma mão perita e a cuidadosa seleção
de todos os parâmetros que entravam
em jogo em sua elaboração.
09
“Reserva” como valor
É verdade que muitos seguiram utilizando
o termo já que cumpria bastante com
a regulamentação para poder seguir
se destacando em seu contra-rótulo.
Estes são os que pagaram por tirar uma
marca nova que não distorcia sua gama
piramidal de “gran reserva”, “reserva”,
“crianza” e, em seu caso, “colheita”.
Eram os novos valores, como “Grandes
Añadas”, de “Artadi”; “Cirsion”, de
“Bodegas Roda”, o “Aurus”, de “Finca
Allende”, por colocarem três importantes
exemplos dos muitos que nasceram.
Este paradoxo, junto à aparente essência
que no final parece ter o termo “reserva”,
faz com que muitos destes vinhos
genéricos voltem ao redil, destacando
outra vez o controverso termo.
Sobretudo porque alguns consumidores
(muitos deles dos mercados exteriores)
haviam se acostumado a que os
reservas fossem os melhores vinhos que
vinham da Espanha, principalmente das
zonas de Rioja ou Ribera del Duero, e
agora as coisas não estão para perder
“vantagem”, por mínima que seja.
Somente os vinhos que conseguiram
perpetuar sua marca mais além de
procedências e estilos tem permanecido
fiéis à iniciativa de fugir do termo e não
se ajustar à normativa imperante.
Em qualquer caso, a confusão reinou
entre os consumidores, já que, por
um lado, sua vinícola de sempre agora
tinha uma marca nova, que também era
reserva, mas que em cima custava o
dobro ou o triplo; enquanto, no caso dos
genéricos, a estranheza era ainda maior,
já que o consumidor se encontrava com
garrafas nas prateleiras a 4 euros junto
a outras de 100 euros onde não existia
a mínima diferença exterior além da
marca, e em alguns casos, da imagem,
melhor cuidada em termos gerais.
Além disso, seguindo o refluxo das
modas, o interesse pelos vinhos
tradicionais nos dois últimos anos tem
experimentado um notável aumento nas
vendas, propiciado, sobretudo, pela
demanda dos Estados Unidos, onde os
“reservas” e “grandes reservas” voltam
a ser objetos de desejo por parte do
“amigo americano”. E como de tudo o
homem se cansa, e depois de apostar
em vinhos intensos e contundentes,
parece que agora, a moda dos vinhos
finos volta a se impor. Por algo será.
Quem fez a lei, fez a armadilha
Os “corpetes” que impunham a
regulamentação espanhola, e não
dizemos os da denominação de
origem Rioja, todavia mais rigorosa
em estabelecer tempos de crianzas e
permanência em barril e garrafa para
poder destacar seus contra-rótulos,
fez com que muitas das vinícolas se
direcionassem à nova moda de amparar
seus novos brotos sob uma alça genérica
na qual só figurava o ano da colheita.
Desse modo ninguém poderia discutir
se eram dez, vinte ou trinta meses que
o vinho deveria permanecer no barril, e
cada um aplicava o critério que melhor
lhe convém às características intrínsecas
do vinho, em virtude da sua graduação,
estrutura e demais parâmetros, e não
pela rigidez de uma regulamentação que
parecia um tanto manuseada na hora de
se estabelecerem certas normas.
Desta forma, tínhamos o melhor vinho
da vinícola com um contra-rótulo
semelhante ao de um vinho jovem. O
que aconteceria com os “reservas”?
Não concordamos que eram os
“melhorzinhos” de cada casa?
SOBREMESA é a revista de vinhos e gastronomia de Vinoselección.
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MESA
texto
Eder Peres
BORREGO
dos meus
sonhos
Decorridas as comemorações do Natal e do Ano Novo,
gozadas as férias e curtido o Carnaval, finalmente
estamos prontos para iniciar 2010. E como dizem:
ano novo, vida nova!.
Até aí, tudo bem. No entanto,
a tal pretexto e acreditando que
transformações podem ocorrer com a
virada do ano, minha mulher tenta me
induzir, com afinco, a uma mudança
radical em meus hábitos alimentares.
Trata-se na verdade de um tsunami,
uma borrasca de recomendações
a lembrarem da fragilidade do ser
humano, da importância de se abdicar
dos prazeres mundanos para se ter a
expectativa de um nível aceitável de
qualidade de vida, daqui a pouco,
quando formos bem idosos.
É de dar desespero! É de achar que o
mundo conspira contra nós.
Justamente quando estamos mais
maduros, quando sabemos o que é bom
para comer e para beber, quando as
brincadeiras (homem adora brincar, como
se sabe) não podem mais estar tão ligadas
aos bons e velhos jogos e desafios e são
substituídas pelo whisky 12 anos, pela
degustação de um bom vinho, por lugares
onde o preparo e o serviço de uma carne
vermelha, de um polvo ou de um pernil
de cordeiro é perfeito, chega a hora de
pensar na saúde!
Não nego que aqueles eventos me levaram
a praticar algumas extravagâncias, por mais
comedido que eu tenha sido. Mas, quem
não as cometeu? Quem não adquiriu
uns quilinhos a mais, não engrossou os
“pneuzinhos” laterais, não observou o
aparecimento de uma estria extra aqui
e outra ali ou constatou o aumento nos
níveis de colesteral e trigliceres?
Nada disso, contudo, justifica o radicalismo
de minha mulher ao retirar da mesa as
iguarias calóricas, para dar lugar àquela
saborosa, deliciosa, apetitosa, criativa,
nutritiva, benéfica e funcional “comidinha
saudável”.
Ora, não venha ela me dizer que granola,
pão integral e frutas podem substituir o
crocante pão francês na chapa, lambuzado
de manteiga, acompanhado de uma
média, que consumo com os amigos na
padaria vizinha ao meu local de trabalho.
Comer uma fruta no meio da manhã!!!
Nunca me lembro de comê-la e, se
lembrar, não vou passar esse mico na
frente de meus colegas de trabalho!
Almoço, aconselha a metida a nutricionista,
apenas legumes cozidos com um filé de
peixe. Qual o quê! Não tenho tempo para
almoçar, engulo um sanduíche e tomo um
refrigerante, diet.
Por insistência dela, levei umas barras
de cereais para o escritório. Quando
eventualmente ela aparece lá, deixo a gaveta
de minha mesa entreaberta para que as
veja, porém não as troco pela pipoquinha
que a Cláudia faz, no final do expediente, e
nem pelo inigualável “dulce de leche” que a
Aninha traz de Punta Del Este.
No jantar, uma salada, com uma
compensação, posso tomar uma taça
de vinho tinto. A discussão surge ao
tentarmos definir o tamanho da taça! Ora,
se o vinho, como diz minha mulher, é
um grande aliado do coração, aumenta
o bom colesterol e reduz o mau, quanto
maior a taça, maior a contribuição para
a saúde!
RECEITA
BORREGO DOS
MEUS SONHOS
Finalmente, depois de um atribulado dia
de trabalho e de lutas e dramas entre
a alfafa saudável e as delícias calóricas,
chega a hora de ir para a cama! É o
almejado momento em que a vigilância
xiita cede lugar à liberdade incensurável
de meus sonhos!
1 perna de borrego de mais ou
menos 1.5 Kg.
E nestes, meus devaneios me levam
a adegas em que conceituados vinhos
me são oferecidos. Freqüento mesas
em que me é dada a oportunidade de
escolher entre um leitão à pururuca e
um bobó de camarão, seguidos de
deliciosas sobremesas, todos feitos
pelos mais renomados Chefes de
Cozinha do Mundo.
Tempere o borrego de véspera,
com o azeite, sal, pimenta e o
vinho branco.
Um sonho, no entanto, se mostra
recidivo: numa cozinha, uma mulher
com uma linda silhueta, que está de
costas para mim, me prepara a refeição.
Cuidadosamente tira da geladeira uma
perna de borrego, perfumada pela
marinada iniciada no dia anterior e a
coloca no forno, procedendo de forma
muito delicada. Pronto, chego a sentir
o delicioso cheiro do cozido, que ela
assenta numa linda travessa e o enfeita
com folhas de hortelã, cercando-o com
rabanetes e alfaces francesas estufadas.
A travessa é levada à mesa, onde
aguardo ansiosamente para ser servido.
Ela segue em minha direção e aos
poucos consigo ver o rosto daquela que
cozinhou o prato dos deuses, pasmem,
é minha mulher! Olho de imediato para
a travessa e vejo somente um monte de
rabanetes e alfaces...
Cadê o borrego?
Alho, azeite, sal e pimenta a
gosto
Ervas: tomilho , salsa, hortelã.
Vinho branco
No dia seguinte, leve-o ao forno,
cobrindo-o com papel alumínio.
Regue-o com freqüência com o
próprio molho, acrescentando
mais vinho branco, se necessário.
O tempo de cozimento é de
aproximadamente 1 hora. O fogo
brando ajuda a deixar a carne
mais macia.
Acompanhamentos:
Rabanetes: descasque-os e corteos em fatias. Deixe de molho, por
meia hora,
em água e sal. Escorra-os e,
após, saltei-os numa frigideira,
com azeite, até ficarem macios.
Prontos, verifique se é o caso de
colocar mais sal.
Alfaces francesas estufadas:
após lavá-las, cozinhe as alfaces
inteiras em água, de cabeça para
baixo. Fogo brando, para não
desmanchá-las. Depois de 20
minutos de cozimento, escorraas. Secas, tempere a gosto.
Bom apetite!
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Sociedade da Mesa é muito
bem-vinda e não paga rolha
PROGRAMA SACA ROLHA
Aqui nesta coluna publicaremos bares e restaurantes onde você, associado da
Sociedade da Mesa, poderá desfrutar de bons ambientes e boa gastronomia
com a liberdade de levar seu próprio vinho sem pagar a rolha!
Rua Alexandre Dumas, 1152
Chácara Santo Antônio - SP
(11) 5181.4422
Rua Bandeira Paulista, 520
Itaim bibi - São Paulo
(11) 3167-2147
Rua Dr. Mario Ferraz, 213
Itaim bibi - São Paulo
(11) 3816-4333
Rua Bandeira Paulista, 387
Itaim-bibi - SP
(11) 3078-6704
Rua Oriente, 609
Serra - Belo Horizonte
(31) 3227-6760
Av. Pedro Paula de Morais, 749
Saco da Capela - Ilhabela - SP
(12) 3896-5241
Rua Normandia, 12
Moema - São Paulo
(11) 5536-0490
Rua Joaquim Floriano, 466
Itaim-bibi - SP Brascan Open Mall
(11) 3079.3500
Rua Lisboa, 191
Pinheiros - São Paulo
(11) 3082-7904
Av. Brigadeiro Faria Lima, 2705
Jardim Paulistano - São Paulo
(11) 3031-0005
Rua Pedroso Alvarenga, 1170
Itaim bibi - São Paulo
(11) 3167-0977
Rua Dr. Sodré, 241A
Vila Olímpia - São Paulo
(11) 3845-7743
Calá del Grau
Rua Joaquim Távora, 1266
Vila Mariana - SP
(11) 5549.3210
Genova
Rua Melo Alves, 294
Jardins - SP
www.chakras.com.br
Rua Julio de Castilhos, 1074
Belém – São Paulo/SP
(11) 2309.1248
Rua Harmonia, 354
Vila Madalena - SP
(11) 2306-0354
Rua Lisboa, 346
tel. (11) 3064-3438
Pinheiros - SP
Rua Harmonia, 117
Vila Madalena - SP
(11) 3816-7848
Rua Orobó, 125
Alto de Pinheiros - São Paulo
(11) 3022-2424
Rua Mourato Coelho, 1267
Vila Madalena - São Paulo
(11) 3032-8605
Rua Girassol, 67
Vila Madalena - São Paulo
(11) 3031-6568
Av Eng. Paulo Brandão Nogueira, 85
Jatiuca - Maceió - Alagoas
(82) 3235-1016
Rua Tabapuã, 838
Itaim bibi - São Paulo
(11) 3168-6467
Rua Haddock Lobo, 1159
Jardins - SP
(11) 3068-9797
Rua Manuel Guedes, 545
Jardim Europa
www.limonn.com.br
(11) 2533-7710
Rua Fradique Coutinho, 1664
tel. (11) 3037-7223
Vila Madalena - SP
restaurante e delivery
Av. Carinás, 592
Moema - São Paulo
(11) 2308-1091
Rua Conselheiro Brotero, 903
Santa Cecília - São Paulo
(11) 3664-8313
Luis Serra comanda a cozinha do bistrô
Casinha de Monet e apresenta novidades
no menu
Inspirado nas obras do artista que batiza a
casa e ambientado em um sobrado dos anos
30 do século passado, num trecho tranquilo
da Rua Francisco Leitão, em Pinheiros, o
restaurante Casinha de Monet apresenta Luis
Serra como chef titular. Contratado no final de
2008, Serra criou um novo cardápio, onde
inclui receitas luso-brasileiras, ao lado das já
existentes, de inspirações francesas, criadas
pelo sócio-proprietário Eduardo Castiglioni,
que comandava as panelas desde a abertura
do bistrô, em junho de 2008.
O novo menu apresenta, por exemplo, o
carré de cordeiro com legumes glaceados
(com pesto de hortelã, acompanhados de
cenoura, abobrinha, vagem, nabo e purê de
batata); o leitãozinho de pururuca crocante
com frutas da estação grelhadas (leitão
desossado e assado, com abacaxi, morango
e molho de limão); e as burras de javali com
risoto de quiabo e espuma de mostarda.
Também
há
massas,
preparadas
artesanalmente pelo chef, como o talharim
ao pesto com manjericão e o ravióli de
cogumelos com molhos de trufas (queijo
creme e molho trufado).
Como sobremesa, suflet de goiabada com
creme de queijo; maçã assada com calda
de frutas e cointtreau; além do mil-folhas de
pera de quentão (a fruta cozida em vinho tinto
é aromatizada com canela, zimbro, pimenta
da Jamaica, anis estrelado, com creme de
confeiteiro e finas lâminas de massa filó).
Ambiente
A decoração charmosa apresenta diversas
gravuras das pinturas de Claude Monet,
além de gravuras provenientes do bairro
boêmio parisiense Montmartre.
No porão, um charmoso espaço
denominado Cave, que não é percebido
pela clientela ao entrar no restaurante, é
arquitetado em madeira e decorado com
sofás, pufes e TV de plasma. É concorrido
por casais e grupos de amigos. No local
também ocorrem reuniões, eventos ou
degustações de vinhos.
Restaurante Casinha de Monet
Francisco Leitão, 713
Pinheiros - São Paulo - SP
Tel.: (11) 3032-7403
Site: www.casinhademonet.com.br
e-mail: [email protected]
Horário de funcionamento:
De 3ª à 5ª das 12h às 15h e das 19h às 23h.
6ª: 12h às 15h e das 19h às 23h30
sábado: 12h30 às 16h e 19h às 23h30
domingo: 12h30 às 17h
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RECEITA
texto
Chef Luis Serra
Chef Luis Serra, do Casinha de Monet Bistrô
Coq au Vin
ou em bom português
Frango ao Vinho!
Nasci em Lisboa e estudei gastronomia,
paixão que me permitiu trabalhar em
pâtisseries e grandes hotéis, como o
Fortaleza do Guincho, em Portugal,
que tem uma estrela no famoso guia
francês Michelin.
No início de 2008 decidi que era hora
de respirar outros ares e vim conhecer o
que os portugueses descobriram a mais
de 500 anos. Assim cheguei ao Brasil
e, após visitar e me divertir em cidades
como o Rio de Janeiro, desembarquei
em São Paulo, onde vivo atualmente.
Aqui encontrei um pedacinho da França.
Trata-se da charmosa Casinha de
Monet, um bistrô no bairro de Pinheiros.
Sempre almoçava neste restaurante e
um dia, ao saberem que eu possuía
experiência e formação em gastronomia,
os proprietários me convidaram para
comandar a cozinha do local. Uma
experiência inacreditável.
Uma receita que faz muito sucesso
junto à clientela da Casinha de Monet
é o tradicional Coq au Vin, ou em bom
português, frango ao vinho, e que tenho
o prazer de ensinar a vocês, associados
da Sociedade da Mesa.
Você vai precisar de 12 unidades de
pernas de galinha caipira, ou cerca
de três quilos. Escolha um vinho tinto
para cozinha de sua preferência. São
necessários 1,5 litros. Tenha também
250 gramas de cebola, 1 quilo de
cenoura, 36 unidades de cebolinha
em conserva, ou seja, cerca de
400 gramas, mais 36 unidades de
cogumelo, o que dá quase meio quilo,
além de 20 gramas de alho, 100g de
salsão, 100g de alho-porró, 15 gramas
de alecrim, 20g de pimenta da Jamaica,
10g de tomilho, 5 gramas de louro, 1 litro
de caldo de legumes, 50 ml de um bom
azeite, português claro, e 50 ml de óleo.
O preparo é simples mas pode ser
demorado. Se fizer sem marinar a carne
a receita fica pronta em duas horas. Se
marinar, serão necessárias cinco horas.
Bom, descasque todos os legumes e
pique as cebolas, o alho, o alho-porró e
o salsão. Torneie as cenouras e guarde
as aparas. Coloque os legumes picados
numa cuba com a galinha limpa.
Tempere com a pimenta, louro, tomilho
e alecrim, para dar um gostinho todo
especial. Marine com o vinho por três
horas no refrigerador.
Retire a galinha, escorra os legumes
e guarde o vinho. Aqueça um pouco
de óleo numa panela e core a galinha.
Retire e core os legumes da marinada.
Coloque a galinha de volta por cima
dos legumes, refresque com o vinho e
complete com o caldo. Tape com filme
e deixe cozinhar em fogo muito baixo
por 2 horas.
Numa frigideira aqueça um pouco de
azeite e puxe a cenoura, a cebolinha e
por fim os cogumelos. Deixe refrescar
com o caldo e cozinhe até ficar al dente.
Sugiro servir com purê de mandioquinha,
que combina divinamente. Fica uma
delícia e rende 12 porções.
Bom apetite.
A ES
16
17
ACESSÓRIOS
BOLSA vermelha
De lona modelo engradado.
Prática e ideal para carregar
até 6 garrafas
Preço para associado: R$ 84,00
Sociedade
da Mesa
VACUVIN
Bomba de vácuo com rolhas para melhor
garantir as características do vinho.
Preço para associado: R$ 57,00
ACESSÓRIOS
Faça suas compras por telefone
(0800-7740303) ou site e
receba juntamente com sua
próxima caixa de vinhos.
SHOP
Lembrete: Recordamos aos associados que
comuniquem quaisquer alterações no envio do mês,
tais como de alteração de quantidades, pedidos de
seleção especial, acréscimo de vinhos do estoque ou
suspensão até o dia 10 de cada mês.
SACA ROLHAS
Modelo Somelier
Preço para associado: R$ 28,00
TAÇAS BORGONHA
Par de taças de Cristal
Preço para associado: R$ 50,00
(o par)
SERVIÇOS
Aviso: As taças de cristal com as quais presenteamos os associados que nos trazem outro associado vinham sendo da
marca Hering, mas esta empresa não vem nos entregando as taças. Passamos então a entregar taças Strauss/ Imperattore.
São quase idênticas, mas a taça borgonha da Imperattore é ligeiramente mais bojuda.
Vinho em consigna
Informativos
Se você vai fazer um evento, festa,
jantar, e precisa de vinhos, consulte-nos.
Consignamos o vinho para você e assim
nem sobrará nem faltará, já sem contar que
será um prazer ajudá-lo a escolher o vinho
mais adequado para a ocasião.
Atendendo a vários pedidos,
muito justos temos que dizer os
informativos estão disponíveis para
consulta, pesquisa e curiosidade.
Acesse nosso site e faça download
de nosso acervo. Boa leitura !
Pasquiers
Desvignes 2008
França
Excelsior 2007
África do Sul
Terra D’Alter 2008
Portugal
E
U
Q
O
T
M ES
E
S
O
H
VIN
DO: AOC Cotes du Rhone - tinto, França
Uvas: 30% Syrah, 60%Grenache, 10% Mourvêdre
Grad.: 13%
Preço para associados: R$ 36,80
Março
Seleção do Mês
Abaixo nossos vinhos
em estoque. Faça seu
pedido pelo site ou
telefone e entregaremos
juntamente com sua
próxima caixa de vinhos.
19
DO: Western Cape, África do Sul
Uvas: 90% Cabernet Sauvignon, 8% Syrah, 2% Petit Verdot
Grad.: 14,7%
Preço para associados: R$ 37,30
SEL
VINHOS
O
VINHOS
Outeiro do Mouro
2007
Portugal
Gran Feudo
Edición 2008
Espanha
DO: Terras de Alter C.V. - Portugal
Uvas: 50% Syrah, 47% Petit Verdot e 3% Alfrocheiro
Grad.: 14,8%
Preço para associados: R$ 95,00
E seguindo nossa já tradição de trazer vinhos de origens diferentes e pouco freqüentes por aqui,
o proximo vinho é o Illana tradición 2006 da DO espanhola Ribera del Jucar.
Estamos num excelente momento para comprar vinhos da Espanha, país o qual a atual e
famigerada crise pegou em cheio fazendo que os preços baixassem consideravelmente. E não é
só isso, os vinhos espanhóis que estão sendo vendidos hoje, foram elaborados na bonança. As
próximas colheitas, já elaboradas nas vacas magras, tendem a não apresentar a mesma relação
qualidade preço que temos hoje.
Casa de Illana - Selección
GRANDES
EÇ Ã
Espanha
Preço para associados: R$37,50
Preço estimado no mercado: R$ 65,00
DO: Terras de Alter C.V. - Portugal
Uvas: 50% Touringa Nacional, 50% Cabernet Sauvignon
Grad.: 14%
Preço para associados: R$ 37,50
GRANDES
Casa de Illana
Espanha
O próximo grandes vinhos é o Illana Selección 2006, da mesma bodega que a seleção do
mês e portanto da mesma DO ribera del Jucar. Não gosto de citar a pontuação que os vinhos
de nossas seleções obtiveram deste ou daquele critico ou revista mas neste caso o farei: 92
pontos Parker.
Preço para nossos associados: R$ 88,00
Preço estimado no mercado: R$ 140,00
DO: Navarra - Espanha
Uvas: Tempranillo, Garnacha e Merlot
Grad.: 13.5%
Preço para associados: R$ 36,60
Neste mês não haverá “Seleção Especial do Mês”.
A “Seleção Especial do Mês”, ao contrário da “Seleção do Mês”, não é de envio automático, mas somente
sob pedido. Peça antes do dia 10 para recebê-la juntamente com seu vinho.
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PROXIMAS SELEÇOES
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Você indica.
A gente explica.
Ele se associa.
Você ganha.
Simples assim!
Traga um novo associado para a
Sociedade da Mesa e receba duas taças
Borgonha com a próxima entrega.
São taças de cristal perfeitas para os melhores
momentos com os grandes amigos.
Os dados de seu amigo
podem ser enviados ao mail
[email protected],
site ou podem ser fornecidos
pelo telefone 0800-7740303.
Nos envie seu nome completo com
telefone particular e comercial.
Promoção válida apenas em caso da
associação de seu amigo.
Sociedade
da Mesa
Amigo é pra essas coisas!
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vinhos em estoque - Sociedade da Mesa