PED - PESQUISA DE EMPREGO E DESEMPREGO NA CIDADE DE
SANTOS
SETEMBRO-2007
OBJETIVO
Os principais objetivos desta pesquisa são: Conhecer e divulgar a situação
do emprego e desemprego na cidade de Santos, de forma a poder estabelecer
elo de comparação com outros centros pesquisados, bem como poder abastecer
os poderes público e privado de informações tidas como fundamentais para o
desenvolvimento regional.
Acredita-se que a partir dos indicadores aqui demonstrados, possam ser
desenvolvidas medidas corretivas adequadas ao estabelecimento de algumas
diretrizes visando à minimização dos desequilíbrios causadores do desemprego.
A pesquisa foi iniciada em 1998, mas desde março de 2000, ela é realizada
semestralmente, nos meses de março e setembro de cada ano.
AMOSTRA
Foram pesquisados, durante o mês de setembro, 500 domicílios,
totalizando um universo de 1675 pessoas (sendo 903 mulheres e 772 homens),
correspondente a 0,41 % da população residente, conforme dados estatísticos do
IBGE, estimativa de julho de 2005. Este universo garante uma margem de erro de
1,9% sobre os índices apurados, para um intervalo de confiança de 95,5%. Uma
vez definido o tamanho, a amostra foi subdividida pelos 34 bairros e morros da
cidade, proporcionalmente à população de cada um. O processo de escolha do
domicílio a ser pesquisado foi probabilístico, com realização de sorteio eletrônico
dos endereços.
2
CONCLUSÕES
O índice de desemprego apurado é de 13,50% da PEA1[1], um índice
inferior em quase dois pontos percentuais ao apurado em março deste ano,
quando atingiu 15,3% comparativamente a setembro de 2006 também houve
decréscimo de 1,25 pontos percentual situando-se em 14,75%. As causas deste
comportamento do índice de desemprego estão detalhadamente analisadas no
subtítulo correspondente, mas de forma sintética, pode-se afirmar que a menor
participação dos aposentados no mercado ativo abriu vagas para a entrada de
novos trabalhadores bem como a geração de novos empregos foi significativa
com acréscimo de cerca de 7000 empregos em relação a março 2007.
Se comparado ao índice apurado na região metropolitana de São Paulo,
em março 15,9% e agosto de 2007 15% (setembro ainda não foi apurado)
verifica-se que a situação da cidade está sensivelmente melhor neste momento,
devendo-se considerar o efeito da amostra colhida que, no caso da fundação
Seade, é amenizado pela média móvel trimestral.
Está demonstrada, no quadro I, a composição da distribuição projetada da
população, face aos percentuais apurados na pesquisa.
Quadro I – Demonstrativo da população total
População Total
Empregados
Desempregados
Inativos
%
100,0
43,22
6,75
50,03
Habitantes
418.316
180.812
28.221
209.283
Fonte da População estimada - IBGE
1[1]
População Economicamente Ativa - constituída pela população empregada, mais a população desempregada apta ao trabalho e que
quer trabalhar, só não o fazendo por falta de oportunidade dentro de suas respectivas capacidades e habilidades pessoais
3
Composição da População Total
6,75%
50,03%
43,22%
INATIVO
EMPREGADO
DESEMPREGADO
INATIVOS
Os inativos correspondem ao contingente da população não apta ou
indisposta ao trabalho. Aqui são agrupados: os incapazes por vários motivos,
inclusive por doença, os muito jovens, os estudantes que não trabalham, os
aposentados que não trabalham, donas de casa que não trabalham de forma
remunerada, etc.
Crianças com 14 anos ou mais, que estejam procurando emprego ou
trabalhando, foram consideradas na pesquisa como desempregados ou
empregados.
Comparando as pesquisas de Emprego e Desemprego realizadas em
Santos pelo NESE, observa-se grande aumento no número de pessoas inativas a
partir do segundo semestre de 1999, com um pico máximo em março de 2002,
sendo que parte das flutuações decorre do caráter amostral da pesquisa, mas, se
considerada a média dos últimos quatro anos, obtém-se um número ao redor de
210.600 inativos; no mesmo período, a média de aposentados inativos é de
4
92.600. O quadro II informa os valores apurados por amostragem e nesta última a
quantidade de aposentados inativos teve redução percentual de 22,5% para
20,5%.
Quadro II - Demonstrativo da participação da população inativa e
aposentada na população total.
Inativos
nov/98
jul/99
mar/00
set/00
mar/01
set/01
mar/02
set/02
mar/03
set/03
mar/04
set/04
mar/05
set/05
mar/06
set/06
mar/07
set/07
%
37,6
36,5
47,5
52,1
53,3
49,5
52,8
49,9
52,1
50,7
50,0
51,4
50,5
47,9
50,3
51,3
50,9
50,0
Habitantes
155210
150.469
195.403
215.094
222.258
206.800
220.586
208.574
217.796
211.792
209.116
215.024
211.010
200.388
210.286
214.527
212.961
209.283
Aposentados
%
16,6
17,2
21,0
21,6
23,6
23,2
22.2
21,3
23,6
20,6
22,8
22,9
23.0
21.7
22,7
21,0
22,5
20,5
Habitantes
68432
70.905
86.670
89.044
98.595
96.924
92.746
89.030
98.643
86.188
95.091
95.871
96.198
90.823
94.992
88.054
94.213
85.911
O quadro III informa, com base na amostra, os motivos pelos quais as
pessoas estão na condição de inativos e, portanto, não trabalham nem buscam
um emprego.
5
QUADRO III - Condição de Inatividade (por que não trabalha?).
Mar/07
Set/07
Quantidade
Percentual
Quantidade
Percentual
Aposentado Inativo/Pensionista
328
37,79
335
39,98
Crianças abaixo de 16 anos
281
32,37
239
28,52
Dependente
144
16,59
104
12,41
Está estudando
45
5,18
52
6,21
No momento não tem interesse
29
3,34
69
8,23
Doença
27
3,11
28
3,34
Pensão Alimentícia
7
0,81
0
0
Já tem proposta de trabalho
5
0,58
8
0,95
Vive de renda
2
0,23
3
0,36
868
100
838
100,00
Total
Tendo por objetivo identificar o porquê do número de inativos na cidade,
realizou-se a verificação dos motivos, ficando clara a predominância de menores
e de aposentados ou pensionistas, com quase 70% do total.
Em seguida, buscou-se determinar, com base na amostra, o número de
aposentados que seguem trabalhando (quadro IV).
Quadro IV – Série histórica: aposentados ativos e inativos %
mar/00
set/00
mar/01
set/01
mar/02
set/02
mar/03
set/03
mar/04
set/04
mar/05
set/05
mar/06
set/06
%
Aposentados
(inativos)
%
Aposentados
(ativos)
80,8
82,4
82,9
77,7
81,1
81,6
85,5
82,7
81,3
81,9
81,2
81,2
82,1
82,7
19,2
17,6
17,1
22,3
18,9
18,4
14,5
17,3
18,7
18,1
18,8
18,8
17,9
17,3
6
mar/07
set/07
85,4
86,0
14,6
14,0
É possível constatar que desde março de 2003, vem aumentando a
quantidade de aposentados na ativa, no entanto de março de 2006 em diante,
iniciou-se um processo de reversão deste quadro, e nesta pesquisa, em que
alertamos para o caráter amostral da mesma, verifica-se uma forte redução do
número de aposentados na ativa, fato que favorece a absorção de novos
postulantes a empregos na substituição dos aposentados que passam a ser
inativos.
DESEMPREGADOS
A atual pesquisa projeta que 28.221 pessoas estariam desempregadas na
cidade, contra a projeção de 31.404 em março de 2007, ou seja, uma redução de
3.183 pessoas nesta condição. Por outro lado, a quantidade projetada de
empregados no mesmo período passou de 173.951 para 180.812; se analisado o
comportamento anterior, nota-se clara tendência de elevação nos empregos
gerados, ou seja, mesmo considerando o caráter amostral da pesquisa, é possível
constatar a tendência de alta. Conforme constatado em março – 2007, o
desemprego foi sensivelmente superior e pôde ser explicado pela condição de
muitos recém-formados estarem ingressando no mercado de trabalho, fato que se
configurou agora com a redução, pois já houve tempo para a inserção no
mercado de trabalho de pelo menos parte dos recém-formados.
Ressaltamos, ainda, que o fato de que há menos aposentados na ativa
certamente contribuiu para a obtenção de um menor índice de desemprego.
Este cenário reflete um pequeno crescimento na geração de empregos na
região cujas principais atividades estão voltadas ao comércio exterior que
continua aquecido e tem como característica exportações de produtos primários,
sendo pouco afetado pela valorização do real que prejudica mais os produtos de
alta tecnologia. Entretanto é notório que o crescimento no número de postos de
trabalho é ainda inferior ao necessário para resolver a questão do desemprego,
uma vez que há estoque de desempregados, que ainda sofrem a concorrência
7
dos novos postulantes a um emprego, tornando o índice apurado ainda muito
elevado. É importante citar que o nível dos empregos formais na cidade e região
tem aumentado nos últimos anos, especificamente na cidade de Santos, que é a
maior geradora de emprego da região, recebendo trabalhadores dos municípios
vizinhos, acirrando a concorrência no mercado local.
Quadro V - Apuração do índice de desemprego
População Economicamente Ativa
setembro-06
março-07
Habitantes
Habitantes
Total - PEA
203.789
205.355
Empregados
173.722
173.951
Desempregados
30.067
31.404
Índice de desemprego
14,75%
15,29%
setembro-07
Habitantes
209.033
180.812
28.221
13,5%
Ao longo das pesquisas, pôde-se notar flutuação na quantidade de
população economicamente ativa (PEA) em Santos, mostrando acentuada queda
inicialmente a partir do segundo semestre de 1999. Houve, no entanto, certa
estabilidade em seguida, flutuando naturalmente em face de fatores como:
entrada de novos indivíduos no mercado de trabalho, aposentadorias novas e até,
face às crises econômicas mais agudas, o retorno dos inativos ao mercado de
trabalho. Quando isso ocorre, aumenta o índice de desemprego. Nesta pesquisa
houve acréscimo de um ponto percentual da população economicamente ativa –
PEA com redução do número de desempregados em relação a março – 07 da
ordem de 3.183 pessoas.
Quadro VI – população economicamente ativa
Período
PEA
%
nov/98
mar/00
set/00
mar/01
set/01
mar/02
set/02
mar/03
257.033
216.840
197.148
195.519
210.977
197.191
209.449
200.254
62,3
52,6
47,8
46,8
50,5
47,2
50,1
47,9
8
set/03
mar/04
set/04
mar/05
set/05
mar/06
set/06
mar/07
set/07
206.191
208.866
49,3
50,0
48,6
49,6
52,1
49,7
48,7
49,0
50,0
203.145
207.245
217.928
208.030
203.789
205.355
209.033
O quadro VII faz a comparação entre os índices de desemprego apurados
em Santos e o das regiões de São Paulo e ABC.
Quadro VII – Comparação de indicadores
Jul/99
mar/00
set/00
mar/01
set/01
mar/02
set/02
mar/03
set/03
mar/04
set/04
mar/05
set/05
mar/06
set/06
mar/07
set/07
*Região Met. SP.
*Região ABC
SANTOS
%
%
%
20,1
18,4
17,3
17,3
17,8
19,9
18,9
19,7
20,6
20,6
17,7
17,3
16,9
16,9
16,0
15,9
15,0
22,7
20,5
18,0
18,0
18,2
16,8
19,2
18,6
ND
ND
ND
ND
16,8
ND
ND
ND
ND
23,7
18,0
15,2
20,1
16,4
15,2
17,6
19,0
18,6
17,7
12,2
16,4
17,5
16,7
14,7
15,2
13,5
Fonte: Seade /Dieese - por Internet
9
Evolução da Taxa de Desemprego Comparativa
Santos x RMSP
25
20
20
15
15
10
10
5
5
0
0
Ju
l.
–
M 99
ar
Se – 0
t. 0
–
M 00
ar
–
Se 01
t–
M 01
ar
–
Se 02
t–
M 02
ar
–
Se 03
t
M –0
ar 3
–
Se 04
t–
M 04
ar
–
Se 05
t–
M 05
ar
–
Se 06
t–
M 06
ar
–
Se 07
t–
07
25
SANTOS %
*Região Met. SP. %
AUTÔNOMOS
Outro indicador é o relativo aos autônomos, que, nesta pesquisa,
representam 24,3 % do total dos empregos, contra 26,8% de março, portanto um
índice inferior ao apurado. Ressalvamos que 3,45% exercem tanto a atividade de
autônomos quanto de empregados. Pode-se afirmar, então, que a atividade
autônoma é significativamente representativa para a economia local e importante
fator de geração de emprego.
março/07
Empregado
Autônomo
Empregado e Autônomo
Total
setembro/07
Freqüência
%
Freqüência
%
489
190
68,97
26,80
30
709
4,23
100
523
176
25
724
72,24
24,31
3,45
100
10
ESCOLARIDADE
Quanto à escolaridade, pode-se constatar, com base na amostra, que as
classes mais atingidas pelo desemprego são as dos detentores de 2º grau de
instrução completo (ensino médio), cujo total é de 48,67%, vindo a seguir os
detentores do ensino médio incompleto e de ensino superior incompleto, podendo
ser estudantes ou que não concluíram o curso.
O ensino superior completo apresentou, nesta amostra, redução na
participação, passando de 11,72% em março para 8,85% dos desempregados, já
na faixa da Pós-graduação completa, aparecem na pesquisa desempregados da
ordem de 0,88%, contra 3,13% em março e nenhum desempregado em
setembro/06. É ainda importante ressaltar que a média de anos de estudo dos
empregados é de 8,1 anos o que pode ser considerado baixo, no entanto os
desempregados apresentam apenas 7,6 anos de estudo.
Quadro VIII – Nível de escolaridade
(em %)
Empregados
Desempregados
mar/07
set/07
mar/07
set/07
Analfabetos
0,14
0,41
1,56
0
Fundamental Incompleto
14,39
12,02
8,59
8,85
Fundamental Completo
9,59
8,15
11,72
3,54
Médio Incompleto
6,91
7,32
10,94
16,81
Médio Completo
32,16
36,74
35,94
48,67
Terceiro Grau Incompleto
10,16
9,67
12,5
12,39
Terceiro Grau Completo
20,45
22,65
11,72
8,85
Pós-graduação Incompleta
1,13
0,69
3,91
0
Pós-graduação Completa
5,08
2,35
3,13
0,88
11
GÊNERO
Constatou-se, ainda, que as mulheres empregadas correspondem a
45,30% do total de empregados, contra 46,69% do mês de março, o que
demonstra manutenção da participação da mulher no mercado de trabalho. No
entanto no contingente de desempregados, as mulheres aparecem com 61,06%,
praticamente a mesma da pesquisa anterior. Já para os homens a participação
no rol dos desempregados é proporcionalmente menor, 38,94% do total.
A condição de empregabilidade da mulher jovem está aumentando e, de
certa forma, exigindo que o mercado crie proporcionalmente mais vagas na
medida em que esta empregabilidade cresce.
Quadro IX - Distribuição por sexo
Empregados %
Sexo
mar/06
set/06
mar/07
Desempregados %
set/07
mar/06
set/06
mar/07
set/07
Feminino
45,73
44,09
46,69
45,30
57,14
57,94
61,72
61,06
Masculino
54,27
55,91
53,31
54,70
42,86
42,06
38,28
38,94
Conforme
quadro
X,
verifica-se
que
na
comparação
entre
os
desempregados por sexo há melhor qualificação das mulheres com 7,8 anos de
estudo contra 7,3 anos para os homens. Se comparada à média de anos de
estudo dos empregados, que é de 8,1, verifica-se que está muito próxima.
Quadro X - Desempregados por sexo e escolaridade em %
FEMININO MASCULINO
Fundamental Incompleto
Fundamental Completo
Médio Incompleto
Médio Completo
Superior Incompleto
Superior Completo
Pós-Graduado Completo
Total
8,7
2,9
11,6
55,1
8,7
11,6
1,4
100
9,1
4,5
25,0
38,6
18,2
4,5
0,0
100
12
RENDA
Quanto à renda familiar dos pesquisados, a amostra identifica aumento
nas rendas médias de R$ 2269,38 contra R$ 2028,73 em março (acréscimo de
11,9%) para as famílias dos que trabalham (ativos). Já a renda média familiar dos
aposentados é de R$ 1644,86 contra R$ 1633,04 da pesquisa anterior,
praticamente estável.
Vale ressalvar que os valores se referem à amostra obtida, estando,
portanto, sujeitos à margem de erro inerentes ao processo.
Quadro XI – Renda familiar média dos empregados
Setor de Atividade
Construção Civil
Transporte
Porto
Atividade Portuária
Serviço Público
Indústria
Entretenimento
Serviço
Comércio
Outros
R$
3733,33
1957,69
1800,00
1537,50
1513,79
1474,00
1292,86
1152,80
1042,18
942,86
EFEITO IDADE NA EMPREGABILIDADE
Ao analisar a faixa etária do contingente de desempregados (quadro XII)
verifica-se que há uma concentração entre os jovens abaixo dos 24 anos, com
47,79% do total, o que demonstra a manutenção da dificuldade em obter
colocação no mercado de trabalho sem a qualificação adequada ou incompleta.
Nas demais faixas, há mais equilíbrio com predominância na faixa etária
dos 25 a 29 anos, com 16,81%, e na faixa dos 30 a 39 anos, com 15,93%.
Por outro lado, verifica-se que a faixa etária dos empregados se concentra
entre os 30 e 49 anos, com quase 44% do total, mostrando certa estabilidade em
13
relação aos períodos anteriores. Na faixa etária abaixo dos 16 anos, identificouse haver alguns jovens que trabalham e outros que buscam por emprego.
Quadro XII - Empregados e Desempregados por faixa etária (em %)
Faixa etária
Abaixo de 16 anos
Desempregados
Empregados
mar/06 set/06 mar/07 set/07 mar/06 set/06 mar/07 set/07
0,72
0
0
0,88
0,43
0,82
0,85
0,28
de 16 a 24 anos
48,92 44,44 43,75 47,79 17,08 16,76 17,77 17,68
de 25 a 29 anos
17,27 25,40 17,19 16,81 15,92 16,07 17,07 15,75
de 30 a 39 anos
16,55 12,70 18,75 15,93 24,17 22,39 20,45 21,55
de 40 a 49 anos
11,51 12,70 14,84 15,04 20,69 21,57 20,17 22,10
de 50 a 59 anos
5,04
4,76
5,47
3,54
-
-
-
-
acima de 60 anos
Total
14,62 15,38 16,50 14,92
7,09
7,01
7,19
7,73
100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
No quadro XIII, está demonstrado o cruzamento de escolaridade por faixa
etária, verificando-se que, para este grupo dos mais jovens, os percentuais mais
significativos estão entre os que possuem até o segundo grau (Ensino Médio)
completo e incompleto. Outra parte está cursando o Terceiro Grau (Superior), o
que reflete a condição de estudantes que provavelmente por razões econômicas
passaram a buscar no mercado uma vaga, mesmo sem a formação completa.
Outra parte dos jovens que declararam o ensino médio completo provavelmente
tiveram interrompido os estudos neste nível, tornando mais difícil a obtenção de
colocação no mercado.
Quadro XIII – Desempregados por Idade e Escolaridade
Escolaridade
percentual
Fundamental Incompleto
Fundamental Completo
Médio Incompleto
Médio Completo
Em %
Faixa Etária
De 16 a 24
anos
De 25 a 29
anos
De 30 a 39
anos
De 40 a 49
anos
De 50 a 59
anos
Total
5,56
0
25,93
50
5,26
0
10,53
52,63
22,22
11,11
11,11
27,78
5,88
11,76
0
64,71
25
0
0
50
8,85
3,54
16,81
48,67
14
Superior Incompleto
Superior Completo
Pós-Graduado Incomp
Pós-Graduado Completo
Total percentual
Quantidade (amostra)
Participação do total
14,81
3,70
0
0
100
21,05
10,53
0
0
100
11,11
16,67
0
0
100
0
17,65
0
0
100
0
0
25
0
100
12,39
8,85
0,88
0
100
55
48,67
19
16,81
18
15,93
17
15,04
4
3,54
113
100%
ONDE O SANTISTA TRABALHA
Quanto ao local de trabalho dos residentes de Santos (conforme amostra),
constata-se a predominância do trabalho na própria cidade, com 86,60%. Dos
outros locais em que o residente em Santos se emprega, destacam-se Cubatão,
São Paulo e São Vicente, sendo que Cubatão vem tendo participação
decrescente, enquanto que Praia Grande vem no sentido inverso com
participação significativamente maior. Os dados da amostra estão consistentes
com as pesquisas anteriores, ressalvando-se mais uma vez o caráter amostral da
pesquisa e a margem de erro inerente.
Quadro XIV - Onde o residente trabalha (em %)
Local
mar/05
set/05
mar/06
set/06
mar/07
set/07
Santos
86,25
85,6
86,54
85,6
83,22
86,60
Cubatão
4,05
4,7
3,91
4,7
3,81
3,31
São Paulo
1,88
3,6
3,33
3,6
3,67
2,49
São Vicente
4,20
3,4
2,03
3,4
3,81
3,87
Guarujá
1,59
1,5
1,16
1,5
2,12
1,66
Praia Grande
0,87
0,8
1,59
0,8
1,41
1,24
Outros
1,16
0,4
1,45
0,4
1,97
0,83
100,0
100,0
100,0
100,00
100,0
100,0
Total
15
Onde Trabalha o Santista
100,00
86,60
80,00
60,00
40,00
3,87
20,00
0,00
S A N T OS
S ÃO
VI C EN T E
3,31
C U B A T ÃO
S ÃO
P A U LO
2,49 1,66
GU A R U J Á
1,24 0,83
P RAI A
OU TR A S
GR A N D E
C I D A D ES
RAMOS DE ATIVIDADE
Os dados apurados mostram que o contingente de empregados está
distribuído pelos diversos ramos de atividade, evidenciando-se que o setor de
serviços mantém primazia como o maior empregador, com 45,58% da amostra,
seguido pelo comércio, 16,71%, e serviços públicos, 14,92%, sendo aqui
considerados os contingentes de policiais/militares, prefeituras, governos estadual
e federal.
O caráter amostral da pesquisa permite variações na apuração e é
recomendável a análise da tendência dos dados; assim, verifica-se que a indústria
mantém a quarta colocação em geração de empregos. As atividades portuárias,
transportes e os empregos diretos no porto, seguem como importantes atividades
e somam quase 13,0% de todo o conjunto, mostrando pequena recuperação em
relação à amostra anterior.
Destacamos a estabilidade dos percentuais em relação a setembro de
2006 na participação do comércio que está sujeito a fatores sazonais.
Como destaque a atividade portuária que apresentou aumento mais
significativo já na construção civil que apresenta a menor participação das últimas
quatro pesquisas, deve-se considerar aqui a possibilidade destes empregos
16
estarem sendo ocupados, em grande parte, por residentes em outros municípios
uma vez que a atividade de construção mostra estar ativa.
Deve-se ressalvar que em função da amostra, os setores de menor
participação são fortemente influenciados na pesquisa. Por esse motivo, deixa-se
de comentar, restringindo a informação à amostragem obtida.
Quadro XV Ramos de atividade por freqüência (em %)
Ramos de Atividade
mar-05
set/05
mar/06
set/06
mar/07
set/07
Serviços
46,02
43,18
45,44
46,02
44,99
45,58
Comércio
14,76
20,45
16,21
16,90
21,30
16,71
Serviços Públicos
13,75
13,64
12,88
11,54
11,14
14,92
Indústria
6,22
6,95
7,38
6,87
7,19
6,08
Atividades Portuárias
3,62
5,21
6,08
5,36
4,51
6,49
Transportes
3,47
3,48
3,76
5,08
3,67
3,18
Porto
3,18
2,54
2,75
3,16
Entretenimento e Lazer
1,74
1,07
1,30
2,06
2,82
2,12
3,04
1,38
Construção Civil
3,04
3,21
3,18
1,92
1,41
1,52
Outros
4,20
0,27
1,01
1,10
0,85
1,10
Total
100
100
100
100
100
100
17
Emprego Por Atividade
3,18% 1,52% 6,49%
1,10%
3,04%
6,08%
1,38%
45,58%
16,71%
14,92%
Serviço
Entretenimento
Transporte
Outros
Serviço Público
Indústria
Construção Civil
Comércio
Porto
Atividade Portuária
ECONOMIA FORMAL E INFORMAL
Quanto à informalidade (quadro XV), observa-se que uma reversão no
decréscimo nas atividades informais, sendo apurada uma elevação da
informalidade em 9 pontos percentuais. Será necessária uma observação nas
pesquisas futuras no intuito de verificar tendência de crescimento como mostrado
nesta amostra..
Vale ressaltar que do contingente na economia informal, 64,81% são
autônomos e 31,48% trabalhadores sem registro em carteira, e ainda 3,70% que,
além de autônomos, são assalariados também.
Quadro XVI – Participação do mercado de trabalho formal e informal
Classificação mar -04 set-04 mar-05 set-05 mar-06 set-06 mar/07
set/07
% Formal
60,87
63,45
64,98
69,25
70,33
68,27
71,51
62,71
% Informal
39,13
36,55
35,02
30,75
29,67
31,73
28,49
37,29
100
100
100
100
100
100
100
100
Total
18
Mercado Formal e Informal
80
70
60
50
40
30
20
10
0
% Formal
% Informal
mar/04
set/04
mar/05
set/05
mar/06
set/06
mar/07
set/07
Download

ped - pesquisa de emprego e desemprego na cidade