ARTES TÊXTEIS E PERSONALIZADA - 2 ADORNOS História da Arte: Arte e Cultura Africana Discutindo padrões de beleza Os padrões estéticos são diferentes para diversos povos e épocas. Muitas vezes o que consideramos algo bizarro e feio, para alguns povos é algo com significado especial e uma busca por outro padrão de beleza. Na África diversos povos possuem algumas práticas e costumes que podem parecer bizarros para os ocidentais. Os coloridos dos brincos O povo Mursi, na Etiópia, costuma cortar o lábio inferior para introduzir um prato até que o lábio chegue a uma extensão máxima, costuma pôr também, no lóbulo da orelha. Ao passar dos anos, vão mudando o tamanho da placa para uma maior até que a deformação atinja um tamanho exagerado. Tais procedimentos estão associados a padrões de beleza.[...] As argolas... As mulheres do povo Ndebele, em Lesedi, na África, usam pesadas argolas de metal no pescoço, pernas e braços, depois que casam. Dizem que é para não fugirem de seus maridos e nem olharem para o lado. Beleza para mulheres africanas... Esse hábito também pertence as mulheres do povo Padaung, de Burma, no sudoeste da Ásia, conhecidas como “mulheres girafas”. Segundo a tradição, o pescoço das mulheres é alongado utilizando anéis metálicos e pode alcançar até 30 centímetros. Esses anéis são substituídos até atingirem a fase adulta. Para o povo Padaung, o pesçoço é o centro da alma, é a identidade da tribo. Por isso, protegem muito bem com os anéis de metal, que também são colocados nos pulsos e tornozelos. Esses aros, um dia, já foram feitos usando ouro. Hoje são de latão e cobre, chegando a pesar até 12 quilos com 8.5 milímetros de diâmetro, que começam a serem colocados aos 5 anos. Ao contrário do que alguns imaginam, essas mulheres não morrem se os anéis forem retirados (elas fazem isso para se lavar), pois não é o pescoço que cresce e sim a clavícula que desce. Após dez anos de uso contínuo, elas sentem como se as argolas fizessem parte de seu corpo. As tatuagens corporais... Em alguns povos africanos, as escarificações (scarification), marcas feitas com cortes na pele, registram fases importantes na vida de uma mulher. Os cortes são feitos na pele e quando cicatrizam parecem uma renda. Como elas não usam roupas, as cicatrizes tem função estética e servem para deixá-las mais bonitas. Em algumas regiões da Nigéria, as marcas começam a serem feitas cedo, a partir dos 5 anos de idade, em partes específicas do corpo, obedecendo uma sequência. As jovens só são consideradas adultas e aptas para o casamento quando toda a sequência de desenhos estiverem completas. Vênus Hottentot: o exotismo da beleza da mulher africana Representaçao de mulher africana que sofria de steophagia, isto é, tinha glúteos e órgão genital de tamanho exagerado (características comuns entre mulheres desta etnia). Levada para Europa, foi exibida em shows circenses e apresentações "antropológicas".. Reação dos europeus à Venus Hottentot Fonte: www.english.emory.edu/Bahri/Hot t.html Vênus Hottentot: o exotismo da beleza da mulher africana Chamada de Venus Hottentot, Baartman foi representada em dezenas de imagens, seu corpo foi exibido e analisado como anomalia. Baartman acabou se tornando o símbolo da exploração da sexualidade da mulher negra Sara Baartman, the Hottentot Venus, 1810 Vênus Hottentot: o exotismo da beleza da mulher africana Fonte: Terceira sala on-line do projeto Representação imagética das africanidades no Brasil, que discutiu a representação imagética das africanidades nas artes, nos espaços museológicos e sua produção simbólica. http://www.studium.iar.unicam p.br/africanidades/ http://www.studium.iar.unicam p.br/africanidades/debates/ debate_28_11.pdf