“Uma coisa peço ao Senhor, e a buscarei: que
eu possa morar na casa do Senhor todos os
dias da minha vida, para contemplar a beleza do
Senhor e meditar no Seu templo”.
Salmos 27:4
 Saber como os projetos de Deus, revelados no
santuário, no mundo natural e em outras obras
artísticas nos ajudam a compreender e apreciar
Seu caráter.
 Compreender que Deus deseja para nós uma
beleza muito maior à que Ele usou para criar o
mundo – Sua graça interior.
 Permitir que Deus nos molde conforme seu
desejo.
Deus, o grande artista, revelou Sua beleza
através de muitas expressões artísticas. Uma
das maiores entre essas expressões é o
desenvolvimento de Sua semelhança em
nosso coração. Deus deseja que os cristãos
sejam uma fonte de “beleza” em um planeta
escuro e agonizante.
Deus é o oleiro e nós o barro. Ele é o
Grande Artista, o Criador, muito superior
a todos nós. Então porque temos a
mania de questioná-lo e, às vezes, até
duvidar do Grande Oleiro?
 Já fomos avisados por Deus que viriam
tempos em que os homens “não suportarão a
sã doutrina; mas, tendo comichão nos
ouvidos, amontoarão para si doutores
conforme as suas próprias concupiscências;
e desviarão os ouvidos da verdade, voltando
às fábulas” (II Tm 4:3-4).
 Assim como Israel clamava aos seus profetas: “Não
profetizeis para nós o que é reto; dizei-nos coisas
aprazíveis, e vede para nós enganos” (ou como
traduz a ARA: “…profetizai-nos ilusões”), assim
também hoje multidões clamam aos seus mestres:
“Não nos ensineis a sã doutrina (não a suportamos);
dizei-nos coisas aprazíveis, profetizai-nos fábulas!”
O “cristão” do século XXI tem coceira nos ouvidos
que só é satisfeita pelas fábulas inventadas por
homens ou demônios (I Tm 4:1), mas não tem tempo
ou disposição para ouvir a Palavra de Deus.
 O oleiro não precisa pedir a opinião do
barro; ele faz o que ele quer. Deus então
afirma claramente: “Não poderei Eu fazer
de vós como fez este oleiro, ó casa de
Israel? diz o Senhor. Eis que, como o
barro na mão do oleiro, assim sois vós na
Minha mão, ó casa de Israel.” (18:6).
 Ao nos entregarmos nas mãos do
Oleiro, Ele fará uma obra maravilhosa
em nossa vida.
Por que era importante que o santuário
fosse tão bonito?
 Seria para dar ao povo um senso de temor
diante do poder e grandeza de Deus. Se o
santuário terrestre deveria ser uma “sombra”
do celestial (perfeito, lindo, maravilhoso,
indescritível), assim os Israelitas deveriam
construir o templo de tal forma que se
assemelhasse com o modelo celestial e fosse
muito melhor que Suas próprias casas
(tendas), demonstrando que sua prioridade
estava na casa do Senhor.
 A beleza do santuário, portanto, não devia
desviar o foco da verdadeira beleza que
Deus valoriza em relação à vida humana – a
construção do nosso caráter.
 O povo de Deus é escolhido, real e peculiar, mas esse grupo
é mais do que apenas um grupo de rostos bonitos. Eles
devem “anunciar as grandezas daquele que os chamou das
trevas para a Sua maravilhosa luz”. A palavra grandezas
significa literalmente excelências ou perfeições, com ênfase
nessas qualidades manifestadas ativamente nos atos. Isso é
uma referência ao caráter glorioso de Deus, abundante amor
e graciosa provisão para a salvação dos pecadores. Deus
adquiriu a igreja como Sua propriedade especial para que
seus membros refletissem Seus preciosos traços de caráter
na própria vida e proclamassem Sua bondade e misericórdia
a todos os homens.
Qual foi o papel do Senhor na música
utilizada nos cultos de adoração?
 Talvez não existam dois livros na Bíblia que
apresentem um quadro melhor da resposta
de Deus à música de adoração do que 1º e 2º
Crônicas. Nesses livros aprendemos que
Deus dirigiu a escolha do rei Davi em relação
à música e Davi seguiu todas as orientações
do Senhor para a montagem da equipe de
músicos e cantores, bem como a liturgia no
templo.
 A história do povo de Israel naquele período
da história é uma afirmação clara que o
próprio Deus projetou cada aspecto de Sua
adoração, incluindo arquitetura, utensílios,
vestes sacerdotais e liturgia. Não pode haver
dúvida de que a concepção artística é
aprovada na Palavra de Deus.
 A música na adoração continua a ser um dos
assuntos mais polêmicos na igreja. O que havia
na música tocada na cerimônia de consagração
do templo que atraiu a presença de Deus? Não
sabemos todos os elementos musicais da música
tocada no templo, mas ele deve ter sido bela e
certamente deve ter elevado os corações ao
Senhor. Quem sabe estes sejam os princípios
básicos para a música em nossa adoração hoje –
beleza e inspiração.
Por que é importante o recurso literário
no texto da Palavra de Deus?
 Não existe nenhum tema do conhecimento
humano que Deus não domine. Ele é o mentor e o
autor de todos esses conhecimentos. O Senhor
usou aos profetas através de sonhos e visões que
transcreveram em palavras a Sua vontade. A
habilidosa construção da poesia e das narrativas
bíblicas, influenciada pelo Espírito Santo é
fundamental para compreendermos a perfeita
vontade de Deus para o ser humano.
 Alguns escritores bíblicos eram homens
simples, todavia foram usados pelo Espírito
Santo para que expressassem exatamente o
que o autor (Deus) queria.
 Por exemplo: o livro do Apocalipse é uma extensa
manifestação de estética. Deus poderia ter fornecido a
João um documento histórico padrão para apresentar
o curso da história da salvação. Em vez disso,
encontramos impressionantes panoramas figurados,
retratando a realização do Grande Conflito entre Cristo
e Satanás, expandindo a imponente revelação
apocalíptica dada anteriormente a Daniel e Ezequiel.
Foi Deus quem mostrou e revelou a João toda esta
estrutura estética do livro.
Como escultor, o que mais impede a Deus de
terminar a obra de esculpir o nosso caráter?
 Nós mesmos! Devemos clamar a Deus pelo
domínio próprio e aplicarmos nossas
energias em permitir que Deus faça uma
grande obra em nós. “Nem mesmo Deus
pode controlar-nos de fora e deixar-nos na
posse de nossa liberdade. O mais poderoso
conquistador é aquele que conquista a si
mesmo”. Colunas do Caráter, pág. 39.
 Deus empreende um grande esforço para esculpir e
refazer os seres humanos à Sua imagem. Muitas
vezes viramos as costas e não valorizamos este
esforço divino. É como se nós não quiséssemos que
Ele nos esculpisse. Todavia, podemos contar com o
Espírito Santo, o Consolador, o enviado de Cristo
para nos convencer do pecado, da justiça e do juízo
a fim de nos entregarmos totalmente nas mãos do
escultor para que Ele termine a obra em nossa vida.
 Esta obra de escultura de nosso caráter durará a
vida toda, dia após dia, até que estejamos
prontos para vivermos a vida eterna com Jesus.
Este é o processo da santificação.
1. Embora o pecado tenha arruinado a criação de Deus, ele
não apagou a beleza da expressão criativa de Deus,
encontrada nos reinos físico e espiritual.
2. O sacrifício de Cristo não apenas derrotou a satanás e
removeu o pecado, mas possibilitou que a natureza
humana pudesse ser restaurada, embelezada novamente
assim como era o plano original de Deus.
3. O grande artista trabalha incansavelmente em nós a fim
de passar para a tela uma perfeita semelhança de seu
modelo. A construção de nosso caráter pelo poder de
Cristo deveria ser a prioridade em nossa vida porque já o
é na perspectiva de Deus.
- Texto: Pr. Laerte Lanza – Secretário da ACSR.
- Apresentação em Slides: Departamento de
Escola Sabatina da USB.