Grasiela Assunto: ENC: Tribunal reconhece pedido de auxílio-alimentação feito pela AJURIS Tribunal reconhece pedido de auxílio-alimentação feito pela AJURIS Um dia depois de audiência da AJURIS com o conselheiro Rubens Curado, Tribunal reconhece direito da Magistratura gaúcha. O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, em comunicado enviado aos magistrados nesta quinta-feira (04/9), informou que reconheceu, junto ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o amparo legal da Resolução nº 133 para o pagamento do auxílio-alimentação (leia AQUI). Na entrevista que segue, o presidente da AJURIS, Eugênio Couto Terra, avalia o impacto dessa manifestação e destaca que a Associação vem trabalhando para aprovar esse e outros pleitos. Como o senhor avalia esse reconhecimento do Tribunal ao pleito do auxílioalimentação? A atitude da Administração do Tribunal de Justiça demonstra que a escolha feita pela Associação foi correta ao não se conformar com o indeferimento do auxílioalimentação e ter provocado o CNJ a examinar a matéria. Quando o pedido foi indeferido, em maio de 2013, a AJURIS interpôs pedido de providências no Conselho, pois nunca teve dúvida de que a Resolução nº 133 do CNJ, que estabelece a simetria com o Ministério Público, estava sendo violada pelo TJ/RS. Qual foi a estratégia adotada junto ao CNJ? Após o ingresso do pedido de providências, por uma questão de estratégia, já que o 1 então presidente do CNJ, ministro Joaquim Barbosa, era contra a Resolução nº 133, optamos por não pedir urgência na tramitação do pleito. Logo após a aposentadoria de Joaquim Barbosa, a AJURIS, por decisão do seu Conselho Executivo, tomada no dia 4 de agosto de 2014, deliberou por iniciar uma ofensiva junto ao CNJ, com a finalidade de destravar o andamento dos processos de interesse da Magistratura gaúcha que lá se encontram, dentre os quais o auxílio-alimentação. O que foi feito depois disso? Em razão dessa decisão, no dia 1º de setembro, segunda-feira passada, um dia antes do Tribunal fazer o reconhecimento do auxílio-alimentação, eu estive conversando com o conselheiro Rubens Curado, que é o relator da matéria no CNJ. Expliquei a necessidade de urgência da apreciação do pedido. O conselheiro disse que aguardava tão somente a manifestação do Tribunal para encaminhar o pedido de providências para a pauta. O que muda com a manifestação do Tribunal? Diante do reconhecimento pelo TJ/RS, não temos a menor dúvida de que a declaração do direito à percepção ao auxílio-alimentação, pelo Conselho, é algo iminente. Inclusive, estamos reiterando o pedido de julgamento imediato. Quais são os próximos passos? Temos duas questões a serem definidas junto à Administração. A primeira é discutir qual será o valor do auxílio-alimentação, que, como se vê da posição externada pelo Tribunal, está em aberto. Vamos propor que o valor seja fixado nos mesmos termos em que é alcançado à Magistratura Federal. A segunda questão diz respeito a como o TJ fará o pagamento dos valores devidos, inclusive os retroativos que são devidos desde os cinco anos anteriores ao pedido formulado pela AJURIS, em agosto de 2011. Na manifestação, o TJ/RS declara que não há previsão orçamentária para o pagamento em 2015. O que a Associação pretende fazer em relação a esse ponto? Vamos dialogar com o Tribunal para que, em relação a 2015, já que na proposta orçamentária a ser remetida não há previsão de verba para auxílio-alimentação, seja obtida uma suplementação para o pagamento das parcelas a vencer e dos atrasados. Qual o andamento dos demais pleitos no CNJ? De modo bem específico, onde se faz presente o interesse de grupos de magistrados, temos em andamento no Conselho um recurso a respeito do não pagamento da gratificação de difícil provimento e sobre o direito dos pretores de receber a remuneração por acúmulo de jurisdição em mais de uma Vara. Os 2 conselheiros relatores desses procedimentos estão sendo procurados, e, no próximo dia 10, teremos nova audiência com a conselheira Ana Maria Brito, que tem sob sua relatoria o recurso de interesse dos pretores. Esses contatos têm sido importantes para bem esclarecer as situações, já que não há qualquer justificativa para que o difícil provimento não seja pago, quando já é aos servidores e também aos integrantes do MP. No caso dos pretores, o esclarecimento é fundamental, pois fora do RS, há uma dificuldade de compreensão da atuação desses magistrados. Fora os pleitos encaminhados pela Associação, o que mais a Direção acompanha no CNJ? Estamos acompanhando, muito de perto, o encaminhamento da solução, de caráter nacional, para a questão do auxílio-moradia. Na terça-feira (2/9), em razão de um questionamento do Rio Grande do Norte, na sessão, o ministro Ricardo Lewandowski, manifestou a necessidade de uma solução que atenda a toda a Magistratura, face ao seu caráter nacional. A expectativa é que a solução reconheça o direito ao auxílio-moradia para todos os magistrados. Como no RS a matéria não vem sendo tratada pela Administração do Tribunal, estamos acompanhando diretamente para que, reconhecido o direito pelo CNJ, o benefício seja alcançado prontamente à Magistratura gaúcha. Outra matéria que acompanhamos é a referente à Resolução nº 106, que trata sobre as promoções por merecimento. Pode-se observar que com a assunção do ministro Lewandowski como presidente do Conselho, a reformulação entrou em compasso de espera, pois não está bem definida a forma pela qual a Presidência pretende tratar o assunto. No âmbito Estadual, como está o PL 218? A redução da diferença entre as entrâncias, tratada pelo PL 218, neste momento pré-eleitoral também está em compasso de espera, pois a tramitação na Comissão de Finanças, Planejamento, Fiscalização e Controle, na prática, se dará após o pleito. O fato de o Supremo Tribunal Federal ter remetido um PL ao Congresso com a proposta de reajuste de 16,11% ao subsídio dos ministros do STF, que se incorporará aos 5% já previstos em Lei para 2015, pode trazer alguma turbulência a essa tramitação. Isso se deve a vinculação percentual dos subsídios da Magistratura Estadual ao STF. Temos que fazer uma avaliação do quadro que teremos na Assembleia após as eleições, no que diz respeito à composição das bancadas, para que possamos definir as estratégias para que o PL 218 seja aprovado o mais rápido possível, independente de qualquer reajuste dos subsídios. Temos certeza de que contaremos com a parceria do Tribunal para que a valorização da Magistratura de 1º grau, que se dará com a redução da diferença entre as entrâncias, não seja relegada a um segundo plano com a finalidade de 3 aprovar o reajuste dos subsídios. Departamento de Comunicação Imprensa AJURIS (51) 3284.9141 [email protected] 4