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3/12/2008 13:01:32
Noite de premiações e lançamentos na Ajuris
Foto: Divulgação Ajuris
A Associação dos Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris) realizou na noite de terça­feira, 2, a entrega das premiações à vencedora do Prêmio Ajuris Direitos Humanos, edição 2008, Bruna Alves dos Santos Bragança, acadêmica do curso de Direito da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc). A solenidade foi realizada na Escola Superior da Magistratura (ESM) e prestigiada por diversas autoridades, amigos e familiares dos premiados. A mesa principal foi composta pelo presidente da Ajrusi, Carlos Cini Marchionatti; a diretora da ESM, Íris Helena Nogueira Medeiros; o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Mozart Valadares Pires; a diretora do Departamento de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos da Ajuris, Cláudia Junqueira Sulzbach; o diretor Cultural da entidade José Laitano; a juíza de Direito Rosana Garbin; a deputada estadual Zilá Breitenbach (PSDB); e a representante do Instituto de Acesso à Justiça (IAJ), Maria Palma Wolf.
Cerimônia contou com a presença A juíza Cláudia Sulzbach falou na tribuna sobre a importância do Prêmio, principalmente no ano em de diversas autoridades
que a declaração dos direitos do homem completa 60 anos. “Mas ainda há muito que trabalharmos para fazer valer esses direitos”, disse a magistrada em seu discurso, lembrando que todos que participaram do concurso foram vencedores. Na opinião da diretora do Departamento, o prêmio instituído pela Ajuris revela a preocupação dos juízes com os direitos humanos.
Bruna recebeu uma bolsa integral para cursar a ESM, um notebook, a publicação do seu trabalho na Revista da Ajuris que é distribuída aos magistrados de todo o País, e um cheque de R$ 10 mil, valor dobrado para o concurso deste ano, com apoio do Sicredi.
“Ganhar o prêmio reforçou a minha convicção, que eu já tinha, em cursar a Ajuris, e a escolha do meu trabalho no concurso permitirá difundi­lo a um maior número de pessoas”, disse um dia antes da premiação, em entrevista à Associação. A estudante da UNISC concorreu com trabalho intitulado “A descriminalização do aborto do feto anencefálico como garantia aos direitos fundamentais da gestante”. Em seu pronunciamento durante a premiação ela defendeu o direito das mulheres em optar pela interrupção da gravidez quando houver constatação de feto anencéfalo, citando os direitos fundamentais a vida; saúde; integridade física, mental e direitos reprodutivos.
O Código Penal brasileiro admite o aborto em casos de gravidez de risco ou quando ela é decorrente de estupro. “A gravidez de um feto anencéfalo, além de oferecer riscos à mãe, pode ser tão traumático quanto um estupro”, comparou a vencedora. Emocionada, Bruna agradeceu à família e, principalmente ao pai, por ter lhe ensinado o significado da palavra dedicação. Outros quatro trabalhos foram agraciados com menção honrosa, sendo que cada autor recebeu um notebook.
Caderno de Literatura O diretor Cultural da Ajuris, José Laitano, foi quem anunciou na tribuna o lançamento do 16º Caderno de Literatura da AJURIS. No seu discurso, o coordenador da publicação lembrou o quanto é difícil este tipo de revista alcançar tão longa sobrevida. “Em geral, publicações desta natureza, no máximo, chegam a quinta ou sexta edição, quando são interrompidas por falta de recursos”, disse, fazendo referência ao apoio imprescindível que vem sendo dado pelo Banrisul nas últimas edições do Caderno. O diretor agradeceu o apoio recebido do grupo de juízes e esposas que contribuíram para a conclusão dos trabalhos em tempo recorde e, em particular, à artista plástica Myriam Dutra, cujos quadros estão expostos na Pinacoteca da Escola; ao desembargador Wilson Rodycz, e Ruben Daniel Castiglioni, “que entra para o círculo da AJURIS por seu amor à literatura”, disse Laitano. Os presentes receberam ainda um encarte explicando o que é o Programa DivulgaArte, retomado há alguns meses pela Associação e que visa o crescimento cultural do magistrado e da sociedade.
Mozart Valadares
“Tenho dito em alguns Estados por onde tenho passado que vivo um momento associativo muito feliz”, resumiu o presidente da AMB, tentando definir o sentimento de dirigente ao assistir sucessivos eventos, marcados pela qualidade e o envolvimento dos seus colaboradores. Mozart lembrou que o magistrado de hoje tem outro perfil, mais voltado para o bem­estar social. “Não paramos para discutir temas relativos à magistratura. Hoje estamos discutindo temas de relevância nacional para que através deles possamos ajudar a construir uma nação mais justa e mais ética para se viver”, enfatizou, salientando que o pioneirismo da Ajuris neste tipo de ação já não causa mais surpresa. “De público, coloco toda a estrutura da AMB para apoiar e incentivar atividades dessa dimensão”, concluiu Mozart Valadares, sugerindo que as atividades apresentadas fossem difundidas em outras entidades do País.
Carlos Cini Marchionatti
Anunciando falar pela primeira vez de improviso, o presidente da Ajuris quis dar ao público uma real dimensão do quanto estava se sentindo à vontade numa noite projetada para entrega de prêmios e lançamentos culturais. E, não podia ser diferente, o resultado do esforço coletivo foi absolutamente perfeito. “Dizem que não se deve falar de improviso, mas hoje vou falar com o coração”, anunciou Marchionatti ao começar o seu pronunciamento. “Todo poder emana do povo e em seu poder deve ser exercido. É assim que a magistratura gaúcha está exercendo as suas atividades”, resumiu o presidente, advertindo que a magistratura de todo o País está convicta de que os brasileiros – e os gaúchos ­ querem ouvir seus juízes. CD Rosas de Natal: melhor e mais solidário A Ajuris encerrou a noite de atividades anunciando a reedição do CD Rosas de Natal, com músicas natalinas cantadas pelo Coral da Associação, sob a regência do desembargador e maestro, Irineu Mariani. A boa notícia, no entanto, não foi somente o anúncio de que a 2ª edição do CD ganhou nova roupagem, e está ainda melhor do que a primeira, mas a lembrança solidária de colocá­lo à venda, na noite do lançamento, ao lance mínimo de R$ 10 com o objetivo de destinar o valor arrecadado às vítimas das enchentes de Santa Catarina. Foi neste espírito de solidariedade que o maestro Mariani fez seus agradecimentos que antecederam a execução de três canções, com direito, a bis.
O CD Rosas de Natal apresenta 17 faixas musicais, oito delas diferentes das que integravam a primeira edição, e três inéditas. O CD ganhou nova equalização e masterização. A partir de hoje, 3, pode ser adquirido na livraria Edições Paulinas, no centro de Porto Alegre.
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