REVISTA MULTIDISCIPLINAR DA UNIESP 81 RETROSPECTIVA DO LÚDICO: CONSEQUÊNCIAS DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL SOBRE A TEMÁTICA LAZER E TRABALHO MALACRIDA, Priscila Lomas1 MACHADO, Dalmo Roberto Lopes2 Resumo: O presente trabalho propõe uma linha de reflexão sobre o grau de importância que o lazer teve na história em relação à classe trabalhadora. Para isso, através de uma fundamentação histórica e sociológica do lazer, busca-se verificar como era tratada a temática lazer/trabalho tomando por base uma comparação pré e pós-Revolução Industrial bem como suas concepções ao longo do tempo. Levanta os fatos que valorizaram o lazer na sociedade atual e tenta relacionar os motivos que proporcionam limitações da fruição do lazer dos trabalhadores, de forma que haja senso crítico em compreender o real significado do lazer, contrariamente a uma sociedade estruturada em classes sociais, tomada freqüentemente pelo viés mercantil. Palavras-chave: Lazer, Trabalho, Sociedade. Abstract: This paper proposes a line of reflection on the degree of importance that leisure had in the history in relation to the working class. For this, in a historical and sociological bases, it was verified how the theme leisure/work was done considered, based in a comparison between before-and after-industrial revolution, and his conceptions along of the time. To raise the facts that became the importance of leisure in actual society and relate the reasons that provide limitations for enjoyment of leisure by workers, having critical sense to understand the real meaning of leisure, contrarily to the one society divided in social classes, often taken by commercial bias. Key-words: Leisure, Work, Society. Introdução O lúdico, como componente do lazer, esteve presente em todas as épocas da história e pode acontecer em qualquer momento da existência humana, seja em questões relacionadas à família, religião, política e principalmente, trabalho. Já o tempo livre (liberado do trabalho) é uma conquista moderna das classes sindicais, obtida após diversas reivindicações em prol da melhoria da qualidade de vida da classe trabalhadora, a qual eram destinadas exaustivas e massacrantes cargas horárias de trabalho, conseqüentes do advento da Revolução Industrial, e engloba o lazer, que é a SABER ACADÊMICO - n º 06 - Dez. 2008/ ISSN 1980-5950 REVISTA MULTIDISCIPLINAR DA UNIESP 82 forma mais encontrada de ocupação desse tempo livre para ser utilizado de forma espontânea, crítica e reflexiva, abrangendo as mais diversas atividades de lazer em que haja o princípio da busca do prazer. Entretanto seu conceito depende da historicidade humana e das concepções individuais, da sociedade laboral e do tempo livre. Portanto não há um conceito único e inquestionável de lazer, dada à sua dependência desses fatores relacionados, surgindo assim a seguinte questão: Houve alterações das concepções de lazer da classe trabalhadora no contexto sócio-histórico com o passar do tempo? O lazer e o trabalho são duas esferas de manifestação humana que sempre existiram e se fizeram componentes da vida do homem em sociedade, embora o grau de importância de ambos possa sofrer alterações de acordo com as concepções de lazer estabelecidas pela classe trabalhadora no contexto sócio-histórico. O lazer sofre modificações de acordo com as peculiaridades do contexto histórico e sócio-cultural no qual é desenvolvido, como por exemplo, anteriormente a Revolução Industrial, falava-se em criatividade relacionada ao ócio. Mas com o seu advento, a criatividade passou a ser focada no trabalho e na produção, que com a seguinte super exploração do trabalho ocasiona uma disparidade social cada vez maior. Na sociedade contemporânea, estruturada em classes sociais, o lazer apresentase de forma diversificada e freqüentemente vem sendo confundido com produtos da indústria cultural, cujo principal objetivo é o de produzir bens e serviços destinados ao consumo, dependendo de fatores culturais, sócio-históricos, políticos e econômicos. Este é o chamado lazer-mercadoria, uma forma de consumo exacerbado e alienado do lazer fortemente impregnado pelo viés mercantil e que objetiva apenas contribuir para superação das frustrações crescentes diárias. O lazer tem sido motivo de discussão por parte de estudiosos do tema e de instituições públicas e privadas devido a sua complexidade e amplitude, uma vez que representa uma fatia de recursos a serem explorados como fonte geradora de trabalho, pois as pessoas estão cada vez mais conscientes da importância e do sentido do lazer como uma cultura vivenciada no tempo disponível onde se busca primordialmente a satisfação provocada pela própria situação, conseqüentemente recorrendo a atividades que lhe ofereçam prazer e diversão. SABER ACADÊMICO - n º 06 - Dez. 2008/ ISSN 1980-5950 REVISTA MULTIDISCIPLINAR DA UNIESP 83 Como uma prática social e cultural que representa uma das dimensões da vida em sociedade tão importante quanto o trabalho, é importante e se faz urgente caminharmos rumo a uma civilização do lazer, em que as pessoas saibam ocupar este tempo com atividades que contribuam efetivamente para seu desenvolvimento acima de tudo pessoal e social. É necessário que haja um equilíbrio entre o trabalho e o lazer, onde as pessoas não permitam que a preguiça impere em suas vidas a ponto de torná-las improdutivas, nem o trabalho se torne um vício a ponto de comprometer a qualidade de vida tão almejada pelos indivíduos. A ausência do lazer no cotidiano do trabalhador pode resultar em degradação do rendimento profissional, uma vez que o ser humano não é uma máquina programada para trabalho contínuo. Entretanto, atividades diversificadas em dosagem equilibrada podem torná-lo mais produtivo, a partir da adoção de um estilo de vida qualitativamente melhor. É possível vivências de lazer mais significativas e comprometidas com a transformação de valores dominantes em nossa sociedade, mediante a criação de novas opções e otimização das práticas já adotadas através da conscientização dos benefícios que elas oferecem. São raros os estudos que alcançam grande abrangência histórica em relação às concepções de lazer por haver escassez e temporalidade de informações sobre o tema, e diante da complexidade e amplitude assumida pelo lazer na sociedade, aliadas a um freqüente aumento de consciência de sua importância para os indivíduos, se faz necessário o presente trabalho. A partir das mudanças conceituais de lazer, as pessoas conquistam maiores possibilidades de sua prática efetiva, onde passam a enxergar uma diversidade de opções à prática de atividades de lazer, não estando restritas apenas às de sua preferência. A partir do momento que as pessoas conhecem e reconhecem a importância do lazer em seu cotidiano elas passam a ampliar seu leque de opções para que elas se beneficiem do lazer de forma que ele possa proporcionar não apenas descanso e entretenimento, como também propiciar o desenvolvimento crítico e social. Desta forma, o presente estudo tem a finalidade de verificar o grau de importância que o lazer teve na história em relação à classe trabalhadora, considerando como marco de origem a Revolução Industrial. De forma mais específica pretende-se: SABER ACADÊMICO - n º 06 - Dez. 2008/ ISSN 1980-5950 REVISTA MULTIDISCIPLINAR DA UNIESP 84 a) Identificar e comparar como era tratada a temática lazer/trabalho em alguns períodos da história da sociologia do lazer, e se houve mudanças, quando e como elas ocorreram. b) Comparar as concepções de lazer entre os períodos pré e pós Revolução Industrial em relação à classe trabalhadora. c) Relacionar os motivos que fazem com que na atualidade haja limitações da fruição do lazer no cotidiano da classe trabalhadora. A partir do estudo sobre a retrospectiva do lúdico e as conseqüências da Revolução Industrial sobre o conceito de lazer e trabalho, foi levantada uma fundamentação histórica e sociológica, abrangendo desde o período Greco-romano até a sociedade contemporânea, restritas as concepções da classe trabalhadora. Para isso, foram necessárias leituras de algumas obras (apesar da escassez de publicações no assunto), periódicos e artigos científicos mais especificamente na área do lazer, que propiciaram embasamento teórico para constituição de resumos e sistematizações de conhecimento proporcionando um conjunto de informações acerca dessa temática. Em relação à fundamentação histórica e sociológica supracitada, realiza-se uma discussão pautada nos itens seguintes. Histórico do lazer: pontos convergentes e divergentes entre vários autores O termo "lazer" vem do latim licere que significa "ser permitido" e surgiu na civilização Greco-romana, onde era entendido em oposição ao trabalho. Nesta sociedade, o lazer era uma atividade essencial, onde na maior parte do tempo livre, que era uma minoria, os homens se dedicavam às artes, exercícios físicos, filosofia e letras. Em relação às obrigações profissionais, eles empenhavam-se apenas em alguns deveres, tais como atividades políticas e militares, consideradas mais nobres. O trabalho como meio de subsistência era obrigação dos escravos, grupo subalterno e dominado. Verifica-se que esta civilização inventou a cultura do lazer, porém, não soube, nem quis democratizá-la (CAMARGO, 1998). Alguns autores dizem que o propalado anúncio de que o trabalho não se constitui mais como categoria primeira, de sociabilidade humana e de que a sociedade do lazer já é quase uma realidade, o que é demasiadamente ingênuo ou escandalosamente mentiroso. (MARCELLINO, 2007) SABER ACADÊMICO - n º 06 - Dez. 2008/ ISSN 1980-5950 REVISTA MULTIDISCIPLINAR DA UNIESP 85 Nas sociedades pré-industriais do período histórico, o lazer não existia tampouco. O trabalho inscrevia-se nos ciclos naturais das estações e dos dias e seu ritmo era natural e cortado por pausas, cantos, jogos, cerimônias. Entre o trabalho e o repouso não havia separação nítida (DUMAZEDIER, 1999). Segundo Grazia (apud DUMAZEDIER, 1999, p.25), o lazer existia em todos os períodos, em todas as civilizações. Embora para Dumazedier (1999), o lazer possui traços específicos da civilização nascida da Revolução Industrial, pois ele não acredita que a ociosidade dos filósofos da antiga Grécia pudesse ser chamada de lazer. Segundo Parker (1978, p.19), muitas proposições apresentadas atualmente sobre o que seja o lazer, ou sobre o que deveria ser baseiam-se em ideais inicialmente formulados na Grécia Antiga. Nota-se que os autores Camargo (1998) e Parker (1978) apresentam conceitos semelhantes em relação ao significado do lazer. Camargo (1998) caracteriza a relação do significado do lazer/trabalho fazendo uma divisão dos períodos históricos desde a civilização greco-romana até a sociedade moderna, explicitadas nas linhas seguintes. Durante a idade média, o trabalho era duro e rural, e adaptado ao clima, às festas e aos repousos ditados pela família e religião, onde havia inúmeros dias santos. Trabalhava-se em média de 700 a 1000 horas por ano. Nesta sociedade predominavam os valores de vida comunitária, onde adultos e crianças partilhavam de atividades comuns, onde o trabalho e o lúdico tinham o mesmo grau de importância. Camargo (1998) descreve: "A labuta iniciava ao alvorecer e terminava quando a luz do dia faltava, mas havia as pausas impostas pelo cansaço, aos domingos e feriados religiosos, das entressafras, a chuva era uma pausa forçada”. No início da idade moderna, destacam-se as correntes religiosas do catolicismo e do protestantismo. No catolicismo, havia duas vertentes, onde a primeira condenava o não fazer nada e o divertimento em geral, onde as atividades lúdicas eram consideradas ociosas e geradoras de desvios. Data-se desta época o surgimento de provérbios comuns até a atualidade, como “A ociosidade é mãe de todos os vícios" e "Para cabeça vazia, o diabo arruma serviço”. A segunda vertente ditava que o trabalho era uma obrigação a que o homem estava condenado. SABER ACADÊMICO - n º 06 - Dez. 2008/ ISSN 1980-5950 REVISTA MULTIDISCIPLINAR DA UNIESP 86 No protestantismo, havia a valorização excessiva do trabalho e acúmulo de riquezas. Tal corrente foi a base ética que deu suporte para a ascensão do capitalismo, procurando conciliar o capitalismo nascente com a fé. Com raras exceções, tudo o que não fosse trabalho e prece (oração) era condenado. A riqueza, fruto do trabalho, era vista como benção divina, e a falta de dinheiro, a pobreza, como ausência de sintonia com Deus, um estado de doença espiritual. Constata-se que o lazer não foi valorizado em nenhuma das duas doutrinas religiosas. Durante a sociedade moderna, que abrange a Revolução Industrial, há diversas mudanças sociais, políticas, econômicas e culturais, onde a burguesia é tida como classe dominante e a sociedade está se estruturando a partir de valores e princípios do capitalismo. Surge o êxito rural (contexto natural substituído por ambiente e contexto artificial), onde a cidade passa a caracterizar o lazer como mero ócio, banal. As jornadas de trabalho nas indústrias chegavam a exorbitantes 4000 ou 5000 horas por ano, sendo uma jornada de 16 horas, quase todos os dias do ano. O início da vida ativa no trabalho iniciava aos 10 anos e perdurava inacreditavelmente até a morte. Eis que surge “O direito à preguiça”, publicado em 1880, constituído por uma série de artigos entre 16 de junho e quatro de agosto do mesmo ano, alcançando sucesso surpreendente, comparado apenas ao Manifesto Comunista3. O direito à preguiça foi o primeiro manifesto em favor do lazer dos operários, motivado pelas condições de trabalho industrial que desrespeitavam um mínimo de dignidade ao ser humano (LAFARGUE, 1999). No manifesto, seu escritor Paul Lafargue ridiculariza os operários industriais que apesar de trabalharem 15 horas diárias ainda reivindicavam o direito ao trabalho. Concepções de lazer antes e depois da Revolução Industrial O lazer sofre modificações de acordo com as peculiaridades do contexto histórico e sócio-cultural no qual é desenvolvido. Anteriormente a Revolução Industrial, falava-se em criatividade relacionada ao ócio, mas com o advento da mesma, há o deslocamento do valor criativo do ócio, onde a criatividade passa a ser focada no trabalho e na produção, havendo até insinuações de que no lazer estava a fonte dos pecados e perda da salvação (LESSA, 2005). SABER ACADÊMICO - n º 06 - Dez. 2008/ ISSN 1980-5950 REVISTA MULTIDISCIPLINAR DA UNIESP 87 O desenvolvimento social e econômico das nações industrializadas veio estabelecer com clareza o tempo de lazer, onde com naturalidade podemos associar a qualidade de vida à disponibilidade de bens materiais e garantias de lazer, férias e aposentadorias. Com a super exploração do trabalho aumenta-se as distâncias sociais, onde os indivíduos com maior poder aquisitivo diversificaram cada vez mais seu consumo e os de menor poder aquisitivo desenvolveram a organização sindical e sempre tiveram suas práticas restritas pela inexistência de equipamentos recreativos ou culturais coletivos, falta de recursos financeiros e dificuldades ligadas ao trabalho (LESSA, 2005). Para Marcellino (2007), com a Revolução Industrial, pensava-se que o homem substituído pela máquina teria um maior tempo livre dedicados ao lazer e aos momentos de relaxamento, embora paradoxalmente haja a necessidade do cumprimento de extensas jornadas de trabalho. Com o surgimento do capitalismo, o tempo livre é necessário apenas para recuperação de forças físicas do trabalhador, sem lugar para o ócio. Os trabalhadores, exaustos pelas exorbitantes e indignas jornadas de trabalho, revoltaram-se e realizaram muitos movimentos sociais e reivindicações pela redução da jornada de trabalho, que culminaram com a regulamentação do tempo livre, fazendo com que o ócio ocupasse ume espaço de importância em suas vidas. Assim a necessidade de lazer cresce com a urbanização e industrialização, se acentuando nas grandes metrópoles, onde o homem fica exposto a um ritmo mais estressante de vida. Limitações da fruição do tempo livre na classe trabalhadora Diante da ordem econômica vigente (capitalismo) onde a maioria da população apresenta condições financeiras diminuídas, e muitos não conseguem nem suprir a necessidade básica de sobrevivência que se refere a alimentação, é possível pensar que tais pessoas usufruam do lazer? Diante de tal situação resta a reflexão de que certamente há muitas “barreiras” que limitam a fruição do tempo livre da classe trabalhadora no geral. São diversas as barreiras inter e intra-classes sócio-culturais que limitam o desenvolvimento pleno do lazer, e do ponto de vista da democratização cultural estas barreiras são fatores indesejáveis e assim necessitam ser atacadas. Desta forma, as SABER ACADÊMICO - n º 06 - Dez. 2008/ ISSN 1980-5950 REVISTA MULTIDISCIPLINAR DA UNIESP 88 barreiras sempre devem ser questionadas não só no discurso, mas na sua ação efetiva. Lazer sim, mas não práticas compulsórias. Uma vez supridas as necessidades básicas de sobrevivência, os indivíduos vão percebendo a real importância do lazer em suas vidas e ficam cada vez mais conscientes da diversidade de opções impostas pela sociedade e de que o valor cultural de uma atividade de lazer está ligado ao seu nível alcançado, ou seja, ao que cada pessoa praticará, assistirá e conhecerá em termos de aquisição de conhecimento. Após a discussão do presente trabalho em questão pretendeu-se realizar algumas conclusões, descritas abaixo. Conclusões O termo lazer surgiu na civilização greco-romana e era entendido como oposição ao trabalho. Para os autores a função do lazer é fazer oposição às rotinas da vida social, entre as quais são encontradas as ocupações profissionais, embora o trabalho possa ser classificado como lazer a partir do momento que proporcione satisfação e prazer ao seu praticante além de um desenvolvimento pessoal e social. O lazer e suas concepções sofrem modificações de acordo com as peculiaridades do contexto histórico e sócio cultural no qual são desenvolvidos. A prática do lazer cresce com a urbanização e industrialização onde os trabalhadores buscam nelas não apenas um meio de recuperação de forças laborais, mas também um meio de desenvolvimento global de suas necessidades. Ainda que existam diversas barreiras intra e inter-classes sociais que restringem o pleno campo de ação do lazer, podem variar de acordo com cada sujeito, sociedade, relações de trabalho e tempo livre, podendo ser realizado de forma individual ou coletiva através de atividades de lazer que proporcionem diversão, prazer e desenvolvimento completo humano. São barreiras que limitam a fruição do tempo livre de forma a não possibilitar a diversão, o prazer e o desenvolvimento completo humano. Tais impedimentos devem ser combatidos pela democratização do lazer, mas de forma que isto não se dê apenas nos discursos, mas também e fundamentalmente na prática. Nota-se que as pessoas cada vez mais conhecem e reconhecem os benefícios e as diversas opções que o lazer pode trazer e a importância do mesmo como parte SABER ACADÊMICO - n º 06 - Dez. 2008/ ISSN 1980-5950 REVISTA MULTIDISCIPLINAR DA UNIESP 89 integrante de suas vidas, deixando a rotina um pouco de lado para dar espaço a um tempo só delas, tornando seus dias mais alegres e se sentindo libertas, a partir do momento que dedicam no seu cotidiano um tempo livre disponível para a prática de atividades de lazer de sua livre escolha e preferência, através de uma prática deve contribuir para o pleno desenvolvimento pessoal e social do ser. Pretende-se dar continuidade ao presente trabalho, ampliando as informações referentes ao lazer e ao trabalho, bem como a explanação do estado da arte desse tema. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS CAMARGO, Luiz O. Lima. Educação para o lazer. São Paulo: Moderna, 1998. DUMAZEDIER, Joffre. Sociologia Empírica do Lazer. 2 ed. São Paulo: Perspectiva, 1999. GRAZIA, Sebastián de. Tiempo, trabajo y ócio. Madrid: Tecnos, 1966. LAFARGUE, Paul. O direito à preguiça. 2 ed. São Paulo: Hucitec, 1999. LESSA, Carlos. Além do fato: Emprego e atividades criativas. Jornal do Brasil, 2005. MARCELLINO, Nelson Carvalho. Algumas aproximações entre lazer e sociedade. In.: Revista Iberoamericana, v.01, n.02, mai.2007/set.2007. Disponível em: <http://www.lazer.eefd.ufrj.br/animadorsociocultural/pdf/ac201.pdf.>. Acesso em 28 mai. 2007. PARKER, Stanley. A Sociologia do Lazer. Rio de Janeiro: Zahar, 1978. 1 Discente do 4º ano do curso de Turismo da Faculdade de Presidente Prudente (UNIESP) e do 4º ano do curso de Educação Física da FCT-UNESP – Campus Presidente Prudente. 2 Mestre em Educação Física pela Universidade de São Paulo e Docente da disciplina de Técnicas de Recreação do Curso de Educação Física da FCT- UNESP – Campus Presidente Prudente. 3 Livro escrito por Karl Marx e Friedrich Engels, publicado em 1848 e que foi um importante manifesto a favor da união dos proletários frente a uma ordem social e política vigente injusta. SABER ACADÊMICO - n º 06 - Dez. 2008/ ISSN 1980-5950