ESCOLA PROFISSIONAL GUSTAVE EIFFEL
Informática de Manutenção de Equipamento
Módulo 1.3 – Tecnologia Eléctrica e Instrumentação
SEBENTA DE ELECTROTECNIA
Módulo 1.3
Turma 154
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Módulo 1.3 – Tecnologia Eléctrica e Instrumentação
CÓDIGO DE CORES PARA
RESISTÊNCIA
Resistências
Correntes
Cor
Nominal
1
Nominal
2
Multiplicador
Sem codificação
Tolerância
±20%
Prateado
× 0.01
±10%
Dourado
× 0.1
±5%
Preto
0
× 1.0
Castanho
1
1
× 10
±1%
Vermelho
2
2
× 100
±2%
Laranja
3
3
×1K
Amarelo
4
4
× 10 K
Verde
5
5
× 100 K
Azul
6
6
×1M
Violeta
7
7
× 10 M
Cinzento
8
8
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Branco
Resistências
de Precisão
9
9
Nominal Nominal Nominal
Multiplicador Tolerância
1
2
3
Cor
Prateado
× 0.01
Dourado
× 0.1
Preto
0
0
× 1.0
±5%
Castanho
1
1
1
× 10
±1%
Vermelho
2
2
2
× 100
±2%
Laranja
3
3
3
×1K
Amarelo
4
4
4
× 10 K
Verde
5
5
5
× 100 K
Azul
6
6
6
×1M
Violeta
7
7
7
× 10 M
Cinzento
8
8
8
Branco
9
9
9
±0.5%
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Tipos de Resistências
Em função da tecnologia subjacente à sua construção e das aplicações visadas, as resistências podem
ser agrupadas em três classes principais:
(i) resistências discretas, utilizadas para construir circuitos com componentes discretos em placas de
circuito impresso ou de montagem;
(ii) resistências híbridas, utilizadas na construção de circuitos híbridos discreto - integrados;
(iii) resistências integradas, neste caso com dimensões micrométricas e utilizadas na realização de
circuitos integrados em tecnologia de silício.
Este livro limita-se a estudar os grupos de resistências discretas e híbridas, deixando a cargo da
disciplina Electrónica dos Sistemas Integrados a apresentação das múltiplas alternativas em matéria
de resistências integradas.
Para além da tecnologia subjacente à sua construção, é comum classificar as resistências discretas em
fixas, ajustáveis e variáveis. O valor nominal de uma resistência fixa é pré-estabelecido durante o
processo de fabricação da mesma, ao passo que aquele relativo às resistências ajustáveis e variáveis
pode ser alterado pelo utilizador. A distinção entre resistência ajustável e variável é mínima. Esta
depende essencialmente da aplicação a que se destinam: as resistências ajustáveis são normalmente
inacessíveis ao utilizador comum e são utilizadas no ajuste fino do desempenho dos circuitos, que em
regra é feito imediatamente após a sua produção, ao passo que, pelo contrário, as resistências
variáveis destinam-se a ser acessíveis ao utilizador comum e são usadas, por exemplo, no controlo do
volume de som de um rádio, do brilho ou do contraste de um aparelho de televisão, etc.
Apesar da sua enorme variedade, as resistências discretas mais utilizadas na prática são as seguintes:
(i) as de carvão, na realidade de pasta de aglomerados de grafite;
(ii) as de película ou camada fina de material metálico ou de carvão;
(iii) as de fio metálico bobinado.
Para além das diferenças tecnológicas de construção, é comum utilizarem-se adjectivos como:
resistências de montagem superficial (resistências de pequenas dimensões para montagem superficial
sobre a placa de circuito impresso), redes ou agregados de resistências (encapsuladas em invólucros
semelhantes aos dos circuitos integrados), resistências de potência, etc.
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Resistências de Carvão
As resistências de carvão são construídas a partir de uma massa homogénea de grafite misturada com
um elemento aglutinador. A massa é prensada com o formato desejado, encapsulada num invólucro
isolante de material plástico e ligada ao exterior através de um material bom condutor. Na Figura 3.8
ilustram-se alguns detalhes relativos à construção deste tipo de resistências.
Figura Aspectos tecnológicos da construção de uma resistência de carvão
O valor nominal de uma resistência de carvão é uma função das dimensões físicas e da percentagem,
maior ou menor, de grafite utilizada no aglomerado (mais grafite é igual a menor resistência). As
resistências de carvão existem numa gama muito variada de valores, designadamente no intervalo
compreendido entre 2.7 Ω e 22 MΩ, e para diversos valores da potência máxima dissipável,
tipicamente ¼ W, ½ W, 1 W e 2 W.
Resistências de Película ou Camada Fina
As resistências de película fina são construídas a partir da deposição de uma finíssima camada de
carvão ou metal resistivo (níquel-crómio, óxido de estanho, etc.) sobre um corpo cilíndrico de
material isolante. Nas resistências de menor valor absoluto, tipicamente inferiores a 10 kΩ, o
material resistivo é depositado sob a forma de uma camada contínua que une os respectivos terminais
de acesso (Figura 3.9.a), ao passo que nas de maior valor se adopta a solução de construir uma espiral
de filme em torno do corpo cilíndrico (Figura 3.9.b). Em qualquer dos casos, a composição e a
espessura da camada determinam o valor nominal da resistência eléctrica implementada. O corpo da
resistência é constituído por um material isolante, em geral um material vítreo ou cerâmico, sendo o
conjunto protegido do exterior através de uma tinta isolante. As resistências de película fina existem
numa gama de valores nominais e de máxima potência dissipável muito variada. Por exemplo, as
resistências de filme fino de carvão existem para os valores estandardizados de 1/10 W, ¼ W, 1/3 W,
½ W, 2/3 W, 1 W, 3/2 W e 2 W.
Figura Aspectos tecnológicos da construção de uma resistência de película ou camada fina
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Resistências Bobinadas
As resistências bobinadas são construídas a partir do enrolamento de um fio metálico resistivo em
torno de um núcleo cilíndrico de material isolante (Figura 3.10.a). O material resistivo mais utilizado
é o constantan, que consiste basicamente numa liga metálica de níquel, cobre e manganésio. Em
alguns casos, as extremidades do fio bobinado são ligadas a braçadeiras que permitem a ligação e a
fixação da resistência ao circuito. No que respeita ao isolamento, as resistências bobinadas podem ser
esmaltadas, vitrificadas ou cimentadas, sendo em geral o conjunto protegido mecanicamente do
exterior por um invólucro de material cerâmico selado com silicone (Figura 3.10.b). As resistências
de fio bobinado são comercializadas em gamas de valores nominais inferiores a 100 kΩ, cobrindo no
entanto uma gama de máxima potência dissipável razoavelmente elevada (tipicamente até uma a duas
dezenas de watt). Existem resistências bobinadas cujas dimensões vão desde alguns milímetros até
vários centímetros.
Figura Aspectos tecnológicos da construção de uma resistência de fio bobinado
Resistências Híbridas de Filme Espesso e de Filme Fino
As resistências de filme espesso e de filme fino são utilizadas na realização de circuitos híbridos
discreto-integrados. As resistências deste tipo são construídas por deposição de uma fita de material
resistivo sobre um substrato isolante (alumina, magnesia, quartzo, vidro, safira, etc.), fitas cuja
espessura é da ordem das dezenas de µm na tecnologia de filme espesso e inferior ao µm (até
algumas dezenas de angstrom) no caso das tecnologias de filme fino. Os materiais resistivos mais
utilizados são os compostos de ruténio, irídio, e rénio, no caso das resistências de filme espesso, e o
níquel crómio, o nitrato de tântalo e o dióxido de estanho no caso das de filme fino. Em face das
aplicações a que se destinam, a dimensão deste tipo de resistências é relativamente reduzida (da
ordem do milímetro), intermédia entre aquelas características dos componentes discretos e
integrados. Existem também resistências de filme espesso encapsuladas em suportes semelhantes aos
utilizados para os circuitos integrados, disponibilizando neste caso um conjunto variado de
resistências independentes ou com terminais comuns.
Na Figura 3.11 ilustra-se um conjunto variado de resistências fixas actualmente existentes no
mercado.
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Algumas resistências fixas actualmente existentes no mercado
Resistências Ajustáveis e Variáveis
As resistências ajustáveis e variáveis, também designadas por reóstatos, potenciómetros ou, em
adaptação da designação em língua inglesa, trimmers, são utilizadas em aplicações nas quais se exige
a afinação ou a variação continuada do valor nominal de uma resistência. Exemplos da aplicação de
resistências variáveis são o controlo do volume de som de um rádio, o controlo do brilho ou contraste
de um monitor TV, o ajuste do período de oscilação em circuitos temporizadores, etc. Na Figura 3.12
representa-se o símbolo, o esquema de ligações e um croqui do mecanismo de controlo utilizado.
Existem resistências com controlo por tubo rotativo, manípulo ou ranhura, com escala linear ou
logarítmica, simples ou em tandem, multivoltas ou de volta única, de carvão ou de metal,
encapsuladas ou desprotegidas, etc. Na base da Figura 3.12 encontrará algumas das soluções
actualmente comercializadas.
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Características Técnicas das Resistências
A selecção e utilização de resistências em circuitos nos quais a precisão é um dos factores decisivos
do desempenho, deve ser acompanhada de precauções técnicas, quanto:
(i) à tolerância do valor nominal e à sua estabilidade em função das condições de armazenamento e
de funcionamento (por exemplo, as resistências mais estáveis são as de fio bobinado, seguindo-selhes, por ordem, as de película fina metálica, de carvão e as aglomeradas);
(ii) à potência máxima dissipável;
(iii) ao coeficiente de temperatura;
(iv) à tensão máxima aos terminais;
(v) ao ruído de fundo;
(vi) à gama de frequências recomendada, fora da qual se tornam significativas as capacidades e as
indutâncias parasitas associadas, seja ao corpo, seja aos terminais de acesso;
(vii) à linearidade.
A não consideração de algumas destas características, em particular a tolerância, a máxima potência
dissipável e o coeficiente de temperatura, pode conduzir a desempenhos bastante diferentes daqueles
previstos no projecto.
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Termistores NTC
Termistores são controladores de modo térmico resistores sensíveis
cuja função principal é exibir uma mudança grande, previsível e precisa em
resistência elétrica quando um equipamento ou produto sofrer uma mudança
na temperatura de corpo. Coeficiente de Temperatura negativo (NTC)
(Negative Temperature Coefficient) exibem uma diminuição em resistência
elétrica quando submetido a um aumento em temperatura do equipamento e
Coeficiente de Temperatura Positivo (PTC) (Positive Temperature Coefficient)
exibem um aumento em resistência elétrica quando quando acontece a um
aumento da temperatura do equipmento que está contido o termistor. Os
termistores são capazes de operar em temperatura abaixo de -100 ° a mais de
+600 ° Fahrenheit. Por causa das características muito previsíveis deles e a
excelente termo estabilidade longa deles, os termistores são os mais
recomendados para medida de temperatura e controle de qualquer
equipamento.
A característica mais importante de um termistor é, sem dúvida, seu
coeficiente de temperatura extremamente de resistência alta. Tecnologia de um
termistor moderno resulta na produção de dispositivos com resistência
extremamente preciso contra características de temperatura, lhes fazendo o
sensor mais vantajoso para uma variedade larga de aplicações.
O processo de fabricação dos NTCs é semelhante ao de fabricação das
ceramicas. Depois de uma mistura intensiva e do acrescimo de um agregante
plastico, a massa é moldada na forma desejada, or extrusão ára obter tarugos
ou por pressão para obter discos e aquecida a uma temperatura
suficientemente alta, para sinterizar os óxidos constituintes.
Depois, os contatos são colocados queimando-se os elementos e
utilizando-se pasta de prata.Muitos tipos de encapsulamentos são utilizados
conforme a figura 2, dependendo da aplicação final do componente.
Os tipos miniaturas, de menor capacidade termica e maior prontidão são
usados na medidas de temperatura (NTCs termoeletricos) , enquanto que os
maiores são usados no controle de dispositivos diversos, por exemplo em
alarmes e termostatos.
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Dicas dos Melhores Termistores do
Mercado:
Ja utilizei diversos tipos de termistores existentes no mercado, mas muitos deles não
correposderam muito bem as minhas expectativas, muitos por serem imprecisos, muitos variam muito
de temperatura, e muitos não tinham muita durabilidade, ocasionando prejuizos muitos grandes , pois
devido sua importancia num equipamento, ocorria a paralização da produção inteira. Procure sempre
Termistores de empresas confiaveis , que entendam tecnicamente do produto, pois muitas empresas
do mercado apenas revendem o produto nao sabendo o que está vendendo, que tipo de termistor é
necessario para sua aplicação e etc, fazendo que você acabe comprando um produto nao adequado
para seu equipamento.
A empresa brasileira que vem se destacando muito nesse ramo é a Add-Therm Sensores
Especiais de temperatura , que além produzir sensores de ótima qualidade , eles produzem
sensores encapsulados especiais de temperatura para diferentes aplicações que você necessita ,
seja para um projeto novo de um novo equipamento ou a subtituição de um sensor de uma aplicação.
Possuem uma linha completa de Termistores NTC e PTC com otima qualidade e baixo custo,
otimizando seus custos.
No exterior , existem otimas empresa no ramo, mas a dificuldade de conseguir fazer a importação
de termistores acabam encarecendo muito o custo do termistor, são elas:
http://www.thermometric.com/
http://www.thermodisk.com/
www.microtherm.com
Se você tiver alguma duvida sobre termistores e seus fabricantes entre em contato comigo :
[email protected]
Boa Sorte!!
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Links sobre Termistores:
http://www.add-therm.com.br/
http://www.thermistor.com/
http://www.sensormag.com/
Atualizado em 17-01-05
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TRANSFORMADOR
A energia elétrica produzida nas usinas hidrelétricas é levada, mediante condutores de
eletricidade, aos lugares mais adequados para o seu aproveitamento. Ela iluminará cidades,
movimentará máquinas e motores, proporcionando muitas comodidades.
Para o transporte da energia até os pontos de utilização, não bastam fios e postes. Toda a
rede de distribuição depende estreitamente dos transformadores, que elevam a tensão, ora a
rebaixam. Nesse sobe e desce, eles resolvem não só um problema econômico, reduzindo os
custos da transmissão a distância de energia, como melhoram a eficiência do processo.
Antes de mais nada os geradores que produzem energia precisam alimentar a rede de
transmissão e distribuição com um valor de tensão adequado, tendo em vista seu melhor
rendimento. Esse valor depende das características do próprio gerador, enquanto a tensão
que alimenta os aparelhos consumidores, por razões de construção e sobretudo de
segurança, tem valor baixo, nos limites de algumas centenas de volts (em geral, 110 ou
220). Isso significa que a corrente, e principalmente a tensão fornecida, variam de acordo
com as exigências.
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Nas linhas de transmissão a perda de potência por liberação de calor é proporcional à
resistência dos condutores e ao quadrado da intensidade da corrente que os percorre (P =
R.i2). Para diminuir a resistência dos condutores seria necessário usar fios mais grossos, o
que os tornaria mais pesados e o transporte absurdamente caro. A solução é o uso do
transformador que aumenta a tensão, nas saídas das linhas da usina, até atingir um valor
suficientemente alto para que o valor da corrente desça a níveis razoáveis (P = U.i). Assim,
a potência transportada não se altera e a perda de energia por aquecimento nos cabos de
transmissão estará dentro dos limites aceitáveis.
Na transmissão de altas potências, tem sido necessário adotar tensões cada vez mais
elevadas, alcançando em alguns casos a cifra de 400.000 volts. Quando a energia elétrica
chega aos locais de consumo, outros transformadores abaixam a tensão até os limites
requeridos pelos usuários, de acordo com suas necessidades.
Existe uma outra classe de transformadores, igualmente indispensáveis, de potência baixa.
Eles estão presentes na maioria dos aparelhos elétricos e eletrônicos encontrados
normalmente em casa, tais como, por exemplo, computador, aparelho de som e televisor.
Cabe-lhes abaixar ou aumentar a tensão da rede doméstica, de forma a alimentar
convenientemente os vários circuitos elétricos que compõem aqueles aparelhos.
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O princípio básico de funcionamento de um transformador é o fenômeno conhecido como
indução eletromagnética: quando um circuito é submetido a um campo magnético variável,
aparece nele uma corrente elétrica cuja intensidade é proporcional às variações do fluxo
magnético.
Os transformadores, na sua forma mais simples, consistem de dois enrolamentos de fio (o
primário e o secundário), que geralmente envolvem os braços de um quadro metálico (o
núcleo). Uma corrente alternada aplicada ao primário produz um campo magnético
proporcional à intensidade dessa corrente e ao número de espiras do enrolamento (número
de voltas do fio em torno do braço metálico). Através do metal, o fluxo magnético quase
não encontra resistência e, assim, concentra-se no núcleo, em grande parte, e chega ao
enrolamento secundário com um mínimo de perdas. Ocorre, então, a indução
eletromagnética: no secundário surge uma corrente elétrica, que varia de acordo com a
corrente do primário e com a razão entre os números de espiras dos dois enrolamentos.
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A relação entre as voltagens no primário e no secundário, bem como entre as correntes
nesses enrolamentos, pode ser facilmente obtida: se o primário tem Np espiras e o
secundário Ns, a voltagem no primário (Vp) está relacionada à voltagem no secundário
(Vs) por Vp/Vs = Np/Ns, e as correntes por Ip/Is = Ns/Np. Desse modo um transformador
ideal (que não dissipa energia), com cem espiras no primário e cinqüenta no secundário,
percorrido por uma corrente de 1 ampère, sob 110 volts, fornece no secundário, uma
corrente de 2 ampères sob 55 volts.
Perdas no transformador
Graças às técnicas com que são fabricados, os transformadores modernos apresentam
grande eficiência, permitindo transferir ao secundário cerca de 98% da energia aplicada no
primário. As perdas - transformação de energia elétrica em calor - são devidas
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principalmente à histerese, às correntes parasitas e perdas no cobre.
1. Perdas no cobre. Resultam da resistência dos fios de cobre nas espiras primárias e
secundárias. As perdas pela resistência do cobre são perdas sob a forma de calor e não
podem ser evitadas.
2. Perdas por histérese. Energia é transformada em calor na reversão da polaridade
magnética do núcleo transformador.
3. Perdas por correntes parasitas. Quando uma massa de metal condutor se desloca num
campo magnético, ou é sujeita a um fluxo magnético móvel, circulam nela correntes
induzidas. Essas correntes produzem calor devido às perdas na resistência do ferro.
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PILHAS
Todos nós a conhecemos e a utilizamos no dia –a-dia, elas
estão nas lanternas, rádios, controle remoto de tv,
brinquedos , mas afinal como funcionam as pilhas?
A história das pilhas é antiga , já em 1600 Otto von Guericke
inventou a primeira máquina para produzir
eletricidade.Galvani na segunda metade do século XVIII,
começou a pesquisar a aplicação terapêutica da eletricidade,
após dez anos de pesquisa publicou : "Sobre as forças de
eletricidade nos movimentos musculares." Onde concluía
que os músculos armazenavam eletricidade do mesmo modo
que uma jarra de Leiden, e os nervos conduziam esse
eletricidade.
Os trabalhos de Galvani influenciaram Volta que após
muitos pesquisas desenvolveu um dispositivo formados por
prata e zinco ou prata e chumbo ou prata e estanho ou por
cobre e estanho , cada par metálico era separado por um
disco de material poroso embebida em uma solução de sal, o
disco inferior era sempre de prata e o superior de zinco,
essas placas terminais eram ligados fios metálicos para
conduzir a eletricidade produzida. Davy em 1812 produziu
um arco voltaíco usando eletrodos de carvão ligados a uma
bateria de muitos elementos. A pilha de Volta foi uma
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grande invenção , apesar da errônea interpretação que seu
autor deu ao seu funcionamento.
Então ,como explicaríamos o funcionamento da pilha?
Suponhamos, por exemplo, que separemos fisicamente a
barra de zinco de uma solução de sulfato de cobre .
O zinco é imerso numa solução de sulfato de cobre, assim
como uma barra de cobre. As duas barras encontram-se
interligadas eletricamente mediante um fio. Este dispositivo
forma uma pilha.
As barras de zinco e de cobre são denominadas eletrodos e
fornecem a superfície na qual ocorrem as reações de
oxidação e de redução.
Se os eletrodos de zinco e cobre forem ligados entre si, por
meio de um circuito externo, haverá um escoamento de
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elétrons através desse circuito, do eletrodo de zinco para o
de cobre, em cuja superfície serão recebidos pelos íons Cu+2.
(lembra-se da fila de reatividade !!!)
E esses íons serão reduzidos e os átomos de cobre se
depositaram na superfície do eletrodo de cobre
(eletrodeposição).
Nesta célula o eletrodo de zinco é denominado ânodo. O
ânodo é um eletrodo no qual ocorre a oxidação.
Zn(s)
Zn+2 + 2e- (reação anódica)
O eletrodo de cobre é o cátodo, um eletrodo no qual se realiza a redução.
2e- + Cu+2
Cu(s) (reação catódica)
ânodo = local onde ocorre oxidação
cátodo = local onde ocorre redução
À medida que se vai realizando a reação da célula, os íons de
zinco migram afastando-se do ânodo de zinco, em direção
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do eletrodo de cobre, à semelhança do que ocorre com os
íons de cobre.
A pilha pode conter um parede permeável ou uma ponte
salina ( com cloreto de potássio, os íons Cl- migram em
direção ao ânodo e os íons K+ migram em direção ao
cátodo ) que fazem o contato entre as duas células.
As reações de eletrodo e a reação da célula são :
Ânodo : Zn (s)
Zn 2+ + 2 e-
Cátodo : 2 e- + Cu 2+ + Cu (s)
Célula: Zn(s) + Cu 2+ Zn 2+ + Cu(s)
Essa descrição corresponde a pilha de Daniel.
Diagramas de célula
Diagramas de célula são anotações simplificadas para células
galvânicas.
A pilha de Daniel tem o seguinte diagrama de célula
Zn(s) | ZnSO4(aq) | | CuSO4(aq)|Cu(s)
Ânodo ou pólo negativo Cátodo ou pólo positivo
Do lado esquerdo da célula encontra-se a representação da
semi-reação de oxidação (a que ocorre no ânodo )
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Do lado direito da célula encontra-se a representação da
semi-reação de redução ( a que ocorre no cátodo)
A ponte salina é representada pelas duas barras centrais.
Eletrodos = os elétrons saem da pilha e nela entram através
dos eletrodos , no caso da pilha de Daniel, os eletrodos são
as barras de metais.
Pólos = em linguagem comum eletrodos e pólos são
sinônimos.
Semipilha = eletrodo + solução de cátions ( do metal do
eletrodo)
Semireação = a cada semipilha corresponde uma semireação
sendo ela de oxidação ou de redução.
Agora as fotos de uma pilha feita de limão!!!
Tensão e espontaneidade
Diferença de potencial de uma pilha
O valor da diferença de potencial de uma pilha pode ser
obtido por um voltímetro, que deve ser instalado entre os
dois eletrodos da pilha, porque cada eletrodo tem um
potencial, os elétrons fluem devido a diferença de potenciais
de cada eletrodo.
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A maior valor de diferença de potencial que se pode obter de
uma pilha galvânica é chamado de força eletromotriz .
que corresponde ao início do funcionamento dessa pilha.
Pela fila de reatividade de metais podemos ver a diferença de
potencial, quanto mais distante um metal estiver do
outro , maior será a facilidade para fornecer ou receber
elétrons e, portanto, maior a diferença de potencial.
Convencionou – se escolher o eletrodo de hidrogênio como
tendo potencial zero ( a nível do mar), assim os potenciais
dos outros eletrodos pode ser determinado ligando –se ele
ao eletrodo de hidrogênio
Nesta comparação pode ocorrer duas coisas:
O eletrodo em estudo fornece elétrons ao eletrodo padrão
de hidrogênio, seu potencial será indicado com sinal positivo
O eletrodo em estudo recebe elétrons do eletrodo padrão de
hidrogênio, seu potencial será indicado com sinal negativo.
Organiza-se uma tabela de potenciais – padrão de redução
Sendo que:
Os eletrodos que fornecem elétrons ( ânodo) são colocados
acima do hidrogênio , ficando com o sinal negativo.
Os eletrodos que recebem elétrons ( cátodo ) são colocados
abaixo do hidrogênio, ficando com o sinal positivo.
TABELA DE POTENCIAIS DE REDUÇÃO
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Li+ + e- Li
-3,05
K+ + e- K
- 2,92
Ba+2 + 2e- Ba
-2,90
Ca+2 + 2 e-
-2,76
Ca
Na+ + e- Na
-2,71
Mg +2 + 2e - Mg
-2,38
Al+3 + 3e- Al
-1,67
Mn +2 + 2e- Mn
-1,03
2 H2 O + 2e-
H 2 + OH -
- 0,83
Zn +2 + 2e- Zn
-0,76
Cr +3 + 3e- Cr
-0,74
Fe +2 + 2e- Fe
-0,44
PbSO 4 + 2e-
Pb + SO4 2-
-0,36
Ni +2 + 2e- Ni
-0,25
Sn +2 + 2e- Sn
-0,14
Pb +2 + 2e- Pb
-0,13
Fe +3 + 3e - Fe
-0,04
2H+ + 2e- H2
-0,00
AgCl + e- Ag+ + Cl-
+ 0,22
Hg2Cl2 + 2e-
+0,27
2 Hg + 2Cl-
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Cu+2 + 2e- Cu
+0,34
Cu+ + e- Cu
+0,52
I 2 + 2e- 2I -
+0,54
2H+ + O2 + 2e -
Fe +3 + e -
H2O2
+0,68
Fe+2
+0,77
Ag+ + e- Ag
+0,80
Br 2 (aq) + 2e - 2Br -
+1,09
O2 + 4 H 2 + 4e-
+1,23
MnO2+ 4 H+ + 2e-
2 H 2O
Mn2+ + 2 H2O
Cr2O72 -+14 H+ + 6e -
2 Cr3+ + 7H2O
Cl2 + 2e- 2 Cl2 ClO3 - + 12 H+ + 10 e 8H+ + MnO4- + 5e -
Cl2+ 6 H2O
Mn+2 + 4 H2O
+1,28
+ 1,33
+ 1,36
+1,47
+1,49
PbO2 + SO4- 2 + 4 H+ + 2e2H2O
PbSO4 +
+1,68
H2 O2 + 2H+ + 2e-
2 H2O
+1,78
S2 O8- + 2e-
2 SO4-2
F 2 + 2e- 2F-
+2,00
+2,87
Outra pilha de Daniel !!
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Informática de Manutenção de Equipamento
Módulo 1.3 – Tecnologia Eléctrica e Instrumentação
Para facilitar uma série de exercícios resolvidos!!
Agora gostaríamos que vocês fizessem alguns
exercícios !!
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Informática de Manutenção de Equipamento
Módulo 1.3 – Tecnologia Eléctrica e Instrumentação
MOTOR ELÉTRICO
Todos os motores elétricos valem-se dos princípios do eletromagnetismo, mediante os
quais condutores situados num campo magnético e atravessados por correntes elétricas
sofrem a ação de uma força mecânica, ou eletroímãs exercem forças de atração ou repulsão
sobre outros materiais magnéticos. Na verdade, um campo magnético pode exercer força
sobre cargas elétricas em movimento. Como uma corrente elétrica é um fluxo de cargas
elétricas em movimento num condutor, conclui-se que todo condutor percorrido por uma
corrente elétrica, imerso num campo magnético, pode sofrer a ação de uma força.
Num motor há dois eletroímãs em que um impulsiona o outro. O eletroímã tem algumas
vantagens sobre um ímã permanente: 1) Podemos torná-lo mais forte. 2) Seu magnetismo
pode ser criado ou suprimido. 3) Seus pólos podem ser invertidos.
Um ímã permanente tem os pólos norte-sul definidos. Um eletroímã também os tem mas a
característica de cada pólo (norte ou sul) depende do sentido da corrente elétrica. Quando
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Módulo 1.3 – Tecnologia Eléctrica e Instrumentação
se altera o sentido da corrente, a posição dos pólos também se altera; do norte para o sul e
de sul para norte.
Um dos eletroímas de um motor tem uma posição fixa; está ligado à armação externa do
motor e é chamado campo magnético. O outro eletroímã está colocado no eixo de rotação e
tem o nome de armadura. Quando se liga o motor, a corrente chega à bobina do campo,
determinando os pólos norte e sul. Há, também, o fornecimento de corrente ao ímã da
armadura, o que determina a situação norte ou sul dos seus pólos. Os pólos opostos dos
dois eletroímãs se atraem, como acontece nos ímãs permanentes. O ímã da armadura, tendo
movimento livre, gira, a fim de que seu pólo norte se aproxime do pólo sul do ímã do
campo e seu pólo sul do pólo norte do outro. Se nada mais acontecesse, o motor pararia
completamente. Um pouco antes de se encontrarem os pólos opostos, no entanto, a corrente
é invertida no eletroímã da armadura, (com o uso de um comutador), invertendo, assim, a
posição de seus pólos; o norte passa a ser o que está próximo ao norte do campo e o sul
passa a ser o que está próximo ao sul do campo. Eles então se repelem e o motor continua
em movimento. Esse é o princípio de funcionamento do motor de corrente contínua.
Os motores elétricos modernos, utilizados em eletrodomésticos e em máquinas industriais,
possuem um conjunto de espiras, que são ligadas e desligadas, mantendo o motor sempre
impulsionado.
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Multímetros Digitais Fluke da Série 80 V
Precisão e funções de diagnóstico para a
máxima produtividade industrial
O novo modelo Fluke 87V dispõe de funções melhoradas de
medição, detecção de avarias, resolução e precisão, que lhe
permitem resolver mais problemas em transmissões de motor,
em sistemas automatizados de fábricas, na distribuição de
energia e em equipamento electromecânico.
A nova série 80 é constituída pelos seguintes modelos:
•
•
•
Fluke 83 V DMM Industrial
Fluke 87 V DMM Industrial True RMS
Fluke 87 V/E Kit Combinado para Electricistas
Industriais
A série 80 V tem um funcionamento muito semelhante ao da
série 80 clássica, mas apresenta maior capacidade de
resolução de problemas, segurança, conveniência e
protecção contra impacto.
Os multímetros da nova série 80 V são testados de forma
independente, em relação ao cumprimento da 2ª edição das
normas ANSI/ISA S82.01 e EN61010-1 CAT IV 600V/CAT III
1000V. Resistem a impulsos superiores a 8.000 V e reduzem
riscos relacionados com picos e espigões.
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RELÉ
O relé é um interruptor controlado magneticamente. Liga-se / desliga-se quando o
electroíman é excitado por uma tensão aplicada aos seus terminais. Esta operação
provoca o contacto entre os terminais do relé. Processa-se com a atracção de um
pequeno braço chamado armadura pelo electroíman. Este braço liga/desliga os terminais
do relé.
Se o electroíman está activo, o braço conecta os pontos C e D. Se o electroíman estiver
desligado, conectam-se os pontos C e E.
É importante saber qual a impedância da bobina do electroíman (entre os pontos A e B)
para calcular a corrente que este necessita para funcionar bem. É importante também
saber a tensão para activar o relé.
A corrente necessária é dada por:
Irelé= Urelé / Rrelé
É importante também saber a tensão e corrente máximas admitidas nos terminais do
interruptor do relé, para se saber o que se lhe pode ligar ao seu circuito de potência.
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Vantagens do relé: Permite controlar um dispositivo à distância, permite isolar o
circuito de potência do de comando, permite controlar dispositivos de potência através
de comandos de baixa potência, permite proteger o circuito de comando de problemas e
avarias na parte de potência.
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