MatériadeCapa Capa FURNAS tem nova Diretoria Fábio Resende Rodrigo Botelho Campos José Pedro Rodrigues de Oliveira Dimas Fabiano Toledo José Roberto Cesaroni Cury Diretor de Produção e Comercialização de Energia Elétrica - DO Diretor de Administração e Suprimentos - DG Diretor-Presidente Diretor de Planejamento, Engenharia e Construção-DT Diretor Financeiro - DF O Conselho de Administração de FURNAS empossou, no dia 16 de janeiro, a nova Diretoria Executiva da Empresa. A solenidade, realizada no Escritório Central, contou com a presença da ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, e a participação de representantes dos empregados. T omaram posse José Pedro Rodrigues de Oliveira (diretor-presidente), Dimas Fabiano Toledo (diretor de Planejamento, Engenharia e Construção), Fábio Machado Resende (diretor de Produção e Comercialização de Energia Elétrica), José Cesaroni Cury (diretor Financeiro) e Rodrigo Campos (diretor de Administração e Suprimentos). 14 • janeiro 2003 • Linha Direta nº 293 Também o Conselho de Administração está com nova formação, presidido por Luiz Pinguelli Rosa, presidente da Eletrobrás, e composto pelos membros Maurício Tiomno Tolmasquim, José Pedro Rodrigues de Oliveira, Roberto Pereira D’Araújo, Joaquim Vieira Ferreira Levy e Aécio Ferreira Cunha. A ministra Dilma Rousseff disse, na ocasião, que a Empresa terá um papel importante tanto no setor elétrico como em sua reestruturação. “FURNAS vai retomar os investimentos em expansão do setor, em geração e transmissão. É uma empresa que tem um papel extremamente relevante. Para que o setor elétrico tenha o suprimento de energia adequado e confiabilidade, ela é a empresa mais estratégica”, afirmou. Segundo a ministra, a Diretoria de FURNAS vai operar em colegiado “primando pelo princípio da transversalidade”, traduzido como a interatividade nas funções de todos os diretores. Este princípio foi confirmado pelo presidente José Pedro Rodrigues de Oliveira que antecipou a possibilidade dos diretores fazerem um rodízio de funções, de acordo com os princípios da transparência, da ética e do respeito às exigências técnicas. Desafios Em sua primeira coletiva à imprensa, o presidente disse que um de seus principais desafios será responder a altura a convocação da ministra de Minas e Energia e da Eletrobrás. José Pedro Rodrigues de Oliveira é engenheiro civil e jornalista. Trabalhou durante 30 anos na Cemig – Companhia Energética de Minas Gerais, dirigiu o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais e, ultimamente, ocupava a chefia do Gabinete Civil do governo do estado de Minas Gerais. Sobre o rodízio dos diretores, o presidente disse que a diretriz indicada pela ministra propiciará “uma fertilização cruzada dos conhecimentos dos diretores, superintendentes, chefes de departamentos e chefes de divisão, elevando ainda mais o nível de excelência dos serviços prestados pela Empresa ao país e aos brasileiros”. “Tenho a certeza de que é possível um diretor que esteja ocupando hoje uma determinada Diretoria, daqui a seis meses ocupar outra. A medida que as pessoas ascendem nas organizações, elas passam a ser generalistas, e um diretor de FURNAS não pode ficar ligado somente a uma Diretoria. Ele tem que conhecer a Empresa como um todo. É claro que vamos fazer isto respeitando a formação e a especificidade”, explicou o presidente. José Pedro Rodrigues de Oliveira manifestou preocupação com o que classificou de “perda de know-how” da Empresa, em face ao Plano de Desligamento Programado promovido nas últimas gestões. “Fui informado que cerca de 90% dos superintendentes se afastaram da Empresa há pouco tempo. Isto significa que um grande know-how acumulado anos a fio deixou a Empresa. Mas, FURNAS é O presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, e a Ministra Dilma Rousseff durante reunião do Conselho de Administração uma empresa conceituada, madura e, a primeira coisa que fez foi colocar pessoas nos lugares vagos. Nós precisamos saber se estas pessoas têm a experiência para suprir a falta daqueles que deixaram a Empresa”, esclareceu. O presidente revelou que quando houver em determinada posição necessidade de suprir alguma falha, a Empresa vai recorrer, dentro da legislação vigente, às formas de contratação possíveis “para que ela não perca sua condição de operar este sistema tão importante para o país”. No dia seguinte a sua posse, o presidente já se reuniu com os representantes dos sindicatos dos engenheiros, dos eletricitários e da Associação dos Empregados de FURNAS. No encontro, José Pedro Rodrigues de Oliveira reafirmou seu compromisso de manter um relacionamento respeitoso e interativo com os funcionários, e garantiu a abertura de um canal para discussão das mudanças que pretende realizar. “FURNAS passa por dificuldades em sua estruturação mas, juntos, poderemos resolver essas e outras questões. Gosto de discutir fatos e não brigar com pessoas. Quero me colocar à disposição de todos os sindicatos, quando assim vocês o desejarem”, assegurou aos sindicalistas. Ainda por sugestão do presidente, em breve serão realizadas as primeiras reuniões para tratar questões trabalhistas e da Fundação Real Grandeza com a Intersindical de FURNAS. nossoPresidente José Pedro Rodrigues de Oliveira - Diretor-Presidente Mineiro de Juiz de Fora, nascido em 1940, engenheiro agrimensor, civil, eletricista, e jornalista. Mas a maior parte dos 40 anos de vida profissional foi dedicada à atuação em engenharia, administração e gerência. Somente na Centrais Energéticas de Minas Gerais (Cemig) ele trabalhou por 30 anos, sendo 15 como superintendente. Um dos fundadores da Forluz, entidade de previdência privada dos empregados da Cemig, presidiu-a por 12 anos. Além dessas funções no setor elétrico, José Pedro Rodrigues foi assessor e chefe de gabinete do Secretário da Fazenda de Minas Gerais, vice-presidente do Banco de Crédito Real de Minas Gerais, do Banco do Estado de Minas Gerais, e também presidiu o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais. Outros cargos que exerceu foram os de diretor financeiro da Companhia de Saneamento Básico de Minas Gerais (Copasa) e secretário de estado da Casa Civil do Governo de Minas Gerais. Por seu conhecimento no campo da gerência e administração publicou diversas monografias e artigos em revistas especializadas, como a Revista da Universidade de São Paulo, e a Nova Administração. Proferiu ainda várias palestras sobre administração, gerência e desenvolvimento de pessoal em empresas como a Cemig, FURNAS, Eletrobrás, Coelce, Comissão de Integração Elétrica Sul-Americana e Fundação Dom Cabral, dentre outras. Linha Direta nº 293 • janeiro 2003 • 15 MatériadeCapa Capa nossos Diretores Dimas Fabiano Toledo - Diretor de Planejamento, Engenharia e Construção - DT Mineiro, nascido em 1944, é engenheiro eletricista graduado em 1968 pela Escola Federal de Engenharia de Itajubá, em Minas Gerais. Ingressou em FURNAS há 35 anos, onde ocupou todos os níveis hierárquicos de engenheiro a diretor de Planejamento, Engenharia e Construção, cargo que exerce há seis anos. Em abril de 2002 foi nomeado diretor-presidente interino, cumulativamente com a Diretoria Técnica. Coordenou diversas comissões de obras e fornecimentos de equipamentos, entre elas o Sistema de Transmissão de Itaipu. “Nesta época, na década de 80, desenvolvemos, pioneiramente, o maior sistema de tensão no mundo”. Já na construção da Usina Hidrelétrica de Serra da Mesa, pela primeira vez uma empresa pública do setor elétrico trabalhou em parceria com o setor privado. A Usina Hidrelétrica de Corumbá, projeto também coordenado por Dimas Fabiano, revelou-se inovador por ser a primeira usina telecomandada. O diretor possui cursos de especialização e realizou diversas viagens de treinamento e a serviço aos Estados Unidos, Canadá, Japão, Rússia, e Angola, onde foi responsável pelo projeto da implantação da Usina de Capanda. Atuou como membro do comitê diretor do Comitê Coordenador do Planejamento e Expansão do Sistema (CCPE), membro do Conselho de Administração do Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (CEPEL) e membro do comitê diretor das cedentes da Eletronet. Participou ainda como conselheiro do Conselho Empresarial de Energia da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ). Dimas Fabiano também é graduado no Curso de Especialização de Executivos do Setor de Energia Elétrica, da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Fábio Resende - Diretor de Produção e Comercialização de Energia Elétrica - DO Carioca, nascido em 1944, é engenheiro eletricista graduado em 1968 pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, com mestrado em sistemas de potência pelo Rensselaer Polytechnic Institute (Estados Unidos), em 1971. Em FURNAS, Fábio Resende começou como estagiário em 1968, sendo efetivado no Departamento de Operação do Sistema, o único departamento que existia no Escritório Central. Em 1968 participou da implantação dos primeiros programas digitais de simulação da rede de FURNAS. “Os programas foram implantados no IBM-1130 da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, pois ainda não havia computadores em FURNAS. Esse IBM-1130 ocupava meia sala e tinha apenas 16 kbytes! Para se ter uma idéia dessa capacidade: minha agenda telefônica tem 256 kbytes...”. Em 1972 integrou o Grupo de Estudos da Viabilidade da Usina de Sete Quedas, mais tarde batizada de Itaipu, cujos trabalhos se estenderam até início de 1974. Ao final desse ano saiu de FURNAS para trabalhar na Themag, uma empresa de consultoria. Retornou a FURNAS em 1979, para o Departamento de Planejamento da Transmissão, onde desenvolveu estudos sobre equipamentos elétricos e linhas de transmissão. Aposentou-se em 1999, passando a trabalhar como consultor. Nessa função prestou serviço em vários empreendimentos de FURNAS e outras empresas, ao mesmo tempo em que fazia parte da diretoria do Instituto Ilumina, organização nãogovernamental ligada ao setor de energia elétrica. De 1986 a 1989 foi diretor do Sindicato dos Engenheiros no Rio de Janeiro além de fundador da Associação dos Empregados de FURNAS e do Ilumina. José Roberto Cesaroni Cury - Diretor Financeiro - DF Paulista, 50 anos, é engenheiro eletricista graduado pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com mestrado em Educação. Seus 30 anos de trabalho, principalmente no setor energético e elétrico, transformou-o num especialista em regulação da distribuição de energia elétrica e derivados do petróleo; em gestão de ativos do setor elétrico; em contratação de energia elétrica e em gestão da logística da geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia elétrica. Detém uma vasta experiência profissional que abrange atuação na Agência Nacional do Petróleo, onde concebeu e implantou o sistema de fiscalização; Companhia Paulista de Força e Luz, como diretor de Operações e diretor de Distribuição; Carborundum do Brasil e Equipamentos Clark na gestão dos Ativos Elétricos e de Telecomunicações e à Gestão da Logística de Distribuição e Suprimento de Energia Elétrica e Telecomunicações dessas empresas. Trabalhou também na STL (do grupo Bozano Simonsen/Odebrecht), Inepar e Schneider Eletric. José Roberto Cury foi professor, durante 11 anos, da Faculdade de Engenharia Elétrica, no Centro Universitário Salesiano, e implantou o curso de Engenharia Elétrica na Universidade São Francisco, duas instituições de ensino do interior do estado de São Paulo. Rodrigo Botelho Campos - Diretor de Administração e Suprimentos - DG Mineiro, 42 anos, é economista e administrador graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais. Possui especialização em planejamento governamental e administração financeira, tendo grande experiência em gerência de relacionamento de recursos humanos, assim como de assuntos comerciais e institucionais. Iniciou sua atividade profissional em 1984 na Companhia de Aços Especiais Itabira (Acesita), transferindo-se em 1985 para a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Outra área em que atuou foi a da defesa do consumidor, onde coordenou o Procon Municipal de Belo Horizonte, presidiu o Conselho Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor de Belo Horizonte e integrou a Comissão Nacional Permanente de Defesa do Consumidor do Ministério da Justiça. 16 • janeiro 2003 • Linha Direta nº 293 Rodrigo Campos também se dedicou às questões do trabalho e do trabalhador tendo sido diretor do Sindicato dos Economistas de Minas Gerais e do Sindicato dos Eletricitários de Minas Gerais, além de vicepresidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT)-MG. Contribuiu com a Câmara Interinstitucional de Defesa do Trabalho do Adolescente da Delegacia Regional do Ministério do Trabalho e Emprego em Minas Gerais na análise dos problemas que afetam os direitos e deveres dos jovens em sua introdução no mercado do trabalho. Foi também conselheiro da Forluz, fundo de pensão dos empregados da Cemig, representando os sindicatos. Trabalhava na Superintendência de Relacionamento Institucional da Cemig quando foi escolhido para ocupar a Diretoria de Administração e Suprimentos de FURNAS. Tecnologia FURNAS desenvolve software para pesquisa de sobressalentes A parceria entre a Superintendência de Engenharia (SE.T), Assessoria de Administração de Contratos, Normalização e Arquivo Técnico (AAT.T), e o Departamento de Administração de Material (DAM.G) resultou na criação e desenvolvimento do Sistema de Imagens de Equipamentos e Sobressalentes (SIES). O software, em início de implantação, contará com uma memória de 2.250 itens estratégicos, que permitirá aumentar a eficiência na pesquisa de sobressalentes pelas áreas de Operação de FURNAS. O SIES, hospedado na Intranet, terá ainda um link com vídeos demonstrativos de manutenção de equipamentos, além de fotografias, desenhos e textos que detalham o diversificado estoque de material da Empresa. Ele servirá, também, para complementar informação a fabricantes e fornecedores. De acordo com as demandas, o aplicativo criado para atender os itens do almoxarifado de Campinas poderá ser utilizado pelos demais almoxarifados de FURNAS. O sistema foi identificado por Gilberto de Paula e Silva, coordenador de tecnologia da informação, da AAT.T, e por Edson Custódio, da Divisão de Gestão de Materiais (DGMA.G), que trabalharam com o especialista da AAT.T, Ricardo de Oliveira Rocha. O SIES proporciona aos usuários de material de estoque uma série de informações para tomadas de decisão em curto espaço de tempo. “O objetivo desta ferramenta é contribuir para o enriquecimento do cadastro de material, possibilitando que dúvidas sobre dimensionamento, montagem, transporte, manuseio, armazenamento e até detalhes específicos de manutenção sejam sanadas. Com isto, evita-se o desperdício de tempo e dinheiro”, conclui Ricardo Rocha. Tecnologia de Informação O cadastro de FURNAS, que engloba hoje cerca de 70 mil itens, está defasado em relação à tecnologia de informação. Alocados no mainframe, computador de grande porte, os registros são acessados a baixa velocidade e as informações sobre materiais considerados estratégicos, em sua maioria, não trazem para os usuários detalhes dos equipamentos e sobressalentes. A consulta sobre os materiais nos pesados catálogos e manuais para a busca de informações sobre equipamentos estratégicos, feita pelos empregados da Divisão de Gestão de Materiais (DGMA.G) e pelos da Operação fará, em breve, parte de uma rotina do passado. “A divisão está com a responsabilidade de inserir os dados no aplicativo. Vamos colocar somente os estratégicos e, neste início, estamos incluindo fotos e desenhos detalhados de algumas peças sobressalentes para disjuntores e chaves seccionadoras”, diz o gerente Eustáquio Martins Laranjeira. Eduardo de Lima, da DGMA.G, lembra que após a implantação do SIES as atividades de reparo ganharão velocidade e eficiência. “Ao constatar uma anormalidade, o homem de Operação, utilizando um computador, acessa o aplicativo via browser e busca o equipamento ou sobressalente que vai solucionar aquele problema. Com o SIES ele não terá dúvidas. Ele vai pedir o que realmente precisa, aumentando a eficácia da manutenção”, ressalta Eduardo. Em breve será lançado para as áreas um folder sobre as formas de acesso ao SIES. Linha Direta nº 293 • janeiro 2003 • 17