www.psicologia.pt ISSN 1646-6977 Documento produzido em 22.09.2013 ANSIEDADE, DEPRESSÃO E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM DIAGNÓSTICO DE FIBROMIALGIA: UM ESTUDO TRANSVERSAL REALIZADO NO SUL DA BAHIA 2009 Ana Cristina Edington Graduanda em Psicologia na União Metropolitana de Educação e Cultura (UNIME), Itabuna – Bahia (Brasil) Fernando Edington Professor Auxiliar da Universidade Estadual de Santa Cruz – Ilhéus - Bahia. Especialista em Reumatologia pela Sociedade Brasileira de Reumatologia. Armando Ribeiro das Neves Neto Professor e supervisor clínico do curso de Especialização em Terapia CognitivoComportamental em Saúde Mental do Instituto de Psiquiatria da Universidade de São Paulo (USP). Natanael Reis Bonfim Professor Adjunto da Universidade Estadual de Santa Cruz – Ilhéus – Bahia E-mail: [email protected] RESUMO A Fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica, causada por distúrbios nos mecanismos de percepção e modulação da dor. Além dos sintomas como fadiga, distúrbios do sono e rigidez matinal, sintomas depressivos e/ou ansiosos são constantemente encontrados nestas pacientes, o que dificulta a adesão ao tratamento além de causar um impacto negativo na qualidade de vida. Por ser esta uma síndrome de etiopatogenia desconhecida, o objetivo principal deste trabalho é agregar conhecimentos ao campo científico desta área, aprimorando características acerca destas pessoas, afim de buscar melhores alternativas de tratamento. Foram avaliadas 21 pacientes, do sexo feminino, com diagnóstico de fibromialgia, atendidas em ambulatórios público e privado na cidade de Itabuna - Bahia. Os instrumentos usados foram: os Inventários Beck de Depressão e Ansiedade (BDI/BAI), Questionário de Impacto da Fibromialgia (Fibromyalgia Impact Questionnaire - FIQ) e o Questionário Genérico de Qualidade de Vida (Medical Outcomes Study 36 - Health Survey). Os resultados obtidos demonstraram que a Fibromialgia causa um impacto Ana Cristina Edington, Fernando Edington, Armando Ribeiro das Neves Neto, Natanael Reis Bonfim 1 Siga-nos em facebook.com/psicologia.pt www.psicologia.pt ISSN 1646-6977 Documento produzido em 22.09.2013 negativo na qualidade de vida e foi encontrado uma alta prevalência de ansiedade e depressão nestes pacientes. Palavras-chave: Fibromialgia, ansiedade, depressão, qualidade de vida INTRODUÇÃO A Fibromialgia é uma síndrome dolorosa crônica, de etiopatogenia desconhecida, causada por distúrbios nos mecanismos de percepção e modulação da dor. Atinge aproximadamente 2% da população geral entre 30 e 50 anos de idade, sendo mais prevalente em mulheres do que em homens (10:1). O diagnóstico desta doença é clínico, estabelecido pelo Colégio Americano de Reumatologia, através da presença de dores nos quatro quadrantes do corpo, incluindo a coluna, associada a palpação no exame físico de pelo menos 11 de 18 pontos dolorosos préestabelecidos. Não existem exames complementares que confirmem ou afastem seu diagnóstico, e a lista de diagnósticos diferenciais incluem doenças como hipetireoidismo, polimialgia reumática e hipoparatireoidismo. Além das dores é comum a presença de distúrbios do sono e do humor, fadiga crônica, depressão e ansiedade. Semelhante ao que acontece em outras doenças crônicas, a depressão é freqüente nos pacientes fibromiálgicos, ocorrendo em 30 a 50% destes (Provenza et al, 2001). Seus sintomas podem se confundir com os sintomas da fibromialgia, todavia não foi comprovado que esta seja uma variante da síndrome depressiva. Ansiedade seria uma condição emocional, cujo desempenho é dado através de manisfestações psico-fisiológicas, que fazem parte do contexto normal da vida do ser humano, fomentando desempenhos. A reação ansiosa está presente quando uma dor aguda é desencadeada, emitindo um tipo de “sinal de alerta”, relacionando-se com as reações de luta e fuga. Contudo, o que parece ser uma reação simplesmente adaptativa, pode se tornar uma grave patologia causadora de danos na saúde dos indivíduos, à partir do momento que suas dimensões se tomam fora do controle do sujeito (Andrade & Gorenstein, 1998). Na Fibromialgia, cerca de 1/3 dos pacientes possuem transtorno de ansiedade (Provenza et al). Deve-se ressaltar que Lewis (1979) evidencia as manifestações corporais involuntárias da ansiedade, que podem ser listadas como secura da boca, tremor, arrepios, sudorese, vômitos e palpitação, por exemplo. Ainda segundo o mesmo autor, a ansiedade pode ter várias formas em sua descrição, como por exemplo, normal ou patológica, leve ou grave, prejudicial ou benéfica, episódica ou persistente, Ana Cristina Edington, Fernando Edington, Armando Ribeiro das Neves Neto, Natanael Reis Bonfim 2 Siga-nos em facebook.com/psicologia.pt www.psicologia.pt ISSN 1646-6977 Documento produzido em 22.09.2013 ter uma causa física ou psicológica, podendo ocorrer sozinha ou em concomitância com outro transtorno, no caso do presente estudo, a Fibromialgia. Temas como a relação entre sintomas depressivos e ansiosos, associadas às doenças crônicas, têm sido abordados por pesquisadores do mundo inteiro, desde a década de 80 (Mineka et al, 1998). Entre 25% a 50% dos pacientes com Fibromialgia apresentam estes distúrbios psiquiátricos concomitantes, que dificultam a adesão aos tratamentos, interferindo no enfrentamento da doença. Portanto, avaliar a prevalência e a intensidade destas manifestações em diferentes populações, é de fundamental importância para uma melhor análise do impacto da fibromialgia na vida do indivíduo. OBJETIVOS, INSTRUMENTOS E MÉTODOS O propósito deste trabalho é agregar conhecimentos ao campo científico desta área, evidenciando a influência dos transtornos de Ansiedade e Depressão em mulheres com diagnóstico de Fibromialgia no Sul da Bahia, reconhecendo os impactos na Qualidade de vida, possibilitando uma melhor compreensão dos aspectos psicológicos destes pacientes. Sendo assim, os objetivos específicos são determinar os níveis de Depressão e Ansiedade em mulheres com Fibromialgia no sul da Bahia, através de instrumentos apropriados; avaliar a Qualidade de vida destas pacientes e comparar os resultados obtidos com outras pesquisas no Brasil e no mundo. Os instrumentos usados para realização da pesquisa foram: os Inventários Beck de Depressão e Ansiedade (BDI/BAI), Questionário de Impacto da Fibromialgia (Fibromyalgia Impact Questionnaire – FIQ) e o Questionário Genérico de Qualidade de Vida (Medical Outcomes Study 36 – Health Survey). O Inventário de Depressão de Beck – BDI, foi desenvolvido originariamente por Beck, Ward, Mendelson, Mock e Erbaugh (1961). Esta escala tem sido indica pela literatura, para medir índice de sintomas depressivos em pacientes com diversas doenças. O questionário consiste de 21 grupos de quarto afirmações cada uma. Em cada grupo, o indivíduo deve escolher uma ou mais afirmativas que correspondem melhor a como ele se sentiu durante a última semana. A pontuação máxima dessa escala é de 63 pontos, e altos escores indicam possíveis indícios de Depressão. Segundo Burckardt (1991), após uma pesquisa com diferentes instrumentos usados para avaliar índices de sintomas depressivos em pacientes com Fibromialgia, concluiu que a Escala Beck seria o instrumento mais sensível para tal avaliação. O Inventário de Ansiedade Beck – BAI, é provavelmente a medida de auto-avaliação dos sintomas ansiosos mais amplamente usada tanto em pesquisa como em clínica. A Escala é formada por 21 itens que refletem somaticamente, cognitivamente e afetivamente sintomas característicos de ansiedade mas não de depressão. As questões possuem pontuação de 0 (não em Ana Cristina Edington, Fernando Edington, Armando Ribeiro das Neves Neto, Natanael Reis Bonfim 3 Siga-nos em facebook.com/psicologia.pt www.psicologia.pt ISSN 1646-6977 Documento produzido em 22.09.2013 todas) a 3 (severamente) e o sujeito deve marcar como se sentiu na última semana. Os itens podem resultar em escores de 0 a 63. O Questionário de Impacto da Fibromialgia (Fibromyalgia Impact Questionnaire – FIQ) foi testado por Burckhardt et al (1991), é usado como instrumento específico para avaliação da qualidade de vida em pacientes fibromiálgicos. Envolve questões relacionadas a capacidade funcional, dor, distúrbios psicológicos e sintomas físicos. O Questionário Genérico de Qualidade de Vida (Medical Outcomes Study 36 – Health Survey) é um instrumento genérico, utilizado para estudar a qualidade de vida de indivíduos com diversas patologias. Seus escores englobam aspectos como capacidade funcional, aspectos físicos, dor, estado geral de saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais, saúde mental e uma questão que questiona o indivíduo sua condição geral de saúde atual, comparada a um ano atrás. Para realização desta pesquisa, foram avaliadas 21 pacientes do sexo feminino, com diagnóstico de Fibromialgia. Todas eram provenientes do Município de Itabuna – BA e municípios circunvizinhos. Como critérios de inclusão, as pacientes deveriam pacientes atendidas nos ambulatórios de Reumatologia, da Políclinica Municipal de Itabuna (custeado pelo Sistema Único de Saúde) e pacientes do consultório Privado (ONCOSUL – Itabuna, BA); Todas deveriam ter diagnóstico de Fibromialgia, com critérios classificados pelo Colégio Americano de Reumatologia; nível cognitivo adequado para responder aos procedimentos; ter entre 18 e 65 anos e assinar o termo de Consentimento Pós-informação, no momento em que decide participar da pesquisa. Dentre os critérios de exclusão, estavam as pacientes que não preenchiam os critérios do Colégio Americano de Reumatologia para diagnóstico de Fibromialgia ou ainda estavam em processo de investigação clínica. Esta pesquisa foi aprovada pelo comitê de Ética da União Metropolitana de Educação e Cultura (UNIME), cidade de Itabuna, BA. A pesquisa foi realizada durante os meses de Agosto a Outubro de 2009, em sala previamente reservada, ao lado dos consultórios onde aconteciam os atendimentos (tanto na clínica Municipal quanto no consultório particular). Todas as pacientes com diagnóstico de Fibromialgia eram convidadas a participar da pesquisa e encaminhadas pelo médico assistente após a consulta. A entrevista foi executada da seguinte forma: a pesquisadora se apresentava, esclarecendo os objetivos da pesquisa e respondendo as questões que surgiam em casos de dúvida. Em seguida, a paciente assinava o termo de consentimento informado. Não houve resistência das pacientes atendidas pela rede municipal de saúde, em participar da pesquisa. Algumas pacientes apresentavam dificuldades na leitura, devido a baixa escolaridade, por isso, a pesquisadora lia os instrumentos e marcava as respostas dadas. Cada entrevista teve duração mínima de 40 minutos. Houve dificuldade em entrevistar as pacientes do consultório particular, as mesmas alegavam falta de tempo para responder à pesquisa. Ao completar a entrevista, a pesquisa era encerrada com um agradecimento. Ana Cristina Edington, Fernando Edington, Armando Ribeiro das Neves Neto, Natanael Reis Bonfim 4 Siga-nos em facebook.com/psicologia.pt www.psicologia.pt ISSN 1646-6977 Documento produzido em 22.09.2013 RESULTADOS E DISCUSSÃO A análise estatística (média e desvio padrão), foi feita através da tabulação de dados, usando o programa Microsoft Office Excel (2009). Através da tabela 1, evidenciou-se a média de idade prevalente na população atendida, que corresponde a M= 46,4 anos, apresentando resultado aproximado ao de outros estudos já realizados, como por exemplo o de Turk e Gatchel (1996), que encontram uma média de idade de 47 anos; Santos et al (2006), que encontraram uma média de 47,3; Martinez et al (2006), encontraram média de 44,3 e Okifuji et al. (1999) encontraram uma média de idade de 48 anos, em 96 % da amostra do sexo feminino. Contudo a média encontrada neste estudo difere de outras encontradas por Penido et al (2005), cujo valor encontrado foi 50 anos; Angelotti (1999) que encontrou uma média de 51 e 60 anos (com toda amostra do sexo feminino); MacCain (1994) e Fassbender et al. (1997) que encontraram uma média de idade de 52 e 50 anos, respectivamente. Conforme os dados demográficos obtidos na amostra, observa-se que a maioria das pacientes deste estudo são solteiras (47,6%), e 28,6% são casadas, ao contrário do que o resultado encontrado por Penido et al (2005), onde a maioria das pacientes avaliadas eram casadas. Quanto ao nível de escolaridade, a maioria das pacientes possuem Ensino Fundamental e Ensino Médio completos. A minoria porém, possui nível superior completo (9,5%). Na análise dos dados da Escala Beck de Ansiedade - BAI, indicou-se uma média de 32,5 considerado segundo o Manual, Ansiedade Severa, corroborando com o nível prevalente de sintomas ansiosos presentes em outros estudos (Santos et al, 2006; Martinez et al, 2006). O valor encontrado na Média de Depressão – BDI, foi 22,4 indicando nível Moderado de Depressão. Quanto ao resultado obtido, Gorenstein e Andrade (1996) afirmam que valores do BDI acima de 16 já apontam indícios de possível quadro depressivo. No presente estudo, o índice encontrado foi um pouco maior (22,4) do que no trabalho de Santos et al (2006), que utilizaram o mesmo questionário e encontraram uma média de 17,75 na amostra avaliada. No critério “depressão” do FIQ, as pesquisas demonstram que os sintomas depressivos estão presentes de forma significativa: as pacientes deste estudo apontam um indíce de 7,28 enquanto as pacientes avaliadas por Santos et al (2006) apresentaram um indíce de 6,48. Na tabela 3, estão as amostras do índice de qualidade de vida, segundo avaliação genérica do SF-36, lembrando que valores altos indicam boa qualidade e quanto mais próximo de zero, pior é a qualidade de vida destes indivíduos. Pode-se constatar que os índices estão muito baixos, Ana Cristina Edington, Fernando Edington, Armando Ribeiro das Neves Neto, Natanael Reis Bonfim 5 Siga-nos em facebook.com/psicologia.pt www.psicologia.pt ISSN 1646-6977 Documento produzido em 22.09.2013 principalmente nas variáveis Dor, Vitalidade e Aspecto físico. O item “capacidade funcional” obteve um índice menor (31,9) do que nas pesquisas de Martinez (1999) e Santos et al (2006), que encontraram valores de 39,4 e 36,7 respectivamente. Ainda em termos comparativos, no presente estudo, os itens Dor, Estado Geral de Saúde, Aspectos Sociais e Saúde Mental, apresentaram índices menores do que aqueles encontrados por Martinez et al (1999) e Santos et al (2006). Na análise dos dados obtidos com o Questionário de Impacto da Fibromialgia (tabela 4), ao contrário do SF-36, quanto maior o índice obtido por variável, pior qualidade de vida do indivíduo. Na tabela, evidenciou-se a variável faltas no trabalho, que demonstra o valor mais baixo dentre todas as características. Em comparação com os estudos de Santos et al (2006), a amostra de pacientes avaliadas no sul da Bahia, demonstrou ter pior qualidade de vida; os índices são maiores nos itens “sentir-se bem”, “faltas no trabalho” e “dor”. Segundo as respostas obtidas, estas pacientes sentem-se muito pior, faltam mais ao trabalho e relatam sentir mais dores. Um dado interessante entre os dois estudos é o fato das médias estarem semelhantes no item “cansaço matinal” (8,19 em ambos os casos). Idade Média = 46,4 (D.P. 10,58) Estado Civil Solteira 47,6% Casada 28,6% Divorciada 14,9% Viúva 9,5% Nível de Escolaridade Ensino Fundamental 9,52% Incompleto (primário) Ensino Fundamental 33,3% Completo Ensino Médio Completo 33,3% Superior Incompleto 14,28% Superior Completo 9,52% Tabela 1. Dados demográficos das participantes Ana Cristina Edington, Fernando Edington, Armando Ribeiro das Neves Neto, Natanael Reis Bonfim 6 Siga-nos em facebook.com/psicologia.pt www.psicologia.pt ISSN 1646-6977 Documento produzido em 22.09.2013 Varíaveis Média e Desvio Padrão Capacidade Funcional Aspecto Físico Dor Estado Geral de Saúde Vitalidade Aspecto Social Aspecto Emocional Saúde Mental 31,90 (19,00) 28,57 (11,95) 21,23 (13,70) 41,14 (16,00) 26,90 (19,13) 36,90 (26,56) 32,90 (1,81) 40,76 (26,09) Edington et al (2009) 39,4 14,8 26,5 43,3 38,5 45,1 32,2 44,2 Martinez et al (1999) 36,7 10,0 30,7 43,1 26 51,25 41,66 47,20 Santos et al (2006) Tabela 3. Dados obtidos “M.O.S. Short-from-36-item” (SF-36) Média/DP Varíaveis D.P Capacidade funcional 4,34 2,82 Sentir-se bem 8,64 1,83 Faltas no trabalho 2,45 2,77 Capacidade de trabalhar 8,61 1,71 Dor 8,95 1,56 Fadiga 8,61 1,85 Cansaço matinal 8,19 2,18 Rigidez 8,09 2,42 Ansiedade 7,71 3,22 Depressão 7,28 3,30 Tabela 4. Dados obtidos “Fibromyalgia Impact Questionnaire” (FIQ) CONSIDERAÇÕES FINAIS Correspondendo plenamente às nossas expectativas, concluímos, através da análise dos dados coletados, que os impactos causados pela Fibromialgia são negativos e estão presentes no dia-a-dia dos pacientes, afetando o bem-estar, a vitalidade, a capacidade funcional e principalmente a saúde mental destas pacientes (fatores que podem justificar o significativo índice de absenteísmo do trabalho). Ainda no âmbito dos impactos causados pela doença, observou-se também alterações existentes no padrão de sono, item que pode influenciar a percepção de outros sintomas e habilidades (dor, rigidez, cansaço matinal e capacidade de trabalhar). Este estudo foi pioneiro na região Sul da Bahia, sendo de fundamental relevância, apresentando o nível de depressão e ansiedade das pacientes desta área, corroborando com outras pesquisas realizadas no Brasil e no mundo. Recomendamos, através dos resultados obtidos, que o acompanhamento psicológico para pacientes com fibromialgia seria importante, devendo incluir informações sobre a doença e os mecanismos da dor crônica, estratégias de enfrentamento e manejo dos sintomas depressivos e ansiosos. Ana Cristina Edington, Fernando Edington, Armando Ribeiro das Neves Neto, Natanael Reis Bonfim 7 Siga-nos em facebook.com/psicologia.pt www.psicologia.pt ISSN 1646-6977 Documento produzido em 22.09.2013 Portanto, os dados desta pesquisa evidenciam a necessidade deste tema ser averiguado mais profundamente, sugerindo outros estudos como estes, numa amostragem populacional maior, oriundas de outros estados do Brasil. O objetivo deste trabalho não é esgotar as possibilidades de discussão sobre este tema, mas sim, fomentar pesquisas futuras sobre este. Ana Cristina Edington, Fernando Edington, Armando Ribeiro das Neves Neto, Natanael Reis Bonfim 8 Siga-nos em facebook.com/psicologia.pt www.psicologia.pt ISSN 1646-6977 Documento produzido em 22.09.2013 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1.ANGELOTTI, G. Fibromialgia: análise dos componentes emocionais, cognitivos e comportamentais. Dissertação de Mestrado Não-Publicada, Instituto de Psicologia, Pontifícia Universidade Católica de Campinas. 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