ABRIL 2015
C
ontra a vontade dos trabalhadores públicos
municipais, a Câmara aprovou a contraproposta salarial imposta pelo prefeito Hamilton Mota
(PT), que mais uma vez não recebeu os sindicatos durante a campanha salarial unificada e apenas mandou
seus secretários de Administração e Finanças para
uma reunião, fingindo que negocia com a categoria.
Durante a sessão de Câmara do dia 1º de abril “sem
fazer jus ao dia da mentira”, mesmo diante do protesto
de trabalhadores, os vereadores aprovaram a proposta
indecente da prefeitura, que já havia sido reprovada
pela categoria em assembleia geral.
No protesto da sessão de Câmara, os trabalhadores
pediram o adiamento da votação e levaram cartazes
com frases de protesto, como: Vergonha, Melhores
Salários, Trabalhador não é prioridade, Prefeitura
nega reposição salarial, Menos comissionados, Menos consultorias, etc. Os vereadores repetiram a postura de anos anteriores, como esperado, e votaram
como o prefeito impôs.
“Salarião e salarinho”
ganharam mais 8% e passaram de R$ 9 300,00 para
R$ 10.044,00.
O mais prejudicado é o piso da categoria, que vai
mudar apenas R$ 65,00, passa de R$ 820,12 para R$
885,72. O atual piso representa apenas 1,1 salário mínimo. No passado, o menor salário da categoria ultrapassava os 2,2 salários mínimos (hoje seria aproximadamente R$ 1 576,00).
A proposta financeira da prefeitura não recupera
as perdas salariais acumuladas nos governos petistas,
em torno de 22 a 50%, dependendo da referência salarial, em relação à inflação.
Parece nome de dupla sertaneja, mas a realidade é
vergonhosa. Foi criada pelo “compositor” Hamilton
Mota e seus apoiadores.
Com a aprovação da única proposta do governo, o
maior beneficiado é o salário do prefeito, que sobe de
R$ 18 147,50 para R$ 19 599,30, ou seja, cresceu R$
1 451,80. Os secretários ganharam mais um “reajustão” e passaram de R$ 9 958,47 para R$ 10 755,14.
Os vereadores, que já haviam recebido 58% em 2014,
Gastando dinheiro - Em 2014, a prefeitura gastou R$ 300 mil com uma empresa, alegando que com
a implantação de um Plano de Cargos e Salários daria um reajuste que contemplaria a amortização das
perdas salariais. “Torrou o dinheiro e não fez o que
prometeu”.
Diante do cenário de desrespeito com a categoria,
os trabalhadores públicos municipais mantém a luta
por melhores condições de trabalho e salário.
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