SINDICATO DOS TRABALHADORES E TÉCNICOS DE SERVIÇOS O NOVO SALÁRIO MÍNIMO NACIONAL DE 505 € E O TRABALHO DIGNO O SITESE saúda o aumento de 20 € mensais do salário mínimo com a certeza de que qualquer aumento será sempre bem-vindo para os trabalhadores que satisfazem com grande dificuldade as suas necessidades mínimas. A actualização do salário mínimo nacional, que entrará em vigor no início do próximo mês de outubro, não retirará da pobreza os trabalhadores que dele dependem, não chegará para dignificar o trabalho, nem dará garantias que seja futuramente anualizado, por duas razões fundamentais: — É válido por um período de 15 meses; — Não submete os subscritores a um acordo de médio prazo, com actualizações anuais, como estava inicialmente previsto. Trata-se de um acordo pontual que poderá dar algum ânimo e alguma confiança à economia mas contém algumas preocupações sem resposta. É feito com a contrapartida da descida da TSU, após o anúncio de uma reforma da Segurança Social, adiada para depois das eleições. A questão que se coloca de imediato é a seguinte: onde é que o Governo vai obter o financiamento para compensar a descida da contribuição patronal para a Segurança Social? A tendência patronal vai ser para aumentar o número de trabalhadores a receber o salário mínimo e assim beneficiarem da redução da TSU em 0,75%, pelo que se nos afigura que a descida da TSU patronal não seja compensada pelo aumento salarial, redundando na diminuição das contribuições para a Segurança Social. Também não vai contribuir para o relançamento da contratação colectiva pelas mesmas razões expostas. O valor fixado tem o aliciante da redução da taxa e não contém qualquer motivação para impulsionar salários mais elevados. Esperemos, que daqui a quinze meses, mudem as políticas porque não é aceitável o aumento do salário mínimo, condicionado a qualquer penalização aplicada aos trabalhadores ou ao seu futuro como a redução da contribuição social por parte dos empregadores ou a produtividade, agora anunciada. Se este Governo não congelou o salário mínimo, como tem sido o seu argumento, foi este Governo que o manteve congelado até depois da saída da Troika. Lisboa, 26 de Setembro de 2014 A Direção DELEGAÇÕES FARO - Av. da República, 166 - 2º. Esqº. 8000-080 Faro - Telf. 289 828 389 PORTALEGRE - Rua 19 de Junho, 31 - 7300-155 Portalegre - Telf. 245 202 651 PORTO - Rua Stª. Catarina, 391 - 3º. Frt.. 4000-451 Porto - Telf. 222 000 988 TORRES VEDRAS - Av. 5 de Outubro, 11- 3º. Drtº. - 2560-270 - T. Vedras - Telf. 261 323 764 VILA FRANCA DE XIRA – Rua Alves Redol, 75 – 3º. 2600-100 VFX – Telf. 263 110 400