COMPLIANCE E João Baptista Sundfeld(*) ste termo deriva do verbo inglês “tocomply”que significa “estar de acordo” com uma certa regra e dá origem ao substantivo “compliance” ou seja submissão à uma orientação, principalmente, a respeito dos procedimentos de uma organização ou empresa. Das empresas envolvidas no caso Petrobras, pelo menos nove delas, têm “sistemas de compliance”, para cumprirem a legislação e adotarem práticas baseadas em princípios éticos. Empresas internacionais que têm códigos de conduta, entre as quais a Siemens e o DeutcheBank, segundo o jornal “O Estado”(A13) de 30.11.14, participaram de um debate recente sobre a adequação à Lei 12.846, que está sendo chamada de Lei Anticorrupção e prevê a possibilidade de responsabilização criminal de empresas por irregularidades cometidas por seus funcionários e multas à empresa de até 20% do faturamento anual bruto do ano anterior. No escândalo da Petrobras, chamado de “petrolão”, relembrando o conhecido mensalão, vemos que as empresas empreiteiras do Brasil e a Petrobras, estão sendo envolvidas por atos de seus diretores, que não poderão alegar desconhecimento das restrições aos seus atos, porque a lei 12.846 está em pleno vigor. Para citar exemplos de empresas conhecidas que tiverem seus diretores presos na Operação Lava Jato, tivemos a Camargo Corrêa e a Engevix, cujos nomes foram citados pela imprensa como envolvidas. Um bom exemplo foi “O Código de Conduta da Camargo Corrêa”que regulamenta as ações de funcionários em 23 páginas e, no entanto, foi envolvida. Acreditamos que após os escândalos de corrupção que estão sendo divulgados pela mídia, muitas empresas cuidarão de criar seus códigos de conduta orientados pelo sentido exato da palavra “compliance” que no Brasil será mais conhecida como norma reguladora de como agir e conduzir negócios a partir de princípios de reputação ilibada e, sem dúvida, éticos. Esse assunto atingiu investidores americanos que estão a reclamar na entidade reguladora do mercado de ações – a SEC – Security Exchange Commition – o que deverá gerar consequências legais nos USA e no Brasil. A nosso ver, certamente todos os funcionários receberão instruções de como agir para evitar problemas para sua empresa. João Baptista Sundfeld, economista, contador, mestre em educação, foi diretor de empresas industriais e de serviços, coach e professor,escreve em seu site www.sundfeld.com.bre portais de grande renome.