UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ DOUGLAS DRULA JUNIOR Trabalho de Conclusão de Estágio ANÁLISE PARA CONTROLE DE PROCESSO E MELHORIA DE DESEMPENHO DO DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS DE COMPRAS - FOLLOW UP EMPRESA BRF S.A. ITAJAÍ 2014 DOUGLAS DRULA JUNIOR Trabalho Conclusão de Estágio ANÁLISE PARA CONTROLE DE PROCESSO E MELHORIA DE DESEMPENHO DO DEPARTAMENTO DE SERVIÇOS DE COMPRAS - FOLLOW UP EMPRESA BRF S.A. Trabalho Conclusão de Estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas – Gestão da Universidade do Vale do Itajaí. Orientador: Prof. Gonçalves, Adm. ITAJAÍ 2014 Raulino Pedro Dedico este trabalho a Deus, que me deu forças e perseverança ao longo de minha jornada acadêmica. AGRADECIMENTO Agradeço primeiramente a Deus nosso SENHOR, por ter permitido a finalização deste trabalho. O senhor sempre esteve e esta ao meu lado, me acompanhando em todos os momentos e vitorias que já conquistei, pois "O senhor é o meu penhasco e minha fortaleza, quem me liberta é o meu Deus. Nele me abrigo; meu rochedo, meu escudo e o poder que me salva, minha torre forte e meu refúgio" (Salmos 18:2). Só agora eu percebo que nos momentos mais tensos e apreensivos que já passei, fui lisonjeado por uma das obras mais belas criadas pelas mãos de Deus, a natureza. Como um amante da prática do Surf, a natureza foi à peça principal onde minhas forças foram renovadas. Nos momentos mais apreensivos e exaustivos, o surf foi o meu refúgio, onde sempre descarreguei meus problemas e carrego minhas energias. Por este motivo dedico inteiramente este trabalho a Deus, cuja suas obras são perfeitas e seus caminhos todos justos. Em segundo agradeço toda a minha família, meus pais, irmãos, avós, tios, primos e em especial e memória, minha avó Maria Morgado de Oliveira que também sempre esteve e esta ao meu lado, na presença de Deus, me mostrando o caminho do bem, com um coração que só o SENHOR pode compreender. À minha namorada que me ajudou e apoiou em vários momentos para trilhar minha jornada acadêmica e que está presente sempre que preciso. A todos os meus amigos do surf, infância, trabalho e faculdade pela alegria e apoio que me proporcionaram. Aos professores que com seus conhecimentos e ensinamentos, foi possível o termino deste trabalho. E por último, mas não menos importante, meu professor e orientador Raulino Pedro Gonçalves, pois é um professor rigoroso e exigente, e com esta exigência, este trabalho foi concluído com qualidade, obedecendo todos os critérios normativos. "É importante ter metas, mas também é fundamental planejar cuidadosamente cada passo para atingi-las". Bernardo Rocha de Rezende (Bernardinho). EQUIPE TÉCNICA a) Nome do estagiário Douglas Drula Junior b) Área de estágio OSM – Organização Sistemas e Métodos c) Orientador de conteúdo Prof. Raulino Pedro Gonçalves, Adm. d) Supervisor de campo Jair Bondicz e) Responsável pelo Estágio Prof. Eduardo Kruger da Silva, MSc. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO a) Razão Social BRF S.A b) Endereço R. Jorge Tzachel, 475 – Itajaí /SC c) Setor de Desenvolvimento do Estágio Serviços de compras – Follow up de pedido d) Duração do estágio mais de 240 horas e) Nome e cargo do supervisor de campo Jair Bondicz; Diretor f) Carimbo e visto da organização RESUMO DRULA, Douglas Junior. Análise para controle de processo e melhoria de desempenho do departamento de Serviços de Compras - Follow up empresa BRF S.A. 2014. 129 f. Trabalho de conclusão de estágio (Graduação em Administração) – Universidade do Vale do Itajaí, 2014. Para que uma empresa de grande porte tenha vantagem competitiva perante seus concorrentes, é necessário que os processos sejam executados com eficiência. Para conquistar esta eficiência, é imprescindível a otimização e mudanças nos processos, tornando operacionalmente mais ágeis. O presente trabalho visou analisar o processo de confirmação de ordens de compras para obter melhor controle e melhoria de desempenho do setor de Follow up. Para os resultados da pesquisa foi abordado o tema OSM, analisando todo o processo do setor de Follow up que pertence ao departamento de serviço de compras da empresa, utilizando ferramentas administrativas como: Fluxograma, Diagrama de Causa e Efeito, Matriz GUT e 5W2H. Os dados da pesquisa foram coletados mediante a entrevista Focus Groups e consultas ao sistema SAP R3. Com os dados coletados, foi possível mapear os pontos de não conformidades e os fatores críticos que o setor enfrenta, realizando sugestões para melhoria do processo. Palavras-chave: Organização Sistemas e Métodos; Controle de processo; Melhoria de desempenho. sumário 1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 9 1.1 Objetivo geral ................................................................................................. 10 1.2 Objetivos específicos ...................................................................................... 10 1.3 Justificativa da realização do estudo .............................................................. 11 1.4 Aspectos metodológicos ................................................................................. 12 1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados ......................................................... 13 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA .......................................................................... 19 2.1 Tipos de estrutura organizacional ................................................................... 19 2.2 Funções administrativas ................................................................................. 20 2.3 Qualidade ....................................................................................................... 22 2.3.1 Não Conformidades .................................................................................... 23 2.4 Fatores Críticos de Sucesso ........................................................................... 24 2.5 Fluxograma ..................................................................................................... 25 2.6 Controle de processos .................................................................................... 27 2.6.1 Conceito de processos................................................................................ 30 2.6.2 Classificação do processo .......................................................................... 33 2.6.3 Gerenciamento de processos ..................................................................... 34 2.6.4 Melhoria dos processos .............................................................................. 36 2.7 Análise Administrativa .................................................................................... 37 2.7.1 Etapas da análise administrativa................................................................. 39 2.8 Ferramenta administrativa GUT ..................................................................... 41 2.9 5W2H.............................................................................................................. 43 3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO ......................................................... 46 3.1 Histórico.......................................................................................................... 48 3.2 Ramo de atividade .......................................................................................... 48 3.3 Estrutura organizacional ................................................................................. 49 3.4 Visão, missão e valores .................................................................................. 52 3.5 Produtos ......................................................................................................... 54 3.6 Mercados ........................................................................................................ 55 3.6.1 Clientes consumidores ................................................................................ 56 3.6.2 Fornecedores .............................................................................................. 56 3.6.3 Concorrentes .............................................................................................. 57 4 RESULTADOS DA PESQUISA .......................................................................... 59 4.1 Processos do setor de confirmação de pedidos (Follow up) .......................... 59 4.1.1 Portal de compras BRF ............................................................................... 64 4.2 Planejamento para coleta de dados ............................................................... 65 4.2.1 Mapeamento das áreas .............................................................................. 66 4.3 Identificação das não conformidades ............................................................. 67 4.4 Fatores críticos que necessitam de prioridade ............................................... 71 4.5 Sugestões para melhoria dos processos ........................................................ 72 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 77 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 79 APÊNDICE A – Cronograma das Atividades de Estágio Supervisionado ................. 82 APÊNDICE B – Questões pré elaboradas para entrevista Focus Groups ................ 84 APÊNDICE C – Transcrição das entrevistas Focus Groups, utilizada para coleta de dados e implantação das ferramentas administrativas. ............................................. 86 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS .................................................................... 129 9 1 INTRODUÇÃO A economia mundial cada vez mais globalizada impõe as empresas novas necessidades. Nos últimos anos as empresas de agroindústria estão enfrentando um período de transição, tanto no aspecto econômico como no aspecto social. Tal transição resulta em mudanças estruturais. Mudanças estas que tendem a trazer melhores condições de competir neste mercado global. Com a competitividade e um ritmo contínuo de expansão acelerado, as empresas deste seguimento tendem a se adaptar com climas, regiões e culturas para conquistar uma fatia maior do mercado. Uma organização de grande porte e de nível globalizado deve ampliar seu grau de eficiência dos processos. Desta forma o conhecimento e a inovação, são peças chaves para uma constante transformação. Visando a competitividade e a expansão do mercado, é fundamental que a organização busque continuamente a melhoria em seus processos. Para isso será abordado o estudo na área de OSM. A área de OSM lida com conjuntos de técnicas, princípios e normas. Tem como objetivo principal aconselhamento e introdução de novos métodos de administração, utilizando ferramentas adequadas na solução de problemas, envolvendo mudanças de processos e reestruturação de uma determinada área. Trazendo, assim, melhores resultados para a empresa. A empresa estudada é a BRF S.A. Uma empresa multinacional criada a partir da fusão entre as empresas Perdigão e Sadia. Vista como um dos maiores players globais do setor alimentício, reforçando a posição do país como potência no agronegócio. Atua no segmento de carnes (aves, suínos e bovinos), alimentos processados de carnes, lácteos, margarinas, massas, pizzas e vegetais congelados, e possui em seu portfólio marcas consagradas como Sadia, Perdigão, Batavo, Elegê, Qualy, Cotochés, Chester entre outras. A organização possui um CSC - Centro de Serviço Compartilhado localizado em Itajaí – SC. No CSC são realizadas diversas atividades de apoio. Uma delas é o controle das suas ordens de compras dos materiais indiretos, realizado pelo departamento de serviço de compras, que faz parte da gerência executiva de atendimento da empresa. O departamento é estruturado por uma equipe que utiliza para as confirmações e consulta de entrega dos pedidos o sistema SAP R/3, integrado ao portal de compras. O setor possui uma meta que vem sendo atingida 10 de maneira sucinta e algumas dificuldades vêm sendo observadas para o cumprimento destas metas. O sucesso da organização no setor de Follow up1 esta voltado em planejamento de metas, objetivos estratégicos, confiabilidade e flexibilidade. Pressupõe rapidez e eficiência como prioridades nas metas. Sempre visando novas oportunidades e melhoria dos processos. O objetivo do setor de Follow up é garantir que as ordens de compras, sejam entregues em suas unidades dentro dos prazos estipulados nas ordens de compras, sem divergências. Dentro do tema abordado, formula-se a seguinte questão: A revisão do processo de Follow up poderá trazer algum ganho de melhoria de desempenho e controle dos processos para a organização? 1.1 Objetivo geral Todo trabalho acadêmico científico necessita de um objetivo geral. Segundo Marconi e Lakatos (2010), o objetivo geral está, interligado a visão global e abrangente do tema, conectando-se diretamente e internamente a proposta do trabalho. O objetivo geral deste trabalho consiste em avaliar o sistema de controle do Follow up de materiais indiretos do departamento de serviço de compras da BRF S/A, sediada em Itajaí. 1.2 Objetivos específicos Nesta seção são apresentados os objetivos específicos da pesquisa. Pois, de acordo com Richardson (1999, p. 63), a elaboração de objetivos específicos "define etapas que devem ser cumpridas para alcançar o objetivo geral". Assim, definiramse os seguintes objetivos: descrever o processo de Follow up; 1 Follow up - Confirmações de ordem de compras. 11 identificar as não conformidades; identificar os fatores críticos; e efetuar sugestões para melhoria dos processos. 1.3 Justificativa da realização do estudo Neste item são apresentadas as razões para a realização do trabalho. Para Roesch (2005), um projeto pode ser justificado em função de sua importância, oportunidade, originalidade e viabilidade. O futuro da organização está literalmente ligada a vários fatores como a qualidade dos serviços prestados, tecnologias de informação e a comunicação eficiente de redes integrando colaboradores e organização. A importância de fazer este estudo vem precisamente ao encontro das necessidades de se melhorar o atendimento nas entregas dos materiais indiretos da empresa. Para a organização o resultado deste estudo contribuirá na melhoria do controle interno de suas ordens de compras, evitando falta de materiais nas áreas administrativas e paradas de produção nas unidades produtivas. Também o estudo ajudará no aprimoramento dos processos de cotação, contratos, e negociações de compras da empresa. Para o acadêmico, este trabalho é importante, pois ampliou seu grau de aprendizado, adotando novos conhecimentos que poderão ser usados nas tomadas de decisões. Este trabalho acrescentou para o acadêmico conhecimento amplo de como funcionam todas as áreas de compras administrativas de uma grande empresa, agregando domínio e experiência pessoal. Justifica-se a realização deste estudo, por ser uma área muito visada pela gerência da organização. Já as unidades da BRF dependem das entregas das ordens de compras nos prazos corretos, sem atrasos, para que não ocorra falta de peças e equipamentos. Com o estudo levantou-se informações de melhorias de um setor que foi criado há dois anos e meio, sendo relativamente novo e muito promissor para várias áreas da empresa. O estudo se mostrou oportuno, pois ajudará a elevar os índices de desempenho do setor. Também com o estudo, 12 levantou informações que abriram oportunidades gerenciais, abordando os pontos com maiores deficiências e os problemas que a área enfrenta, assim elevando o índice de satisfação interno. No trabalho de estágio há originalidade, pois o setor não possui registro de estudo em OSM. Também pelo fato da empresa possuir um banco de dados de monografia, podendo ser utilizado como fonte de pesquisa e estudo para acadêmicos que trabalham na empresa e estudiosos da área. Houve viabilidade para a elaboração deste trabalho, pois o acadêmico já desenvolve as atividades no departamento. Além de possuir total acesso ao sistema e eventuais dados da área como documentos, informações e as pessoas relacionadas com o processo e gerencia. Referente ao custo da pesquisa, não foi gerado nenhum gasto para empresa, somente ao acadêmico que arcou com os custos do trabalho. Para a conclusão do trabalho, foi utilizado o período do estágio, que compõe em dois semestres. 1.4 Aspectos metodológicos Neste item são abordados os aspectos metodológicos que foram empregados no decorrer desta pesquisa, que teve como base para direcionamento e aplicação durante o trabalho. Também foi utilizado na validade do trabalho, pois "método é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo" (MARCONI e LAKATOS, 2010, p.65). O tipo de estudo do trabalho foi pesquisa diagnóstico. Segundo Roesch (2005) se trata de uma estratégia de análise que procura pesquisar e explorar o ambiente interno e externo organizacional, para levantar e apontar problemas a fim de obter dados que possibilitam o pesquisador identificar os problemas e apresentar possíveis soluções no processo pesquisado. A abordagem que se optou na utilização de pesquisa é de natureza qualitativa, que busca interpretar opinião, valores e atitudes, que são utilizados para compreensão de fenômenos. Para Oliveira (1999, p. 177) as pesquisas que se utilizam da abordagem qualitativa possuem a facilidade de poder descrever a complexidade de uma determinada hipótese ou 13 problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos experimentados por grupos sociais, apresentar contribuições no processo de mudanças, criação ou formação de opiniões de determinado grupo e permitir, em maior grau de profundidade, a interpretação das particularidades dos comportamentos ou atitudes dos indivíduos. O estudo contou com a pesquisa exploratória. De acordo com Vergara (2000, p.47). "a pesquisa exploratória é realizada em área na qual há pouco conhecimento acumulado e sistematizado" proporcionando maior esclarecimento do problema, familiarizando-se com o fenômeno que está sendo investigado, de modo que o estudo possa ser absorvido com uma maior compreensão e precisão. A natureza do trabalho acadêmico possui um nível de estudo descritivo. Este "propõem-se investigar o que é, ou seja, descobrir as características de um fenômeno como tal. Nesse sentido são considerados como objeto de estudo uma situação específica, um grupo ou um indivíduo" (RICHARDSON, 1999, p. 71). A pesquisa teve como foco o processo de confirmação de pedidos. Durante a pesquisa identificou-se características dos processos operacionais e organizacionais executadas pela área, proporcionando maior transparência e esclarecimento dos problemas com o intuito a torná-los explícitos. O estudo foi composto por pesquisa documental. Este tipo de pesquisa utiliza material que não receberam tratamento analítico. Segundo Vergara (2000) investigação documental é relevante para regulamentos e regimentos internos. Dentro do contexto, a pesquisa contou com registros e relatórios do sistema da empresa. Para obtenção deste estudo, houve pesquisa bibliográfica, que de acordo com autor (op. cit.), se trata de um estudo aprofundado em matérias publicadas em livros, jornais, revistas e redes eletrônicas, acessíveis a todos. Para a pesquisa foi necessário coletar dados com referências teóricas que sustente o estudo do trabalho em questão. 1.5 Técnicas de coleta e análise dos dados Nesta etapa estuda-se o processo de coleta e a análise dos dados que foram obtidos na pesquisa. De acordo com Gil (1999), coletar dados tem por finalidade, o 14 conhecimento direto da realidade do trabalho, que por análise e interpretação, procura responder as perguntas da pesquisa, evidenciando a forma correta para proceder à coleta de dados. Para obter os dados da pesquisa, foram utilizados dados primários por entrevista (Focus Group). Segundo Roesch (2005), dados primários são elaborados pelo pesquisador, se tratam de dados novos que não tiveram tratamento, e podem ser coletados e pesquisados por entrevista, questionários, observação e outros métodos de coleta. A entrevista é um método de coleta de dados. Segundo Ballestero-Alvarez (1991, p. 531), a "entrevista é uma das formas de se obter o levantamento do fluxo de informações e é um dos instrumentos inevitáveis ao longo de todo o projeto". A entrevista possui o propósito de levantar qual o comportamento diante das diversidades do sistema e suas opiniões referentes ao processo de Follow up. A entrevista encontra-se em (Apêndice C). Esta entrevista foi realizada por meio da técnica de grupo focal com perguntas semiestruturadas (Apêndice B). O Focus group é uma técnica que pode ser utilizada para levantamentos de dados, e consiste em entrevistas em profundidade com um grupo de pessoas a respeito de um assunto específico (MARTINS, 2006). O foco ou o objetivo de análise é a interação entre o grupo. A participação dos integrantes influencia uns aos outros pelas respostas, as ideias levantadas durante a entrevista, estimuladas por comentários ou questões que são colocadas pelo moderador. O uso do Focus Group é apropriado quando o objetivo é explicar como as pessoas consideram uma experiência, ideias para uso ou implantação de ferramentas, a discussão durante as reuniões é efetiva em fornecer dados adicionais em um estudo. O autor (op. cit.) expõe uma série de recomendações para a construção de pesquisa e levantamento de dados por meio de Focus Groups: o grupo deve ter entre seis e doze membros, a serem escolhidos de acordo com os propósitos da pesquisa ou um integrante de um setor; cada participante deve ter algo a dizer sobre o assunto ou deve ser estimulado pelo moderador; deve-se ter um grupo demograficamente heterogêneo, mas com nível cultural semelhante; o nível de envolvimento do moderador é variável, dependendo de como ele conduz as entrevistas e a interação entre as pessoas; 15 devem ser agendadas sessões de entrevistas, previamente planejadas e roteirizadas com o grupo focal; o local das reuniões devem ser confortáveis e é recomendável dispor os integrantes do grupo focal em forma de U, para que eles possam interagir observando uns aos outros. Deve-se colocar em local visível a todos o nome dos integrantes para facilitar a interação. Se necessário, pode-se proceder às entrevistas em ambiente virtual; o moderador não pode fazer juízos sobre as respostas e deve ter a capacidade de memorizá-las – ou então usar um assistente que as registre, e as respostas devem ser integradas em categorias de análise que permitam consolidá-las em grupos semelhantes. Focus Group proporciona para a pesquisa, flexibilidade na coleta de dados, além de um ganho em espontaneidade pela interação entre os participantes da pesquisa. Segundo Mattar (1993) a entrevista por Focus Group tem como vantagens: interação entre os elementos que enriquece os resultados; sinergismo, sendo o resultado obtido com a participação simultânea de todos os entrevistados, mais rico do que se todos fossem entrevistados individualmente; estimulação; flexibilidade para o moderador dirigir a discussão para um novo tópico interessante que tenha surgido e que não havia sido previsto; espontaneidade e naturalidade nas colocações; amplo leque de dados possíveis de se obter; profundidade; e rapidez na coleta. A população desta pesquisa teve o envolvimento de sete funcionários, sendo um analista líder do processo, um assistente administrativo que realiza os levantamentos de dados, cinco integrantes auxiliares que lidam diretamente com as confirmações de pedido por carteiras de fornecedores. A pesquisa também contou com dados secundários, que segundo (RICHARDSON, 1999, p. 23) são aqueles "que não têm uma relação direta com o 16 acontecimento registrado, senão através de algum elemento intermediário". Os dados secundários tratam dados históricos e bibliográficos, é todo e qualquer documento que pode ser utilizado para o propósito fim da pesquisa. Para realização deste estudo, foi utilizado o modelo de proposta administrativa. Que para Cury (2005) proposta administrativa visa efetuar diagnósticos situacionais das causas e estudar situações para sugerir ou resolver problemas administrativos, abrangendo responsabilidade com planejamento a mudanças, aprimorando a estrutura organizacional e os métodos de processos do setor. Para análise foi utilizado dois aspectos concebidos pelo autor (op. cit.): diagnóstico da situação atual do processo, identificando causas, seus métodos, levantamento de dados; e intervenção e planejamento, com estudo das soluções e mudanças, realizando linha de implantação para melhoria e controle do processo. O estudo consistiu em levantar pontos que necessitam de melhorias, apresentando o fluxograma atual dos processos. Para Cury (2005, p. 340), "fluxograma permite verificar como funcionam, realmente, todos os componentes de um sistema, mecanizado ou não, facilitando a análise de sua eficácia". Para as conclusões foi necessário o tratamento e análise dos dados. De acordo com Roesch (2005), tratamento e análise, são formas para se avaliar os dados a serem coletados. Análise e interpretação são duas atividades distintas, mas estreitamente relacionadas com o processo, envolvem duas operações, que de acordo Maconi e Lakatos (1999) podem ser definidas como, estudo detalhado e seu propósito. Análise é a tentativa de evidenciar as relações existentes entre o fenômeno adquirido dos estudos e outros fatores. O autor (op. cit.) pontua que essas relações podem ser estabelecidas em função de suas propriedades relacionais de causaefeito, produtor-produto, correções, análise de conteúdo e etc. Na análise o pesquisador entra em mais detalhes sobre os dados, a fim de conseguir respostas de suas indagações e procura estabelecer as relações necessárias entre os dados obtidos e as hipóteses formuladas. Com os dados obtidos são comprovadas ou refutadas, mediante a análise. Interpretação é a atividade intelectual que procura dar um significado mais amplo às respostas, vinculando-as a outros conhecimentos. Para Maconi e Lakatos (1999) a interpretação é a exposição do verdadeiro significado do material 17 apresentado, em relação aos objetivos propostos e ao tema. Na interpretação dos dados é importante que eles sejam colocados de forma sintética e de maneira clara e acessível. Para o autor (op. cit.) dois aspectos são importantes: construção de tipos, modelos e esquemas; e ligação com a teoria. Segue abaixo quadro 1 do roteiro da pesquisa. O roteiro seguiu procedimentos iniciais, identificação das falhas, grau de prioridade e responsáveis pelas pendências e sugestões para área: Quadro 1 - Roteiro da pesquisa Fonte: Elaborado pelo acadêmico Para o tratamento e análise dos dados do quadro 1, foi utilizado o cronograma e os prazos estipulados no item (Pesquisa de campo), que está sendo referenciado no quadro 2 roteiro metodológico. Para a pesquisa de campo o uso de 18 ferramentas administrativas como Focus Group, Diagrama de Causa e Efeito, Matriz GUT e 5W2H, foram indispensáveis. Quadro 2 - Roteiro Metodológico ETAPAS DA PESQUISA ETAPA DO TRABALHO Projeto de Pesquisa PERÍODO DE REALIZAÇÃO ATIVIDADES Junho e julho Definição do problema de pesquisa Construção da pergunta de pesquisa Definição dos objetivos Pesquisa bibliométrica sobre o tema Seleção da bibliografia (livros e artigos) Elaboração do Projeto PESQUISA BIBLIOGRÁFICA Caracterização da Empresa PESQUISA DE CAMPO Trabalho Parcial 1 Agosto e setembro Trabalho Parcial 2 Outubro e Novembro Coleta de Dados Análise e Interpretação dos Dados Discussão dos Resultados Obtidos Finalização da fundamentação teórica Revisão Geral do TPE1 Elaboração do(s) instrumento(s) de coleta de dados Revisão Geral do TPE2 Aplicação do instrumento de coleta, entrevistas, etc. Dezembro à Abril Redação dos resultados da pesquisa de campo Elaboração da conclusão e recomendações Março e Abril Elaboração dos elementos pré e pós-textuais Revisão geral do TCE TCE Elaboração da apresentação Defesa perante a Banca Maio Junho Ensaio da apresentação Apresentação Examinadora à Banca Fonte: Elaborado pelo acadêmico O quadro 2 foi elaborado com os períodos de início e fim de cada etapa do processo de pesquisa. Para obtenção do resultado com qualidade foi essencial o planejamento antecipado das tarefas a ser realizadas. Em (apêndice A) há um cronograma detalhado que serviu de base para elaboração do quadro 2. 19 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Neste capítulo é apresentada a fundamentação teórica que explora ferramentas utilizadas para desenvolvimento da pesquisa, abordando itens da administração e explorando o conhecimento de autores da área. 2.1 Tipos de estrutura organizacional A estrutura organizacional de uma organização é configurada de duas formas, estrutura formal e estrutura informal. A estrutura formal é constituída de objetivo planejado de estudo da organização e seus aspectos podem ser representados por organograma. A estrutura informal não é planejada, trata-se da interação social das pessoas, reunindo ideias e pensamentos humanos (OLIVEIRA, 2005). Para o autor (op. cit.), estrutura informal possui o foco nas relações humanas e nas ideias dos colaboradores, já a estrutura formal ressalta responsabilidade e os termos de autoridade, ajudando nos processos administrativos da organização. Considerando a estrutura informal, segue fatores que condicionam o aparecimento dos chamados grupos sociais informais: a própria estrutura informal provoca interação; o interesse comum que desenvolve a certo grupo de pessoas que passam a sintoniza-se mais intimamente; disputa de poder; e a flutuação de pessoas dentro da organização, provocando normalmente alteração dos grupos sociais informais. O tipo de estrutura informal é o mais utilizado no cotidiano da empresa e age como solucionadora de problemas. Possibilita a gerencia o maior controle das atividades, servindo como complemento ou contribuição para as tarefas diárias de qualquer organização. (OLIVEIRA, 2005). 20 2.2 Funções administrativas As funções administrativas são definidas como processos que envolvem pessoas e recursos de uma organização. Em um ambiente altamente competitivo e complexo, faz-se necessário uma base com conhecimento amplo para que a organização continue competitiva, nesse sentido uma análise organizacional é de extrema importância no ambiente organizacional. De acordo com Chiavenato (2000), a análise organizacional se trata de um conjunto de processos pelo qual estuda se os recursos mercadológicos, humanos, produtivos e financeiros de uma organização, para se alcançar fatores conjuntos, observando as forças e as fraquezas a serem exploradas e defrontadas. Seguindo esta ideia, as regras da administração vêm acompanhadas de funções: planejamento, organização, Liderança e Controle. Planejamento - possui uma seleção de metas e os meios de como obtê-las. Segundo Maximiano (2007, p. 13) "O processo de planejamento é a ferramenta para administrar as relações com o futuro". Organização - processo administrativo visa à estruturação da organização, reunindo pessoas e os equipamentos, de acordo com o planejamento efetuado. Na ideia do autor (op. cit.), "organização é o processo de dispor os recursos em uma estrutura que facilite a realização dos objetivos". Liderança - Abrange influenciar colaboradores para que trabalhem num objetivo comum, se trata em liderar pessoas de forma que os objetivos planejados sejam alcançados. Liderança segundo Cury (2005, p.77) "constitui-se, ao longo da evolução dos estudos gerenciais, num tema de permanente atualidade, em decorrência de inúmeras pesquisas, estudos e debates". Controle - Segura as realizações dos objetivos, faz comparação entre atividade realizada com a atividade planejada. Para Cury (2005, p. 159) "O princípio do alcance do controle procura focalizar o número de subordinados que um administrador pode dirigir eficientemente". A figura 1 relaciona funções gerenciais com ferramentas que possibilitam o desempenho de gestores, gerentes, e os cargos de uma empresa. De acordo com Luporini e Pinto (1992, p. 20), "organização pode ser entendida como uma correlação de deveres ou funções, para a execução dos objetivos esperados". 21 Figura 1 - Funções administrativas Fonte: Daft (2005. p. 08) Estudando cada uma das funções administrativas descritas na Figura 1, podese sugerir melhorias, tomar decisões e alcançar metas, utilizando as ferramentas mais eficazes e eficientes. Todas as funções administrativas têm por sua finalidade atingir objetivos, sendo que o papel do controle é monitorar as atividades e apontar as correções, pois de acordo com Maximiano (2007) Controlar o processo é garantir a eficiência do sistema já identificando os problemas no decorrer do processo e a necessidade de altera-los. Uma continuidade eficiente de um processo administrativo vai depender de como é contralada as atividades administrativas, que de acordo com Chiavenato (2000) controlar pode ser definido como: definir os padrões de desempenho; monitorar o desempenho; comparar o desempenho com os padrões estabelecidos; e efetuar ação corretiva para assegurar os padrões estabelecidos. 22 2.3 Qualidade O desenvolvimento da qualidade dos produtos e serviços tem sido considerado fundamental para que as empresas assumam vantagens competitivas (OLIVEIRA, 1995). De acordo com a definição de Campos (1992 apud WERKEMA, 1995, p.13) "um produto ou serviço de qualidade é aquele que atende perfeitamente, de forma confiável, de forma acessível, de forma segura e no tempo certo as necessidades do cliente". O autor Araújo (2001) complementa esse conceito informando que qualidade é uma filosofia em que a eliminação do retrabalho e a obsessão pelo defeito-zero, são regras inafastáveis para as organizações que desejem permanência e lucro. Qualidade é a conformidade à exigência e pode ser definido como: CQ – controle qualidade: é um sistema de técnicas que permitem a produção econômica de bens e serviços que satisfaçam as necessidades do consumidor (WERKEMA, 1995); CQT – controle de qualidade total: é um sistema gerencial baseado na participação de todos os setores e de todos os empregados de uma empresa, no estudo e na condução do controle da qualidade (WERKEMA, 1995); GQT – gestão de qualidade total: definido como um conjunto de melhorias sistemáticas e contínuas na qualidade dos produtos, serviços, e na vida das pessoas, utilizando todos os recursos humanos e financeiros disponíveis. Uma metodologia de resolução de problemas e aperfeiçoamento de processos para toda a empresa (MANGANOTE, 2001). Para auxiliar na gestão pela qualidade total, as organizações podem utilizar uma série de ferramentas, sendo elas: gráfico de barras, diagrama de causa e efeito, folha de verificação, gráfico de controle, fluxograma, histograma, diagrama de Pareto, diagrama de dispersão, diagrama de linha de tempo, dentro outros. Entretanto o autor Araújo (2001) comenta que o uso de tais ferramentas desprovido de bom senso e propriedade não conduzirão aos resultados desejados. 23 Com os conceitos apresentados, chegou-se a conclusão que a qualidade total deve estar sustentada por princípios e políticas, as quais também devem proporcionar sustentação para administração dos processos na empresa. 2.3.1 Não Conformidades As não conformidades podem estar presentes em todos os processos e podem ser tratadas com ações corretivas ou preventivas. De acordo com Mello, et al (2002), É por ações corretivas que se elimina uma não conformidade que já tenha ocorrido e que possa vir acontecer, com ações corretivas, situações indesejáveis do processo serão eliminadas ou amenizadas. Os processos podem ser melhorados à medida que as não conformidades forem identificadas e medidas corretivas forem tomadas. A ABNT (2008) informa que a administração responsável pelo setor ou departamento que esta passando por uma auditoria, deve antecipar-se com ações corretivas e de correção, para que as não conformidades sejam previamente identificadas, assim evitando dificuldades ao decorrer de um determinado processo. A norma também cita que estas atividades necessitam ser acompanhadas incluindo a verificação das ações tomadas e o relado dos resultados. Para eliminar uma não conformidade em uma ação corretiva, é indispensável verificar a causa real que deu origem a não conformidade, deve-se estabelecer um plano de ação, e com a resolução do problema, é necessário evidenciar e comprovar a implementação da ação corretiva, determinando quem, quando e onde esta ação foi tomada. Segundo (Melo, et al, 2002, 185 -194) "Uma vez concluídas as ações é verificada sua eficácia em evitar a reincidência das não conformidade, deve-se aprovar a data e fechar a ação corretiva". A auditoria de processos é fundamental para melhoria de processo. Mediante a realização de auditorias em departamentos ou setores, não necessariamente podem ser encontrados pontos de não conformidades, mas sim identificados oportunidades que elevaram o bom desempenho do departamento ou setor. ABNT (2012) destaca que mediante as constatações da auditoria, os relatórios podem 24 indicar tanto pontos de não conformidade como de conformidade. A utilização de ferramenta de qualidade em processos administrativos auxilia na diminuição de não conformidades e mantém a eficiência do processo, melhorando a qualidade de produtividade e redução de custos de uma determinada área ou produto. 2.4 Fatores Críticos de Sucesso Para que uma organização sobreviva ao atual contexto empresarial, é imprescindível que as empresas possuam capacidade de reação às mudanças, e ao mesmo tempo antecipar as futuras intenções do mercado. De acordo com Porter (1996) fatores críticos identificados em um ponto determinado de uma área, necessita de devidas atenções, pois atingem diretamente vários setores de uma organização. O autor (op. cit.) define fator critico de sucesso como itens ou pontos da empresa que necessita de tratativas, se estes itens forem tratados adequadamente e os resultados forem satisfatórios, estarão assegurando resultados e desempenhos superiores para o processo. Segundo Albertin (1999) fatores críticos de sucesso, é a base para identificar pontos que interferem no bom desempenho dos processos, e podem ser avaliados sob três aspectos: O bom desempenho do setor será reconhecido se o fator crítico for identificado e analisado, recebendo o tratamento devido com investimento. Se o fator crítico for identificado e receber investimento, este investimento empregado deve vir acompanhado de informações de como foi contralado e as melhorias que foram implementadas no processo. Como os itens que são tratados como fatores crítico estão ligados ao bom desempenho e aos negócios da empresa, os próprios responsáveis pelo processo devem definir os meios de medição, padrões de desempenho e informações adicionais que identificam estes fatores. Os fatores críticos podem ser compreendidos como dados decisivos para o melhor desempenho de um determinado processo. A empresa ao identificar fatores críticos e incorporá-los ao sistema de informação e ao planejamento estratégico da 25 organização, passará a integrar as atividades de análise competitiva que determinará um melhor desempenho ao processo. De uma forma ampla, fatores críticos de sucesso são definidos por um numero limitados de áreas que apresentam e fazem a diferença para obter resultados satisfatórios, que garante o sucesso e o desempenho competitivo organizacional. Albertin (2004) enfatiza que o tratamento dado aos fatores críticos de uma empresa, depende da dimensão local que é exposta a este fator, pois podem variar de uma organização para outra, devido seus ambientes e particularidades que podem ser apresentados. 2.5 Fluxograma A abordagem adotada inicialmente pelas organizações era voltada para o produto, eram realizadas inspeções frequentemente para garantir a qualidade dos produtos, entretanto o conceito de prevenção fez com que o foco voltasse para as atividades que antecedem ao produto: o processo (OLIVEIRA, 1995). D'Ascenção (2007) comenta que todo e qualquer processo tem um fluxo de operações de entrada, processamento e saída, seja para atividades administrativas ou operacionais. Processo pode ser definido como "um conjunto de atividades ordenadas, de forma planejada, objetivando atingir metas estabelecidas" (OLIVEIRA, 1995, p. 11). Dentro dessa ideologia e necessidade de analisar os processos, são criados os fluxogramas, que segundo Araújo (2001) procura apresentar o processo passo a passo, e toda atividade de determinado processamento deve ter registro na folha de um fluxograma. "O termo fluxograma vem do inglês flow-chart (flow = fluxo + chart = gráfico" (D'ASCENÇÃO, 2007, p. 110). Manganote (2001) complementa definindo o fluxograma como um método para descrever graficamente um processo existente, ou um novo processo proposto, usando símbolos simples, linhas e palavras, para representar graficamente as atividades e sequências de todo o processo. O fluxograma constitui uma das ferramentas de trabalho dos analistas, porque possui vantagens que facilitam o desenvolvimento da etapa de análise e redesenho do processo. As vantagens levantadas por D'Ascenção (2007) são: 26 descreve qualquer tipo de processo, mesmo os mais complexos; permite visão ampla de todo o processo que está sendo estudado; descreve o funcionamento de todos os componentes do processo; possibilita a verificação, de maneira clara e precisa, das falhas de funcionamento, dos gargalos, da duplicidade de procedimentos e de outros problemas oriundos do processo em estudo; não permite a dupla interpretação, graças a padronização dos símbolos que são utilizados; possibilita a análise e a proposição de modificações, visando a melhoria do processo; e permite fácil atualização. Para elaborar um fluxograma, o analista deve realizar uma pesquisa minuciosa nas unidades organizacionais, fazer um levantamento dos passos que envolvam o trabalho inicial até o final, passando inclusive pelos formulários envolvidos no processo (CURY, 2005). Oliveira (1995) aborda os passo necessários para elaborar um fluxograma: definir a aplicação pretendida do fluxograma – alocar responsabilidades e informações necessárias aos objetivos pretendidos e escolhendo o tipo de fluxograma a ser elaborado; identificar as fronteiras do processo a ser representado – mostrar início e fim utilizando a simbologia adequada; documentar cada etapa do processo – registrar as etapas, decisões e os documentos relativos ao processo, fazendo a pergunta "qual a próxima etapa a ser definida? "; revisar o trecho completado – faça a revisão para verificar se não foi esquecida alguma etapa, ou se foram elencados de maneira correta; complete o fluxograma – repita as etapas 3 e 4, quantas vezes forem necessárias; faça uma análise do fluxograma – discuta como a equipe completou as etapas e certifique-se da consistência do fluxograma como processo real, observando diretamente ou mostre a equipe e analise-o. Segundo Oliveira (1995) existe dois tipos de fluxograma, vertical e horizontal (descritivo e de colunas): 27 fluxograma vertical é mais utilizado nos processos produtivos, tipo linha de produção, no qual pode dividir um grande processo e vários outros, mais simples, poucas áreas envolvidas e com pequenos números de operações que se encaixam nos símbolos. Para utilização em processos administrativos é necessário realizar devidas adequações. As vantagens desse fluxograma é a rapidez de preenchimento, a clareza na apresentação e a facilidade de leitura. no fluxograma horizontal tanto a elaboração quanto a leitura são feitas da esquerda para a direita, utilizando símbolos e convenções previamente definidos. Existem duas variáveis desse tipo de fluxograma: o descritivo e o de colunas. 1. Horizontal descritivo: descreve o fluxo das atividades, documentos e informações que circulam em um processo por meio de símbolos padronizados. A elaboração é feita como se estivesse escrevendo, entretanto no lugar de somente palavras também são utilizados símbolos. As áreas envolvidas no processo são representadas por um símbolo gráfico. 2. Horizontal de colunas: difere do descritivo no que se refere à maneira de representar graficamente as áreas envolvidas no processo, pois são apresentadas em colunas, permitindo uma visão completa, clara e precisa de tudo que acontece em determinada área, além de possibilitar aos analistas uma análise de inter-relação entre as áreas e até mesmo comparações. A vantagem que oferece esse tipo gráfico em relação aos demais está na facilidade de fazer apropriação por área, permitindo uma analise setorial e global do processo. 2.6 Controle de processos O controle de processo é compreendido por três ações principais que são caracterizados por Werkerma (1995) como uma diretriz de controle, a manutenção 28 do nível de controle e a alteração do nível de controle, tendo objetivo de melhorar o nível de qualidade planejada. O ciclo PDCA é uma sequência de ações que pode ser utilizada para o controle de processos e segundo Maximiano (2007, p. 51) "para a qualidade aprimorar-se continuamente, é preciso planejar, executar, controlar, e agir, num ciclo que se repete, chamado ciclo PDCA." Planejar (PLAN) - No planejamento são realizadas diversas tarefas como levantamento de dados, controles, elaboração de processos analises de causas e efeitos. Segundo Werkema (1995) nesta etapa consistem em estabelecer as metas do processo e o método utilizado para alcançar as metas propostas. Fazer/Executar (DO) - Após que se tenha decidido aonde quer chegar e planejou o que vai ser necessário para alcançar os resultados, é o momento de fazer o que é necessário para chegar à sua meta, seja para manter uma situação ou a solução do problema existente. Nesta etapa consiste segundo Werkena (1995, p. 288) "executar o plano elaborado para bloquear as causas fundamentais". Checar/Verificar (CHECK) - Ao realizar todas as atividades de acordo com os objetivos da empresa, é o momento de analisar os resultados alcançados para conferir com os esperados. A partir do resultado, será possível formular e reformular novas perguntas ou encontrar outras respostas. Check é, de acordo com Araujo (2001, p. 206) "etapa de verificação dos resultados até então obtidos com as ações planejadas e executada". Agir (ACT) - Checa-se o que foi feito e avaliam-se os resultados para analisar o que será necessário para criar um plano de ação e pôr em prática todas as medidas necessárias para alcançar o que ainda não teve sucesso ou criar novas mudanças. Segundo Werkema (1995, p. 25) "esta etapa consiste em atuar no processo em função dos resultados obtidos. " Apesar de sua aplicação original no campo da administração da qualidade, o ciclo PDCA é muito frequente nos modelos de planejamento e implementação de soluções, também sua utilização é constante em qualquer outra área, segundo Maximiano (2007) a ideia somente foi divulgada, pelo discípulo de Shewhart, Willian Deming nos anos 50, e se tornou conhecido como ciclo de Deming. 29 Figura 2 - Ciclo DPCA Fonte: Werkema (1995, p. 26) apud Campus (1994) De acordo com Werkema (1995, p. 27) "o ciclo DPCA é um método de gestão, representando o caminho a ser seguido para que as metas estabelecidas possam ser atingidas". Segundo o autor (op. cit.) para utilização do método poderá ser preciso à utilização de ferramentas de controle de qualidade para coleta de dados e constituir os recursos. O PDCA (planejar, executar, verificar e agir) possui certa relação com as funções administrativas PODC (planejar, organizar, dirigir e controlar). Pode-se observar no quadro 4 abaixo, os dois métodos e verificar que a aplicação de ambas teorias se assemelham. É preciso que o gerenciamento das tarefas seja dominado por todos os colaboradores do setor para atingir a qualidade desejada e satisfação do processo. 30 Quadro 3 - Ciclo PDCA e Funções Administrativas Ciclo PDCA Plan (Planejar) Funções Administrativas Planejar Organizar Do (Executar) Check (verificar) Act (agir Direcionar Controlar (sistema de controle) corretivamente) Fonte: Elaborado pelo acadêmico O ciclo PDCA reúne os conceitos básicos das funções administrativas, sendo apresentado de uma forma simples e clara, utilizando-se de um ciclo para ser compreendido e gerenciado. Administrar é planejar, organizar, direcionar e controlar, sendo que o ciclo PDCA para Werkema (1995, p. 17) é "um método gerencial de tomada de decisões para garantir o alcance de metas necessárias à sobrevivência de uma organização" para o autor (op. cit.) funções administrativas é a utilização dos métodos de uma maneira planejada, organizada e controlada, na direção e obtenção de resultados. 2.6.1 Conceito de processos Entre o final da década de 80 e início da década de 90, surgiu nos estudos organizacionais à ideia de processo, objetivando maximizar o valor ao cliente (CURY, 2005). Atualmente esse termo esta em moda no mundo das organizações, pois fala-se em reengenharia de processos, análise de processos, estruturação organizacional por processo, dentre outras (D'ASCENÇÃO, 2007). Mas o que é processo? Werkema (1995, p. 16) define processo como "um conjunto de causas que têm como objetivo produzir um determinado efeito, o qual é denominado produto do processo". Manganote (2001) conceitua processo como um conjunto de atividades estruturadas para resultar um produto ou serviço específico 31 para determinado cliente ou mercado. Um processo pode ser definido por divisões em uma família de causa: insumos; equipamentos; informações do processo; medidas; condições Ambientais; pessoas; e métodos/procedimentos. Um processo se acentua como uma ordenação específica das atividades de trabalho no tempo e no espaço com um começo e fim identificados, uma estrutura para ação. Tendo como objetivo a fabricação de um bem ou fornecimento adequado de tarefas. Para Muitas organizações, os processos são vistos muito próximo ao melhoramento contínuo e um aumento de produtividade ou até mesmo reestruturação organizacional visando á otimização das tarefas. Devenport e Short (2001 apud CARNEIRO 2002), explicam o processo visando três dimensões: Entidades: Os processos ocorrem entre entidades e organizacionais, podendo ser: inter-organizacionais, interfuncionais e interpessoais; Objetivos: Os processos resultam na manipulação de objetos, que podem ser físicos ou informacionais; Atividades: Os processos podem envolver dois tipos de atividades, gerencial e operacional. Muitas organizações estão percebendo que para serem competitivas tem que melhorar sua produtividade. Para que isso aconteça é melhor começar com processos enxutos e otimizados e perceber os pontos mais críticos dos processos. Por intermédio de estudos, os autores Adair e Murray (1996 apud CURY, 2005) concluem que praticamente todas as empresas se organizam com base em quatro processos centrais, dos quais depende a sua capacidade de proporcionar valor significativo ao cliente, fator de sobrevivência e crescimento, são eles: processo de confecção de produto; processo e geração de pedidos; processo de execução e pedidos; 32 processo de atendimento ao cliente. Os autores (op. cit.) complementam que todos os demais processos, tais como financeiro, recursos humanos e jurídicos, existem para apoiar e medir os quatro processos centrais. De acordo com D'Ascenção (2007) uma organização, pode ser definida como um processo, se considerarmos que para produzir um bem ou serviço (efeitos) existem vários componentes (causas) que contribuem para a realização desses efeitos. A estrutura de um processo pode ser compreendida por meio do diagrama de Ishikawa citado pelo autor (op. cit.). Esse diagrama constitui-se em uma das sete ferramentas da qualidade total para a correlação causa/efeito. Também demonstradas na imagem abaixo. Figura 3 - Diagrama de Ishikawa Fonte: D'Ascenção (2007. p. 57) D'Ascenção (2007) cita o exemplo de uma fábrica de sapatos, no qual o sapato é o efeito. A mão de obra, o método de trabalho, o meio ambiente, a matériaprima, as máquinas e as medidas de qualidade do produto são as causas. E subsequente a oficina, a mão de obra direta, as instruções, os fornecedores, as inspeções e a manutenção são as causas correspondentes as anteriores citadas. 33 Para Oliveira, (1995, p. 29), a ferramenta de causa e efeito "permite identificar, com razoável clareza, a relação entre o efeito, sob a investigação e suas possíveis causas". O diagrama de causa-efeito é empregado sempre que se deseja ampliar o universo das causas prováveis de um problema, é empregado para identificar as causas e feitos de um sistema: aprimoramento do atendimento a clientes - (avaliação das causas do atraso na entrega das ordens de compras); análise de processo - (identificação das principais fontes de variabilidade de um processo durante as confirmações das ordens de compras). 2.6.2 Classificação do processo A divisão e classificação de um processo é muito importante, pois permite que cada processo seja controlado separadamente, facilitando a localização de possíveis problemas e a atuação nas causas destes problemas, o que resulta na condução de um controle mais eficiente de todo o processo (WERKEMA, 1995). Embora existam muitas classificações de processos com diferentes perspectivas, existem três categorias básicas, os processos de negócio (ou cliente), os processos organizacionais (ou administrativos) e processos de gerenciamento (CURY, 2005). Processos de negócio (ou cliente) são aqueles que caracterizam a atuação da empresa e que são suportados por outros processos internos, resultando no produto ou serviço que é recebido por um cliente externo, (MANGANOTE 2001). O autor Cury (2005, p. 311) conceitua de forma sintética processo de negócio sendo aquele "que confecciona um produto ou serviço para um cliente externo da organização". Processos organizacionais (ou administrativos) são centralizados na organização e viabilizam o funcionamento coordenado dos subsistemas, em busca de seu desempenho geral, garantindo o suporte adequado aos processos e produzindo resultados imperceptíveis para os clientes externos, mas essenciais para a gestão efetiva do negócio (MANGANOTE, 1995). Completando essa definição 34 Cury (2005) descreve que esses processos fabricam produtos que são invisíveis para os clientes externo, mas que são essenciais para o gerenciamento dos negócios. Processos de gerenciamento "são focalizados nos gerentes e nas suas relações e incluem as ações de medição e ajuste do desempenho da organização" (MANGANOTE, 1996, p. 13). Complementando essa ideologia, Cury (2005) comenta que esses processos constam as decisões que os gerentes devem tomar para apoiar os processos de negócios. Manganote (1996) comenta que os processos organizacionais e gerenciais são processos de informação e decisão, sendo que podem ser verticais ou horizontais. Os processos verticais referem-se ao planejamento, orçamento empresarial e se relacionam com a alocação de recursos escassos, entretanto processos horizontais são desenhados tendo como base o fluxo de trabalho. 2.6.3 Gerenciamento de processos Anteriormente a gestão das empresas se baseava em organogramas e manuais, entretanto essa ideologia cedeu lugar a análise do dia-a-dia, da movimentação, do conhecimento, da informação e sua utilização, e o fluxograma tem sua presença em abordagens contemporâneas da análise e gestão organizacional (ARAÚJO, 2001). Para gerenciamento de um processo, o primeiro passo consiste na identificação de seus clientes (internos e externos), os quais deverão ter suas necessidades atendidas, e o segundo passo consiste na identificação dos produtos que lhes serão entregues e consequentemente deverão ser estabelecidas as características da qualidade deste produto. Para a garantia da satisfação do cliente é preciso transformar essas características em grandezas mensuráveis, denominadas como itens de controle. Um processo é então gerenciado por seus itens de controle (WERKEMA, 1995). Araújo (2001) comenta que o gerente é responsável pelo gerenciamento dos processos e sempre terá meios de encontrar falhas num dado processo. O indicador 35 de maior sensibilidade é a conhecida formação de filas, as razões para essa ferramenta são: morosidade no atendimento, artifício técnico para manter o processo interno na unidade funcionando regulamente, os famosos dias de pico, dentre outros. Atualmente um termo em moda nas organizações é workflow, cuja tradução significa fluxo de trabalho. "Trata-se de um software, ou conjunto de softwares, que permite organizar, automatizar e gerenciar o fluxo dos processos, com ênfase em seus documentos" (D'ASCENÇÃO, 2007, p. 57). Essa técnica permite o gerenciamento efetivo do fluxo dos processos. Campos (1992 apud WERKEMA, 1995) cita que controle de processo compreende três principais ações, são elas: Estabelecimento da diretriz de controle (planejamento da qualidade): A diretriz de controle consta da meta, que é a faixa de valores desejada para o item de controle e do método, que são os procedimentos necessários para alcance da meta; Manutenção do nível de controle (manutenção de padrões): consiste em garantir que a meta seja atingida. Caso isso não ocorra, será necessário atuar nas causas que provocaram o desvio e recolocar o processo no estado de funcionamento adequado; Alteração da diretriz de controle (melhorias): consiste em mudar o nível do controle atual, alterando os procedimentos padrões de tal forma que o novo nível de controle seja atingindo. Estas alterações tem o objetivo de melhorar o nível de qualidade planejado inicialmente. O gerenciamento pode ser realizado por meio das análises de processos que são apontados pelas modernas ferramentas de estudo e gestão organizacional, principalmente para processos críticos, como a melhor alternativa para a busca de melhor dinamicidade do cotidiano das organizações (ARAÚJO, 2001). Manganote (2001) complementa informando que processos críticos são aqueles processos indispensáveis para a operação da empresa e para sua interação com os clientes. Sendo assim, é necessário que as empresas deixem de lado a visão de que as atividades sejam discriminadas em termos de funções, departamentos ou produtos, e que analisem seus processos críticos para que possam alcançar um desempenho competitivo. 36 Segundo D'Ascenção (2007), após a implantação de um novo processo é necessário que haja um gerenciamento efetivo, visando avaliar sua performance. Esse gerenciamento deve compreender: acompanhamento do processo visando localizar a situação do processamento, como por exemplo quem está, por quanto tempo, a verificação dos custos, o tempo de resposta das ações, em prol da análise comparativa com os padrões estabelecidos; e monitoramento do trabalho que compreende o armazenamento das informações obtidas pelo acompanhamento posterior retroalimentação e aperfeiçoamento. Manganote (2001) comenta que essas atitudes de reestruturação necessitam de mudanças na cultura da empresa, muito mais profundas do que se pode imaginar. Deve-se migrar de uma estrutura com enfoque na organização para o enfoque centralizado nos processos empresariais, no qual valoriza o indivíduo gerando seu comprometimento a partir da própria postura da empresa em relação a seus funcionários. 2.6.4 Melhoria dos processos Desde a década de 60 até meados dos anos 80, havia preocupação das empresas em simplificar, racionalizar e automatizar seus processos, por meio da evolução tecnológica, restringindo-se apenas a transformar a papelada em arquivo eletrônico (D'ASCENÇÃO, 2007). Segundo Manganote (2001) melhoria dos processos significa reestruturação do início ao fim, empregando-se todos os recursos tecnológicos e organizacionais disponíveis, ocorrendo uma quebra de paradigmas, pois não teremos mais o mesmo processo após um trabalho de reestruturação e aperfeiçoamento, obtendo um novo processo, com características novas, conceitos diferentes, uma nova abordagem em relação as suas entradas e saídas. As empresas procuram constantemente inovar, criando técnicas específicas para compatibilizar os gráficos e representações com determinado tipo de processo, 37 verificando e corrigindo falhas e consequentemente melhorando os processos (ARAÚJO, 2001). Manganote (2001) compartilha da mesma ideia, expondo que a partir do momento que a empresa consegue delimitar e entender bem cada processo que executa, qualquer mudança estratégica torna-se muito mais simples, rápida e menos traumática. E conforme esse entendimento os processos tornam-se mais amplos, seus pontos críticos podem ser detectados e melhorados. É evidente a necessidade de mudanças na maneira de administrar as empresas. Todas as organizações, independente do seu porte devem mudar para adequar-se a realidade, na qual as fronteiras estão desaparecendo, onde o cliente não é mais o ator coadjuvante, mas sim o diretor do filme (MANGANOTE, 2001). Essas mudanças de processos e de metodologias devem partir de uma análise e visão holísticas não somente das organizações, mas também do mercado. 2.7 Análise Administrativa A análise administrativa é um processo de trabalho, dinâmico e permanente que tem como objetivo efetuar diagnósticos situacionais das causas e propor soluções integradas para os problemas administrativos, envolvendo a responsabilidade básica de planejar as mudanças, aperfeiçoando o clima e a estrutura organizacional, os processos e os métodos de trabalho (CURY, 2005). Dentre os pontos fundamentais da análise administrativa, o autor (op. cit.) enfatiza dois aspectos: Diagnóstico situacional das causas que busca identificar o clima, a estrutura da organização, seus métodos e processos de trabalho, por meio das fases de levantamento de dados e crítica respectiva; Intervenção planejada, que envolve dois lados: o estudo das soluções dos problemas, compreendendo as fases de planejamento da solução e competente crítica, e o planejamento das mudanças, efetivando, em linhas gerais nas fases de implantação e controle de resultados. 38 Referente a análise nas organizações Cruz (1998) diz que as atividades que antes eram realizadas pelo analista de O&M (Organização e Métodos) hoje se dividiram em três áreas distintas, mas interligadas, sendo: analista de negócios, analista de processos e analista de sistemas. Analista de negócio: tem ação de dizer o que fazer. É o profissional que fica em contato com o mercado consumidor e com os empresários, pesquisando as novas oportunidades de negócios a serem exploradas; Analista de processos: tem ação de dizer como fazer. É o profissional que está mais entrosado ao trabalho de O&M, em sua versão tradicional. Tem como objetivo a implantação de processos, formalizando o início, meio e fim do conjunto de atividades que transformam, produzem ou criam os produtos ou serviços que as empresas comercializam; Analista de sistema: trabalha em como automatizar o novo processo. Para iniciar um processo de análise administrativa é necessário um planejamento cuidadoso que prevê o envolvimento positivo do público interno da organização, possibilitando a conscientização no sentido de que os envolvidos consigam identificar o problema, participando ativamente do diagnóstico, antevendo sua responsabilidade na manipulação da solução final (CURY, 2005). Para que esses propósitos possam ser atingidos é fundamental a elaboração de uma estratégia constituída de uma série de atividades, sendo: Contatos iniciais da equipe com os responsáveis pela organização e/ ou unidade organizacional diretamente envolvida, permitindo uma identificação preliminar da situação-problema; Situada a equipe de analistas, dar informações à força de trabalho da organização e/ou à equipe diretamente envolvida no processo, expondo as razões da intervenção e dos possíveis objetivos visados, o que é muito útil para quebrar o gelo inicial nesses casos; Estruturar o processo de intervenção-diagnóstico de forma a possibilitar a ampla participação da força de trabalho no andamento do projeto, por meio de reuniões, seminários questionários e outros recursos; de treinamentos, entrevistas, 39 Emissão de relatórios periódicos, noticiando o andamento dos trabalhos, principalmente quanto do início e conclusão de fases importantes, a fim de que os reflexos da intervenção, principalmente pelo desconhecimento do que está sendo feito, não venham a prejudicar o funcionamento dos diversos órgãos da empresa nem a se constituir num foco potencial de reações ao esforço de mudança, em qualquer das etapas. Concluindo o contexto da ideia, o autor Cury (2005) comenta que o projeto de análise administrativa deve ser desenvolvido no menor tempo possível, pois as intervenções demoradas são sempre prejudiciais ao desempenho eficaz dos órgãos sob intervenção. Provavelmente a estratégia mais adequada seja a realização em etapas e não de forma global, facilitando assim a implantação das mudanças necessárias. 2.7.1 Etapas da análise administrativa Para maior eficácia, a análise administrativa deve ser realizada por meio da adoção de uma metodologia que procure o aperfeiçoamento das práticas do trabalho, ou seja, as condições indispensáveis à sobrevivência de uma empresa no mercado competitivo, de complexas e rápidas mudanças em todos os setores (CURY, 2005). Araújo (2001) complementa essa ideia afirmando que elaborar etapas para o desenvolvimento de estudos organizacionais contribui para a ação do gerente das organizações, não importando a abordagem utilizada naquele determinado estudo. Após decidir a realização de qualquer trabalho envolvendo análise administrativa, a alta direção da empresa deverá dar ampla divulgação da intervenção a ser realizada, ou delegar essa função de divulgação, em que serão expostas as razões da medida e os objetivos a serem atingidos, deixando claros os prováveis benefícios que poderão advir para a organização e sua força de trabalho (CURY, 2005). O autor (op. cit.) comenta que independente de qual natureza for o trabalho a ser realizado, à análise administrativa poderá observar a seguinte 40 metodologia, devendo ser levada a efeito com uma equipe, com técnicos internos ou externos: Fase I – diagnóstico situacional das causas: A. Levantamento: compreende a identificação, coleta e análise de dados, podendo ocorrer por meio de revisão literária, questionário, entrevista e observação pessoal; B. Crítica do levantamento: é a etapa na qual são avaliados todos os dados coletados, confrontando conclusões com os diagnósticos do problema, o que permite maior segurança na solução a ser projetada. Fase II – estudo da solução dos problemas: A. Planejamento da solução: é o planejamento das modificações necessárias, retratando o plano ideal da organização, que proporcione melhoria do clima, estrutura, dos métodos e técnicas e processo de trabalho na implantação adequada de uma nova técnica gerencial ou operacional; B. Crítica do planejamento: tem a finalidade de avaliar a solução proposta, bem como pesquisar possíveis erros ou distorções na programação realizada. Realiza negociação com os usuários as transformações programadas, antes de sua implantação, para que possam ser avaliados os pontos mais críticos. Fase III – implementação das mudanças: A. Implantação: compreende a execução do plano traçado, sendo de grande importância para o sucesso final do projeto, a substituição dos antigos pelos novos métodos e processo de trabalho. O feedback será fornecido para revisão dos problemas diagnosticados e a solução apontada, podendo gerar resistência a mudança, dificultando a implantação; B. Controle de resultados: é etapa final do projeto, com objetivo de verificar se o plano adotado é realmente melhor. A prática revelará as vantagens e desvantagens existentes nos novos métodos de trabalho, permitindo correções finais. Com base nas metodologias abordadas por Cury (2005), ao utilizar a metodologia das fases I, II e III, os analistas poderão fazer uma análise administrativa que proporcionará melhores benefícios de trabalho à organização em 41 estudo, proporcionando assim, condições favoráveis aos métodos e processos utilizados, diagnosticando as causas e efetivando com segurança a proposta de novas implantações e possíveis modificações. 2.8 Ferramenta administrativa GUT Trata-se de uma ferramenta utilizada nas organizações que auxilia a identificar a importância de um ponto ou item analisado. A ferramenta GUT pode ser empregada em processos da empresa, determinando a gravidade, urgência e tendência, pontuando os itens analisados pelo grau de prioridade, sejam para resolver problemas, ou preveni-los. Mandarini (2005) reforça que a ferramenta GUT tem a finalidade de verificar três ações, sendo: Gravidade: avalia a qualidade do que é crítico. Urgência: determina o quão rápido o problema deve ser resolvido e que providências devem ser tomadas. Tendência: decide o que poderá ocorrer ou acarretar se não houver ações nos problemas apontados. A grande vantagem em se utilizar a Matriz GUT, é o auxilio que o gestor possui em avaliar e mapear de forma quantitativamente o grau dos problemas da organização, sendo possível determinar qual item ou ponto deve ser priorizados, para retirada integral ou parcial do problema apontado. Segundo Meireles (2001) para definir pontuação que determina qual item deve ser priorizado, deve-se verificar o escore em função da média aritmética simples e ponderada, para isso é necessária objetivar a função da ferramenta GUT com pergunta pontual: qual a gravidade, urgência e tendência do desvio? 42 Quadro 4 - Pontuação para gravidade, urgência e tendência VALOR GRAVIDADE URGÊNCIA TENDÊNCIA 5 Os prejuízos, as dificuldades É necessária uma ação Se nada for feito a situação são extremamente graves. imediata vai piorar rapidamente 4 Muito Graves Com alguma urgência Vai piorar em pouco tempo 3 Grave O mais cedo possível Vai piorar em médio prazo 2 Pouco Grave Pode pouco Vai piorar a longo prazo 1 Sem gravidade Não tem pressa esperar um Não vai piorar e pode até melhorar Fonte – MEIRELES (2001, p.43) Segundo Mandarini (2005) as perguntas realizadas para interpretação dos resultados, são classificadas por uma escala numérica. Esta escala numérica vai de um a cinco, sendo que sua gravidade, urgência, e tendência são definidas do menor número "com menor importância" para o maior número "com maior importância". O valor atribuído para cada um dos três pontos, gravidade, urgência, e tendência, são multiplicados, e a multiplicação determina se o item ou ponto avaliado trata se de uma não conformidade ou um fator crítico para o setor ou departamento. O (quadro 5) abaixo simplifica esta explicação: Quadro 5 - Soma de pontuação da matrix GUT PROBLEMA G U T ESCORE (G x U x T)= Fonte – MEIRELES (2001, p.45) Com a utilização da ferramenta GUT, o cálculo total indicará a maior ou a menor prioridade de uma determinada tarefa. A matriz é útil para tomadas de decisões estratégicas, pois é possível identificar o principal ponto ou itens que devem ser priorizado. 43 2.9 5W2H O 5W2H é uma ferramenta extremamente útil para determinar quais as atividades que precisam ser exploradas com maior clareza pelos administradores do processo. Funciona como um mapeamento das atividades, que estabelecerá o que será feito, por quem será feito, período de tempo que será feito, qual a área da empresa que será aplicado e todos os motivos que esta atividade deve ser realizada. Segundo Werkema (1995) com 5W2H estabelece-se plano de ação, para se constituir um resumido conjunto de contramedidas e tem como objetivo impedir as causas fundamentais dos problemas enfrentados pelo setor. Segundo SEBRAE (2008) 5W2H é uma ferramenta muito utilizada e prática que permite identificar dados e rotinas de uma atividade. Também possibilita identificar dentro da organização o que faz e porque realiza tais atividades. O método é constituído de sete perguntas, utilizadas para implementar soluções: O quê? Qual a atividade? Qual é o assunto? O que deve ser medido? Quais os resultados dessa atividade? Quais atividades são dependentes dela? Quais atividades são necessárias para o início da tarefa? Quais os insumos necessários? Quem? Quem conduz a operação? Qual a equipe responsável? Quem executará determinada atividade? Quem depende da execução da atividade? A atividade depende de quem para ser iniciada? Onde? Onde a operação será conduzida? Em que lugar? Onde a atividade será executada? Onde serão feitas as reuniões presenciais da equipe? Por quê? Por que a operação é necessária? Ela pode ser omitida? Por que a atividade é necessária? Por que a atividade não pode fundir-se com outra atividade? Por que A, B e C foram escolhidos para executar esta atividade? Quando? Quando será feito? Quando será o início da atividade? Quando será o término? Quando serão as reuniões presenciais? Como? Como conduzir a operação? De que maneira? Como a atividade será executada? Como acompanhar o desenvolvimento 44 dessa atividade? Como A, B e C vão interagir para executar esta atividade? Quanto custa realizar a mudança? Quanto custa a operação atual? Qual é a relação custo / benefício? Quanto tempo está previsto para a atividade? 5W 2H What Who Where When Why How How much Quadro 6 - Significado entre os métodos 5W e 2H Método dos 5W2H O que? Que ação será executada? Quem? Quem irá executar/Participar da ação? Onde? Onde será executada a ação? Quando? Quando a ação será executada? Por Quê? Por que a ação será executada? Como? Como será executada a ação? Quanto custa? Quanto custa para executar a ação? Fonte: SEBRAE (2008) Esta ferramenta tem por finalidade elimina duvidas que possam surgir nas atividades desempenhadas por um determinado setor ou departamento. Ainda de acordo com SEBRAE (2008) 5W2H é uma ferramenta simples, porém poderosa para auxiliar na análise e no conhecimento sobre determinado processo, podendo ser usado em três etapas na solução de problemas: Diagnóstico: na investigação de um problema ou processo, para aumentar o nível de informações e buscar rapidamente as falhas; Plano de ação: auxiliar na montagem de um plano de ação sobre o que deve ser feito para eliminar um problema; Padronização: auxilia na padronização de procedimentos que devem ser seguidos, como modelo para prevenir o reaparecimento de modelos. Para este tipo de ferramenta, há ainda outros 2 tipos de nomenclatura. O 5W1H (onde não havia o "H" referente ao "how much", ou quanto custa) e o mais recente 5W3H2 (onde inclui-se o "H" referente ao "how long", ou quanto tempo). 2 BASTIANI, Jeison Arenhart De et. al (2012). A Utilização da Ferramenta Tracker como Estratégia de Gestão das não Conformidades. Disponível em:<http://www.abepro.org.br/biblioteca/ENEGEP2012_TN_STO_157_913_19861.pdf>. Acessado em 15.03.2014. TAKAYAMA, Mariana Amorim Silva. Análise de Falhas aplicada ao Planejamento Estratégico da Manutenção. Disponível em: <http://www.ufjf.br/ep/files/2010/05/TCC-Mariana.pdf>. Acessado em 10/03/2014. 45 Todas elas podem ser utilizadas perfeitamente dependendo da necessidade da área, respeitando sempre as características individuais. 46 3 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO Neste item é apresentada a caracterização da empresa. Os dados foram extraídos de fontes da BRF S/A: sites, documentos internos, intranet, revistas BRF. Com os dados obtidos foi possível analisar e extrair a caracterização da empresa, que possui atual Razão social, BRF S/A. A BRF é uma das maiores exportadoras mundiais de aves e destaca-se entre as maiores empresas globais de alimentos em valor de mercado e responde por mais de 9% das exportações mundiais de proteína animal. É uma das maiores empregadoras privadas do país, com cerca de 110 mil funcionários, Opera 50 fábricas em todas as regiões do Brasil e possui sólida rede de distribuição que, por meio de 33 centros de distribuição, leva seus produtos para consumidores em 98% do território nacional. Suas vendas externas responderam por 40,8% das receitas líquidas em 2012. O nome oficial da companhia foi alterado no início de 2013. A empresa era conhecida por BRF Brasil foods S/A e passa a ser apenas como BRF S/A, mais em linha com a estratégia da companhia de se tornar global, esta nova marca institucional também agrega qualidades dos produtos da companhia, como inovação, pioneirismo e sustentabilidade. São atributos que escreveram a história do mercado nacional de alimentos, e que já começaram a participar de regiões como América do Sul, Europa, Oriente Médio e Ásia. Companhia de capital aberto desde 1980, suas ações passaram a ser negociadas em 2006 no Novo Mercado da BM&FBovespa (BRFS3), segmento que lista empresas com elevados padrões de governança corporativa, mecanismos de proteção aos acionistas e absoluta observância às melhores práticas de divulgação de informações. Seus papéis também são negociados na Bolsa de Nova York (NYSE - BRFS, ADRs nível III). O comprometimento com a sustentabilidade dos negócios coloca a BRF, desde 2005, na carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa. O capital social da empresa é formado por ações – (títulos), que representam partes ideais livremente negociadas no mercado sem necessidade de escrituração pública de propriedade. A companhia é constituída por sociedade holding nos 47 termos da lei brasileira, e conduz seus negócios por meio de suas subsidiárias operacionais. Figura 4 - Composição acionária Fonte: Site BRF (2014) Em todos os seus investimentos, a BRF certifica-se de que os parceiros desenvolvam processos de negócios que respeitem aspectos referentes a direitos humanos, incluindo indícios de utilização de trabalho infantil ou condições desumanas de trabalho. No caso de fusões e aquisições, formação de joint ventures, alianças e operações conjuntas com outras empresas, esses procedimentos são avaliados por meio de auditorias internas e externas, visitas, reuniões e questionários. Na etapa de análise de viabilidade dos projetos de investimentos, são considerados também os impactos ambientais, procurando utilizar tecnologias mais eficientes do ponto de vista ambiental. 48 3.1 Histórico A BRF foi criada a partir da fusão entre Perdigão e Sadia. A fusão entre as empresas deu origem à BRF S/A que foi anunciada em 19 de maio de 2009 e concluída em 2012, com o cumprimento do Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) acordado com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Para a provação da fusão a BRF teve que cumprir termos impostos pela (CADE). A BRF recebeu a aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) em 13 de julho de 2011. O negócio ficou condicionado ao cumprimento de um Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) para a venda de um conjunto de ativos composto por dez fábricas de alimentos processados e quatro de rações, dois abatedouros de suínos e dois de aves, 12 granjas de matrizes de frangos, dois incubatórios de aves e oito centros de distribuição. O termo estabelece ainda a alienação das marcas Rezende, Wilson, Texas, Tekitos, Patitas, Escolha Saudável, Light Elegant, Fiesta, Freski, Confiança, Doriana e Delicata. Em dezembro de 2011, os ativos foram negociados com a empresa Marfrig, sendo o contrato de permuta de ativos firmado em 20 de março de 2012. Em troca, a BRF receberá a totalidade da participação acionária detida na Quickfood S.A. (que será reestruturada para adequar ao acordo firmado), sediada na Argentina, equivalente a 90,05% do capital social, e o pagamento adicional da importância de R$ 350 milhões. 3.2 Ramo de atividade Neste item é apresentado a ramo de atividade da empresa. A BRF S/A. Atua nos segmentos de carnes (aves, suínos e bovinos), alimentos processados de carnes, lácteos, margarinas, massas, pizzas e vegetais congelados que estão divididos entre mercado interno e externo. Terceira maior exportadora do país, líder mundial na exportação de aves, a empresa confirma sua vocação de grande geradora de divisas para o Brasil. As 49 vendas totais somaram 6,2 milhões de toneladas de produtos e a receita líquida, de R$ 25,7 bilhões, foi 60% originada por negócios no mercado interno e 40% por exportações. Também se destaca como uma das maiores empregadoras brasileiras, encerrando o ano com 120 mil funcionários diretos. A BRF também atua em outros ramos de atividades fora do Brasil. Na Argentina, adquiriu o controle societário da empresa Avex, com operações de avicultura, e do Grupo Dánica, que mantém duas fábricas e atua nos mercados de margarinas, maioneses, molhos e leveduras, além de aditivos e cremes de panificação, e óleos vegetais hidrogenados específicos para a indústria alimentícia. Em 2012, iniciou a construção de uma fábrica em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, prevista para ser entregue no segundo semestre de 2013, e consolidou uma joint venture com a Dah Chong Hong Limited (DCH), que faz a distribuição no varejo e em food services no mercado chinês. 3.3 Estrutura organizacional A estrutura organizacional da BRF é composta por um conselho administrativo que está na frente das decisões da empresa. O conselho de administração é formado por dez membros, sendo sete independentes. Em linha com as melhores práticas de governança. O presidente do Conselho de administração não exerce funções executivas. A empresa possui conselho fiscal e comitê de auditoria que interferem nas decisões da empresa. Constituído por três membros, sendo um deles especialista financeiro, também exerce as funções de Comitê de auditoria, reúne-se mensalmente e, quando necessário, participa de reuniões com o Conselho de administração. O Comitê de auditoria tem poderes para atuar com independência, podendo a seu critério, encaminhar as reclamações/denúncias para a auditoria interna apurar ou contratar uma empresa independente, e se necessário, mobilizar o Conselho de administração. A governança da BRF é composta pela diretoria-executiva. Possui dez membros, que estão subordinados ao conselho de administração, responsáveis pela 50 gestão dos negócios em total acordo com as diretrizes estratégicas definidas pelos executivos e aprovadas pelo conselho de administração. A seguir é apresentada a estrutura organizacional da BRF. 51 Figura 5 - Organograma estrutural BRF Fonte: Intranet BRF (2014) 52 O CSC - Centro de Serviço Compartilhado está ligado diretamente com a vice-presidência de RH e Administração. É uma estrutura que possui um diretor e seis gerentes executivos. A seguir é apresentada a estrutura organizacional do CSC. Figura 6 - Organograma estrutural CSC Fonte: Dados primários (2014) A área de Follow up é absorvida pela gerência de serviço de compras. Sua estrutura é chefiada por uma coordenação que também possui em seu escopo a área de cotações, contratos e divergências. Juntas possuem o controle de todo o processo operacional da área de compras da empresa. 3.4 Visão, missão e valores Neste item é apresentada a Visão, Missão e Valores da empresa. Para atingir seus objetivos estratégicos e promover alinhamento e desenvolvimento dos colaboradores a empresa possui um patamar a ser seguido e alcançado, sempre visando ética e respeito aos seus consumidores. A BRF procura traçar uma visão para o futuro da empresa. Com um posicionamento estratégico de longo prazo, a Companhia iniciou 2013 em linha com 53 os objetivos e metas desenhados no Plano BRF15, de ser uma das melhores empresas de alimentos do mundo em 2015, admirada por suas marcas, inovação e resultados. Com o início de um novo ciclo, dará início às discussões internas para construir o Plano BRF 20, preparando a empresa para a próxima década. Visão: Sermos uma das maiores empresas de alimentos do mundo, admirada por suas marcas, inovação e resultados, contribuindo para um mundo melhor e sustentável. Produzir alimentos oferecendo qualidade e inovação ao consumidor é uma das missões da BRF. Atingir os corações dos consumidores, com alimentos saudáveis, saborosos é um dos grandes trunfos da empresa. Missão: Participar da vida das pessoas, oferecendo alimentos saborosos, com qualidade, inovação e a preços acessíveis, em escala mundial. Os diferenciais da BRF é aproveitar oportunidades visando valores para o crescimento. Um portfólio com marcas e produtos posicionados para atender diferentes perfis de consumidores, somado a uma robusta estrutura física, uma capacidade operacional eficiente e capital humano compõem um conjunto de ativos intangíveis que fornecem vantagens competitivas à empresa. Valores: Integridade como base de qualquer relação; Foco no Consumidor é ingrediente fundamental do nosso sucesso; Respeito pelas Pessoas nos faz ainda mais fortes; Desenvolvimento de Pessoas fundamental para sustentar o crescimento; Alta Performance é nossa busca permanente; Qualidade em produtos e a Excelência em processos; Espírito de Inovação constante; Desenvolvimento Sustentável; Visão Global, Agilidade Local; Compromisso com a diversidade e aceitação das diferenças. O código de ética e conduta BRF é um instrumento de trabalho e um guia moral para se alcançar a missão da empresa. A consolidação da empresa bem como o compromisso alinhado com a visão e os valores da organização, pressupõese uma gestão orientada de trabalho em equipe, constante aprendizado, flexibilidade e agilidade na tomada de decisão, com conceitos e diretrizes de empresa global. 54 3.5 Produtos A BRF é líder na produção de alimentos resfriados e congelados e têm mais de 3,3 mil itens em seu portfólio. Suas principais matérias-primas são os grãos, os animais e o leite. A partir delas são elaborados produtos de proteínas como: carnes in-natura, elaborados e processados, pratos prontos, processados lácteos, massas, pizzas e outros produtos processados, incluindo margarinas e vegetais congelados que levam marcas consagradas como Sadia, Perdigão, Batavo, Elegê, Chester, entre outras. Com um portfólio sólido e variado, a BRF alcança diferentes públicos, transmitindo a todos o sentimento de confiabilidade. No ano 2013, entre mercado interno e externo, foram lançados cerca de 450 produtos nas linhas de processados, congelados, industrializados, pratos prontos, pizzas e lácteos. A empresa tem grande ênfase na qualidade de seus produtos. Atendendo a especificação dos seus clientes, busca com eficiência impedir contaminações e risco de epidemias de seus animais, incluindo sistema de rastreamento, identificando e isolando qualquer unidade que desperte preocupação com a qualidade e saúde do animal. A BRF foi à primeira empresa de agroindústria brasileira aprovada pelo European Food Safety Inspection System, certificada para vender produtos processados de aves. Com uma linha diversificada de produtos, detentora de marcas fortes, reconhecidas do grande público e referência em qualidade como: Sadia, Perdigão, Chester, Batavo, Elegê e Qualy no Brasil. E Perdix, Sadia, Hilal, Paty e Dánica, entre outras. A BRF investiu no posicionamento da sua imagem corporativa e agora avança para ser reconhecida como marca líder de seu segmento e também admirada em todos os mercados de atuação, no Brasil e no exterior. No mercado interno a BRF é dividida em seguimentos: Carnes, Lácteos e Food Services. Já no mercado externo, amplia atuação via aquisições greenfield de unidades de processamento, distribuição e marcas locais, com matéria prima produzida especialmente no Brasil em razão dos custos competitivos de produção, consolidar mercados de atuação atingindo clientes de varejo e Food Services e desenvolvendo produtos de acordo com as demandas de cada mercado, com o propósito de diminuir a volatilidade de margens de exportações e manter estratégia 55 específica para cada região de atuação: Oriente Médio, América Latina, Extremo, Europa e África. Figura 7 - Portfólio das principais Marcas Fonte: Revista BRF (2013) Do portfólio apresentado, 19,4% Industrializado, 13,9% Leites, 29,9% Aves, 8,6% Suínos e Bovinos, 13,4% Congelados e Elaborados, 7,5% Lácteos, entre outros. Destes produtos 43,7% é direcionado para mercado interno e 56,3% ao mercado externo. 3.6 Mercados Neste item são apresentados os clientes consumidores, fornecedores e possíveis concorrentes que a BRF S/A possui. Os diferenciais da BRF a colocam em uma posição de destaque entre seus concorrentes, com maior condição de aproveitar oportunidades para crescimento. Um portfólio com marcas e produtos posicionados para atender diferentes perfis de consumidores, somado a uma robusta estrutura física, uma capacidade operacional eficiente e capital humano, 56 compõem um conjunto de ativos intangíveis que fornecem vantagens competitivas à empresa. 3.6.1 Clientes consumidores A BRF possui mais de 80 mil clientes em seu banco de dados cadastrados. atua de forma a identificar as necessidades e oferecer produtos de qualidade a seus clientes e consumidores, superando as expectativas em termos de agilidade, confiabilidade e inovação tecnológica. Assim como qualquer empresa tem seus principais clientes, a BRF possui parceria forte com as empresas Pão de Açúcar, rede Carrefour e Wal-Mart e muitas outras empresas. Oferecer qualidade e inovação ao consumidor, é um dos valores da BRF. Para a empresa, inovar implica desenvolvimento contínuo de novos produtos, melhoria sucessiva de qualidade, implementação de novas tecnologias, controle rigoroso dos processos produtivos para a garantia da segurança alimentar. O resultado dessa dinâmica são ganhos de competitividade, que permitem à empresa disponibilizar o melhor produto a preço justo, atingindo maior número de consumidores conscientes do exercício de sua cidadania e, portanto, exigentes, vigilantes e seletivos. 3.6.2 Fornecedores Os relacionamentos com fornecedores em geral são conduzidos de forma a atender aos interesses da BRF, sem oferecer concessões ou receber qualquer benefício relacionado à compra de produtos ou serviços. No desenvolvimento e seleção de fornecedores, prestadores de serviços e parceiros integrados são considerados, de forma imparcial, critérios objetivos, técnicos, profissionais, éticos e também o cumprimento das exigências legais, trabalhistas e ambientais. Têm 57 preferência aqueles socialmente responsáveis e comprometidos com as causas de transformação social e comunitária defendidas pela BRF. A empresa firma com seus fornecedores, assinatura do código de conduta. O maior objetivo do Código de Conduta para Fornecedores BRF é reafirmar o compromisso com a gestão responsável e a sustentabilidade, incluindo comportamento ético, temas socioambientais relevantes (como combate ao uso de mão de obra infantil ou escrava, liberdade sindical dos trabalhadores e correta gestão ambiental), assim como padrões mínimos a serem seguidos por fornecedores. A BRF possui um grande portfólio de fornecedores como Tetra Pak, Videplast, Staples, Marel, Bunge, etc. Muitos dos fornecedores possuem contratos firmados por regiões, para o melhor atendimento e logística nas entregas. 3.6.3 Concorrentes Conhecendo seus principais concorrentes e acompanhando os seus passos, é possível aperfeiçoar e otimizar a estratégia corporativa em curto e longo prazo. Como o mercado de alimento é contemplado por disputas acirradas, exige das empresas deste seguimento que os atendimentos sejam eficazes, cumprindo as exigências e as necessidades exigidas pelos seus clientes. A BRF enfrenta forte concorrência de outros produtores no mercado nacional, bem como de produtores brasileiros e estrangeiros nos mercados de exportação. O mercado brasileiro de aves, suínos é altamente fragmentado, e enfrenta concorrência de pequenos produtores, alguns dos quais operam informalmente, sendo capazes de oferecer preços mais baixos, uma vez que atendem a parâmetros mais baixos de qualidade. A concorrência de pequenos produtores constitui o motivo principal pelo qual a BRF vende em sua grande maioria nos mercados de exportação. No mercado de exportação, a BRF concorre com outros grandes produtores brasileiros. Os concorrentes de empresas brasileiras são verticalmente integrados, têm capacidade de gerar produtos de qualidade a um custo baixo. Nos mercados de 58 leite e produtos lácteos do Brasil, nossos principais concorrentes são a Nestlé Brasil Ltda e a Danone Ltda. O mercado interno brasileiro é altamente competitivo, especialmente para produtos de aves, suínos in natura e congelados. Neste seguimento existem outras empresas de grande porte que concorrem diretamente com a BRF como Aurora Alimentos e Seara Alimentos que foi adquirida pela empresa JBS S.A. 59 4 RESULTADOS DA PESQUISA Nesta seção apresentam-se os resultados da pesquisa de campo. Para viabilidade da pesquisa, faz-se necessário, análise dos processos da área, respostas dos entrevistados em grupo focal, a utilização das ferramentas administrativas e adequação de processos internos. 4.1 Processos do setor de confirmação de pedidos (Follow up) O setor de confirmação do pedido (Follow up) tem como objetivo principal, verificar se os fornecedores receberam as ordens de compras criadas pela BRF sem divergência, e verificar se a entrega será realizada na unidade de acordo com a data de remessa estipulada na ordem de compras. As ordens de compras são gerenciadas no sistema SAP/R3, interligado ao site (Portal de Compras) desenvolvido pela BRF. Os pedidos criados com base em cotação são enviados aos fornecedores em arquivo PDF pela equipe de cotação da BRF. Quando se trata de pedidos criados com base em contratos, as ordens de compras são enviadas também em arquivo PDF, mas automaticamente pelo sistema SAP/R3, mediante a configuração no sistema. As ordens de compras criadas no sistema SAP/R3 que não são enviadas para o fornecedor no mesmo dia da criação, são tratados como pedidos que não possui envio externo. Estas ordens de compras devem ser enviadas ao fornecedor e atualizadas na transação Z5A33 do sistema SAP/R3. Este procedimento é necessário para que a ordem de compras conste na transação Z5A44 do sistema SAP/R3, com a finalidade da ordem de compra subir ao portal de compras, para confirmação do fornecedor. Já os pedidos criados e enviados ao fornecedor no mesmo dia da criação, são inclusos automaticamente pelo sistema na transação Z5A4. 3 4 Transação de consulta e alteração de registro Follow up. Transação para relatório de pedidos enviados para Portal de Compras, tratativa Follow up. 60 A transação Z5A4 é utilizada por toda a equipe de Follow up para controle das ordens de compras. Na transação são atualizados os dados informados pelo fornecedor no portal de compras mediante a Job automático do sistema. De acordo com a informação ou divergência inclusa pelo fornecedor no portal de compras, são tomadas ações junto às áreas responsáveis. Estas ações podem ser diretamente com a área de serviço de compras, unidades da BRF ou com o comprador responsável pela negociação da ordem de compra. Figura 8 – Transação Z5A4 para emissão de relatório de pedidos Follow up Fonte: Sistema SAP- R3 (2013) Os usuários da BRF que utilizam a transação Z5A4 possuem variantes criadas no sistema que determinam quais os tipos de pedidos que devem ser tratados. Estas variantes foram criadas para que o sistema localize as ordens de compras que devem ser acompanhadas, já que o setor trata somente tipos de pedidos de materiais indiretos. O acompanhamento vai desde o recebimento da ordem de compras por parte do fornecedor, até o envio do pedido para a unidade BRF. Este envio é cobrado na aba (Pedidos novos) do portal de compras. As tratativas das ordens de compras são determinadas de acordo com o status apresentado na linha do pedido, visualizado na transação Z5A4. Todos os status possuem uma tratativa, que pode ser por parte do fornecedor, área de serviço de compras, unidades BRF ou setor de compras. Abaixo segue fluxograma do processo de confirmação de ordem de compras, realizado pelo setor de confirmação de pedido (Follow up). 61 Figura 9 - Página 1 do fluxograma do setor de serviço de compras (Follow up) Fonte: Elaborado pelo acadêmico (2014) 62 Figura 10 - Página 2 do fluxograma do setor de serviço de compras (Follow up) Fonte: Elaborado pelo acadêmico (2014) 63 Figura 11 - Página 3 do fluxograma do setor de serviço de compras (Follow up) Fonte: Elaborado pelo acadêmico (2014) 64 No fluxograma é apresentado todo o processo de confirmação das ordens de compras, logo após a criação do pedido. Conforme ilustrado no fluxograma, a confirmação do pedido pode passar por ações de correções, envolvendo vários setores não só da empresa, mas também por parte do fornecedor. As ações de correções do fornecedor são mensuradas no portal de compras da BRF no site <http://compras.brf-br.com/> que é acessado pelo fornecedor com sua senha e login, disponibilizado pelo Centro de Serviços Compartilhado da BRF. 4.1.1 Portal de compras BRF O portal de compras BRF é uma ferramenta WEB utilizada para preenchimento de cotações, e confirmações de ordens de compras, que é voltada para os fornecedores realizem as confirmações das ordens de compra. O Portal de Compras esta ligado diretamente com o sistema SAP/R3 da BRF. No portal de compras, o fornecedor realiza a análise das solicitações (pedidos) em aberto, organizados por menus. O fornecedor verifica cada pedido que esta disponível no portal para confirmação e responde se é possível atender ou não às condições comerciais inclusas nas ordens de compras. Em caso de recusa na confirmação, haverá campos para preenchimento de contraproposta e observações que serão analisadas pela equipe de Follow up da BRF. As ordens de compras encaminhadas externamente para o fornecedor são consultadas para confirmação no portal de compras, organizadas por menus, de acordo com a classificação da solicitação. Pedidos novos: ordens de compra recém-geradas, a confirmar atendimento; Follow up Preventivo: ordens de compra já confirmadas e que passarão por mais uma verificação das condições de atendimento; Follow up Corretivo: ordens de compra já confirmadas e que estão à 48h da data de entrega (saldos e atrasos); Consulta Geral: visualizar todos os pedidos e o status atual. 65 4.2 Planejamento para coleta de dados Para coleta de dados, foi elaborado planejamento com datas, horas, local, tempo de reunião, assunto abordado, número de participantes e características dos participantes. Este planejamento foi criado para organizar o propósito da reunião e observar as três regras básicas do Focus Groups: planejamento, condução e análise. As entrevistas Focus Groups foram realizadas com a equipe de Follow up e separadas por três etapas: primeira entrevista com questões pré-elaboradas e com finalidade de realizar o entrosamento entre a equipe, também serviu para coletar dados suficientes para iniciar a implantação de ferramentas administrativas. segunda entrevista apresentava questões pré-elaboradas mais amplas e com profundidade ao tema da pesquisa. Nesta etapa da entrevista foram mapeados os setores e os pontos de cada área que afetam os processos de Follow up. Os dados coletados foram utilizados para implantação da ferramenta Causa e Efeito. Terceira entrevista foi iniciada com as questões pré-elaboradas e os dados coletados na ferramenta Causa e Efeito. Os dados foram classificados com o seu grau de gravidade, urgência, e a tendência, utilizando a ferramenta administrativa GUT. Com a utilização da ferramenta foram classificados os itens de não conformidades e os fatores críticos para implantação da ferramenta administrativa 5W2H, sendo possível mapear os responsáveis para resolução dos problemas. A realização das três entrevistas foi fundamental para obtenção dos resultados. A cooperação e entrosamento dos participantes do grupo focal foram peças chaves na coleta de dados. As questões pré-elaboradas e as entrevistas realizadas com o setor de Follow up que foram utilizadas para coleta de dados e implantação das ferramentas administrativas, que estão anexadas em (apêndice B e C). Abaixo segue quadro 7 de planejamento que foi utilizado para os cumprimentos das entrevistas: 66 Quadro 7 - Planejamento de entrevista Focus Groups Reunião Local Data 1º Sala Raciocínio (CSC Centro de Serviços 19.12.13 Compartilhados BRF). 2º Sala Raciocínio (CSC Centro de Serviços 03.01.14 Compartilhados BRF). 3º Tempo reunião 14h 30 Min. Assunto Abordado Apresentação do grupo e questões 16h pré-elaboradas (Apêndice C) Questões préelaboradas 14h (Apêndice C) 30 16h para implantação Min. da ferramenta (Causa e Efeito). Questões préelaboradas (Apêndice C), Sala Raciocínio implantação da (CSC Centro 14h ferramenta de Serviços 26.03.14 30 16h (GUT) com os Compartilhados Min. dados coletados BRF). nas entrevistas e implantação da ferramenta (5W2H). Fonte: Elaborado pelo acadêmico Nº de Pessoas Características dos Participantes 7 5 Auxiliares 1 Assistente 1 Analista. 7 5 Auxiliares 1 Assistente 1 Analista. 7 5 Auxiliares 1 Assistente 1 Analista. Como pode ser observado no quadro 7, o planejamento foi realizado com três entrevistas na concepção de questionários pré-elaborados. Com as entrevistas Focus Groups roteirizadas, os participantes da reunião buscam informar as área e explorar os pontos com deficiência no processo. No próximo item, são apresentadas as áreas com os pontos de não conformidades e fatores críticos que necessitam de ajuste. 4.2.1 Mapeamento das áreas Com a primeira reunião foram determinadas as áreas que possuem ligação com o setor de serviço de compras, e consecutivamente, ligadas a área de Follow up. Ao final da entrevista foram mapeados os setores internos na BRF: Serviço de Compras, com as áreas de (Contrato, Cotação, Divergência e Follow up), Lançamento da Nota Fiscal, Compras, Centro de distribuição em Embú (Stock 67 Tech), Contas a Pagar, Cadastro, Fiscal e o setor responsável pela área de entrega de produtos químicos. Também foi apontado o fornecedor como uma área com ligação direta ao setor de Follow up. Com as áreas mapeadas, na segunda entrevista foram definidas quais influenciam diretamente no setor de Follow up e os fatores em cada área que necessita de ajustes, para consecutivamente alavancar o índice de confirmações das ordens de compras. 4.3 Identificação das não conformidades Na segunda entrevista Focus Groups, a equipe participante definiu as áreas que interferem diretamente nos processos Follow up. Cada área foi mapeada para identificar seus respectivos pontos que necessitam de tratamento. De acordo com os dados coletados nas entrevistas, foram mapeados o total de seis áreas com quinze pontos que necessitam de tratamento: A. Setor de Follow up Identificar o lançamento de NF na transação Z5A4 – De acordo com a entrevista este campo já consta na transação, sendo necessário ajuste. Com este campo ajustado, o setor de Follow terá acesso a informações das ordens de compras que já possui entrada de notas fiscais e suas respectivas datas de lançamento; Visualizar LOG de histórico no sistema – Incluir na transação Z5A4 o histórico de todo o processo de confirmação das ordens de compras; Solucionar elevada carga de trabalho – O setor possui uma carga média de 35.0005 ordens de compras mensais. Para as tratativas dos processos do setor, hoje a área conta com sete colaboradores. B. Setor de compras Referenciar orçamento da proposta final nas ordens de compras – No fechamento das negociações das cotações, o comprador deve incluir o 5 Consulta no sistema SAP em 07 de abril. 68 nº da proposta final no (Texto do item) da transação ME47 do sistema SAP/R3 da BRF (Transação da negociação); Atualizar contrato – Os contratos devem ser atualizados 30 dias antes da data do vencimento; Negociar com o fornecedor valor de faturamento mínimo para os contratos – Ao fechamento da negociação de um contrato, o valor de faturamento mínimo deve ser estipulado para o contrato. C. Setor Fiscal Atualizar base de ICMS e NCM – Muitos materiais das ordens de compras estão constando em sua base cadastral, impostos incorretos, é necessário ajuste da área fiscal. D. Setor de Cadastro Atualizar cadastro de materiais – No sistema constam materiais cadastrados que estão descontinuados, devem ser eliminados; Realizar saneamento de materiais cadastrados – Há materiais cadastrados que estão com descrições incorretas e definições de utilização trocadas (materiais diretos cadastrados como indireto e vice versa). E. Setor de Lançamento de Nota Fiscal Implantar Planilha Cega nas unidades BRF – Implantar em todas as unidades BRF, (Planilha Cega – registro de entrada da mercadoria na unidade, realizado na transação Z5AO6) que determinará a data que a mercadoria deu entrada na unidade; Realizar trava no lançamento de NF – Notas fiscais recebidas com data determinada na (Planilha Cega), se lançadas na transação Z5AO em um prazo superior a quarenta e oito horas, o sistema permitirá o lançamento, mas com trava que passará por liberação de aprovador. (Com este procedimento, evitará engavetamento de Notas fiscais). F. Fornecedor Deixar de confirmar o recebimento dos pedidos – Os fornecedores de contrato que possuem números elevados de ordens de compras 6 Transação utilizada para lançamento de Nota Fiscal 69 necessitam de funcionários mais qualificados para realizar as confirmações e programar-se nas entregas; Realizar treinamento para confirmações de pedidos no portal de compras – Os fornecedores recebem o treinamento via e-mail, mas foi verificado que é necessário treinamento presencial com os maiores fornecedores de contrato; Manter peças em Estoque – Foi identificado na segunda reunião que o maior índice de fornecedores que não mantém o estoque de seus materiais, são os fornecedores de contrato; Realizar pontualidade nas entregas – Fornecedores devem entregar os itens das ordens de compras antecipando-se na programação de acordo com a distância da unidade BRF destino. Para obtenção dos itens de não conformidades mencionados acima, a ferramenta causa e efeito foi de vital importância, conforme segue figura 12: 70 Figura 12 – Diagrama de Causa e Efeito – Confirmações de pedidos Fonte: Elaborado pelo acadêmico Como pode ser obervado na Figura 12 os pontos de não conformidades apresentaram maior concentração na aba Método da ferramenta, pois a grande maioria abrange em correções sistemáticas. Também foram mapeados pontos de não conformidade nas abas Mão de obra e Medidas. Com a utilização da ferramenta Causa e Efeito, foi possível mapear as áreas e os pontos que necessitam de correção, gerando maior clareza e definição para pesquisa. 71 4.4 Fatores críticos que necessitam de prioridade Analisando os itens de não conformidades coletados com a utilização da ferramenta Causa e Efeito, foi levantado na terceira reunião, os fatores mais críticos que afetavam diretamente o setor de Follow up. Para realizar este levantamento, foi utilizada a ferramenta administrativa Matriz GUT, atribuindo valor para cada um dos itens de não conformidade. As áreas e os itens coletados foram analisados visando, os fatores: gravidade – O impacto que a não conformidade identificada exerce no setor. Se eliminada contribuirá para um melhor índice de confirmação. urgência – O quão rápido a não conformidade necessita ser ajustada ou eliminada. tendência – Se a não conformidade deixar de ser ajustada ou eliminada, vai piorar com o passar do tempo ou não. Segue quadro de matriz GUT utilizada, com as respectivas notas individuais dos fatores e os valores totais atribuídos para cada não conformidade. Os dados foram coletados durante a terceira entrevista Focus Croups: Quadro 8 – Resultado da matrix GUT Problema Grav. Urg. Tend. Prioridade Identificar o lançamento de NF (Setor de Follow up) 4 5 4 80 Visualizar LOG de histórico no sistema (Setor de Follow up) 3 3 3 27 Solucionar elevada carga de trabalho (Setor de Follow up) 5 5 5 125 Referenciar orçamento da proposta final nas ordens de compras 2 3 2 12 (Setor de compras) Atualizar contratos (Setor de compras) 5 5 5 125 Negociar com o fornecedor valor de faturamento mínimo para os 3 3 3 27 contratos (Setor de compras) Atualizar base de ICMS e NCM (Setor de Fiscal) 2 3 3 18 Deixar de confirmar o recebimento dos pedidos (Fornecedor) 5 5 5 125 Realizar treinamento para confirmações de pedidos no portal de 2 4 4 64 compras (Fornecedor) Manter peças em Estoque (Fornecedor) 2 3 4 32 Melhorar pontualidade nas entregas (Fornecedor) 5 5 5 125 Realizar Trava no lançamento de NF (Setor de Lançamento de NF) 4 5 4 80 Implantar Planilha Cega nas unidades BRF (Setor de Lançamento 4 5 5 100 de NF) Realizar saneamento dos materiais cadastrados (Setor de 3 3 3 27 Cadastro) Atualizar o cadastro de materiais (Setor de Cadastro) 3 3 3 27 Fonte: Elaborado pelo acadêmico 72 Pode ser verificar no quadro 8, que as multiplicações total de cada item revela os itens que são considerados fatores críticos ao setor de Follow up. Com o valor total da soma estipulado pela ferramenta GUT, foram identificados em vermelho os itens que necessitam de ajustes, com prioridade aos demais: Solucionar elevada carga de trabalho (Setor de Follow up); Atualizar contratos (Setor de compras); Deixar de confirmar o recebimento dos pedidos (Fornecedor); Melhorar pontualidade nas entregas (Fornecedor); Implantar Planilha Cega nas unidades BRF (Setor de Lançamento de NF); Identificar o lançamento de NF (Setor de Follow up); Realizar Trava no lançamento de NF (Setor de Lançamento de NF). Com a utilização da ferramenta GUT, foi possível avaliar quais das não conformidades são consideradas fatores críticos aos processos de Follow. Com a priorização nos ajustes ou eliminação dos fatores críticos, o índice de confirmação de ordens de compras será mais expressivo. Com o mapeamento dos setores foi possível determinar os responsáveis na resolução dos problemas, que será apresentado no próximo item, com a utilização da ferramenta 5W2H. 4.5 Sugestões para melhoria dos processos Após a identificação dos pontos de não conformidade e determinado o grau de prioridade, tornou-se possível verificar os responsáveis na resolução dos problemas apontados, utilizando a ferramenta administrativa 5W2H. Os dados para implantação da ferramenta foram obtidos na terceira entrevista Focus Groups. Mediante a entrevista, foi determinado: O que, Por que, Quem, Quanto, Como, Quando, e Onde. Abaixo segue quadro com a aplicação da ferramenta 5W2H: 73 Quadro 9 – Propostas de ação de melhorias 5W2H Setor de Follow up O que Por que Quem Quanto Como Quando O que Por que Quem Quanto Como Quando O que Por que Quem Quanto Como Quando O que Por que Quem Quanto Como Quando Identificar o lançamento de NF Para agilizar a consulta no sistema, utilizando somente transações do Follow up. Área de TI. A definir. Incluir campo na transação Z5A4, utilizada pela equipe de Follow up. Este campo deve ser atualizado automaticamente, assim que as unidades recebedoras das mercadorias realizarem o lançamento da NF na transação Z5AO do sistema SAP/R3 da BRF. Imediatamente após a abertura de uma demanda interna. Visualizar LOG de histórico no sistema Para verificar o histórico do processo de confirmação do início ao fim, após a criação da ordem de compras. Área de TI. A definir. Realizar melhoria no campo já existente na transação Z5A4, incluindo os históricos do processo de confirmação de ordens de compras. A melhoria deve interligar o Portal de Compras e o sistema SAP R3. Imediatamente após a abertura de uma demanda. Solucionar elevada carga de trabalho A quantidade total de ordens de compras de materiais indiretos para todos os colaboradores é muito elevada, sendo necessários mais funcionários, para que o controle dos processos de Follow up seja mais eficaz e eficiente. Gerência do setor. R$ 13.991,88/mês Realizando contratação de seis novos funcionários para setor de Follow up. Assim que possível. Realizar treinamento para confirmações de pedidos no portal de compras Para que as dúvidas referentes ao processo de confirmação sejam sanadas e o fornecedor realize as confirmações com agilidade. Equipe Follow up. A definir. Estabelecendo data com a presença dos principais fornecedores de materiais indiretos. O treinamento deve abranger os fornecedores de pedidos criados com base em contratos. Imediatamente logo que estabelecido os novos procedimentos no setor. Setor de compras O que Por que Quem Quanto Como Quando O que Por que Quem Quanto Como Quando Referenciar orçamento da proposta final nas ordens de compras Para que o fornecedor identifique qual a proposta final corresponde à ordem de compras criada. Compradores. Sem custo. Na negociação realizada pelo comprador da BRF, incluindo a informação do numero da proposta final no campo (Texto do item) da transação ME47 do sistema SAP/R3 da BRF. Imediatamente. Atualizar contrato Para que os pedidos criados com base em contrato, sejam gerados sem divergências. Compradores. Sem custo. Retirando relatório dos contratos com trinta dias antes da data de validade. Periodicamente 74 O que Negociar com o fornecedor valor de faturamento mínimo para os contratos Para que as ordens de compras não sejam geradas com valor inferior ao faturado mínimo Por que negociado. Quem Compradores. Quanto Sem custo. No fechamento da negociação do contrato, estabelecendo valor mínimo de faturamento Como para cada contrato. Quando Imediatamente. Setor Fiscal O que Por que Quem Quanto Atualizar base de ICMS e NCM Para que ordens de compras não sejam geradas com divergências nos impostos. Analista Fiscal. Sem custo. Verificando a base de todos os materiais cadastrados no sistema SAP/R3. Sempre que o fornecedor encaminhar e-mail ou responder no portal de compras que a base de impostos Como esta incorreta, a equipe de Follow up encaminhará a informação para a equipe fiscal, que realizará alteração no sistema, assim evitando futuros pedidos com impostos incorretos. Quando Assim que possível. Fornecedor O que Por que Quem Quanto Como Quando O que Por que Quem Quanto Como Quando O que Por que Quem Quanto Como Quando Deixar de confirmar o recebimento dos pedidos Com os retornos nas confirmações, muitas divergências podem ser tratadas no início da confirmação. Fornecedor. A definir. Acessar portal de compras BRF constantemente assim que receber a ordem de compras e responder os e-mails encaminhados pela equipe de Follow up. Imediatamente. Manter peças em Estoque Para que os materiais que possui ordens de compras criadas por contrato, não faltem nas unidades BRF. Fornecedor. A definir. Realizando controle periodicamente, definindo uma quantidade para estoque de segurança. Para os materiais de contrato, deve ser realizada uma média de utilização mensal dos materiais, esta média deve constar no acordo contratual, para se definir o estoque mínimo de segurança. Sempre que o material constar em contrato. Melhorar a pontualidade nas entregas Para não faltar materiais nas unidades BRF. Fornecedor. Sem custo. Acessando o portal de compras BRF assim que receber a ordem de compras, para confirmar a entrega da mercadoria na data estipulada no pedido, ou declinar com a informação da nova data de entrega ou divergência. Constantemente. Setor Lançamento de Nota Fiscal O que Implantar Planilha Cega nas unidades BRF Por que Para identificar a data de recebimento da mercadoria na unidade BRF. 75 Quem Todas as unidades BRF. Quanto A definir. Assim que a mercadoria chegar nas unidades BRF, deve ser realizado na portaria o Como lançamento da data de entrada da NF no campo já existente na transação Z5AO do sistema SAP/R3 da BRF. Quando Imediatamente. O que Realizar trava no lançamento de NF Por que Para que as unidades realizem o lançamento da NF, logo após o recebimento. Quem Área de TI. Quanto A definir. Realizando programação no sistema, entre data de entrega do material (Planilha Cega) Como registrado na transação Z5AO e data do lançamento da Nota Fiscal no sistema SAP/R3. Quando Imediatamente após a abertura de uma demanda. Setor Cadastro O que Por que Quem Quanto Como Quando O que Por que Quem Quanto Como Quando Realizar saneamento dos materiais cadastrados Para não ser criadas ordens de compras com materiais que estão descontinuados. Analista Cadastro. Sem custo. Realizando verificação dos materiais cadastrados no sistema. Quando informado pelo fornecedor que o material esta descontinuado, deve ser informada a unidade requisitante para solicitar desativação do material atual e cadastro de novo material. Constantemente. Atualizar o cadastro de materiais Para não ser criadas ordens de compras com materiais incorretos. Analista Cadastro. Sem custo. Realizando verificação dos materiais cadastrados no sistema. Quando informado pelo fornecedor que o material esta com descrição incorreta, deve ser informada a unidade requisitante para solicitar atualização do material no cadastro. Constantemente. Fonte: Elaborado pelo acadêmico Pode ser observado no quadro 9, o item "manter peças em estoque" que há necessidade de realizar nova pesquisa para determinar o custo. Custo este que pode variar de organização para organização, sendo necessária uma pesquisa de mercado. Também pode ser observado no quadro 9 que para alguns itens, o custo deve ser definido mediante a pesquisa no setor, pois tratam-se de correções sistêmicas, solucionados por áreas especificas. Os custos podem varias de acordo com a abrangência da correção sistêmica, sendo necessária, nova pesquisa para determinar este custo. A partir da observação e análise dos processos de Follow up, juntamente com as entrevistas realizadas, foi possível levantar os pontos que necessitam de melhorias. A utilização das ferramentas administrativas foi determinante para que 76 estes pontos fossem mapeados, apurado o grau de prioridade e os responsáveis na resolução dos problemas. Com a resolução dos problemas apontados, a melhoria e o controle nos processos serão visíveis e determinantes para o setor de Follow up. 77 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS Pela complexidade dos processos de compras da empresa, e o volume elevado de ordens de compras que são tratadas pelo setor, surgiu à necessidade de realizar um estudo para melhoria nos processos. Com o desenvolvimento deste trabalho e das pesquisas realizadas, foi observado que a aplicação das ferramentas administrativas, acaba se tornando grande aliada para identificação e auxílio na resolução dos problemas que acontecer durante o processo de confirmação das ordens de compras. Também foi observado que com uma equipe de pessoas envolvidas e empenhadas, maiores serão as chances de chegar à solução de problemas, pois cada colaborador do processo é responsável pelo monitoramento de suas atividades diárias. No mês de julho de 2014, será implantada nas unidades BRF, a melhoria "implantação da Planilha Cega", que auxiliará a equipe de Follow up a identificar a data correta que a mercadoria deu entrada nas unidades. Dentro do tema abordado na pesquisa, a seguinte questão norteadora foi levantada: "a revisão do processo de Follow up poderá trazer algum ganho de melhoria de desempenho e controle dos processos para a organização, superando o índice das metas?" A metodologia utilizada na execução da pesquisa, contribuiu de maneira excelente em realizar o levantamento dos problemas existentes do setor. Com a resolução ou correção dos problemas levantados, o setor apresentará melhoria e controle dos processos, elevando o índice da meta. A pesquisa realizada mapeou pontos de não conformidades que atingem o setor de Follow up. Foi observado que com a resolução dos problemas, serão apresentadas melhorias para o setor de Follow up, e consecutivamente trará ganhos nos processos de outros setores da organização também. O trabalho teve critério exploratório em diagnosticar e descrever o processo de Follow up, identificando as não conformidades e os fatores críticos que atingem o setor. Com a pesquisa foi observado que o setor depende de informações externas de fornecedores. Para pesquisa houve limitação em realizar levantamento de orçamentos para os custos na ferramenta administrativa 5W2H. Com a pesquisa realizada, foi observado que o sistema de controle do Follow up de materiais indiretos, é extremamente útil, para que não ocorra falta de materiais 78 nas áreas administrativas, e paradas de produção nas unidades industriais da empresa. A resolução dos pontos e itens com problemas abordados neste trabalho é de grande necessidade para o setor e principalmente para organização. Pois tratase de uma empresa de grande porte, e de nível global. O trabalho de análise do processo realizado no setor de Follow up, mostrouse extremante positivo. A aplicabilidade das ferramentas pode ser utilizada em todos os tipos de organizações, e como sugestões para futuras pesquisas acadêmicas, é importante salientar que possui outras ferramentas administrativas de qualidade que podem ser exploradas e aplicadas ao tema apresentado nesta pesquisa. Para isso é necessário melhor compreensão do estudo e aprofundamento para se conhecê-las. No trabalho foi utilizado autores de administração que são muitos explorados no meio científico, e reconhecidos academicamente como fontes de informações e conhecimentos. Os resultados alcançados nesta pesquisa, não seriam possíveis sem as entrevistas e a utilização das ferramentas administrativas que os autores apresentaram em seus livros. Pesquisar estas fontes de conhecimento foi o alicerce principal para obtenção dos objetivos deste trabalho. 79 REFERÊNCIAS ALBERTIN, Alberto Luiz, Administração de informática: funções e fatores críticos de sucesso. São Paulo, SP: Atlas, 1999. ___. Administração de informática: funções e fatores críticos de sucesso. 5. ed. São Paulo, SP: Atlas, 2004. ARAUJO, Luis Cesar G. de. Organização, sistemas e métodos e as modernas ferramentas de gestao organizacional: arquitetura organizacional, benchmarking, empowerment, gestão pela qualidade total, reengenharia. São Paulo: Atlas, 2001. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. ABNT NBR ISO 9001: Sistemas de gestão da qualidade. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2008. ___. ABNT NBR ISO 19011: Diretrizes para auditorias de sistema de gestão da qualidade e/ou ambiental. Rio de Janeiro, RJ: ABNT, 2012. BALLESTERO-ALVAREZ, Maria esmeralda. Organização, sistemas e métodos. São Paulo: MCGraw-Hill, 1991. BRF. Composição Acionária. Disponível em: <https://www.brf-br.com/ri/>. Acesso em: 26 mai. 2014. ___. Organograma estrutural BRF. Disponível em: Intranet BRF/Corporativo/ Recursos Humanos/Estrutura Organizacional BRF. Acesso em 05 mai. 2014. CARNEIRO, João Carlos Domingues. Padronização e melhoramento de processos em pequenas e médias empresas administradoras e condomínios. Florianópolis, 2002, 139 p. Dissertação (programa de pós-graduação em engenharia da produção) - Universidade Federal de Santa Catarina. CHIAVENATO, Idalberto. Administração: Teorias, Processos e Práticas. 3. ed. São Paulo, SP: Makron Book, 2000. CRUZ, Tadeu. Sistemas, organização e método: estudo integrado das novas tecnologias de informação. 2. ed. São Paulo, SP: Atlas, 1998. CURY, Antônio. Organização e Métodos: uma visão holística. 6. ed. São Paulo, SP: Atlas, 1995. ___. Organização e Métodos: uma visão holística. 8. ed. São Paulo, SP: Atlas, 2005. 80 D'ASCENÇÃO, Luiz Carlos M. Organização, sistemas e métodos: análise, redesenho e informatização de processos administrativos. 1.ed. São Paulo, SP: Atlas, 2007. DALF, L. Richardson. Administração. Tradução: Robert Brian Taylor Thomson: 2005. GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo, SP: Atlas, 1999. LUPORINI, Carlos Eduardo mor; PINTO, Nelson Martins. Sistemas Administrativos: uma abordagem moderna de O&M. São Paulo, SP: Atlas, 1992. MANDARINI, M. Segurança Corporativa Estratégica: Fundamentos. São Paulo, SP: Manoele, 2005. MANGANOTE, Edmilson J. T. Organização, sistemas & métodos. 2. ed. Campinas, SP: Alínea, 2001. MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 7. ed. São Paulo, SP: Atlas, 2010. ___. Técnicas de Pesquisa. 4. ed. São Paulo, SP: Atlas, 1999. MARTINS, Gilberto de Andrade. Estudo de caso: uma estratégia de pesquisa. São Paulo, SP: Atlas, 2006. MATTAR, Fauze N. Pesquisa de Marketing. São Paulo, SP: Atlas, 1993. MAXIMIANO, Antônio Cesar Amaru. Introdução à Administração. 7. ed. São Paulo, SP: Atlas, 2007. MEIRELES, Manuel. Ferramentas Administrativas para Identificar, Observar e Analisar Problemas. São Paulo, SP: Arte & Ciência, 2001. MELLO, Carlos Henrique Pereira; SILVA, Carlos Eduardo Sanches da; TURRIONI, João Batista; SOUZA, Luiz Gonzaga Mariano de. ISO 9001:2000: sistema de gestão da qualidade para operações de produção e serviços. São Paulo, SP: Atlas, 2002. OLIVEIRA, Djalma de Pinto Rebouças. Sistemas, Organização e Métodos: uma abordagem gerencial. 15. ed. São Paulo,SP: Atlas, 2005. OLIVEIRA, Sidney teylor de. Ferramentas para o aprimoramento de qualidade. São Paulo, SP: Pioneira, 1995. 81 OLIVEIRA, Silvio Luiz de. Tratamento de metodologia cientifica. 2. ed. São Paulo, SP: Pioneira, 1999. PORTER, Michael. Vantagem competitiva: criando e sustentando um desempenho superior. Rio de Janeiro, RJ: Campus, 1996. RICHARDSON, Roberto Jarry; PERES, Jose Augusto de Souza. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo, SP: Atlas, 1999. ROESCH, Sylvia Maria Azevedo. Projetos de estágio e de pesquisa em administração: guia para estágio, trabalhos de conclusão, dissertações e estudo de caso. 3. ed. São Paulo, SP: Atlas, 2005. SEBRAE. Ferramenta 5W2H. Disponível em: <http://www.trema.gov.br/qualidade/cursos/5w_2h.pdf>. Acesso em: 23 out. 2013. SORDI, José Osvaldo de. Gestão de processos: uma abordagem da moderna administração. 2. ed. São Paulo, SP: Saraiva, 2008. VERGARA, Sylvia Constant. Projeto e relatórios de pesquisa em administração. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. WERKEMA, Maria Cristina Catarino. Ferramentas estratégias básicas para o gerenciamento de processos. Belo Horizonte, MG: Desenvolvimento, 1995. 82 APÊNDICE A – Cronograma das Atividades de Estágio Supervisionado 83 84 APÊNDICE B – Questões pré elaboradas para entrevista Focus Groups I. Questões para primeira entrevista 1. Quais as características em comum que o grupo possui em referencia ao trabalho diário no setor de serviço de compras. 2. O grupo possui alguma experiência no passado em relação ao serviço desempenhado hoje no setor? 3. Qual o envolvimento do grupo em questão ao Follow up (confirmação de pedido)? 4. Quais as dificuldades mais comuns encontradas no setor com referencia ao sistema (limitações)? 5. Quais as dificuldades mais comuns encontradas em geral para desempenhar o seu serviço diário? 6. Você costuma manter algum registro das suas confirmações como propostas, e-mails e atividades diárias? 7. Qual sua preocupação ao preparar alguma apresentação sobre suas atividades desempenhadas? 8. Existe alguma fase do processo que é dificultoso documentar ou realizar registros? 9. Em sua opinião, qual a utilidade da documentação elaborada durante processo de Follow up? 10. Você busca conhecer, outras etapas do processo de compras? 11. Você conhece as outras etapas do processo de compras que influencia no processo de Follow up? 12. Você saberia informar quais as outras áreas que envolvem o processo de Follow up e são de extrema importância nas confirmações das ordens de compra? 13. Por que tais áreas informadas influencia o setor de Follow up? Informem quais as ligações que as áreas possuem. 14. As questões abortadas foram adequadas para obtenção de dados em referencia ao titulo desta entrevista? 85 15. No ponto de vista dos entrevistados, teria alguma questão há ser acrescentada que influenciaria e agregaria para obtenção dos resultados desta entrevista? II. Questões para segunda entrevista 1. Das áreas identificadas, existem pontos que podem causar atrasos nas entregas, identificados como não conformidades? 2. Quais os pontos mais críticos das áreas identificadas que podem causar paradas de produções nas unidades BRF? 3. Das áreas identificadas, quais os principais pontos que influenciam no processo e devem ser corrigidos para melhoria do processo de Follow up? 4. Os itens de não conformidades identificados pelo grupo, se corrigidos vai obter excelência nas entregas das ordens de compras, melhoria de desempenho e controle dos processos da área de Follow up? 5. As questões abordadas nesta entrevista foram o suficiente para identificar as divergências que a setor enfrenta? 6. No ponto de vista dos entrevistados, teria alguma questão ou ponto há ser acrescentado ou revisto na entrevista que influencia e agrega para obtenção dos resultados desta entrevista? III. Questões para terceira entrevista 1. Com os resultados obtidos na ferramenta (Causa e Efeito), ficaram claros para grupo os pontos que afetam o setor de serviço de compras (Follow up)? 2. Alguns pontos dos dados obtidos devem ser revistos? Quais? 3. A alguma tarefa que não foi mencionada durante as entrevistas que pode mudar a quadro obtido na ferramenta (Causa e Efeito)? 4. Se corrigidos os pontos de divergências mapeados, o setor terá maior fluidez nos processos? 5. Há algum ponto a ser revisto nas entrevistas já realizadas que pode influenciar em modificações nos resultados obtidos até o momento? 86 APÊNDICE C – Transcrição das entrevistas Focus Groups, utilizada para coleta de dados e implantação das ferramentas administrativas. Primeira entrevista (Focus Groups) realizada dia 20/12/2013. Moderador: Bom pessoal, o intuito desta entrevista é realizar levantamento por intermédio de entrevista Focus Groups com a equipe da área de Follow up. Para obter dados qualitativos, e realizar implantação de ferramentas administrativas, que identificam não conformidades e os fatores críticos que influenciam nas confirmações e entregas das ordens de compras nas unidades da BRF... Basicamente são identificar os problemas, os fatores críticos que são enfrentados pela área e ligados a outros setores da empresa, que influencia no departamento. Por a área de Follow up ser considerado um processo dependente da varias outras área, como exemplo: para criação de pedido, normalmente o processo deve possuir requisição de compras, cotação e negociação, para pagamento é necessário que o processo possua pedido, com isso o setor acaba sofrendo muitas interferências de vários outros setoreso, o setor sobre até mesmo interferência com a área financeira da empresa, pois os fornecedores entram em contato solicitando informações de pagamentos. Pelas causas informadas, a área é considerada como um processo interligado a vários outros setores... Até que as ordens de compras sejam confirmadas no portal de compras BRF e entregues corretamente nas unidades BRF, o departamento passa por vários procedimentos de outros setores, como exemplo: a área de compras das unidades, Embu que faz referencia a Stocktech, (Centro de distribuição que realiza as entregas nas unidades BRF) e no próprio departamento de serviço de compras... Está entrevista tem o intuito de identificar e levantar esses problemas... Para que a entrevista tenha dinamismo e envolvimento, vou começar com perguntas iniciais de interação ao grupo. Todos deverão participar, para que a entrevista se torne dinâmica e ativa. 1. Quais as características em comum que o grupo possui em referencia ao trabalho diário no setor de serviço de compras. 87 Moderador: Alguém aqui executa alguma tarefa diferente, que não seja só de confirmação? Entrevistado 2: Confirmação de recebimento? Entrevistado 3: Não, existe a revisão dos brancos, que é uma atividade que deveria estar pronta, só que fazemos com o cheque para garantir o Follow up, que é o envio do pedido. Não é a nossa atividade essencial, mas ela é uma atividade de suporte para garantir que todos os pedidos de compras sejam enviados e após, sejam confirmados. Entrevistado 4: Também possui os processos de confirmação dos pedidos de importação. Entrevistado 3: Isso também é internamente, não deixa de ser função do Follow up. Diferente do que a gente faz, é garantir o cheque do envio. Outra atividade que a gente dá suporte, que não é o nosso meio, é login do portal de compras. A equipe dá suporte para todos os funcionários do grupo de diretos que não é do escopo da nossa área, quanto para setor de cotação também. Então é uma atividade de suporte que a gente não só faz para área de Follow up. E uma terceira atividade, que é atividade de alteração de e-mail, a gente tirou essa atividade do cadastro da empresa, e trouxe para nós, a fim de garantir a segurança dos dados. Entrevistado 5: Tem o relatório também? Quem está tirando os relatórios? Entrevistado 2: Os relatórios gerenciais são encaminhados por e-mail para Curitiba. Entrevistado 1: Quem esta tirando estes relatórios? Entrevistado 2: É o (Entrevistado 3). Entrevistado 3: Essas são as atividades de entrega. 2. O grupo possui alguma experiência no passado em relação ao serviço desempenhado hoje no setor? Entrevistado 3: Sim, toda base de confirmação ela é feita com base no modelo Perdigão e agora o modelo de remessa está mais parecido com o modelo Sadia. Moderador: Fora isso alguém da área já trabalhou em outra empresa na área de confirmação de pedidos? Todos os entrevistados: Não 88 Moderador: Somente conheceram a área de Follow up aqui dentro da empresa mesmo, certo? Todos os entrevistados: Sim 3. Qual o envolvimento do grupo em questão ao Follow up (confirmação de pedido)? Entrevistado 3: Total, todos são envolvidos em questões do setor de Follow, eu exerço dados gerenciais e liderança da equipe. Entrevistado 1: A equipe inteira é interligada com questões do follow. 4. Quais as dificuldades mais comuns encontradas no setor com referencia ao sistema (limitações)? Moderador: As partes que mais travam os processos que mais dificulta o trabalho diário do setor. Entrevistado 2: Agora a partir do novo portal não, antes a gente não tinha uma transação específica ligada diretamente com o Follow-up, agora a gente tem a transação Z5A4 do Follow-up. Entrevistado 5: Mas tem os brancos também, que deveria estar pronto. Entrevistado 2: Na verdade o branco ele funciona por si só, o envio do pedido ele depende de uma estratégia de liberação e a empresa está fazendo um cheque pra ver se foi realmente enviado. Moderador: Mas esses pedidos em brancos que é os pedidos não enviados, tem que procurar no sistema? Ou ele tem uma transação específica para localizar? Entrevistado 3: Ele tem, só que a gente faz uma classificação antes, pois tem ordens de compras que realmente deve ficar nos branco, à gente transfere os dados pra "OK" isso vai ser branco! O que está em branco à gente corrige. E o que é branco é falha de algum colaborador, não deveria existir branco, mas a gente tem por falha humana. Entrevistado 1: Esses pedidos em brancos na verdade pode ser tanto problema de funcionário que cria os pedidos de compra e não envia, como da própria limitação de sistema, que pode ser um serviço que não tá engatilhado para envio externo, este pedido vai sair sempre como em branco no envio externo. 89 Moderador: E este problema é mais por limitação do sistema ou falha de funcionário? Entrevistado 3, 6, 7: É por falta de configuração no sistema. 5. Quais as dificuldades mais comuns encontradas em geral para desempenhar o seu serviço diário? Moderador: As dificuldades que o setor mais enfrenta que às vezes se torna diário e poderia mudar. Entrevistado 3: Cadastro de lead time, que hoje já está muito melhor do que já foi, mas hoje ainda é um problema. Entrevistado 2: Outro problema é realmente o engavetamento de notas. Entrevistado 1: É... Este é um grande problema. Basicamente nós temos duas áreas com um grande problema, que seria a área de lançamento de notas, que se torna um problema quando a nota não esta lançada no sistema, pelo fato que consultamos o sistema para verificar o lançamento, se não esta lançada, identificamos que a mercadoria não chegou à unidade. E o lead time do material que na realidade é indicado por nós do setor, então tem haver com o nosso setor aqui também. Enfim com outra área, mas é o nosso setor. Moderador: Já temos duas áreas identificadas com problemas. 6. Você costuma manter algum registro das suas confirmações como propostas, e-mails e atividades diárias? Entrevistado 3: Sim... Transação e e-mail. Entrevistado 5: Na verdade é o fornecedor que cadastra. Ele realiza o login no portal de compras BRF e realiza o registro com informações. Como o portal esta interligado diretamente com a transação Z5A4, as informações dos problemas são identificados pela área de suprimentos, também recebemos o problema por e-mail, pois o setor tem os processos separados por carteira de fornecedores. Entrevistado 2: Como a demanda de fornecedores é maior, nem todos os fornecedores acessam o portal de compras, e tem dificuldades para estarem acessando e retornando via portal, por não conhecer o treinamento. Então tem muitos fornecedores que não tem carteira e são encaminhados para os funcionários 90 responsáveis, que confirmam por e-mail. Via e-mail registrando no sistema a confirmação e guardando o e-mail, como era o processo antigo antes efetuado. Porém o que a gente tenta é sanar essas confirmações por e-mail e direcionar o fornecedor para portal. Mas tem fornecedores de madeireira no interior que não tem acesso ainda a e-mail. 7. Qual sua preocupação ao preparar alguma apresentação sobre suas atividades desempenhadas? Entrevistado 6: A gente já fez bastante, tem funcionário novo, eles precisam conhecer a nossa área. Entrevistado 1: Fizemos agora com o pessoal de cotação, o (funcionário) fez... Entrevistado 2: Agora temos que realizar o Job Rotation, duas pessoas já realizaram, o (funcionário) e as (funcionarias) também já realizaram. O (funcionário) vai realizar hoje e o (entrevistado 4) também vai. Entrevistado 5: Tem a (funcionária) que também tem que fazer. Entrevistado 2: Tem algumas pessoas que tem que fazer até o final do ano o Job Rotation. Entrevistado 7: Eu ainda não, pois estou aprendendo processos com o (Entrevistado 2). 8. Existe alguma fase do processo que é dificultoso documentar ou realizar registros? Entrevistado 3: Fornecedor não frequente que não acessa o portal, o próprio registro da informação dele. Às vezes o fornecedor não tem nem e-mail. Ou seja, quanto mais acessar um sistema ou o portal para poder responder pra gente, ele quer passar a informação só por telefone, por exemplo, e não tem como registrar a ligação dele. Moderador: Este então seria o maior problema da área? Entrevistado 3: Sobre registro sim. Seriam os fornecedores não frequentes. 91 Moderador: E quando tem estes fornecedores não frequentes que não entram no portal de compras, a ferramenta que o grupo possui é por telefone e email? Entrevistados: Isso. Entrevistado 7: Quando tem... Moderador: Quando não possui algum registro, o grupo liga para o fornecedor para que o próprio retorne via portal de compras com a confirmação? Entrevistados: Sim... Entrevistado 7: Caso o fornecedor não retorne realizamos o retorno via fone. Hoje é tudo por portal, e temos processos separados, exemplo: fornecedores por carteira é o (entrevistado 4) e as (entrevistadas 5 e 6) Fornecedores sem carteira: Eu o (entrevistado 2 e 3) a (entrevistada 7) que também participa mais na questão do login senha e alteração de e-mail. Hoje ela está todo período no setor e auxilia também nas confirmações. 9. Em sua opinião, qual a utilidade da documentação elaborada durante processo de Follow up? Entrevistado 1: É essencial, pois algumas confirmação são realizadas por email e temos que arquivar estes e-mail. Caso alguma unidade informe que não recebeu o pedido, verificarmos se o fornecedor nos encaminhou algum e-mail. Entrevistado 4: São úteis os dados da ANS (Acordo Nível de Serviço) do setor, pois com ele podemos medir como foi Follow up do mês. Entrevistado 2: O setor também realiza levantamos de dados dos processos, e com estes dados podíamos realizar ações que beneficiariam o próprio setor de Follow. 10. Você busca conhecer, outras etapas do processo de compras? Moderador: Alguém já procurou ou já fez algum processo de outras etapas que não seja confirmação de pedidos e que influenciam o Follow up, realizaram Job Rotation no setor de Follow. Entrevistado 2: Job Rotation não foi solicitado para o pessoal do Follow up. Mas eu já tenho alguns conhecimentos de outra área, como divergências, até pelo 92 próprio serviço que a gente realiza. Então algumas coisas a gente tem que saber pelo menos o contato da pessoa ou de lançamento de fatura, ou pessoas de divergência, tem que conhecer pelo menos um pouco do processo de compras para conseguir realizar o Follow up. Entrevistado 4: Todo mundo conhece um pouco da área, mas agora conhecer específico de cada área, entrar lá e vê como é que funciona, aí ninguém fez o Job Rotation. Moderador: Alguém teria interesse em conhecer como funciona outra área que interliga a setor de Follow? Entrevistado 6: Eu gostaria de conhecer melhor a área de cotação, eu conheço um pouco, tenho uma base. Moderador: A área de cotação seria primordial para adquirir mais conhecimento e agregar positivamente no setor de Follow-up? Seria para conhecer e se inteirar como funciona esse setor, se algum problema acontecesse na área de Follow up que tivesse ligação com a área de cotação, você saberia como consultar no sistema e como esta informação foi inclusa pela área de cotação. Entrevistado 4: Não só a cotação mas também a área de contratos, a contrato também é primordial para área de Follow up, até mesmo porque 90 a 80% dos pedidos são criados com base em contratos. Entrevistado 2: Mais de que cotação, eu ainda acho primordial conhecer como é realizado os estudos de reavaliação de contratos e fornecedores por parte do compras, como é que efetuada a atualização do contrato com os fornecedores. Entrevistado 3: Saindo da nossa área indo para área de compras. Entrevistado 2: Até porque hoje a gente vê que a setor só consegue a atualização devido a retorno do fornecedor, informando que não está coerente o pedido com a base dele. Então aí que a gente vê que existe uma falha no sistema. Moderador: Então na verdade seria bom até mesmo conhecer as áreas terceirizadas como a Stocktech! Entrevistado 3: Melhor seria a área de negociação de contratos. Entrevistado 1: Seria melhor conhecer como é que eles fazem o controle, à validade de contratos, como é criado. Entrevistado 5: Ninguém tem uma visão realmente de como funciona essa área, "essa área é um pouco mais digamos, fechada" sendo que 80% dos nossos 93 pedidos é criado por contrato fechados, estes contratos que são fechados por esta área, uma área que influencia muito pra nós. 11. Você conhece as outras etapas do processo de compras que influencia no processo de Follow up? Entrevistado 6: Conheço pouco as outras etapas e acho muito interessante conhecer mais profundamente, já que influência nos processo de Follow. Entrevistado 2: Tenho um pouco conhecimento de alguns processos que o compras realiza com referencia ao Follow, já que participei de varias reuniões entre Curitiba (Compras) e Itajaí (CSC). Entrevistado 3: Como realizo muitos relatórios dos setores de serviço de compras, conheço um pouco de cada setor do departamento, principalmente dados que interferem na área. Entrevistado 7: Tenho também muito interesse em conhecer outros setores do departamento de compras. 12. Você saberia informar quais as outras áreas que envolvem o processo de Follow up e são de extrema importância nas confirmações das ordens de compra? Moderador: Eu basicamente anotei quatro áreas que são bem conhecidas pelo setor, que influencia na área de serviço de compras Follow up. "A área de contrato e cotação, mais precisamente na emissão de pedidos". Não só emissão de pedido como também a área que estão nas unidades como lançamentos de nota fiscal e o recebimento da mercadoria. O compras como já foi citado, seria para conhecer as áreas internas do compras, como funciona, como é que realizam o controle dos contratos, como é gerenciada as validades dos contratos, enfim como é realizado o processo de negociação e firmam esses processo de negociação para criação dos pedidos de compras Entrevistado 1: O setor de compras, eu acho que envolve bastante o setor de Follow, por que muitas vezes o setor Follow vivencia contratos que expiram a validade... Na verdade eles estão até validos internamente, mas só são identificados que o contrato não esta mais na validade, quando o próprio fornecedor informa que 94 não possui o item mais em estoque, e que os valores do contrato já não são os mesmo que estão no contrato, na realidade este contrato já foi declinado pelo fornecedor. Os setores informados seriam de extrema importância para o Follow conhecer, como é realizado este controle. Outra área também que foi apontada, e que seria de grande importância, é a Stocktech, seria uma área para setor conhecer quais são os problemas que Stocktech enfrenta dentro do centro de distribuição, e que pode acarretar a não entrega dos itens nas unidades BRF. Moderador: Alguém tem alguma outra área que poderia acrescentar? Entrevistado 3: Contas a pagar e divergências. Entrevistado 6: Área de divergências influencia bastante na nossa área, eu acho que Contas a Pagar não! Conta a pagar já influencia para outras áreas, mas na verdade aqui o contas a pagar, acho que até não influenciaria muito, porque entraria naqueles casos que já tem a nota lançada. Entrevistado 2: A área de Contas a Pagar entraria sim, entra no caso onde o fornecedor não quer faturar uma nova mercadoria por falta de pagamento do processo anterior. Moderador: Tranquilo, o setor de Contas a Pagar também entraria como um departamento que influencia a área Follow up. Até o momento foi mapeado cinco áreas que afeta nos processos: As próprias áreas internas do setor de serviço de compras, que seria divergência, contrato e cotação, a área de lançamento de nota fiscal e recebimento das mercadorias, que seria realizado pela própria unidade, a área de compras corporativa que entraria os processos de negociações dos pedidos criados por contrato e cotações. Entrevistado 4: A Stocktech que seria um setor parcialmente "terceirizado" que armazena as mercadorias para entrega nas unidades. Entrevistado 3: Também incluiria como uma área que afeta direta e indiretamente o Follow, os setores de Contas a Pagar e Cadastro por serem áreas de grande impacto na empresa. Moderador: Bom! Você saberia dizer o porquê (Entrevistado 3)? Entrevistado 3: O cadastro entraria pelo motivo das divergências de descrições dos materiais, descrições antigas, códigos desatualizados. Outra área muito importante que influencia, seria a área fiscal, com a desatualização de alíquotas de impostos. A área de Follow sofre muito com as desatualizações de 95 NCM, alíquotas de ICMS, diferencial de alíquota e IPI. Todos os pontos que foram mencionados afetam o setor de "serviço de compras" e diretamente o Follow.. Entrevistado 3: Existe mais uma área que também pode ser acrescentada, os de produtos especiais de transporte com materiais químicos. Que necessita de licença do exercito para ser transportada. Entrevistado 6: A sim.. Os transportes de produtos químicos, estes materiais necessitam sempre daquele certificado de registro do exército. Também é necessário que nossos fornecedores entendam de todo processo de logística das entregas na BRF, porque se estiver bem instruídos, não diria 90% mas, 50% dos nossos grandes problemas seria resolvido, os outros 50% seriam internos. Moderador: Revisando todas as informações que foram mencionadas pelo grupo, foram mapeadas nove áreas, de envolve e tem influencia nos processo do Follow nossa área setor de Serviço de Compras, Lançamento de Notas, o Compras, Stocktech, Contas a Pagar, Cadastro, Fiscal, Fornecedor e a área de transporte de produtos químicos. 13. Por que tais áreas informadas influencia o setor de Follow up? Informem quais as ligações que as áreas possuem. . Moderador: Acredito que esta pergunta já foi respondida com as áreas e por que elas influenciam, conforme foram mencionadas as áreas, já foram mapeadas a respeito do que afeta e interfere nos processos. Alguém do grupo tem mais alguma colocação a acrescentar? Entrevistado 1: Foi explorado todos setores com ligação ao Follow. Entrevistado 3: Concordo! 14. As questões abortadas foram adequadas para obtenção de dados em referencia ao titulo desta entrevista? Entrevistado 4: Sim! Áreas e processos acabaram sendo mapeados. Entrevistado 2: Se estas áreas fossem ajustadas de acordo os processos do Follow, com certeza não teríamos mais problemas nas confirmações e no recebimento das mercadorias nas unidades. 96 Entrevistado 5: Teríamos um processo bem mais fluente com os problemas praticamente resolvidos. 15. No ponto de vista dos entrevistados, teria alguma questão há ser acrescentada que influenciaria e agregaria para obtenção dos resultados desta entrevista? Entrevistado 3: Sim, além dos problemas internos, a alta demanda por efetivo, a alta demanda de processos de pedidos criados pela proporção de funcionários que temos na atualidade. Com o benchmarking só esta semana, um estudo com a área que cuida do Follow de materiais diretos e planejamentos diretos. Descobrimos que eles têm carga de 1.300 pedidos médios por efetivo e nós hoje estamos com 7.000 pedidos por efetivos. Então na verdade eu acrescentei mais uma área problemática que é a nossa, o nosso próprio setor com falta de funcionários. Moderador: O setor possui 10 áreas mapeadas que tem problemas sendo algumas mais contornáveis e outras críticas. Entrevistado 7: A nossa área também considero com problemas críticos, por falta de efetividade do pessoal, não tem efetivos suficientes pra suprir todos os pedidos que são criados pela área de cotação e pelos pedidos criados automaticamente no sistema por contrato. Entrevistado 4: Fica difícil... Com tantos problemas em varias áreas, acabam afetando o setor de Follow. É dificultoso suprir a demanda e dar um atendimento de qualidade. Moderador: Ok! As áreas foram mapeadas e com os dados obtidos, encerramos a primeira entrevista, já com muitas informações que auxiliaram a localizar pontos de necessitam de melhorias e os setores para implantação da ferramenta Causa e Efeito. Segunda entrevista (Focus Groups) realizada dia 13/01/2014. Moderador: Bom pessoal, estamos iniciando a segunda entrevista Focus Groups. Para a segunda reunião, apresentamos os dados que foram coletados na primeira entrevista Focus Groups, para a implantação da ferramenta causa e efeito. 97 Essa entrevista tem o objetivo de desenvolver dados para a utilização da ferramenta causa e efeito. Tem como finalidade identificar pontos que influenciam no processo de entrega das ordens de compras e consecutivamente acarretam e afetam o desempenho da área de serviço de compras – Follow up. Mediante as questões apresentadas na primeira entrevista foram identificadas as áreas de: Serviço de Compras, mais especificamente a área de Contrato, Cotação e Follow up, também temos a área de Divergência, Lançamento da Nota Fiscal, Compras, Stock Tech, Contas a Pagar, Cadastro, Fiscal, Fornecedor e a área de entrega de produtos químicos, estas são as áreas que foram identificadas que influenciam nos processos de Serviço de Compras Follow up. 1. Das áreas identificadas existe algum ponto que pode causar atraso nas entregas identificadas como não conformidade? Entrevistado 5: Várias. Moderador: Dessas dez áreas, conseguem identificar as principais que influenciam diretamente no processo Follow? Entrevistado 2: Follow-up, Lançamento de Nota Fiscal, Compras, o Fiscal, Fornecedor e Cadastro. Entrevistado 3: Eu registrei aqui seis: Serviço de Compras contrato, área de Lançamento de nota, Compras, Fiscal por causa de divergência de impostos no pedido, Fornecedor, Cadastro e a nossa própria área de Follow. A área de entrega de produtos químicos eu acredito que não tenha problema, Contas a Pagar e Stock Tech até possui, mas é mínimo. Entrevistado 1: Acho que a nossa área, Follow up e o Cadastro influenciam mais do que o Stock Tech, Mas no meu ver, ainda acho que há mais problemas no Cadastro, porque se tiver com o cadastro atualizado, não teríamos problema nos materiais que estão inclusos nos pedidos. Hoje este é nossa maior ocorrência nos pedidos, materiais desatualizados e nossa área de contratos, pois nosso maior fluxo são os pedidos criados por contrato. Entrevistado 5: Vocês acham que a área fiscal influencia um pouco também com lançamento fiscal? 98 Entrevistado 3: Também, influencia na divergência. São coletados muitos dados na área de divergência, dados que tem referencia a impostos e travam o processo. Entrevistado 1: Não acho que influencia diretamente o Follow esta área. Moderador: Com a coleta destes dados foram mapeadas seis áreas principais: Follow up, lançamento de Nota Fiscal, Área de Compras, Fiscal, Fornecedor e Cadastro. Todos concordam? Entrevistados: Sim. Entrevistado 6: Estas são sim as principais áreas que mais influenciam. Moderador: Agora vamos identificar os processos nestas áreas que influenciam no Follow. Processos que podem ser identificados como não conformidade ou fatores críticos de sucesso nas entregas das ordens de compras. Vamos começar com a própria área de Follow-up. Dessa área aonde equipe encontram as principais dificuldade? Entrevistado 2: Carga de trabalho, número de pedidos e fornecedores excessivos por colaborador que trabalham no Follow. Moderador: No ponto vista seu entrevistado 2, o número de pedidos pela quantidade de pessoas é o que realmente impacta na área? Entrevistado 7: Não é o número só de pedidos, é o número de fornecedor também, eu poderia ter dois mil pedidos com um único fornecedor. A grande dificuldade são aqueles pedidos quebrados, quando temos um único pedido para cada fornecedor. Também não é só isso, a quantidade grande de pedidos que possui por funcionários que tratam por carteira. Entrevistado 5: A carga de trabalho por pessoa é a principal problema da área, trataria como uma não conformidade. Moderador: Existem algumas limitações no sistema? Entrevistado 4: Existem sim, muitas destas limitações estão sendo mapeadas, e a medida do possível sendo ajustadas, para melhor desempenho no processo. Entrevistado 3: Muitas do portal já estão mapeadas. Moderador: Alguém acha que uma nova transação para área, ajudaria no processo? Entrevistado 2: Uma nova transação não! Mas ajuste na transação sim. Eu acredito na verdade que não está mapeado todos os problemas do portal no projeto. 99 Foi comentado em uma das reuniões em Curitiba, que na transação de confirmação, necessitaria de ajuste após a implantação e talvez houvesse ajuste para lançamento da nota fiscal eletrônica. Quando o fornecedor faturar. Entrevistado 1: Esta em andamento o novo projeto de NFe, o processo de identificação de NFe, esta sendo implantado no próximo ano na empresa, a informação da nota fiscal vai estar constando em uma transação especifica da área. Entrevistado 6: Poderia constar a informação NFe para nós também, na mesma transação que utilizamos hoje, até mesmo para área saber se o fornecedor já faturou a nota fiscal. O setor Follow e a unidade teriam ciência que o material vai chegar, já que a NFe estaria lançada. Na verdade eliminaria muitos problemas no Follow up. Entrevistado 2: Identificaria o lançamento da NF. Entrevistado 4: Mas agora ele tem a opção de colocar no portal a informação da nota fiscal. Entrevistado 6: Sim... Mas isso no final do processo da confirmação, isso se informar, o que estou dizendo é quando o fornecedor fatura para BRF, já estaria constando a informação da NFe em uma transação especifica da nossa área. Entrevistado 3: O projeto é para interligação entre a BRF e a Receita Federal, que automaticamente o sistema coletaria a informação e no próprio site da Receita Federal, faz o download NFe. Dentro do nosso próprio sistema captaria a informação da NFe e incluiria na transação de confirmação de pedidos. Entrevistado 5: Desse jeito saberíamos que o fornecedor faturaria o pedido. Entrevistado 7: A informação vai está dentro do SAP, em outra transação, mas seria bom se constasse também na transação Z5A4. Moderador: Na verdade não vai ter a entrega da mercadoria física na unidade, mas sim seria identificado que já tem uma nota fiscal e vai ser faturado. Entrevistado 4: Que pela norma, no máximo dois dias estaria na unidade. Moderador: Podemos citar dois problemas na área de Follow up que foram identificados, seria a carga de trabalho pela capacidade de funcionário no setor e identificação na transação no momento da criação da nota fiscal pelo fornecedor. Entrevistado 7: Tem também uma transação que eu uso bastante e notei problemas, é na ZM01, pois é só uma pessoa que pode usar, e como temos que criar muitas senha e login, tem que aguardar outro funcionário utilizar para usar, as vezes fico muito tem utilizando esta transação. 100 Entrevistado 3: Isto não é um problema da transação, é uma limitação do sistema. Somente uma pessoa pode processar a transação ZM01, tem que aguarda a utilização, para outro usuário poder utilizar. Tem que informar uma tabela, apenas um acesso simultâneo. Até porque pode dar um conflito de informação, pode uma pessoa fazer o cadastro aqui e outra pessoa fazer outro cadastro também. Moderador: Sim duplicar o lançamento. Então finalizamos a área de follow-up com dois pontos identificados: a carga de trabalho e identificação da nota fiscal. Área de lançamento de nota fiscal, quais são as limitações que podem ser identificadas nesta área. Entrevistado 3: Nas unidades onde não existe planilha cega, existe engavetamento de notas fiscais. A pessoa recebe a mercadoria, muitas vezes usa a mercadoria e se esquece de lançar a nota fiscal. Entrevistado 2: Teria que ter a implementação da identificação da planilha cega nas unidades da BRF. Entrevistado 1: Além da planilha cega o sistema poderia ter uma trava que a partir do momento em que a unidade da entrada na planilha cega, tenha de 24 a 48hrs pra lançar a nota fiscal do contrário travaria o sistema o lançamento e só a partir de autorização de aprovadores, conseguiriam realizar o lançamento. Entrevistado 3: Mas pra nós do Follow se tivesse o lançado na planilha cega, já resolveria o problema. Moderador: Então para o Follow somente o cadastro da planilha cega já basta. Entrevistado 3: Para a OTIF não basta, na realidade pra OTIF existe outra trava para material direto que nós não podemos utilizar o material sem dar entrada no estoque, a única forma de dar entrada no estoque é lançando a nota fiscal. Pelo sistema é realizado as confirmações de materiais diretos, eles não necessitam dessa trava. A gente necessita porque muitas mercadorias não estão em estoque, vão direto pra unidade, para a unidade que vai consumir o material. Entrevistado 2: Seria bom ter essa trava, mas pra nós a planilha cega já basta. Moderador: Na área de lançamento fiscal vocês encontram algum outro problema? Entrevistado 2: Não. 101 Moderador: A área possui problemas para identificar quem são os responsáveis nas unidades nos lançamento de NF? Entrevistado 3: Identificamos, só que muita vezes não temos retorno Entrevistado 5: varias vezes não temos o retorno, até entendemos que muitas vezes não obtemos retornar por uma política adotada na unidade, ou para cumprir orçamento de lançamento no mês. Moderador: Na área de lançamento de nota fiscal existe o problema da planilha cega, o não retorno das unidades e a trava do lançamento da NF, estes pontos seriam primordiais para sanar as não conformidades da área. Entrevistado 1: Planilha cega e a trava do lançamento da NF, seriam os importantes para o nosso setor Moderador: Todos concordam? Entrevistados: Sim. Moderador: Na área de Compras, quais seriam os pontos? Entrevistado 2: No compras seria cadastro de lead time dos materiais. Entrevistado 3: Não... Poderia ser por não ter informado, mas hoje este problema já esta contornado. Entrevistado 1: Contrato desatualizado acho que seria o principal. Entrevistado 4: Principalmente na questão de valores. Entrevistado 6: No cadastro do contrato às vezes não é incluso a quantidade correta. Entrevistado 2: Não é a quantidade e sim a unidade de medida. Moderador: Para a área de compras os itens apontados são: contrato desatualizado e unidade de medida, que muitas vezes acaba sendo um transtorno, os fornecedores só faturam com compras de caixa com quantidade fechada, e o nosso cadastro é limitado. Entrevistado 5: Pode ser que este problema não seja com o setor de compras e cabe mais para área de cadastro. Entrevistado 1: Na verdade o compras antes de fechar o contrato deveria ver com o fornecedor, como ele fornece essa mercadoria ou simplesmente falar para o fornecedor que ele só pode fornecer na unidade de medidas da BRF. Entrevistado 3: Não, o cadastro esta correto, o que deve ser feito é o fechamento do contrato com o quantidade de fornecimento correto. 102 Entrevistado 4: Sim, no fechamento do contrato, esta unidade de medida deve ser verificada. Moderador: Então esta parte de unidade de medidas, volta para responsabilidade da área do compras. Entrevistado 6: No sistema possui muito cadastro de CCP (Código de material) errado, existe duplicidade, código de fornecedor antigo. Entrevistado 3: Por exemplo, o (fornecedor) de fornecimento de peça "A" que serviam para a máquina "alfa", essa peça foi substituída pela "B" porque ela suporta essa máquina e mais tantas outras máquinas, e a peça "A" deixou de ser fabricada pelo fornecedor, está descontinuada e não é mais fornecida, mas ainda são criados pedidos por contrato com o material "A", sendo que deveria estar desativado. Moderador: Todos concordam que seria um problema do Compras? Entrevistado 2: Também, porque a informação vem do compras. Entrevistado 3: Quando o compras cotou a peça "A" veio uma observação dizendo essa peça esta descontinuada, e que foi substituída pela "B". Moderador: O setor então caracteriza como material descontinuado. Entrevistado 6: Isso. Entrevistado 7: Concordamos... Entrevistado 5: E a demanda de frete, valores mínimos, negociação de frete, Entrevistado 3: É um problema também do compras. Faturamento mínimo. Entrevistado 1: Esse tem bastante. Entrevistado 2: E não deveria existir. Moderador: Resumindo o entendimento, no contrato o compras deve definir o valor do faturamento mínimo e deve ter a regra clara, ele não pode deixar vago. Ou quando não tem a regra clara ele tem que informar o fornecedor que se tiver um pedido de peça para e entrega na unidade, tem que realizar a entregar. Entrevistado 4: Tem fornecedor que não mantém a peça que está em contrato no estoque. Entrevistado 3: Isso é problema do fornecedor. Entrevistado 1: Concordo. Entrevistado 6: Mas também tem problema na descrição de CPP, que o fornecedor cadastra internamente na suas lojas de fornecimento o descrição do 103 material fornecido pela BRF para um material que não é o correto, ficando assim cadastrado com a descrição incorreta. Moderador: Você (entrevistado 6) esta dizendo que o fornecedor acaba cadastrado internamente para o contrato de fornecimento, outro material com outro CPP, pode se dizer que é um material divergente do fornecido. Entrevistado 2: Uso de material indevido no contrato. Moderador: Ok! Para o compras foram mapeados os pontos atualizar contrato, negociar valor de faturamento mínimo. Agora quais seriam as limitações da área Fiscal? Entrevistado 3: Atualização da Base de ICMS e NCM. Entrevistado 1: Esses são os problemas do Fiscal. Moderador: Podemos apontar estes problemas que mais influenciam? Entrevistados: Sim. Moderador: E para o Fornecedor, quais seriam os problemas? Entrevistado 6: Falta de retorno e entrega incorreta. Entrevistado 4: Pontualidade e também incluiria a falta de treinamento para o fornecedor. Entrevistado 3: já acho que este problema seria mais para BRF, pois o treinamento é a BRF que deve aplicar. Entrevistado 4: Sim, mais possuímos um treinamento que é encaminhado ao fornecedor, se ele seguissem o roteiro do treinamento conforme esta escrito, com certeza diminuiríamos as não confirmações. Mas ainda acho que deveríamos realizar um treinamento presencial, com maiores fornecedores. Entrevistado 3: Com os fornecedores que possuem o maior quantidades de pedidos. Entrevistado 2: Ocorre problemas também com o estoque. Muitos fornecedores de contrato deveriam manter os itens em estoque, em muitos casos por este motivo acaba ocorrendo atrasos nas entregas, é por motivo dos fornecedores não possuir o material em estoque. Entrevistado 7: Manter pelo menos o estoque mínimo. Moderador: Para o fornecedor foi anotado os pontos: o não retorno das confirmações de pedidos, pontualidade, treinamento e manter peças em estoque, todos concordam ou tem mais algum ponto? Entrevistado 1: Concordamos! 104 Entrevistado 5: São estes os prontos. Moderador: Cadastro. Quais seriam os problemas que mais afeta? Entrevistado 3: Material descontinuado, unidades de medidas incorretas, existe materiais cadastrado incorretos também, até para entendimento do fornecedor. Entrevistado 5: O cadastro do lead time. Entrevistado 3: É com nós este cadastros... Não que seja com nós o cadastro, mas nos que informamos o lead time correto e eles, o setor de cadastro, cadastram... Entrevistado 6: Unidade de medida já entrou? Moderador: Unidade de medida entrou, mas pode ser para duas áreas, tanto para cadastrado como para o compras. A Unidade de medida para o compras seria mais para o contrato, já a unidade de medidas para o cadastro seria internamente no próprio cadastro. Entrevistado 3: Material descontinuado seria mais por fator de conversão. Entrevistado 2: Saneamento de material, o cadastro deveria ter. Se possuir o mesmo material cadastro no sistema com códigos CPP diferentes, deve ser eliminado um deles. Não pode deixar os dois cadastrados no sistema. Entrevistado 1: Outro ponto que eu encontrei e existe muito no cadastro é o material cadastrado incorretamente, a visão do material está cadastrado incorreta, possui matérias cadastrado como direto com visão de indireto e vise versa, isso influencia muito no Follow-up! Entrevistado 3: Influencia porque acabamos fazendo demanda de Follow que seria da área de materiais diretos. Moderador: Na verdade é um serviço que não era para vocês executarem, só que como está cadastrado incorretamente no sistema o (grupo de compras), acaba sendo realizando pela equipe de indireto a cobrança, como o processo de Follow do diretos é um pouco diferente com relação a pontualidade, a equipe de Follow indiretos podem estar realizando confirmações que deveriam seguir outro fluxo de processo. Entrevistado 4: Acabamos cobrando a confirmação deste pedidos, como se fosse mais um pedido de indiretos. Moderador: Concluímos que para o cadastro os itens apontados são material descontinuado, saneamento de material e cadastro de material incorreto. Estou 105 incluindo mais um item que é o Serviço de compras a área de Follow. O Fiscal não tem muitos problemas, somente um que afeta o Follow. Entrevistado 3: Não tem muito, mas o problema afeta diretamente o Follow. Só o problema desta área afeta mais que os problemas da nossa própria área. Para nossa área, o único item grave que atinge diretamente as confirmações seriam os pedidos em brancos, os que não tiveram envio externo, mas deveriam ter sidos enviados. Outro que é bem grave é a falta de funcionário Entrevistado 2: Eu diria que a nossa área seria a falta de funcionário. Entrevistado 6: Sim. Entrevistado 5: Concordo! Entrevistado 2: Outro item que observo bastando, é na cotação, pedido criados por cotação, a falta de visão da proposta do fornecedor, isso não entraria no compras? Na hora de colocar a observação no sistema? Moderador: Como assim? Entrevistado 2: Fechamos uma cotação com o fornecedor, cobramos o fornecedor a realização da confirmação do pedido, o fornecedor informa que o material cadastrado no pedido está genérico, e para identificar qual é o item , pede o numero da sua proposta que originou o pedido. Entrevistado 3: Deveria existir no campo (texto do item) do pedido o numero da proposta do fornecedor. Moderador: Então essa limitação teria que ser no compras, deveria ter uma referência quando é fechada a negociação, e o próprio comprador incluir este numero do orçamento do acordo no campo observação, no momento da negociação. Inclui mais este item como uma não conformidade para setor de compras. Entrevistado 3: O campo já existe na transação de negociação, só falta referenciar a proposta neste campo. Entrevistado 5: O fornecedor não entende que quando ele faz uma cotação, automaticamente alguns itens serão inclusos no contrato já existente, muitas vezes o fornecedor retorna perguntando como o pedido foi criado, quando se trata de um contrato, o valor do item do contrato, esta conforme o valor do ultimo pedido criado por cotação. Muitos fornecedores não sabem que este item entrou em contrato por que fazem parte da família dos itens que já possui contrato. 106 Moderador: Já mapeamos e encontramos os itens das seis áreas com maiores problemas: Follow-up, Lançamento de Nota Fiscal, Compras, Fiscal, Fornecedor e Cadastro. Essas são as nossas áreas primordiais que estamos enfrentando problemas, sendo que no follow-up, um dos problemas é identificar o lançamento da Nota Fiscal, não temos um campo para identificar o lançamento da Nota Fiscal, carga de trabalho, que é o nosso principal problema, deveria ter mais pessoas trabalhando para fazermos o follow-up corretamente. Na área de o Lançamento de Nota Fiscal, já existe a planilha cega em algumas unidades. Entrevistado 3: 60% existem planilha cega, outros 40% não trabalham com a planilha cega. Moderador: Se tivesse essa planilha cega nos outros 40%, não teríamos problema nessa área. Outro problema seria a trava no sistema, se existisse a trava no sistema, em 48hrs a unidade teria que lançar a nota, não haveria mais notas engavetadas. Isso não acarretaria no nosso trabalho, mas sim para empresa. Entrevistado 2: Mas se temos uma política na unidade como foi citado na reunião de orçamento mensal, quem aprovaria essa trava? Entrevistado 3: Esta trava até para o orçamento da empresa seria bom, porque ela teria a real noção do que está sendo gasto. Porque engavetar nota, burla o orçamento da unidade. Entrevistado 2: É uma demanda de um gerente não seria? A visão de lançar no próximo mês por causa do orçamento. Entrevistado 3: Sim, seria a demanda para um gerente aprovar, mas nós teríamos a informação e quando a nota foi criada, chegou na unidade e o tempo que ficou engavetada. Moderador: Outro item que foi citado é o não retorno da unidade, a área envia e-mail para unidade solicitando resposta de recebimento do pedido, se foi à mercadoria recebida, e não temos resposta. O setor deveria ter uma ferramenta de contato mais eficiente, via sistema. Entrevistado 5: Talvez seja política deles, não somente no lançamento de notas. Moderador: Essa política que você está se referindo (Entrevistado 5), é referente a engavetar a nota? Assim a unidade lança no próximo mês, pois no mês atual a unidade pode não ter saldo? 107 Entrevistado 5: Quantidade divergente, cobramos para que seja feito o ajuste na quantidade, e não é feita via solicitação da Z5S7. E quando têm demanda de data, antes começamos no Follow-up com a visão de passar para unidade ajustar a data de remessa, não tem o retorno do requisitante, eles não ajustam a data de remessa. Neste caso, com o retorno do fornecedor informando a data, o Follow altera a data e informa para unidade que em caso de objeção, retornar. Acho que quem deveria solicitar o ajuste é a unidade. Moderador: Ok (entrevistado 5)! No compras basicamente são os itens: contratos desatualizados, Referenciar proposta final na ordem de compras criados por cotação e faturamento mínimo. Entrevistado 2: A parte de correção de faturamento mínimo atualização de contrato, é uma negociação só! Deveria ser fechada na própria negociação. Entrevistado 1: Um problema não citado, e que se torna uma vertente para as confirmações, é todas as compras serem fechadas com frete CIF, por que se todos os frete são fechados CIF, seria melhor para nossa empresa por questões de valores e não precisaríamos indicar transportadora, que não faz parte do nosso escopo. Moderador: Isso seria mais para facilitar o Follow, não incluiria como uma não conformidade nas confirmações. Esta reunião é para achar os pontos com problemas que afetam o Follow, mas também serve para achar pontos que facilitam trabalho desempenhado diariamente, então é considerado muito validade a sua observação (Entrevistado 1). Outro ponto para o compras é os materiais com uso indevido no contrato, materiais que é para uso diretos e estão utilizando como indiretos e acabamos cobrando porque cai nos relatórios de Follow pedidos indiretos. Também tem o ponto de referenciar a propostas, cada processo de negociação fechada, deve referenciar o numero do orçamento/proposta no pedido, referenciando esta proposta, seria muito mais fácil o fornecedor identificar a proposta fechada para a ordem de compras. Vamos para a área fiscal que tem os pontos de: a atualização da base ICMS e do NCM e Difal. Entrevistado 7: Substituição tributária também. Entrevistado 1: A substituição tributária é difícil, porque às vezes consta material que possui substituição, e este mesmo material em outras compras, não têm... 108 Moderador: Beleza então pessoal, para o Fornecedor, anotamos os pontos como: a falta de retorno, pontualidade na entrega, treinamento dos fornecedores chamando os principais fornecedores e realizando um treinamento interno na BRF e também materiais em estoque, muitas vezes falta material e acaba atrasando a entrega por falta de estoque. Entrevistado 3: Seriam estes sim os pontos de não conformidades do fornecedor. Entrevistado 1: Concordo! Moderador: Agora os pontos do cadastro: temos os materiais descontinuados, que está cadastrado no sistema, mas o fornecedor não fornece mais, e a unidade acaba criando uma requisição para o material. Outro ponto é o saneamento do material e o cadastro do material incorreto. Entrevistado 2: Correto! Moderador: Esses são os pontos identificados nas áreas que serão implantados na ferramenta Causa e Efeito. 2. Quais os pontos mais críticos das áreas identificadas que podem causar paradas de produções nas unidades BRF? Moderador: Já identificamos estes itens certos? O principal seria o fornecedor. Entrevistado 2: O maior seria o fornecedor, este sim pode causar uma parada de produção, por falta de estoque que influencia na falta de pontualidade. Moderador: Na área de Follow up, Compras, Fiscal, Cadastro e Lançamento de nota fiscal não entram como áreas com pontos que causaria parada de produção, os pontos que influenciam na parada de produção, esta mais focada com o fornecedor. Não esquecendo que o fornecedor muitas vezes deixa de entregar, por motivos dos pontos que mapeamos em outras áreas. 3. Das áreas identificadas, quais os principais pontos que influenciam no processo e devem ser corrigidos para melhoria do processo de (Follow up)? 109 Moderador: Acho que todos os pontos levantados por esta reunião se forem corrigidos, melhorariam processo de Follow, certo? Entrevistados: Sim! Entrevistado 1: Por ser um processo de depende de varias áreas, se corridos, nossos problemas seriam bem menores, ou até mesmo não teríamos problemas. 4. Os itens de não conformidades identificados pelo grupo, se corrigidos vai obter excelência nas entregas das ordens de compras, melhoria de desempenho e controle dos processos da área de Follow up? Entrevistados: Sim! Entrevistado 3: Melhoria e controle do processo com certeza seria alcançado. Individualmente para os integrantes do grupo, podemos dizer que seria um trabalho menos estressante. Entrevistado 1: Trataríamos somente os problemas pontuais de confirmação, pois o processo estaria mais redondo e sincronizado. 5. As questões abordadas nesta entrevista foram o suficiente para identificar as divergências que a setor enfrenta? Entrevistado 3: Sim, foi bem objetiva, mapeamos bem. Entrevistado 5: Mapeamos todos os pontos que literalmente afetam o Follow up. Entrevistado 4: Não somente as questões, mas o entrosamento da equipe foi bem espontânea, até mesmo para concordar com os pontos. 6. No ponto de vista dos entrevistados, teria alguma questão ou ponto há ser acrescentado ou revisto na entrevista que influencia e agrega para obtenção dos resultados desta entrevista? Entrevistado 2: Tem um ponto! Que é a questão do sistema, tínhamos antes no Follow up um histórico de confirmação e hoje não existe mais. Se o fornecedor 110 confirma no portal, eu perco esse histórico, não tenho mais o LOG. Nós perdemos totalmente o histórico do fornecedor. Entrevistado 3: Não que perdemos, só muda a confirmação do pedido e a confirmação de remessa, antes era feita por e-mail, como tínhamos o histórico de email, sabíamos que foi confirmado no dia que foi recebido o e-mail. Como agora é tudo via portal, só fica registrado o LOG informação do ultimo status. Moderador: Na verdade o que o setor deveria ter é um histórico com os status de acesso ao portal por parte do fornecedor, deveria ter todas as etapas registradas. O Follow teria que ter acesso a todos estes registros. Estou incluindo este ponto para setor de Follow. Encerramos a segunda entrevista com os dados coletados e que serão inclusos na ferramenta Causa e Efeito. Terceira entrevista (Focus Groups) realizada dia 23/03/2014. Moderador: A intenção desta 3º entrevista é apresentar os resultados da implementação da ferramenta (Causa e Efeito), identificando pontos de não conformidades que afetam o desempenho do setor de (Follow up). E coletar dados para implementar as ferramentas administrativas GUT e 5W2H. 1. Com os resultados obtidos na ferramenta (Causa e Efeito), ficaram claros para grupo os pontos que afetam o setor de serviço de compras (Follow up)? Moderador: Os pontos que foram apresentados ao grupo, que estão expostos na mesa de reunião, ficaram claros para equipe? Existe algum ponto que ficou alguma duvidas? Todos os entrevistados: Não! Entrevistado 2: Os pontos foram bem explorados. Entrevistado 4: Identificamos e exploramos cada item. 2. Alguns pontos dos dados obtidos devem ser revistos? Quais? 111 Moderador: No ponto de vista de cada membro da equipe, há algum item que deve ser revisto e explorado? Se tiver, quais devem ser revistos, ou na opinião da equipe, os itens já obtidos é o que aborda o melhoramento dos processos de Follow. Entrevistado 1: Não, os dados obtidos já foram revistos, não há necessidade de serem novamente explorados, e se os itens forem solucionados ou melhorados, acredito que seria o suficiente para o melhoramento dos processos do Follow. Entrevistado 5: Está se referindo aos itens que foram selecionados, não todos os itens que informamos na primeira reunião, certo? Moderador: Sim, os itens que foram apontados pela equipe, considerados os que possuem ligação direta e que afetam os processos de Follow. Entrevistado 5: Ok!. Entrevistado 3: O (Entrevistado 2), o item que se refere a planilha cega, em julho já vai ser implementado. Correto? Entrevistado 2: Sim, em julho vai ser implantado nas unidades. Moderador: Então vocês estão informando que em julho deste ano o item planilha cega já estará implantada e funcionando em todas as unidades? Entrevistado 2: Isto, se trata de uma informação nova que foi informado a equipe. Moderador: Quer dizer que um dos itens que foram identificados nas reuniões pela equipe, em julho já estará implantado? Entrevistado 6: isto mesmo. Moderador: Ok! Estou incluindo na pesquisa que este item já estará solucionado a partir de julho. Existe mais algum ponto? Entrevistado 7: Saneamento dos materiais cadastrados, já esta em execução. Entrevistado 2: Não. O que esta sendo realizado é só organização do setor, não é bem saneamento. Entrevistado 7: Então não! 3. A alguma tarefa que não foi mencionada durante as entrevistas que pode mudar a quadro obtido na ferramenta (Causa e Efeito)? Moderador: A alguma tarefa que não foi mencionada que pode interferir e alterar os dados já obtidos na ferramenta? 112 Todos os entrevistados: Não! Entrevistado 5: Todas as tarefas já foram mencionadas. Entrevistado 8: Se tem, não vai interferir nos dados já obtidos. Moderador: Agora com as opiniões da equipe de Follow up, vamos atribuir o grau de Gravidade, Urgência e Tendência utilizando a ferramenta GUT. A Ferramenta GUT foi desenvolvida com o objetivo de definir a complexidade de uma tarefa ou item que esteja com problema ou com divergência. Nesta reunião, a ferramenta tem o propósito de ser utilizada com os itens que estão interferindo no processo de Follow up. Os estes que foram mapeados pela equipe de Follow na segunda reunião e que estão inclusas na ferramenta Causa e efeito. Entrevistado 2: Como que vamos atribuir este grau? Moderador: Para que se tenha maior entendimento da ferramenta GUT, será apresentada uma breve explicação da ferramenta. Entrevistado 2: Vamos dar uma nota? Moderador: Sim! A ferramenta GUT obedece ao critério de: Gravidade: que tem o objetivo de estabelecer a gravidade do desvio, divergência, qual o impacto que este problema exerce sobre os processos de Follow. Urgência: que define qual a urgência da eliminação do item apontado, se eliminado os resultados serão sentidos de imediato nos processo de Follow ou serão melhorados gradualmente ao decorrer do andamento do processo. Tendência: é verificada a tendência deste problema com relação ao Follow, este problema ou desvio pode acarretar em um aumento gradual, progressivamente maior? Será que a tendência do problema ou desvio vai diminuir ou desaparecer ao passar do tempo? Entrevistado 2: Ok! Moderador: Também será utilizada a ferramenta 5W2H para cada item mapeado pelo setor. A ferramenta 5W2H tem a finalidade de determinar ações aos pontos divergentes: basicamente, funciona como um mapeamento destas atividades, onde ficará estabelecido o que será feito, quem fará o quê, em qual período de tempo, em qual área da empresa e todos os motivos pelos quais esta atividade deve ser realizada. Entrevistado 5: Vamos começar! Moderador: Utilizando a ferramenta GUT, com o primeiro item que consta informado para todos os colaborados nesta mesa de reunião, que é identificar o lançamento da nota fiscal no setor de Follow-up. Basicamente e identificar o 113 lançamento na transação Z5A4. Qual seria o grau de gravidade para a entrega do processo? Entrevistado 6: Esta gravidade, urgência e tendência, é para as atividades de Follow up ou para empresa? Moderador: é para atividades do Follow up! Que interfere nas confirmações das ordens de compras. Entrevistado 2: Para os processo de Follow é muito grave não ter o lançamento das notas. Entrevistado 5: Muito grave, por que se não localizarmos o lançamento das notas teremos que sempre entrar em contato com o fornecedor e unidade. Moderador: Ok! O próximo agora é a urgência deste item. Entrevistado 3: É necessário uma ação imediata. Entrevistado 7: Sim! Entrevistado 5: Concordo! Moderador: Pela opinião da equipe, para urgência é necessária uma ação imediata. E com opinião a tendência? Entrevistado 8: Vai piorar em pouco tempo. Entrevistado 2: Piorar mais do que já tá? Entrevistado 6: Em pouco também acho que não. Porque eles acabam lançando depois, eles só não lançam na hora, ai é que esta o problema. Entrevistado 1: Nesta questão vai piorar em pouco tempo. Moderador: Ok! Pela opinião do grupo este item vai piorar em pouco tempo. Entrevistado 1: Todos concordam com valores atribuídos neste item? Todos os entrevistados: Sim! Moderador: Agora vamos para segundo item: LOG do histórico do sistema, setor de Follow-up. Entrevistado 1: Acho que é grave, possui uma certa urgência e vai piorar a médio prazo. Entrevistado 2: Concordo! Moderador: Alguém possui alguma objeção? Entrevistado 6: Não, é isto mesmo. Moderador: Beleza. Vamos para o próximo item que é a carga de trabalho. Entrevistado 4: Este item é extremamente grave em todos os três graus. 114 Entrevistado 3: Em gravidade é extremamente, urgência é necessário ação imediata e com certeza vai piorar rapidamente. Entrevistado 7: Isto mesmo. Entrevistado 5: Não tem como executar todas as tarefas em 100% com a quantidade de funcionários que possui no setor. Entrevistado 1: Principalmente nas confirmação de pedidos. Moderador: Então na opinião da equipe este item é um dos principais a ser revisto e solucionado, todos concordam? Todos os entrevistados: Sim! Moderador: Próximo item, referenciar o orçamento da proposta final na ordem de compras, este item para o setor de Follow up é relevante nos três graus? Entrevistado 2: Eu diria que é pouco grave com relação aos processo de Follow. Entrevistado 7: Eu também acho. Moderador: E com questão a urgência? Entrevistado 6: O mais cedo possível. Entrevistado 8: Sim! O mais cedo possível. Moderador: E quanto à tendência? Entrevistado 2: Vai piorar em longo prazo. Entrevistado 5: Somente com o tempo. Moderador: Ok! Todos estão de acordo, alguém possui alguma objeção? Todos os entrevistados: Sim, concordamos! Moderador: Próximo item, atualização de contrato, setor de compras. Entrevistado 3: Todos extremamente grave, os contratos tem que ser atualizados periodicamente pelos compradores. Entrevistado 5: Este item com certeza é extremamente grave, com muita urgência e piora a cada dia que não são atualizados. Entrevistado 2: Deve ser realizado ações imediatas em todos os graus. Entrevistado 1: Este item é extremamente de muita importância para setor e deve sempre ser atualizado. Moderador: Então com a opinião da equipe este item e extremamente grave, necessita de uma ação imediata e piora, à medida que não é verificado? Todos os entrevistados: Sim! 115 Entrevistado 6: É a mesma gravida urgência e tendência da falta de funcionário. Entrevistado 3: O contrato é atualizado quando o fornecedor informa que há divergência nas ordens de compras criado por contrato, não há uma verificação no contrato com antecedência. Entrevistado 7: Se o fornecedor não se manifestar que há divergência, a validade do contrato vai ser prorrogada por mais tempo, sem negociação, teria que ter uma renegociação para atualização na data e valores. Moderador: Ok! Próximo item, negociar com o fornecedor o valor de faturamento mínimo para os contratos, qual é a gravidade, urgência e tendência na opinião da equipe. Entrevistado 5: Na minha opinião é grave, deve ser resolvido o mais cedo possível e piora a médio prazo. Entrevistado 3: Também é minha opinião. Entrevistado 2: Eu acho que na urgência necessitaria de uma ação imediata. Entrevistado 4: Não diria imediata, pois este item já deveria ser uma parte da negociação, então acho que o mais cedo possível. Moderador: Esta é a opinião de todos? Este item é grave, deve ser resolvido o mais cedo possível e a tendência é de médio prazo? Todos os entrevistados: Sim. Moderador: Ok! Vamos para o próximo item, atualização da base do ICMS e da NCM no setor de cadastro. Entrevistado 3: Como é que está este item para com os processo do Follow? Entrevistado 2: No meu ponto de vista este item entra como pouco grave, com questão a urgência o mais cedo possível e a tendência eu diria que é a médio prazo. Entrevistado 5: Com pouca gravidade, deve ser resolvido o mais cedo possível, por que afeta o processo e vai piorar em médio prazo. Moderador: Ok então... Agora vamos para item, falta de retorno das confirmações de pedidos fornecedor. Entrevistado 1: Este item afeta gravemente o Follow. Entrevistado 3: É mais um item que recebe a nota máxima em gravidade, urgência e tendência. 116 Entrevistado 6: Atinge e muito os processos de Follow, pois basicamente esta é a função do setor. Moderador: Então mediante a opinião dos entrevistados, este item é extremamente grave, necessita de uma ação imediata e piora a cada dia que não é tomada providencias? Entrevistado 8: Com certeza! Todos os entrevistados: Sim. Moderador: Próximo item, treinamento para confirmação do portal de compras. Entrevistado 2: O nosso problema não é o treinamento e sim a vontade dele ter fazer. Entrevistado 7: Concordo! Entrevistado 1: Na verdade eu acredito que não seja questão de vontade, mas sim questão de negociação, porque quando é negociado um contrato, tem que deixar claro para o fornecedor que ele deve efetuar a confirmação no portal. Entrevistado 4: Mas também existe os processos de são fechados via cotação. Entrevistado 1: Sim, mas o nosso maior impacto, são os pedidos criados por contrato, sendo que temos 80% dos pedidos criados por contrato. Por possuir muito mais pedidos por contrato, acaba gerando uma carga muito maior de trabalho, sendo assim os fornecedores não realizam a confirmação no portal. Acho que aqui a questão é mais negociação, mas o treinamento é muito importante. Entrevistado 3: Eu enquadraria este item como pouco grave, com alguma urgência e piora se não for administrado o treinamento. Moderador: Todos concordam? Entrevistado 8: Sim. Entrevistado 2: Concordamos! Entrevistado 5: No meu ponto de vista não é muito grave este item. Moderador: Ok, vamos para próximo item, manter peças em estoque, fornecedor. Entrevistado 6: Sim, considero grave. Entrevistado 5: Eu considero grave para a empresa, mas pouco grave com referencia ao Follow . 117 Entrevistado 3: Tem que olhar para nosso processo, hoje é isso que impacta nas nossas tarefas do dia a dia? Entrevistado 2: Nas tarefas do dia a dia pode até ser, mas se o fornecedor informa que não possui o material em estoque, nos alteramos a data para quando ele consegue entregar, este problema no meu ponto de vista é contornável. É pouco grave. Entrevistado 1: Concordo! Para empresa é grave, mas para o setor é pouco grave, pois é contornável. Moderador: E com a relação à urgência e a tendência deste item? Entrevistado 4: O mais cedo possível e vai piorar em pouco tempo. Moderador: Todos concordam? Todos os entrevistados: Sim. Moderador: Agora vamos para item, pontualidade nas entregas, fornecedor. Entrevistado 5: Este é determinante para o processo. Entrevistado 1: Considero gravíssimo, necessita de uma ação imediata e vai piorar rapidamente. Entrevistado 8: Também acho. Moderador: É de consenso dos entrevistados. Entrevistado 3: Sim, concordo! Entrevistado 7: Isto mesmo. Moderador: Ok! Vamos para o próximo item, trava do lançamento da nota fiscal. A trava que é realizada caso a unidade lance a NF fora do prazo de recebimento, qual seria a nota para este item com questão a gravidade, urgência e tendência. Entrevistado 1: Considero Muito grave, com ação imediata e piora em pouco tempo. Entrevistado 6: Sim, concordo! Moderador: Beleza, vamos para o próximo item, implantação da planilha cega nas unidades. Entrevistado 2: Este item é o que julho vai ser implantado nas unidades. Entrevistado 3: Independente de que vai ser implantado, é um item muito grave, pois com a implantação não vai haver mais engavetamento de NF, também necessita de uma ação imediata e piora rapidamente, mas como em julho vai ser implantada, já podemos considerar como um problema resolvido. 118 Moderador: A equipe esta de acordo? Todos os entrevistados: Sim. Moderador: Saneamento dos materiais cadastrados, no setor de Cadastro. Entrevistado 7: Não vejo este ponto como uma área muito grave com relação aos processos do Follow. Entrevistado 4: Diria que seria grave, não muito grave. Poderia ser resolvido o mais cedo possível e ele evoluiria em médio prazo. Entrevistado 1: Acho que seria isto mesmo, não possui muitos casos, mas tem. Entrevistado 8: Concordo com o opinião do (Entrevistado 4), é grave, pois afeta o processo, mas não muito grave. Se for resolvido o mais cedo possível é melhor, e piora a meio prazo ou ao longo do tempo. Moderador: Próximo e ultimo item, Cadastro de materiais incorretos, também no setor de Cadastro. Entrevistado 3: No meu ponto de vista, segue o mesmo raciocínio do item anterior. Entrevistado 2: Isto mesmo, é grave, resolvido a mais cedo possível e vai piorar a médio prazo. Moderador: Todos concordam com a opinião para este ultimo item e com relação a todos os pontos abordados? Todos os entrevistados: Sim. Moderador: Beleza então pessoal, estes dados que foram coletados são para implantação da ferramenta GUT e agora vou coletar dados para implementação da ferramenta 5W2H. Na realidade, já temos alguns dados para esta ferramenta, pois foram explorados e abordados no decorrer das entrevistas realizadas. Vamos para o primeiro item que é identificar o lançamento de NF, o porquê temos que identificar. Entrevistado 1: Por que é quando conclui nossas atividades, é o fim da atividade do Folllow. Moderador: Então a identificação da NF na transação Z5A4 seria para identificar o fim do processo de Follow? Entrevistado 7: Correto. Moderador: Quem deve resolver este problema? Entrevistado 3: Resolver o problema é com a área de TI. Entrevistado 4: Por abertura de demanda nossa. 119 Entrevistado 5: Mas este ponto já não tem melhoria? Entrevistado 2: Não! Tem um chamado interno, o que é necessário é melhoria de sistema, é necessário abrir demanda. Moderador: E quando? Entrevistado 1: Imediatamente após a abertura da demanda. Moderador: Como seria incluindo o campo na transação Z5A4. Entrevistado 2: Não seria incluindo, seria corrigindo, pois este campo já tem na transação, só não funciona corretamente. Entrevistado 6: Isto mesmo já tem o campo, só não está funcionando. Moderador: Ok, para simplificar os próximos itens, como todos possuem a lista dos itens em mão, e os pontos para implementação da ferramenta, vamos seguir uma ordens para que se torne mais ágil a entrevista. Referente ao item LOG de histórico do sistema. Entrevistado 3: O por que, para tratar divergências e medir performance. Entrevistado 8: Também serve para registrar o histórico em geral do processo. Entrevistado 2: Dês do inicio do processo até o final. Entrevistado 1: Não se trata do LOG somente interno, se trata do LOG do fornecedor também, para medir performance inclusive do fornecedor. Moderador: Então o LOG teria que ser completo, dês do inicio, quando entrar a ordem de compras para Follow, inclusive os acessos do fornecedor também. Entrevistado 1: Correto! Moderador: Quem resolveria este item? Todos os entrevistados: Área de TI. Moderador: Quando? Entrevistado 5: Imediato. Entrevistado 1: Sim. Entrevistado 2: Para este item também tem um chamado aberto. Entrevistado 3: Não! Este chamado foi encerrado, por que tem que abrir a demanda. Moderador: Para o item (Como) foi incluso aqui, incluindo o campo na Z5A4, concordam? Entrevistado 6: Já tem, seria também um melhoria. 120 Entrevistado 3: O que tem é o LOG das ultimas modificações, o LOG do histórico não tem. Entrevistado 2: É, só tem da ultima modificação. Moderador: Então é necessário incluir este campo? Entrevistado 1: Correto! Moderador: Quando! Entrevistado 7: Imediato após a abertura de demanda. Moderador: Ok, próximo item, carga de trabalho no setor de Follow up. Esta carga de trabalho tem decorrência, por quê? Entrevistado 5: Por que a demanda de pedidos esta muito mais elevada, para quantidade de pessoas que trabalha no setor. Entrevistado 6: Com a demissões que tiveram na empresa, o setor de Follow foi um dos mais atingidos. Entrevistado 3: houve um estudo de benchmarking na empresa, e neste estudo para materiais diretos, eles possui em media... De quantos (entrevistado 2)? Entrevistado 2: Mil e quinhentos pedidos por pessoa. Entrevistado 3: Isso, mil e quinhentos pedidos por funcionários, enquanto nosso carga para materiais indiretos está em sete mil pedidos por funcionário e com tendência à aumentar. Moderador: Ok! Quem é o responsável? Entrevistado 1: Gerencia de suprimentos. Moderador: Gerencia do suprimentos? Entrevistado 2: Não, do CSC. Moderador: Ok! Quando? Entrevistado 4: Com certeza assim que possível, imediato! Moderador: Como, acredito que seria com a contratação de novos funcionários, concordam ou alguém tem outra sugestão. Entrevistado 3: Isto mesmo, contratando novos funcionário, pois a tendência da carga é aumenta. Moderador: Em cada item abordado teria o custo, mas como o custo teria que ter um estudo aprofundado em cada ponto, para este campo estou incluindo que deve ser realizada pesquisa. Agora vamos para próximo item, Referenciar orçamento da proposta final nas ordens de compras, no setor de compras. 121 Entrevistado 1: Por que o fornecedor necessita localizar qual proposta referencia a ordem de compras criada, este item seria para os processo de cotação. Moderador: Ok! Quem? Entrevistado 1: O comprador, na transação ZM11 quando fechasse a negociação. Moderador: Você esta querendo dizer na transação ME47, transação que é realizada a negociação. Entrevistado 1: Isto mesmo, na transação ME47. Moderador: Quando? Entrevistado 8: Imediato, por que isto é só incluir, o que já deveria ser realizado. Entrevistado 4: Concordo! Quando receber a proposta final atualizada, já deve informar na transação da negociação. Moderador: De acordo com a informação da equipe, no momento da negociação incluindo no campo (texto do item) da transação ME47. Todos os entrevistados: Sim. Moderador: Próximo item, atualização de contrato, setor de compras. Por quê? Entrevistado 7: Divergências de valores. Entrevistado 5: Na verdade é para não ter divergência em todos os campos negociáveis. Entrevistado 3: Sim, para não ter divergência em todos os campos comerciais. Entrevistado 2: Também para realizar a atualização e validade do contrato. Entrevistado 1: Os contratos tem a validade, mas eles podem ser prorrogados por mais tempo caso não haja abjeção do fornecedor. Entrevistado 5: Tem contrato no sistema que esta valido a três anos. Moderador: Ok! Quem é o responsável? Entrevistado 6: O comprador. Entrevistado 4: Sim é responsabilidade do comprador. Moderador: Quando, seria periodicamente, já que faz parte do escopo do negociador. Entrevistado 8: Correto! 122 Entrevistado 1: Periodicamente, sempre 30 dias antes da validade do contrato. Moderador: Então o (Como) já foi respondido, 30 dias antes da validade do contrato, correto? Entrevistado 1: Sim. Moderador: OK! Próximo item, negociar com o fornecedor valor de faturamento mínimo para os contratos. Também com o setor de compras. Entrevistado 2: Todos os pontos seria o mesmo do item anterior. Entrevistado 7: Isto mesmo, igual ao item anterior. Entrevistado 3: Por ser de escopo também do compras, acaba sendo igual ao item anterior. Moderador: Beleza! Então vamos para o item, atualização de base de ICMS e NCM, setor de Cadastro. Por quê? Entrevistado 1: Por causa das divergência nas ordens de compras. Moderador: Este problema trás consequências grandes nos processo do Follow up? Entrevistado 6: Hoje em dia não é muito, por que já tem um procedimento que caso aconteça esta divergência, pode faturar assim mesmo. Entrevistado 5: Não precisa passar pelo Follow up, pode passar para o fiscal direto. Moderador: Ok! E quem é o responsável? Todos os entrevistados: Fiscal. Moderador: Quando? Entrevistado 4: Como não é mais um problema grave, diria que assim que possível. Moderador: Como? Entrevistado 3: Verificando a base de todos os materiais cadastrados no sistema, seria um trabalho bem complicado, mas necessário. Moderador: Próximo item, falta de retorno nas confirmações de pedido, com o fornecedor. Por quê? Entrevistado 1: Por que não esta sendo cobrado pela área de negociação. Moderador: Não esta havendo a cobrança da área de negociação, não seria na equipe de Follow? 123 Entrevistado 3: Estou me referindo a cobrança na negociação, pois os negociadores no momento da negociação poderiam enfatizar que o Follow up faz parte do processo de negociação, assim haveria melhor atenção nas confirmações por parte dos fornecedores. Entrevistado 2: Teria que ter a orientação. Entrevistado 3: A orientação e a cobrança informando de que o Follow faz parte da negociação. Entrevistado 5: O fornecedor tem que entender que ele necessita alimentar as informações no portal de compras para que a empresa BRF tenha dados de como esta o andamento da ordem de compras. Moderador: Ok! Quem deve tratar este ponto? Entrevistado 4: Seria o compras com o fornecedor. Entrevistado 1: Sim, de acordo. Moderador: E quando deve ser realizado? Entrevistado 6: Com certeza imediatamente. Entrevistado 2: Imediatamente. Moderador: Como? Entrevistado 3: Como? Critério de negociação! Todas as negociações realizadas já tem que determinar que o Follow, tem que ser realizado. Moderador: Todos concordam? Todos os entrevistados: Sim. Entrevistado 7: De acordo. Moderador: Quando? Entrevistado 1: Sempre que houver negociação. Moderador: Onde? Entrevistado 3: A área de Compras com o fornecedor. Moderador: Ok! Próximo item, treinamento para confirmações no portal de compras, com o setor de Follow up. Por que deve ter este treinamento? Entrevistado 6: Para saber como utilizar esta ferramenta. Moderador: Hoje possui muitos fornecedores que desconhece como utilizar? Todos os entrevistados: Sim. Entrevistado 5: Tem bastante. 124 Entrevistado 2: Tem fornecedor que entra no portal e tem dificuldades de realizar a confirmação, principalmente por se tratar de uma ferramenta relativamente nova. Entrevistado 8: Há fornecedores que não possui login e senha e necessitar deste para acessar o portal e realizar a confirmação. Moderador: Quem deveria realizar este treinamento? Entrevistado 1: O setor de Follow up, mais precisamente a equipe de Follow. Entrevistado 4: A gente já realiza, na duvida encaminhamos o manual que temos. Moderador: Então deveria ser a equipe de Follow up que deveria realizar este treinamento. Todos os entrevistados: Sim. Moderador: Quando deve ser realizado este treinamento. Entrevistado 3: Quando o fornecedor tiver duvidas e na inclusão de novos fornecedores. Moderador: Como? Entrevistado 5: Estabelecendo data com a presença dos principais fornecedores para aplicar o treinamento, como foi realizado com a fornecedores de materiais diretos. Entrevistado 2: Hoje com a equipe que nos temos não temos condições de aplicar este treinamento, estaríamos parando o setor para aplicar o treinamento. Entrevistado 4: Hoje com a equipe que temos o fornecedor é treinado com PDF que é encaminhado via e-mail, o fornecedor deve ler este treinamento. É logico que presencial seria muito mais proveitoso e viável, mas realmente, com a equipe que temos hoje não seria possível. Moderador: Então pela opinião da equipe, hoje presencial seria a melhor maneira, não digo a melhor, mas a que teria mais retorno? Todos os entrevistados: Sim. Moderador: Quando? Entrevistado 6: Imediatamente logo que for estabelecido os novos procedimentos. Moderador: Onde, seria no próprio setor de Follow up. Entrevistado 1: Correto! 125 Moderador: Beleza! Próximo item, manter peças em estoque, com o fornecedor. Entrevistado 1: Este item é o mesmo da negociação que entra o valor de faturamento mínimo e falta de retorno, teria que haver uma negociação entre o compras e o fornecedor. Entrevistado 3: Como parte da negociação, o compras já tem obrigação e como é um item que faz parte de contrato, tem que possuir estoque. Moderador: Ok, vamos para próximo item, pontualidade nas entregas, com o fornecedor. Por quê? Entrevistado 2: Por que ele deve cumprir o que foi acordado. Entrevistado 5: Pedido de contrato, por motivo que possui um acordo comercial firmado, e os pedidos criados por cotação, por que tem uma cotação com numeração de orçamento do fornecedor. Como que o fornecedor vai orçar um material ou assinar um contrato sem ter este material em estoque? Entrevistado 7: Como as ordens de compras possui uma data de entrega estipulada, onde o fornecedor entrou no portal e informou que vai entregar naquela data, ele deve seguir o acordo realizado e não deixar de entregar ou entregar com atraso. Moderador: Ok! Quem? Entrevistado 1: Fornecedor. Moderador: Quando? Entrevistado 2: Constantemente. Entrevistado 1: Por a BRF sempre estar criando ordens de compras, o fornecedor deve ser pontual nas entregas. Moderador: Como? Entrevistado 8: Enviando sempre na data estipulada nas ordens de compras. Moderador: Ok! Próximo item, trava no lançamento de NF, setor de Lançamento de NF. Por quê? Entrevistado 3: Para evitar o engavetamento da notas fiscais. Entrevistado 6: Sem o engavetadas das NF, teríamos muitos lançamentos corretos. Moderador: Quem é o responsável? Entrevistado 5: Todas as unidades. Moderador: Quando? 126 Entrevistado 7: Imediatamente, após a abertura de uma demanda. Entrevistado 2: Este item é um dos que vai ser ajustados a partir de julho. Moderador: Como? Entrevistado 1: Depois que a planilha cega for implantada em todos as unidades BRF. Moderador: Onde? Entrevistado 3: No sistema da empresa. Entrevistado 8: Em todas as unidades que será implantada a planilha cega. Moderador: Próximo item, Implantação da Planilha Cega nas unidades. Entrevistado 4: Acho que se enquadra no mesmo item que foi comentado anterior. Entrevistado 1: Sim, são os mesmos dados do item abordado anteriormente. Moderador: Todos concordam? Todos os entrevistados: Sim. Entrevistado 2: Sem a implementação da planilha cega, não teria como ter a trava. Moderador: Ok! Próximo item, saneamento dos materiais cadastrados, setor de Cadastro, por quê? Entrevistado 6: Divergência. Entrevistado 5: Assim deixaria que existir divergência de materiais, e o responsável seria analista de cadastro. Moderador: Já que foi respondido quem, seria quando esta correção? Entrevistado 3: Constantemente, pois pode acontecer cadastro incorreto todos os dias. Moderador: Como? Entrevistado 1: Realizando saneamento constante dos materiais. Entrevistado 8: Sempre em constante verificação dos materiais cadastrados. Moderador: Vamos para o ultimo item que é cadastro de materiais incorretos, também com o setor de Cadastro. Por que deve ser verificando este item? Entrevistado 2: Para evitar que os usuários cadastrem os materiais incorretamente, entra no mesmo item verificado anteriormente. O que deveria ser realizado aqui é o cadastro bloquear entrada de materiais incorretos. Entrevistado 5: Teria que ser evitado cadastro de material genérico. 127 Entrevistado 2: Outro problema é o texto corrido, porque para cotação e visualização do material no sistema, o texto do material esta cadastrado corretamente, mas o texto corrido consta outro descrição, gerando divergência por parte do fornecedor. Entrevistado 7: Já entraria na parte do item de saneamento, pois a descrição do material deveria ser igual a descrição do texto longo, somente constando no texto longo a complementação do material solicitado. Moderador: E o cadastro de material incorreto, quem é o responsável? Entrevistado 3: O próprio Cadastro. Moderador: Quando? Entrevistado 1: Constantemente, sempre tem que estar atualizando. Moderador: Como? Entrevistado 4: Auditando os cadastros dos materiais. Moderador: Ok pessoal, estas foram as perguntas para Implementação da ferramenta 5W2H. 4. Se corrigidos os pontos de divergências mapeados, o setor terá maior fluidez nos processos? Moderador: Se todos os pontos apresentados forem corrigidos e resolvidos, trará bons resultado para o setor de Follow up? Todos os entrevistados: Sim. Entrevistado 2: Se todos realizassem seus respectivas partes corretamente, todo o processo de Follow seria menos estressante. Entrevistado 6: Teríamos pontualidade em todas as entregas. Entrevistado 3: O efeito nas correções dos itens trariam bom desempenho até mesmo em outros setores da empresa. Entrevistado 1: Se corrigidos os itens, o setor ficaria responsável em sanar duvidas do processos, não resolvendo divergências, o tempo poderia ser utilizado mais para gestão dos processos. 5. Há algum ponto a ser revisto nas entrevistas já realizadas que pode influenciar em modificações nos resultados obtidos até o momento? 128 Moderador: Em todos os pontos abordados nas reuniões, existem alguns itens que não foram mencionados que podem modicar os resultados até aqui obtidos? Todos os entrevistados: Não! Entrevistado 2: No meu ponto de vista foram todos mencionados e também se tiver, não vai modicar o que foi exposto nas reuniões. Moderador: Ok! Aqui encerramos a terceira reunião com os dados obtidos para a implantação das ferramentas administrativas. 129 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS Nome do estagiário Douglas Drula Junior Orientador de conteúdo Prof. Raulino Pedro Gonçalves, Adm. Supervisor de campo Jair Bondicz Responsável pelo Estágio Prof. Eduardo Kruger da Silva, MSc.