Foto: José Lins
empresa
A questão dos raios foi discutida
por (da esq. p/ dir.) Marcelo
Belassiano (FURNAS), capitãomédico Rafael Vasconcellos
(Corpo de Bombeiros RJ), Luiz
Cavalcanti (Instituto Nacional de
Meteorologia - INMET), coronel
Sérgio Simões (Defesa Civil - RJ),
professor Osmar Pinto Junior
(Inpe), Simone Garcia (FURNAS)
e o jornalista David Tapajós
PERIGO QUE VEM DO CÉU
FURNAS lança campanha nacional de prevenção pessoal contra raios
texto Bel Tostes
E
Autonomia
Segundo estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no
m caso de tempestade severa, não
Brasil morrem cerca de 100 pessoas por ano atingidas por raios e mais de
utilize chuveiro elétrico, evite falar
500 sobrevivem com seqüelas. “O que queremos com esta ação é alertar a
ao telefone fixo, opte pelo sem fio e não
população para os riscos que os raios causam e diminuir significativamente
use celular. Ao ouvir o barulho do trovão,
esta estatística”, afirma a especialista de FURNAS em descargas atmosféricas,
proteja-se dentro de um carro ou em uma
Simone Andrade de Melo Garcia, da Assessoria de Planejamento da Infor-
residência. Se um grupo de pessoas for
mação (API.E).
apanhado por uma tempestade severa em
Além de envolver órgãos municipais, estaduais e federais, institutos de
um área descampada, separá-las. Uma vez
pesquisa e escolas nesta campanha, FURNAS está liderando a formação de um
sozinhas, postarem-se de joelhos curvados
grupo técnico com o objetivo de apresentar ao governo federal um projeto
sobre as pernas.
que garanta autonomia e sustentabilidade à Rede Brasileira de Detecção
Essas e outras dicas farão parte da
de Descargas Atmosféricas (BrasilDAT), hoje gerida por empresas do setor
campanha nacional de prevenção pessoal
elétrico, de meio ambiente e institutos de pesquisa que compõem três redes
contra raios que FURNAS lançou no dia 16
de atuação regional.
de abril no evento “Que os raios não nos
Segundo o coordenador do Grupo de Eletricidade Atmosférica (Elat) do
partam”, realizado em sua sede (RJ), com
Inpe, Osmar Pinto Junior, para a rede funcionar em estado de excelência é
a participação de especialistas da Empresa,
necessário estendê-la a todo o país (ainda não há um número ideal de sensores
institutos nacionais de pesquisas, Defesa
nas regiões Norte e Nordeste), atualizar a tecnologia disponível na região
Civil da cidade do Rio de Janeiro e Corpo
Sudeste e criar um órgão independente que administre o sistema. Só para
de Bombeiros do estado. A idéia é levar in-
a compra de novos equipamentos como os adquiridos por FURNAS, capazes
formações aos 139 municípios onde FURNAS
de detectar descargas nuvem-solo e entre nuvens, seriam necessários US$ 10
atua, iniciando por Porto Velho (RO), onde
milhões. “Neste modelo que estamos sugerindo e em que somos apoiados por
está sendo construída a Usina Hidrelétrica
nossos parceiros técnicos, empresas geradoras como FURNAS seriam usuárias
de Santo Antônio.
e não mantenedoras”, explica Simone Garcia.
Revista FURNAS - Ano XXXV - Nº 364 - Maio 2009 19
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