Virgindade perpétua de Maria Santíssima • Maternidade e virgindade são alternativas da mulher, que se excluem por natureza, que Deus quer reunir milagrosamente na sua Mãe. Os textos mais antigos chamam a Maria “A Virgem”, e desde os primeiros séculos, “A sempre Virgem”. Três aspectos do dogma: virgem antes do parto, no parto e depois do parto. • Antes do parto: O dogma afirma que Nossa Senhora concebeu Jesus, não por obra de varão, mas por obra do Espírito Santo. Cumpriu-se assim a profecia de Isaías: “uma virgem conceberá e dará à luz um filho, que será chamado Emmanuel (Deus conosco)” (Is 7, 14). No Credo rezamos assim: “Creio em um só Senhor Jesus Cristo (…). E por obra e graça do Espírito Santo nasceu da Virgem Maria” (em latim: “ex Maria Virgine”). Perpétua por Jesus, Deus e Homem • No parto: Longe de depreciar a integridade do corpo de sua Mãe, Jesus deixou–a intacta ao nascer. Este prodígio é um milagre da divina omnipotência. Ilustração clássica: nasceu como a luz do sol que passa através de um cristal, sem o romper nem manchar. • Depois do parto: “Esta porta há-de estar fechada para sempre, não se abrirá nem entrará por ela homem algum, porque entrou por ela Yahvé” (Ez 44, 1-2). Os Padres aplicam estas palavras à virgindade perpétua de Maria. • Santo Agostinho, Sermão 186: Maria “foi Virgem ao conceber o seu Filho, Virgem durante o parto,(…) Virgem depois do parto, sempre Virgem”. Os “irmãos” de Jesus nos Evangelhos • O hebreu e o arameu necessitam de termos diferentes para designar diversos graus de parentesco. Lot chamado “irmão” de Abraão em Gn 13, 8 e 14, 14.16, e • “sobrinho” em Gn 12, 5 e 14h, 12. Labão chamado “irmão” de Jacob em Gn 29, 15, quando era irmão de sua mãe (Gn 29, 10). • * Mc 6, 3 dá uma lista de irmãos de Jesus, entre eles Tiago e José, que por Mc 15, 40 e Jo 19, 25 sabemos que eram filhos de Maria de Cleofás. • * Se Jesus tivesse tido outros irmãos, não se entenderiam bem as Suas palavras na Cruz confiando a sua Mãe ao seu discípulo João. Os “irmãos” de Jesus nos Evangelhos Pensou-se também negar a virgindade de Maria porque Jesus Cristo é chamado “primogénito”, em Lc 2, 7. Mas esta palavra significa “filho não precedido por outro”, e prescinde da existência doutros filhos. O primogénito estava também vinculado com prescrições da lei judaica, e a cada filho único se aplicavam estas prescrições para o “primogénito”. * Mt 1, 18-25 faz a interpretação de Is 7, 14 (“a virgem concebeu e deu à luz um filho, que será chamado Emmanuel, isto é, ‘Deus conosco’”). E na genealogia de Jesus, Mt 1, 16, em lugar de dizer “José gerou Jesus”, diz “José, Esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo” Os “irmãos” de Jesus nos Evangelhos * O hebreu e o arameu necessitam de termos diferentes para designar diversos graus de parentesco. Lot chamado “irmão” de Abraão em Gn 13, 8 e 14, 14.16, e “sobrinho” em Gn 12, 5 e 14h, 12. Labão chamado “irmão” de Jacob em Gn 29, 15, quando era irmão de sua mãe (Gn 29, 10). Mc 6, 3 dá uma lista de irmãos de Jesus, entre eles Tiago e José, que por Mc 15, 40 e Jo 19, 25 sabemos que eram filhos de Maria de Cleofás. * Se Jesus tivesse tido outros irmãos, não se entenderiam bem as Suas palavras na Cruz confiando a sua Mãe ao seu discípulo João. Concepção Virginal Mt 1, 18-25 faz a interpretação de Is 7, 14 (“a virgem concebeu e deu à luz um filho, que será chamado Emmanuel, isto é, ‘Deus conosco’”). E na genealogia de Jesus, Mt 1, 16, em lugar de dizer “José gerou Jesus”, diz “José, Esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo” * Mt 1, 20 afirma que o Anjo do Senhor revelou a José que “o concebido n’Ela (Maria) é do Espírito Santo”. * Na Anunciação (Lc 1, 26-38), a pergunta de Maria “Como se fará isso, pois eu não conheço homem?” é interpretada pelos autores católicos como a vontade de Maria de permanecer virgem já antes do anúncio do anjo. Jesus é Primogênito São Marcos nunca menciona José, o esposo de Maria, mas chama a Jesus “o filho de Maria * No prólogo do evangelho de São João, algumas vozes autorizadas, como Santo Ireneu e Tertuliano, apresentam Jo 1, 13 em particular, quer dizer, “Ele que não nasceu do sangue nem da vontade da carne, nem do querer do homem, mas de Deus”, o que seria testemunho da geração virginal de Jesus. * As fórmulas de fé dos Padres postulam a afirmação do nascimento virginal de Jesus; e, a partir do século IV, utilizam o título de “sempre Virgem” ao falar de Maria. * A virgindade de Maria está presente numa larga série de testemunhos do Magistério da Igreja, desde o Símbolo apostólico até à Lumen gentium do Vaticano II, e João Paulo II. Concílio de Latrão (649) • c. 3: “Se alguém, segundo os Santos Padres, não confessa que própria e verdadeiramente é Mãe de Deus a santa e sempre virgem e imaculada Maria, já que concebeu nos últimos tempos sem sémen, do Espírito Santo, o próprio Deus-Verbo (…) e que deu à luz sem corrupção, permanecendo a sua virgindade indissolúvel mesmo depois do parto, seja condenado”. Ver também. Paulo IV,Const.Cum quorundam (1555) • “O olhar da fé, unido ao conjunto da Revelação, pode descobrir as razões misteriosas pelas quais Deus, no seu desígnio salvífico, quis que seu Filho nascesse de uma virgem. Estas razões referem-se tanto à pessoa e à missão redentora de Cristo como à aceitação por Maria desta missão para com os homens” (CIC 502). • * CIC 503: “A virgindade de Maria manifesta a iniciativa absoluta de Deus na Encarnação”. CIC 504: “Jesus foi concebido por obra do Espírito Santo no seio da Virgem Maria porque Ele é o Novo Adão que inaugura a nova criação”. CIC 505: “Jesus, o novo Adão, inaugura pela sua concepção virginal o novo nascimento dos filhos de adopção no Espírito Santo pela fé”. Paulo IV,Const.Cum quorundam (1555). * “Maria é virgem porque a sua virgindade é o sinal da sua fé não adulterada por dúvida alguma e da Sua entrega total à vontade de Deus. A sua fé que a faz chegar a ser a mãe do Salvador: ‘Mais bem-aventurada é Maria ao receber a Cristo pela fé do que ao conceber no seu seio a carne de Cristo’ (Santo Agostinho,De sancta virginitate 3,3)”(CIC 506 * CIC 507: “Maria é ao mesmo tempo virgem e mãe porque ela é a figura e a mais perfeita realização da Igreja”. A igreja é mãe pois que gera para uma vida nova e imortal os filhos concebidos pelo Espírito Santo e nascidos de Deus. Também é a virgem que guarda íntegra e pura a fidelidade prometida ao Esposo.