CULTURA ORGANIZACIONAL Profa. Renata de Oliveira silva 1º sem/ 2013 ABERTURA E BOAS VINDAS! Profa. Renata de Oliveira Silva 2 Apresentação Inicial • Nome • Formação • Empresa e o que faz • Expectativa Profa. Renata de Oliveira Silva 3 “Nós somos o que fazemos repetidas vezes. Portanto, a excelência não é um ato, mas um hábito.” Aristóteles Profa. Renata de Oliveira Silva 4 Metodologia de trabalho • Exposição • Debate • Seminário Profa. Renata de Oliveira Silva 5 Organização dos trabalhos • Definindo contrato do grupo Profa. Renata de Oliveira Silva 6 Organização dos trabalhos • Esta é uma disciplina que exige trabalho em grupo: • Soma de experiências e competências. • A contribuição de todos é um fator de sucesso: • Compartilhamento de idéias e visões. • Respeitar o tempo do colega é uma condição. • A administração do tempo é fundamental. Profa. Renata de Oliveira Silva 7 CONTEÚDO DA DISCIPLINA Profa. Renata de Oliveira Silva 8 Objetivo Apresentar e debater conceitos introdutórios de cultura e comportamento organizacional sob a perspectiva de atuação do Administrador de Negócios. Profa. Renata de Oliveira Silva 9 Ementa • Conceitos básicos: – Sociologia, sociedade e cultura. – Cultura organizacional, sociedade e organizações sociais. – Organizações sociais e organizações de trabalho. • Comportamento e cultura organizacional: – – – – – Práticas culturais e as metas organizacionais. Clima organizacional e a gestão do tempo. Aprendizagem e compreensão da cultura organizacional. Barreiras culturais às mudanças. Cultura organizacional e as questões de poder, autoridade e comunicação. Profa. Renata de Oliveira Silva 10 Bibliografia Básica ECONOMIA APLICADA Bernardes, Cyro; Marcondes, Reynaldo C. Editora Saraiva - 7ª Edição COMPORTAMENTO ORGANIZACIONAL Robbins, Stephen P.; Judge, Timothy A.; Sobral, Filipe. Pearson Prentice Hall - 14ª Edição CULTURA ORGANIZACIONAL: Uma abordagem antropológica da mudança Tavares, Maria das Graças de Pinho Editora Qualitymark Profa. Renata de Oliveira Silva 11 PARTE I CONCEITOS BÁSICOS Profa. Renata de Oliveira Silva 12 Ciência que estuda a vida social humana Profa. Renata de Oliveira Silva 13 Sociologia aplicada à Administração Estudo das pessoas em relação aos seus ambientes organizacionais e culturais. Pessoas Organização Mercado Departamentos Sociedade Geral Níveis de agrupamento Individual 14 Organização como espaço do Homem Tudo que é criado pelo Homem é produto de seus sonhos, suas paixões, seus medos, suas necessidades, suas crenças e sua capacidade de conceber e agir. • Organização: forma, meio, maneira, jeito • Organizações: formatos Fonte: Profa. Dra. Maria Estér de Freitas Profa. Renata de Oliveira Silva 15 Organização de trabalho Unidade social artificialmente criada e estruturada para alcance de objetivos específicos, por meio de pessoas organizadas em torno de estruturas, rotinas, atividades e ações voltadas para esse fim. • Ambientes organizacionais: espaços formais ou informais de interação humana (coletivas e individuais) com públicos internos ou externos à organização. Profa. Renata de Oliveira Silva 16 Cultura Conjunto sistematizado de ferramentas, utensílios, objetos, símbolos, hábitos, normas, crenças, valores, rituais, sentimentos e atitudes compartilhado por uma sociedade (grupo de pessoas), que molda e estabelece padrões esperados de comportamento de seus membros, que perdurem ao longo do tempo. Profa. Renata de Oliveira Silva 17 O que é cultura organizacional? Profa. Renata de Oliveira Silva 18 O que essas organizações têm em comum? Cultura Organizacional Sistema de valores, hábitos, crenças, práticas (...) compartilhado pelos membros de uma organização que a diferencia das demais. E o que as difere? 19 Cultura Organizacional Capturando sua essência Características Inovação Grau em que os funcionários são estimulados a serem inovadores e assumir riscos. Atenção aos detalhes Grau em que se espera que os funcionários demonstrem precisão, análise e atenção aos detalhes. Orientação para resultados Grau em que os dirigentes focam mais os resultados do que as técnicas e os processos empregados para o seu alcance. Foco na pessoa Grau em que os dirigentes e gestores levam em consideração o efeito dos resultados sobre as pessoas da organização. Foco na equipe Grau em que as atividades de trabalho são mais organizadas em torno de equipes do que de indivíduos. Agressividade Grau em que as pessoas são competitivas e agressivas. Estabilidade Grau em que as atividades enfatizam a manutenção do status quo em vez da mudança. A cultura organizacional se refere à maneira pela qual seus funcionários, e demais stakeholders, percebem as características da cultura da empresa, e não ao fato de eles gostarem ou dela. Comportamento Organizacional Compreensão de fatores que afetam o comportamento humano nas organizações, como: • • • • • • • • Poder Liderança Organização do trabalho Grupos informais Conformidade a normas Resistências a mudanças Conflitos Comunicação E seus efeitos no desempenho e alcance dos resultados desejados pela organização. Profa. Renata de Oliveira Silva 21 Cultura e Comportamento Organizacional Desafios e oportunidades da administração • Respondendo à Globalização • • • • Aumento das missões internacionais Trabalho com pessoas de diferentes culturas Enfrentamento de “movimentos anticapitalistas” Fuga de empregos para países com mão-de-obra mais barata • Maior regulação e controle na gestão de riscos • Padronização internacional da linguagem de negócios (ex.: IFRS, certificações, etc) • Pressões sobre Governança Corporativa e Responsabilidade Socioambiental Profa. Renata de Oliveira Silva 22 Cultura e Comportamento Organizacional Desafios e oportunidades da administração • Administrando a diversidade de mão-de-obra • Questões étnicas, de gênero, geracionais • Comprometimento, expectativas, necessidades... • Melhorando o atendimento ao cliente (serviços) • Qualificação da mão-de-obra (própria e terceirizada) • Eficiência de estruturas organizacionais e dos processos • Cultura do funcionário X Cultura do cliente • Administrando as competências humanas • Desenvolvimento de competências (CHA) • Desempenho • Captação, retenção e sucessão de talentos Profa. Renata de Oliveira Silva 23 Cultura e Comportamento Organizacional Desafios e oportunidades da administração • Estimulando a inovação e a mudança • Produtos e serviços • Arranjos e processos produtivos • Modelos de gestão • Lidando com a incerteza • Comportamento do mercado • “Temporalidade” do emprego • Desenvolvimento contínuo (capital intelectual) • Trabalhando com organizações interconectadas • Novas formas de organização do trabalho • Comunicação remota • Uso intensivo de TI Profa. Renata de Oliveira Silva 24 Cultura e Comportamento Organizacional Desafios e oportunidades da administração • Ajudando os funcionários a equilibrar a vida profissional e pessoal • Políticas e práticas de gestão de pessoas • Processos de trabalho • Criando um ambiente de trabalho positivo • Clima organizacional • Qualidade de vida no trabalho • Melhorando o comportamento ético • Transparência • Combate a fraude • Combate ao assédio Profa. Renata de Oliveira Silva 25 PERGUNTAS? PARTE II COMPORTAMENTO E CULTURA ORGANIZACIONAL Profa. Renata de Oliveira Silva 27 Abordagem cultural à organização Características ANTES... As teorias clássicas de organização faziam crer que toda a atividade organizacional era racional e previsível. Esta posição ignorava totalmente a importância da atividade simbólica na vida em sociedade, grandemente influenciadora dos comportamentos individuais. ... E DEPOIS A metáfora da cultura remete-nos para a capacidade de, coletivamente, os membros da organização criarem o seu próprio sistema de significados. A linguagem, os valores ou as normas de atuação são sistemas de significados construídos e reconstruídos, no dia-a-dia da organização. As organizações constroem, coletivamente, um sistema de significados, para interpretar as suas envolventes. Assim, a envolvente externa é construída à imagem da envolvente interna e como se fosse uma extensão da cultura da organização. Como o cliente descreve Como o líder de projeto entende Como o analista desenha Como é feito o programa Como o consultor vê Como o projeto é documentado Como é instalado Como o cliente é cobrado Como é dado o suporte O que o cliente de fato precisa Tradicionalmente pensava-se que o problema da mudança tinha a ver com mudança da tecnologia ou da estrutura ou das competências ou do nível de motivação dos colaboradores. Atualmente, sabe-se que se não houver mudança nos símbolos, nos valores ou nas crenças embebidas na cultura, a mudança organizacional não será possível. As duas formas de ver o organização segundo a analogia do iceberg VISÃO FUNCIONALISTA VISÃO CONSTRUTIVISTA HIERARQUIA, NORMAS e REGRAS decorrentes da ESTRUTURA FORMAL CULTURA, PODER e MUDANÇAS EMERGENTES que constituem a ESTRUTURA INFORMAL Profa. Renata de Oliveira Silva 32 Características e Definição FORMAL INFORMAL CULTURA ORGANIZACIONAL É, PORTANTO, UM CONCEITO “SOFT” COM CONSEQUÊNCIAS “HARD” 33 2. Níveis De Cultura Organizacional 34 Cultura – Níveis de análise NÍVEIS DE ANÁLISE OBJETO DE ESTUDO Transcultural Valores nacionais Organizacional Valores e normas organizacionais Grupal ou Sub-Cultural Normas de grupo Individual Percepção individual da cultura organizacional Nível transcultural De grande importância dado que as diferenças inter-culturais devem ser tomadas em linha de conta quando se visa transpor uma técnica de gestão para um contexto cultural diferente daquele onde emergiu e/ou se revelou eficaz . Esta tônica transcultural não desmente as especificidades das culturas organizacionais, mas procura enquadrá-las na cultura da sociedade em que as organização se inserem. Dos estudos transculturais, o mais popularizado foi desenvolvido por Geert Hofstede (1980). Este ex-diretor da IBM sugeriu que as diversas culturas nacionais podem ser caracterizadas de acordo com quatro dimensões: 36 Nível Transcultural: as dimensões de Hofstede 1) Distância hierárquica Reflete o grau de deferência que os indivíduos projetam sobre os seus superiores hierárquicos, assim como a necessidade de manter e respeitar um afastamento (social) entre um líder e os seus subordinados. Nos países e regiões de elevada distância (ex., Portugal, Espanha, América Latina, Ásia e África), superiores e subordinados consideram-se desiguais por natureza. A distância emocional entre chefias e subordinados é elevada. Detecta-se uma grande reverência pelas figuras de autoridadee atribui-se grande importância aos títulos e status. Ao contrário, em países com baixa distância hierárquica (ex.: EUA, Grâ-Bretanha e países não latinos da Europa), a dependência dos subordinados relativamente aos chefes é limitada. Os primeiros não sentem desconforto considerável por contradizer os segundos. Uns e outros consideram-se iguais por natureza. 37 Nível Transcultural: as dimensões de Hofstede 2) Caracteriza o grau em que a identidade individual é definida Individualismo com base nos objetivos Versus e realizações pessoais ou em função dos interesses coletivos dos grupos aos Coletivismo quais o indivíduo se encontra ligado. Nos países fortemente individualistas (e.g. América do Norte, Austrália, GrâBretanha, Países Baixos), espera-se que as pessoas atuem sobretudo em prol do seu próprio interesse e dos interesses da sua família mais próxima. Em culturas tipicamente coletivistas (ex. Colômbia, Paquistão, Africa), as pessoas tendem a colocar os interesses do grupo e da comunidade em lugar primordial, esperando em troca receber lealdade. Existe uma certa tendência para que os países mais individualistas sejam, também, os caracterizados por menor distância hierárquica. 38 Nível Transcultural: as dimensões de Hofstede 3) Controle Reflete o grau de desconforto que as pessoas sentem da incerteza perante o risco e as incertezas, o nível de aceitação/rejeição da novidade e da diferença, assim como o grau de importância conferida à estabilidade e ao planejamento. Nos países onde esta característica existe em elevado grau (ex. Grécia, Portugal, Japão, Uruguai) este sentimento exprime-se em stress, em necessidade de previsibilidade, em busca de regras e de segurança. Nos paises com baixo Índice de evitamento (ex., Singapura, HongKong, Dinamarca, Suécia) parece existir uma aversão emocional às regras formais, só se estabelecem normas em caso de absoluta necessidade e toleram-se mais facilmente os comportamentos desviantes. 39 Nível Transcultural: as dimensões de Hofstede 4) Masculinida de versus Feminilidade Representam os extremos de uma dimensão que tem, num pólo, o alcance de objetivos e a ambição e, no outro, a ênfase na harmonia interpessoal. Nas sociedades mais masculinas (ex., Japão, Áustria, Venezuela, Suíça) os homens e mulheres têm papéis bem distintos: o homem ser forte, impor-se e interessar-se pelo sucesso material, enquanto se espera que a mulher seja modesta, terna e preocupada com a qualidade de vida. Nas sociedades mais femininas (ex., Suécia, Dinamarca, Noruega, Países Baixos) espera-se que tanto homens como mulheres sejam modestos, ternos, preocupados com a qualidade de vida, a preservação do ambiente e a ajuda aos outros. 40 Nível Transcultural: as dimensões de Hofstede Pais•. Distância hierárquica Individualismo Masculinidade Controle da incerteza Alemanha B A A B Brasil A M M M China A B M M Espanha M M B A EUA B A A B França A A M A Grâ-Bretanha B A M B Japão M M A A Portugal M M B A Rússia A M B A A = Alto (situado no terço superior da amostra) M = Médio (no terço intermédio) 41 B = Baixo (no terço inferior) Níveis de Cultura Organizacional Nível Organizacional: Definição (Segundo SCHEIN, 1985) É um conjunto de pressupostos básicos que um dado grupo inventou, descobriu ou desenvolveu no processo de aprender a lidar com os desafios da adaptação à envolvente externa e da integração na envolvente interna e que funcionaram suficientemente bem para serem considerados válidos e, portanto, para serem ensinados aos novos membros do grupo, como a forma correta de pensar, sentir e atuar. 42 Níveis de Cultura Organizacional Nível Organizacional: Definição (Segundo HOFSTEDE, 1991) É o “software da mente” ou a programação mental coletiva distingue que os membros de uma organização de outra (...) Esta programação começa na família e continua na escola, no bairro, no local de trabalho e na comunidade (...) A cultura é aprendida e não herdada; ela deriva da nossa envolvente social e não dos nosso genes. 43 Níveis de Cultura Organizacional O nível organizacional • Ao nível da organização, a cultura é entendida como uma estrutura de referência comum e partilhada por uma quantidade significativa dos membros dessa mesma organização. • É conceitualizada como sendo composta por várias camadas, umas mais periféricas e visíveis e outras mais profundas e invisíveis. • O modelo mais significativo é o modelo da cebola. A analogia com a cebola significa que a parte interior é a menos acessível, sendo as camadas exteriores as mais fáceis de mudar. 44 Níveis de Cultura Organizacional O modelo da cebola Atributos Organizacionais Atributos Individuais Práticas Organizacionais Simbolos/ Artefatos Padrões/ Normas Valores VALORES Pressupostos Básicos 45 Clima Organizacional Níveis de Cultura Organizacional O modelo da cebola ATRIBUTOS ORGANIZACIONAIS Representados pelas seguintes categorias descritivas da organização: contexto, estrutura e processo ATRIBUTOS INDIVIDUAIS A forma como cada indivíduo percebe e descreve a sua organização. Esta camada e a anterior constituem aquilo que é conhecido por “clima organizacional” SIMBOLOS/ ARTEFATOS Palavras, gestos, gravuras ou objectos que contêm um certo significado, só reconhecível por aquelas pessoas que partilham da mesma cultura. As palavras das línguas nacionais pertencem a este grupo PADRÕES/ NORMAS Regras de comportamento social, profissional, religioso ou político. Práticas de gestão que modelam o comportamento (“a forma como as coisas se fazem por aqui”). Inclui rituais (atividades tecnicamente supérfluas mas socialmente importantes) 46 Níveis de Cultura Organizacional O modelo da cebola VALORES Indicam a forma como as pessoas devem atuar – com honestidade, de modo criativo e cooperante, com autonomia, com espírito de igualdade e de forma a dar segurança ao outro PRESSUPOSTOS BÁSICOS Têndencias ou crenças relativamente a alternativas dicotómicas (ex. Certo-Errado; Bom-Mau; Sujo-Limpo; Feio-Bonito; NormalAnormal). Os primeiros valores são adquiridos muito cedo na vida, pelo que se tornam inconscientes e não podem ser observados diretamente. Os valores tornam-se o cerne de uma cultura 47 3. O Relativismo Cultural: estilos de cultura organizacional 48 O Relativismo Cultural Claude Lévi-Strauss, um dos pais da antropologia cultural criou a expressão “relativismo cultural”, dizendo que nenhuma cultura detem critérios absolutos, que lhe permitam julgar as atividades de uma outra cultura como “baixas e pobres” ou “nobres e ricas”. O mesmo se passa em relação às organizações. 49 O Relativismo Cultural As quatro culturas de Charles Handy (1978) Formalização alta APOLLO ATHENA Cultura de Tarefas Metáfora: rede Metáfora: templo ZEUS DIONYSUS Cultura de Pessoas Cultura de “Club” Metáfora: teia 50 Metáfora: grupos Formalização baixa Centralização baixa Centralização alta Cultura de Funções O Relativismo Cultural Uma tipologia clássica de culturas organizacionais APOLLO = CULTURA BUROCRÁTICA Orientação: interna Atributos: Ordem, regras e regulamentos, uniformidade Estilo de liderança: Coordenador, administrador Ligações: Regras, políticas, procedimentos Ênfase estratégica: Estabilidade, previsibilidade, funcionamento regular ZEUS = CULTURA TIPO CLÃ Orientação: interna Atributos: Coesão, participação, trabalho em equipe, sentimento de familia Estilo de liderança: Mentor, facilitador, figura parental Ligações: Lealdade, tradição, coesão Ênfase estratégica: Desenvolvimento humano, moral, implicação/empenhamento 51 ATHENA = CULTURA DE REALIZAÇÃO Orientação: externa Atributos: Competitividade, alcance de objetivos Estilo de liderança: Decidido, orientado para a realização Ligações: Foco nos objetivos, produção, competição Ênfase estratégica: Superioridade no mercado, vantagem competitiva DIONYSUS = CULTURA DO TIPO ADAPTATIVO Orientação: externa Atributos: Empreendorismo, criatividade, renovação Estilo de liderança: Empresário, inovador Ligações: Flexibilidade, espirito empresarial Ênfase estratégica: Inovação, crescimento, novos recursos 4. A TEIA CULTURAL DA ORGANIZAÇÃO 52 A teia cultural da organização Porque é difícil mudar a cultura? Porque a cultura organizacional tem um guardião ... 53 A teia cultural da organização Guardião da cultura: a teia ... não um gorila mas uma teia complicadíssima que cria um paradigma à prova de mudança MECANISMOS E SISTEMAS DE CONTROLE ESTRUTURAS TIPOS DE LIDERANÇA O paradigma cultural da nossa organização HISTÓRIAS E MITOS SIMBOLOS 54 ROTINAS E RITUAIS A teia cultural da organização A teia cultural ESTRUTURAS ORGANIZACIONAIS Hierarquica Autocrática Formalismo na comunicação Escalas salariais rigidas "Top heavy" ROTINAS E RITUAIS Receio de criticar Multiplicidade de assinaturas Forma de recrutamento e promoções Controle de horarios Forma de comunicação "top down" SIMBOLOS HlSTORIAS E MITOS 55 Instalações da Administração Diferenciação no mobiliario Titulos hierarquicos/academicos Tipo de linguagem Rivalidades/conflitos no topo Resolução de questões disciplinares Conflitos laborais Despedimentos A teia cultural da organização A teia cultural TIPOS DE LIDERANÇA MECANISMOS E SISTEMAS DE CONTROLE •Gestão de topo •Gestão de primeira linha •Performance dos conformistas •Performance dos criticos •Inspectores •Rigidez de procedimentos •Excepções às regras •Manuais •Controle pesado PARADIGMA CULTURAL = VALORES FUNDAMENTAIS (exemplos) Empregador para toda a vida Organização indestrutivel Estatuto da empresa Não correr riscos 56 Conclusão Resumindo, a cultura organizacional: É um fenômeno holístico É determinada historicamente É ligada a rituais e simbolos É criada por interação social É constituída por valores partilhados Prescreve o relacionamento entre individuos e a organização Descreve o que é comportamento legítimo e ilegítimo Dita a forma como os membros da organização se devem tratar uns aos outros É dificil de mudar 57 CASO PRÁTICO PARA DISCUSSÃO: ??? 58 Abordagem cultural à organização Características Novos imperativos estratégicos e desafios organizacionais Imperativos Aumentar a velocidade estratégica: compreender, antecipar e responder às forças externas que alteram a dinâmica competitiva e as fontes de valor. Desafios Aumentar a velocidade organizacional monitorando o ambiente competitivo e desenvolvendo processos mais eficientes, acelerando a tomada de decisão e redefinindo a arquitetura organizacional. Focalizar portfólios, com vários modelos de negócios: concentrar esforços em negócios que possam gerar valor e sejam coerentes com as competências centrais, administrando a diversidade. Projetar divergência estrutural: criar e garantir a coordenação de diferentes negócios, que usam diferentes arquiteturas organizacionais, de forma a obter máximo foco e sinergia. Gerenciar ciclos de vida estratégicos: cada industria evolui a partir de um ciclo de vida previsível; diferentes etapas do ciclo conduzem a diferentes estratégias. Promover modularidade organizacional garantindo a evolução constante e rápida do design e sua adequação às necessidades específicas da empresa. Desenvolver flexibilidade na distribuição: diferentes segmentos de mercado exigem diferentes abordagens estratégicas. Estruturar canais de distribuição híbridos criando mecanismos para gerenciar a diversidade interna. Desenvolver inovação competitiva: o conceito de inovação deve ser ampliado para envolver todas as capacidades organizacionais: produtos, processos, distribuição, desenvolvimento estratégico e arquitetura organizacional. Projetar pesquisa e desenvolvimento assimétricos que atendam os diferentes requisitos de negócios, operando em distintos contextos competitivos. Gerenciar canibalismo intra-empresa: gerenciando o desenvolvimento de distribuição e a substituição de antigos negócios, linhas de produtos e canais de fluxos de rendimento. Desenvolver processos de gestão de conflitos: a gestão em ambientes turbulentos cria zonas e situações de conflito; a solução passa pelo reconhecimento do conflito e pelo desenvolvimento de processos de gestão. Adaptado de: Nadler e Tushman, 1999 Fonte: Prof. Dr. Carlos Osmar Bertero PERGUNTAS? Indice 1. Características e definição de cultura organizacional 2. Níveis de cultura organizacional Nível transcultural Nível organizacional 3. O relativismo cultural: estilos de cultura 4. A teia cultural das organizações 5. Caso prático 62