Perfil de Resultados - Proficiência Clínica Área: Marcadores Cardíacos Rodada: Mar/2015 Tema ATUALIZAÇÃO - TROPONINAS DE ALTA SENSIBILIDADE Elaborador Carlos Eduardo dos Santos Ferreira - Médico Patologista Clínico. Laboratório Central do Hospital São Paulo Escola Paulista de Medicina/ Universidade Federal de São Paulo. Laboratório Clínico do Departamento de Patologia Clínica-Medicina Diagnóstica Albert Einstein. Análise das respostas e comentários aos participantes Questão 1: A resposta é a opção 4. Os valores de referência em um laudo de exame laboratorial são de responsabilidade do diretor do laboratório ou pessoa designada por ele. Questão 2: A resposta é a opção 4. A sensibilidade analítica e funcional deve ser avaliada na escolha do ensaio, assim como os interferentes analíticos e a demanda de testes (este principalmente para avaliar a utilização de equipamentos de pequeno porte ou mesmo TLR). O prazo de entrega não interfere na decisão técnica da escolha do ensaio que o laboratório irá utilizar. Questão 3: A resposta é a opção 1. Todos possuímos uma quantidade de troponina circulante, dependendo do ensaio utilizado conseguimos mensurar ou não pequenas concentrações. Em todas as publicações relacionadas à prognóstico, todos os pacientes que possuem concentrações mais elevadas de troponina possuem pior prognóstico. Qualquer patologia que lese o cardiomiócito a troponina sofre elevação. Todas as patologias descritas cursam com valores de troponina mais elevadas quando comparados com pacientes normais. Questão 4: A resposta é a opção 3. A interferência da hemólise nos ensaios de troponina devem ser avaliados e testados de acordo com a bula do fabricante. Existem ensaios de troponina I que cursam com resultados falso positivos e o ensaio de troponina T cursa com resultados falso negativos na presença da hemólise. Questão 5: A resposta é a opção 1. Para avaliação do paciente com suspeita clínica de SCA, os laboratórios devem aplicar no laudo como ponto de corte o percentil 99 descrito em bula reagente ou o percentil 99 do estudo de criação dos valores pelo próprio laboratório. Questão 6: A resposta é a opção 2. Para utilização dos kits em estudos clínicos a orientação é que os ensaios não variem mais que 10%. Já para a prática clínica os ensaios podem variar 20%. Questão 7: A resposta é a opção 1. Com o ganho de sensibilidade analítica o ensaio de troponina ganhou sensibilidade e perdeu especificidade para o diagnóstico de SCA sem supra do segmento ST no eletrocardiograma. A realização da curva (testes seriados) se faz necessária. Outras patologias podem cursar com elevação de troponina em dosagem isolada mas a dinâmica de liberação na SCA é diferente (aumenta gradativamente na evolução do processo fisiopatológico). Questão 8: A resposta é a opção 3. A grande maioria dos ensaios utiliza como método para dosagem das troponinas a Quimioluminescência e suas técnicas derivadas. Questão 9: A resposta é a opção 1. Hoje a recomendação dos principais guidelines é a utilização das troponinas para o diagnóstico de SCA. A dosagem da CK-MB massa deve ser solicitada apenas quando a troponina não estiver disponível. Questão 10: A resposta é a opção 3. A recomendação dos especialistas como prazo ideal para um ensaio automatizado laboratorial de troponina é de 60 minutos. Quando o Laboratório exceder este período é necessário avaliar a utilização de um TLR (teste laboratorial remoto) em sua rotina. Questão 11: A resposta é a opção 1. A troponina deve ser utilizada como marcador de diagnóstico na SCA e também pode ser utilizada para avaliação prognóstica. Questão 12: A resposta é a opção 3. Com um teste negativo em um ensaio com uma sensibilidade de 600 pg/mL não podemos afastar nem confirmar o diagnóstico de SCA; pois muitos eventos cursam com concentrações menores de troponina. Questão 13: A resposta é a opção 1. A troponina agrega valor diagnóstico nos casos em que o paciente não apresenta supra do segmento ST ao eletrocardiograma. Nos casos em que o paciente apresenta supra do segmento ST a troponina tem mais valor prognóstico. Não podemos excluir o diagnóstico no paciente com troponina interior a 12 pg/mL – uma segunda/terceira (curva)amostra deve ser solicitada. Questão 14: A resposta é a opção 4. Quanto mais alto o valor da troponina pior o prognóstico. O paciente II deve realizar a curva para exclusão diagnóstica. O paciente II apresenta o melhor prognóstico pois apresenta o menor valor de troponina. Mesmo sabendo que o pacientes II ou III sejam portadores de Insuficiência Cardíaca o diagnóstico de SCA não pode ser excluído. Questão 15: A resposta é a opção 4. Das patologias apresentadas a única que não cursa com lesão de cardiomiócito é a alopecia. Referências Bibliográficas • Kristian Thygesen, Johannes Mair, Evangelos Giannitsis; et al. How to use high-sensitivity cardiac troponis in acute cardiac care. Eur Heart J. 2012;33(18):2252-2257. • Kristian Thygesen, Joseph S. Alpert, Allan S. Jaffe; et al. Expert consensus document. Thrird Universal Definition of Myocardial Infarction. J Am Coll Cardiol. 2012;60(16):1581-1598. Página 1/2 Perfil de Resultados - Proficiência Clínica Área: Marcadores Cardíacos Rodada: Mar/2015 Respostas dos Participantes Opções (%) Opção 1 Opção 2 Opção 3 Opção 4 Resultado(s) aceito(s) Questão 1 0.3% 0.7% 1.0% 98.0% 4 Questão 2 10.5% 50.0% 5.3% 33.2% 4 Questão 3 70.7% 10.2% 13.8% 4.6% 1 Questão 4 41.4% 6.9% 46.1% 4.3% 3 Questão 5 88.5% 3.0% 4.6% 3.3% 1 Questão 6 7.6% 10.2% 5.3% 75.7% 2 Questão 7 70.4% 13.5% 5.6% 8.9% 1 Questão 8 8.9% 4.3% 75.0% 10.2% 3 Questão 9 38.2% 52.6% 3.0% 4.9% 1 Questão 10 3.9% 1.6% 25.0% 67.8% 3 Questão 11 73.7% 13.2% 10.5% 1.0% 1 Questão 12 2.6% 2.3% 92.1% 1.3% 3 Questão 13 39.8% 9.9% 44.7% 2.6% 1 Questão 14 7.9% 25.3% 9.9% 53.0% 4 Questão 15 4.6% 4.3% 5.3% 83.6% 4 Questionários Respondidos 304 Página 2/2