A importância da confecção precoce da fístula arteriovenosa Fábio Linardi Willem Kolff – 1941 Primeira maquina de diálise Tema tão óbvio e tão pouco utilizado na prática LITERATURA Guias, Manuais, Diretrizes, Artigos atuais. etc • • • • • • Fistula First KDOQI SBN Society Vascular Surgery SEN Vascular Access Society Quando indicar a confecção • • • • Estágio IV FG < 25ml/min Um ano antes do inicio previsto da HD Exceção se a 1ª FAV for prótese Porque indicar precocemente • • • • < mortalidade < morbidade < custo > qualidade de vida Society Vascular Surgery Journal Vascular Surgery – Suplemento – Nov 2008 • Timing of referral for vascular access placement: A systematic review • • • • • • M. Hassan Murad, MD, MPH,a,e Anton N. Sidawy, MD, MPH,f Mohamed B. Elamin, MBBS,e Adnan Z. Rizvi, MD,d David N. Flynn, BS,e Finnian R. McCausland, MD,e Martina M. McGrath, MD,e Danny H. Vo, MD,e Ziad El-Zoghby, MD,c Edward T. Casey, DO,c Audra A. Duncan, MD,d Michal J. Tracz, MD,c Patricia J. Erwin, MLS,e and Victor M. Montori, MD, MSc,b,e Rochester, Minn; and Washington, DC • Baseado em opinião de especialista Porque indicar precocemente Mortalidade/Morbidade % cateter 0 – 7% 7,1 – 14% RR 1 1,03 1,17 1,13 1,23 0,27 0,05 0,13 < 0,01 P 14,1 – 21% 21,1 – 28% >28% Porque indicar precocemente Morbidade/Morbidade INFECÇÃO Cateter/FAV 5 x > cateter com túnel 7 x > com cateter sem túnel Impact of switch of vascular access type on key clinical and laboratory parameters in chronic haemodialysis patients Grzegorz Wystrychowski1,2*, Thomas M. Kitzler1,3*, Stephan Thijssen1, Len Usvyat1, Peter Kotanko1,4 and Nathan W. Levin1 NDT Advance Access - Fevereiro 2009 • • • • • • 2616 pacientes 271 cateter/FAV 69 FAV/cateter 430 cateter 1864 FAV Albumina, Leucócitos, enPCR, eKdr/V, Hb e dosagem de eritropoetina mensal Impact of switch of vascular access type on key clinical and laboratory parameters in chronic haemodialysis patients Grzegorz Wystrychowski1,2*, Thomas M. Kitzler1,3*, Stephan Thijssen1, Len Usvyat1, Peter Kotanko1,4 and Nathan W. Levin1 NDT Advance Access - Fevereiro 2009 • Cateter/FAV > albumina > enPCR > Hb < leucócitos • FAV/cateter < albumina < enPCR < eKdr/V > eritropoetina Impact of switch of vascular access type on key clinical and laboratory parameters in chronic haemodialysis patients Grzegorz Wystrychowski1,2*, Thomas M. Kitzler1,3*, Stephan Thijssen1, Len Usvyat1, Peter Kotanko1,4 and Nathan W. Levin1 NDT Advance Access - Fevereiro 2009 Conclusão Troca de cateter/FAV Melhora nutrição, inflamação e anemia Porque indicar precocemente Morbidade Alterações localizadas pelo cateter • Estenose causada por cateter 3,4 semanas 5,5 semanas PV= 113 +/- 2,3 sem estenose PV= 196 +/- 8,9 com estenose (Steve J. Schwab 1988) ESTENOSE MÚLTIPLAS PUNÇÕES Múltiplas Punções BC BB GRACZ Intermédia BC BB RC 1/3 proximal UB 1/3 proximal UB 1/3 distal RC 1/3 distal UB distal RC distal Porque indicar precocemente Custo • • • • Infecção Manuseio do cateter (profissionais, materiais, medicamentos, tempo) Necessidade de pelo menos mais um cateter Risco de falência da FAV é 2 x > se houver cateter prévio • Um bom cirurgião custa menos ao longo do tempo pois “Cada insucesso gera em média 4 novos procedimentos” (Michael Allon 1998) Porque indicar precocemente Qualidade de vida A presença da FAV melhora a qualidade de vida. Vascular Access: The Past, Present and Future Jeffrey J. Sands Blood Purif – 2009;27:22-27 Janeiro 2009 Cerca de 70% dos pacientes iniciam HD com cateter Somente 30% dos pacientes que iniciam TRS foram consultados por nefrologista Qdo o paciente é visto pelo nefro 3 meses antes, a chance de FAV é 3 x > A transição cateter/acesso – 1 ano O atraso na colocação de FAV > morbidade e mortalidade Vascular Access: The Past, Present and Future Jeffrey J. Sands Blood Purif – 2009;27:22-27 Janeiro 2009 Falência renal é assintomática Resistência do paciente Falta de um programa de gerenciamento Falta de cirurgiões envolvidos Falta de política publica Vascular Access: The Past, Present and Future Jeffrey J. Sands Blood Purif – 2009;27:22-27 Janeiro 2009 • Lições aprendidas: Cuidados com o paciente pré dialitico Exames de imagem Uso de antiadesivos plaquetários Escolha de cirurgião experiente Tempo de colocação da FAV Tratamento precoce da falha da FAV Programa de gerenciamento Política publica Vascular Access: The Past, Present and Future Jeffrey J. Sands Blood Purif – 2009;27:22-27 Janeiro 2009 • Estudo com 1114 pacientes em 74 centros e 182 cirurgiões 72% dos cirurgiões iniciantes 3 x mais sucesso com cirurgiões com mais de 30 procedimento/ano 55% cirurgiões com < 6/ano 16% cirurgiões com > 10/ano Experiência Pessoal Todo ato médico com final feliz, com certeza teve um início feliz. Nem todo ato médico que tem início feliz tem um final feliz. Todo ato médico com início infeliz, com certeza terá final infeliz. O gerenciamento do acesso não deve ser visto como foto e sim como um filme, envolvendo a vida do paciente Cirurgião, às vezes sabe como faz mas não sabe para que serve Nefrologista, sabe para que serve mas não sabe como faz Enfermagem usa e cuida PROGRAMA DE MELHORIA CONTINUADA Economia dos vasos Equipe multidisciplinar Profissionalização do cirurgião PROGRAMA NACIONAL GUIA DE ACESSO VASCULAR PARA HEMODIÁLISE. Sociedade Espanhola de Nefrologia Novembro/2004 • Primeira normativa: “Todas as unidades de nefrologia que tratam de pacientes em hemodiálise deve dispor de programa educacional, com participação multidisciplinar” AS DECISÕES INICIAIS SÃO TOMADAS PELO NEFROLOGISTA Tem Vaga? Custo Água Osmose Compras Funcionários Ktv Anemia SUS já pagou? Acesso Willem Kolff – 1941 Primeira maquina de diálise UNIDADE DE HEMODIÁLISE ACESSO VASCULAR DECISÕES IMPORTANTES • NEFROLOGISTA DIRETOR DA UNIDADE Ter uma política de gerenciamento para a unidade de diálise • NEFROLOGISTA ASSISTENCIAL Ter uma política de gerenciamento de curto, médio e longo prazo para cada paciente Nefrologista Assistencial Gerenciamento da unidade • Levar em consideração: Tempo entre solicitação e realização Qualidade da equipe cirúrgica Qualidade da equipe de enfermagem Qualidade e disponibilidade de tecnologia de ponta Nefrologista Assistencial Gerenciamento para cada paciente • Conversar com o paciente sobre o acesso: Importância das veias Punções venosas no dorso das mãos Exercícios isométricos Possibilidade de falha inicial (10 a 30%) Nunca falar “É uma cirurgia pequena, simples feita com anestesia local e o Sr. vai embora no mesmo dia” Nefrologista Assistencial Gerenciamento para cada paciente • Levar em consideração: Sexo, idade, estado geral Patologia de base e comorbidades Expectativa de vida Avaliação das veias e artérias dos membros Presença de acessos anteriores Fatores preditivos negativos na confecção da FAV • Sexo feminino - > falha primária, > roubo • Idade – expectativa de vida < • Condições clinicas: DM, hipotensão, cardiopatia, coagulopatias, albumina, vasculopatia, obesidade • Qualidade da equipe cirúrgica ENCAMINHAR O PACIENTE AO SEU BOM CIRURGIÃO QUANDO FG = 25ml/min Para ganhar tempo • Histórico clinico • Salientar os fatores preditivos negativos • Solicitar exames de imagem: obesos, pacientes com FAV prévias, dificuldade de visualização das veias superficiais e de pulsos distais • Prescreva aspirina 100mg/dia Indicação do acesso bem feita desde o início Bem acompanhada até a sua utilização Trabalho em equipe multidisciplinar Se o início for mal feito só ele