Ano IV - Número 78 Informativo quinzenal da Pontifícia Universidade Católica de Campinas 24 de novembro a 7 de dezembro/2008 www.puc-campinas.edu.br William Marques O Projeto das Práticas de Formação, importante espaço de flexibilização curricular, é um diferencial da PUC-Campinas. Há dezenas de práticas de formação de curta duração oferecidas aos alunos, como a atividade desenvolvida nas cavernas do Morro Preto, no Parque Estadual Turístico do Alto Ribeira (PETAR). As Práticas de Formação são uma oportunidade para os alunos ampliarem seu conhecimento e enriquecerem sua formação acadêmica e profissioPágina 08 nal. Na prática Ricardo Lima Ensino de qualidade Caverna do Morro Preto, no Parque Estadual do Alto Ribeira, PETAR De olho nas oportunidades Ricardo Lima Quer aproveitar ainda mais a sua passagem pela Universidade? Fique de olho nas várias oportunidades que a PUC-Campinas oferece para enriquecer a sua formação profissional e pessoal. Nesta edição, o Jornal da PUC-Campinas traz diversas dicas de atividades que os estudantes podem desenvolver e ainda ganhar uma bolsa-auxílio, como a Iniciação Científica, Iniciação à Extensão e Monitoria. Você também vai saber mais sobre o ProUni, o Fies e o Crédito Educativo Aplub, bolsas e financiamentos que ajudam muitos alunos. Página 04 Corpo docente qualificado, infra-estrutura e sólido Projeto Pedagógico foram alguns dos fatores determinantes para que as Faculdades de Educação Física, Fisioterapia (foto), Fonoaudiologia, Psicologia e Terapia Ocupacional da PUC-Campinas conquistassem o Prêmio Melhores Universidades, da Editora Abril, na categoria Ciência do Bem-Estar. O Jornal da PUC-Campinas destaca algumas das atividades realizadas por alunos e professores junto às comunidades interna e externa, que justificam o resultado da premiação do Guia Abril. Página 05 MURAL Nas ondas do rádio Aluno Gustavo Zuliani, da Faculdade de Medicina, utliza o Programa ProUni Apesar da audiência da televisão, o rádio mantém sua popularidade entre os brasileiros. A professora Ivete Cardoso Roldão, da Faculdade de Jornalismo resgata, em livro, a história das rádios de Campinas. Página 07 02 24 de novembro a 7 de dezembro/2008 Jornal da PUC-Campinas Editorial As estrelas em nosso caminho A vida pode ser comparada a uma viagem. Misteriosa, planejada, com curso traçado, mas mesmo assim não deixa de ter a marca da surpresa e do imprevisto. Há pontos de parada, encruzilhadas, curvas, subidas e descidas. Continuidades e rupturas. O escritor João Cabral de Melo Neto diz que é uma fábrica que a si mesma se fabrica. Um fio invisível que se desenrola e que também se chama vida. Tem seus pontos de parada. Para reflexão, avaliação e recarga de energias. Às vezes a tentação é fugir desses pontos e “viajar” no sentido figurado de fantasiar, criar um reino imaginário e deleitar-se nos sonhos e evasões que fazem esquecer as durezas do cotidiano. A vida universitária, com seu modo específico de ser, é mais que uma etapa na viagem da vida. Ela mesma é uma viagem. Visitamos o passado, nos apropriamos de suas conquistas para refletirmos sobre elas. Projetamos o futuro. E sonhamos - para sermos plenamente humanos – em ir além de sua previsibilidade, que, aliás, escapa cada vez mais aos nossos esquemas. Nessa viagem há que se parar para prestar contas e medir as forças com que contamos. Assim, para não nos perdermos, elaboramos mapas, regras, modelos funcionais, esquemas de avaliação e guias para percorrermos com segurança os caminhos a seguir. Recentemente a nossa Universidade foi classificada como a primeira do Estado de São Paulo entre as universidades particulares. Num máximo de cinco pontos, nossos cursos ficaram entre três e cinco, que foi motivo de alegria para satisfação de professores, alunos e funcionários. Cada um dá uma parcela de contribuição para que o conjunto seja harmonioso e bonito. Muitos egressos desta Universidade estão hoje no mercado de trabalho, cientes do prestígio que se transfere para aqueles que aqui estudam. E seu trabalho profissional reafirma que a viagem valeu a pena. O Guia do Estudante recomenda a “sua” escola para os que estão chegando para começar uma nova etapa na viagem da vida. Aquela da pre- paração para a vida profissional. À alegria, porém, soma-se a preocupação e compromisso. Compromisso de formar-se para a vida numa instituição cujo espírito seja marcado pela competência e qualidade. Manter a tradição e abrir-se para a inovação. Não dobrar-se ao utilitarismo e imediatismo do mercado de trabalho. Sem esquecer suas exigências, permear a qualificação técnico-científica de um espírito de solidariedade, de preocupação com a construção de uma sociedade solidária. Tudo isso chega em um momento do ano em que, cansados, procuramos dar conta do que adquirimos. Avaliamos os novos horizontes que os cursos nos abriram. As tradições, que nos formaram, sem que delas tomássemos consciência e aqui se explicitaram. Os novos relacionamentos com o mundo, com a história e a sociedade. As relações cotidianas, rotineiras, nas salas de aula, nos corredores, bibliotecas e áreas de convivência. Necessidade de forjar novos hábitos, aprender a “virar-se” por conta com alimentação, roupa e limpeza. Mais que tudo: há um novo horizonte de vida. Ele se forja num olhar para o mundo. Recriá-lo continuamente com arte e ciência. Com poesia, beleza, encantamento, que brotam da ânsia de justiça, paz e liberdade. Mas também um olhar para dentro de si: descobrirse como interioridade responsável pelo destino da humanidade. Como interioridade que refaz contínua e criticamente os caminhos percorrido com viés reflexivo. Muitas vezes, ou melhor, quase sempre, isso escapa a qualquer avaliação. Mas a “sua” universidade o tem como horizonte seu pensar e agir. Nas duras leis que a realidade impõe é gratificante sentirse reconhecido e servir de guia. Mas é preciso dizer: não é só estar bem nos rankings que dá vida a uma instituição, mas o horizonte no qual ela enxerga e situa seu agir. Padre Wilson Denadai Reitor da PUC-Campinas Notas Agenda Ciclo de Palestras 2º Concurso Universitário de Fotografia No dia 1º de dezembro, às 19h30, no Auditório Dom Gilberto, no Campus I, será realizada mais uma rodada do Ciclo de Palestras 2008, promovido pela Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação. A palestra “Políticas de Educação e Valorização do Profissional de Segurança Pública” será ministrada pela diretora do Departamento de Ensino e Pesquisa da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça (Senasp – MJ), Juliana Márcia Barroso. Para participar é necessário se inscrever no site www.puc-campinas.edu.br/eventos/2008/arquivo.aspx. Desenvolver e treinar um olhar diferente e inovador por meio da fotografia, para descobrir novos talentos é o objetivo do 2º Concurso Universitário de Fotografia, que tem como tema este ano “Meu olhar sobre o Brasil”. Promovido pela revista Fotografe Melhor e Sony do Brasil, o concurso é aberto a todos os universitários do país. Os interessados em participar deverão levar até três fotografias com tamanhos entre de 15 x 21 e 20 x 25. Apenas uma foto será premiada. Para se inscrever o candidato deverá acessar o site www.fotografemelhor.com.br/concursouniversitário até o dia 15 de janeiro de 2009 e comprovar que está regularmente matriculado no Ensino Superior, independente do curso. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 11-3038-5118. Revista de Nutrição comemora 20 anos No dia 24 de novembro, às 14 horas, a Faculdade de Nutrição da PUC-Campinas comemora os 20 anos da Revista de Nutrição e lança o Suplemento Temático Segurança Alimentar e Nutricional. No mesmo dia também haverá a conferência “Avanços da Pesquisa em Segurança Alimentar e Nutricional no Brasil”, com a participação da professora adjunta do Instituto de Nutrição da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rosangela Alves Pereira e a representante do Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação Leonor Maria Pacheco Santos. Seminário discute região do Campo Grande Dia 27 de novembro, às 8h30, será realizado o VII Seminário Intersetorial da Região Noroeste, no Auditório da Biblioteca, do Campus II da PUC-Campinas. O encontro reúne serviços municipais, organizações sociais e movimentos populares existentes no território correspondente à atuação dos projetos de extensão vinculados ao Núcleo Territorial Guadalupe/Campo Grande. Mostra artística sobre a Catedral A Coordenadoria Geral de Projetos e Extensão (CGPE) da PUCCampinas promove até o dia 07 de dezembro, das 14 às 17 horas, na Casa Azul do Campus Central a mostra artística “Catedral Metropolitana: uma interpretação plástica”, coordenada pelo professor da Faculdade de Artes Visuais, Paulo Cheida Sans. O evento é uma homenagem aos 100 anos da Arquidiocese de Campinas. Segundo seu organizador, que é autor do projeto de extensão Curadorias de Mostras de Artes Visuaus, a mostra é uma reflexão que vincula a cultura eclesiástica à contemporanedade. A entrada é franca. Informações: (19) 3735-5810. 25/11 10h às 12h30 – Seminário de Residência em Saúde. Auditório da Biblioteca, Campus II. 27/11 8h30 às 12h – IV Seminário Intersetorial da Região Noroeste. Auditório da Biblioteca, Campus II. 1º/12 19h30 às 22h30 – Palestra: Políticas de Educação e Valorização do Profissional de Segurança Pública. Auditório Dom Gilberto, Campus I. 02/12 20h às 22h – Palestra: O Paradoxo Contemporâneo. Sala 29, prédio H11, Campus I. 03 e 04/12 14h às 16h – Minicurso: Filosofia da Cultura. Sala 29, prédio H 11, Campus I. 10/12 12h às 22h30 – Prêmio: Melhor Trabalho de Conclusão de Curso de Análise de Sistemas. Auditório Dom Gilberto, Campus I. Expediente Reitor- Padre Wilson Denadai; Vice-reitora - Angela de Mendonça Engelbrecht; Conselho Editorial - Wagner José de Mello, Rogério Bazi e Sílvia Regina Machado de Campos; Coordenador do Departamento de Comunicação - Wagner José de Mello; Editora - Ciça Toledo (MTb. 14.181); Repórteres - Adriana Furtado, Daniela Arruda e Raquel Lima; Estagiários - Ana Paula Moreira, Caio Armentano, João Victor Barros e Marcelo Foglio; Revisão - Marly Teresa G. de Paiva; Fotografia - Ricardo Lima; Tratamento de Fotos - Marcelo Adorno; Projeto Gráfico e Editoração Eletrônica - Neo Arte; Impressão - Grafcorp; Redação - Campus I da PUC-Campinas, Rodovia D. Pedro I, km 136, Parque das Universidades. Telefones: (19) 3343-7147 e 3343-7674. E-mail: [email protected] Jornal da PUC-Campinas 24 de novembro a 7 de dezembro/2008 03 Opinião Excelência, a criatividade e a competência Roberto Civita Guia do Estudante da Editora Abril nasceu com a missão de “ajudar os jovens em um momento crucial da vida, o de fazer sua opção profissional”. Essas foram as palavras de Victor Civita, meu pai e fundador da Abril, na Carta do Editor, do primeiro número da publicação. Muita coisa mudou de 1983 para cá: de 83 profissões analisadas na edição número 1, chegamos a 208 neste ano. Hoje, o Guia, uma família de 13 títulos anuais, atende não só o estudante de escola particular que disputa vaga na escola pública, mas também o aluno de escola pública que começou a ter acesso à faculdade particular. Em duas décadas e meia, assistimos a uma expansão fabulosa nos números ligados ao Ensino Superior. A quantidade de universidades triplicou. Existem, hoje, mais de 2 mil instituições de Ensino Superior por todo o país. Temos, já, quase 5 milhões de universitários, mais de 20 mil cursos, do tradicional Direito ao exótico “Produção O Galeria “...Não há futuro sustentável sem uma ação enérgica e corajosa a favor da educação da população!” Musical”, que despejará DJs graduados no mercado de trabalho. O negócio da educação superior, no Brasil, passou a girar 100 bilhões de reais por ano. Ganhamos o posto de maior mercado de educação da América Latina. Mas ainda estamos atrás do México e do Chile no número de alunos que conseguimos formar. Apenas um sexto dos nossos jovens ganham o direito de cumprir um ritual básico na passagem à idade adulta: entrar numa faculdade. Sim, há muito a fazer quando somente 12% da população jovem brasileira chega ao ensino superior. Sim, sem dúvida muito foi feito. O acesso ao terceiro grau está se democratizando, principalmente com o aumento de renda do brasileiro e a expansão das escolas privadas, que fornecem hoje mais de 70% das vagas nas universidades. Temos assistido a um esforço, contínuo, dos órgãos competentes, em criar e aprimorar parâmetros de medição e controle da qualidade das escolas. Temos visto empresários e lideranças brasileiras despertando para o óbvio: não há futuro sus- tentável sem uma ação enérgica e corajosa a favor da educação da população! Somos testemunhas das histórias, fantásticas, de superação de dificuldades na produção científica dos nossos acadêmicos. Temos de acelerar tudo isso! Temos de comemorar tudo isso! Vamos comemorar a excelência, a criatividade e a competência das Melhores Universidades do país! Arquivo pessoal Roberto Civita, presidente e editor da Editora Abril O QUE A PRÁTICA DE FORMAÇÃO ACRESCENTOU PARA A SUA FORMAÇÃO? Fotos: Ricardo Lima “De todas as práticas de formação que já fiz, nenhuma tem relação com meu curso. Acho que é preciso variar o repertório para se conquistar uma formação universal. Para se ter uma idéia, já cursei desde Gerenciando Pessoal a Desenho” Douglas Augusto Pinheiro de Oliveira – Aluno do 3º ano da Faculdade de Ciências Econômicas. “Ainda não tive a oportunidade de cursar muitas práticas de formação, mas pretendo escolher aquelas que estejam relacionadas ao meu curso e que me ajudem a ingressar no mercado de trabalho. Na prática de Marketing Pessoal, por exemplo, aprendi a me organizar e a montar meu currículo.” Matheus Bueno Santa Bárbara – Aluno do 1º ano da Faculdade de Administração. “Acho que as práticas de formação são importantes, pois por meio delas é possível conhecer um pouco das outras áreas, fazer amizades e trocar experiências com alunos de outros cursos. Minha turma de Defesa Pessoal tem até comunidade no orkut.” Maristela Fidélis A. Rodrigues – Aluna do 4º ano da Faculdade de Nutrição. “A prática de formação amplia os horizontes e permite que o aluno transite por diferentes áreas do conhecimento, agregando valor à sua formação, por isso, o interesse dos estudantes é grande. Coordeno uma prática que já foi cursada por quase 6 mil pessoas.” Amarildo Carnicel – Professor da Faculdade de Jornalismo. “A maioria das práticas que fiz estão relacionadas à atividades diferentes e lúdicas, pois gosto de esportes de aventura e quero conhecer outros lugares. Gostei muito de Circuito Aquático e Cavernas.” Maria Joana Ribeiro do Val – Aluna do 4º ano da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo. “Gostaria de cursar mais práticas de formação relacionadas à minha área específica, mas para isso seria preciso que elas fossem oferecidas em horários alternativos, já que meu curso é integral.” Luiz Fernando Cruz – Aluno do 2º ano da Faculdade de Engenharia da Computação. “As práticas que cursei me ajudaram a ter uma visão além do campo da Comunicação. Acho que a Universidade não deve se restringir só à sala de aula. As práticas são importantes, pois nem todos os alunos têm a oportunidade de fazer iniciação científica, nem outras atividade do gênero.” Aline Akemi Makinodam – Aluna do 2º ano da Faculdade de Relações Públicas. “Por meio das práticas de formação posso aprofundar aquilo que aprendo em sala de aula e conhecer assuntos e atividades que não são tratados com tanta profundidade.” Carolina Octaviano – Aluna do 4º ano da Faculdade de Jornalismo. Fotos: Ricardo Lima Imagem FESTIVAL GASTRÔNOMICO - Alunos do 4º período da Faculdade de Turismo da PUC-Campinas promoveram, de 12 a 14 deste mês, o Festival Gastronômico, evento que há mais de dez anos movimenta o curso. Este ano, o evento teve como temática a cultura e a culinária de Portugal, Líbano e dos povos astecas, maias e incas. No cardápio, bacalhau, kibe labany e arepas e frango ao molho picante. O Festival Gastronômico faz parte da disciplina Laboratório de Hospedagem e Alimentação, sob a orientação da professora Laura Umbelina Santi, diretora do curso. As apresentações foram avaliadas por uma banca formada por docentes da Instituição, parente e amigos dos alunos. “Chegamos a UMA situação EM QUE ELEVAR a QUALIDADE da EDUCAÇÃO BRASILEIRA é UMA agenda incontornável para OS GOVERNANTES DO PAÍS..” Fernando Haddad, Ministro da Educação, 11/11/2008 04 24 de novembro a 7 de dezembro/2008 Jornal da PUC-Campinas Bolsas de estudo Oportunidades Raquel Lima [email protected] P Passar por uma universidade é, sem dúvida, uma experiência enriquecedora. Além de promover a formação profissional (e apontar direções para carreira), é um espaço de diversidade de conhecimento, pensamento e cultura. Essa passagem pode ser ainda mais marcante quando o estudante aproveita as diversas oportunidades que a instituição oferece, além da sala de aula, para o seu crescimento profissional e pessoal. E o melhor: desenvolver essas atividades com bolsas de estudo. A PUC-Campinas oferece aos alunos da graduação a chance de participar de projetos de Iniciação Científica, Monitoria, Extensão e de estágios supervisionados. Nesta página, você também vai saber mais sobre o ProUni, o Fies e o Crédito Educativo Aplub, bolsas e financiamentos que ajudam muitos alunos, mas que muitos outros desconhecem. Aproveite! (Colaboraram João Victor Barros e Caio Armamentano) Fotos: Ricardo Lima INICIAÇÃO CIENTÍFICA - Durante um ano, os alunos INICIAÇÃO À EXTENSÃO - Qualquer aluno da gra- ESTÁGIO - Nádia Baptista é estudante (foto) do 4º ano da que optam pela Iniciação Científica (IC) recebem de um professor doutor um treinamento na área da pesquisa, têm a oportunidade de conviver diretamente com pesquisadores e recebem bolsa-auxílio (PIBIC/CNPq, FAPIC/Reitoria e Bolsa Fapesp) para o desenvolvimento de suas atividades. A IC tem início em agosto e vai até julho do ano seguinte. Para a estudante Fabiana da Silva Podeleski (foto), do 1º ano da Faculdade de Engenharia Elétrica, que desenvolve um projeto de rede de sensores, a atividade de IC permite uma visão mais ampla sobre o curso e, de certa forma, também sobre o mercado de trabalho. “Posso, na prática, entender o funcionamento de várias tecnologias e, assim, escolher qual área dentro da Engenharia posso me dedicar. É possível estabelecer interdisciplinaridade com outras áreas”, disse. duação PUC-Campinas pode interagir diretamente com a sociedade por meio dos Programas de Iniciação à Extensão. Marcela Suman Pereira (foto), do 3º ano da Faculdade de Educação Física, é bolsista no projeto Vida Nova com a PUC. Junto com bolsistas das outras faculdades do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA), a aluna desenvolve atividades esportivas com crianças de uma das regiões mais carentes da cidade (Vida Nova). “Quero ser professora infantil e o projeto me deu a chance de sentir quais os desafios que vou encontrar ao me formar.” Anualmente, são definidas as cotas de 12 e de 24 horas para Bolsa de Iniciação à Extensão (BIEX). Para Voluntariado em Extensão (VEX) não há limite. Para participar, fique atento à Publicação de Edital pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários no site do Aluno. Atualmente, há 94 alunos BIEX e 65 VEX. Faculdade de Administração e afirmou que sua formação acadêmica tem um diferencial. Há quase dois anos ela faz estágio na Câmara Americana do Comércio (AMCHAM), uma entidade empresarial que engloba cerca de 500 empresas. “Sempre me dediquei aos estudos e queria pôr em prática tudo o que aprendi em sala de aula, além de ter uma vivência real do dia-a-dia de uma empresa”, contou Nádia. A aluna disse que por meio do estágio ela teve a oportunidade de dar início à sua carreira e que se sente mais bem preparada para ingressar no mercado de trabalho. “Estou tendo a oportunidade de me relacionar com diversos executivos. Isso enriquece meu aprendizado e desenvolve minha capacidade de comunicação.” Atualmente, a PUC-Campinas possui cerca de 2 mil estagiários supervisionados. >> Serviço Coordenadoria de Iniciação Científica (19) 3343-7348 / [email protected] MONITORIA - Para os que desejam seguir carreira acadêmica, a Bolsa Monitoria da PUC-Campinas coloca o aluno em uma posição próxima ao do professor, como é o caso de Mariana Souza Linhares (foto), estudante do 3º ano da Faculdade de Jornalismo, monitora na disciplina de Telejornalismo. “Auxilio os alunos na produção de textos e gravação dos programas”, disse. Para ser monitor, o aluno deve ter cursado a disciplina e ter sido aprovado com, no mínimo, média 7,0, não ter mais de três dependências e ser selecionado pelo docente responsável pela matéria. Há monitorias de 6h, 12h e 18h, remuneradas e voluntárias. Neste ano, há 126 monitores voluntários e 379 remunerados na Universidade. >> Serviço Pró-Reitoria de Graduação (19) 3343-7027 / [email protected] >> Serviço Coordenadoria Geral de Projetos de Extensão (19) 3343-7185 / [email protected] ProUni - A PUC-Campinas aderiu ao ProUni, com concessão de bolsas de estudos integral para cursos de graduação e seqüencial. Hoje, há cerca de 1.500 bolsistas do ProUni na Universidade. Para conseguir o benefício, os candidatos interessados deverão realizar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), referente ao ano vigente, e inscrever-se pela internet, no site do MEC. Os inscritos passam por seleção. “O ProUni me deu a oportunidade que eu jamais teria. Porém, a universidade também ganha, pois a bolsa proporciona uma troca de visões, pessoas de classes diferentes compartilhando o mesmo ambiente de aprendizado”, afirmou Gustavo Oliveira (foto), que ingressou na Faculdade de Medicina em 2006. >> Serviço Pró-Reitoria de Graduação (19) 3343-7027 / [email protected] FIES - A Universidade também mantém convênio com o Financiamento Estudantil (Fies), programa de financiamento do MEC, pela Caixa Econômica Federal (CEF), voltado ao aluno em situação de dificuldade financeira e com bom desempenho acadêmico. O número de vagas e detalhes do processo de inscrição e seleção, estabelecidos pelo MEC, são divulgados na Universidade com cartazes afixados nas Unidades Acadêmicas. Ronaldo da Cruz Bragança (foto), 27 anos, conta com o FIES para cursar a Faculdade de Ciências Sociais. “Somente com incentivo e programas como o FIES é que as pessoas sem condições de pagar mensalidade podem estudar”, disse. Hoje, há cerca de 300 alunos com Fies na PUC-Campinas. CRÉDITO EDUCATIVO Aplub - Bolsas de estudo parciais concedidas ao aluno em curso de graduação ou seqüencial, em dificuldade financeira e com bom desempenho acadêmico, a serem restituídas após o término do curso. >> Serviço - Departamento de Serviço Social ao Aluno (DSSA). (19) 3343-7253 / [email protected] Jornal da PUC-Campinas 24 de novembro a 7 de dezembro/2008 05 Premiação Excelência em Bem-Estar Fotos: Ricardo Lima Cinco cursos da PUC-Campinas foram reconhecidos pelo Prêmio Melhores Universidades, da Editora Abril e Banco Real FISIOTERAPIA Fundação - 1973 Os alunos da Faculdade de Fisioterapia fazem estágio supervisionado a partir do 3º ano do curso no Ambulatório de Fisioterapia e no HMCP. Como parte da grade curricular do curso, os alunos atuam em diversas áreas, como a prevenção e recuperação de afecções ortopédicas, reumatológicas, neurológicas, respiratórias, com habilitação para atuar em hospitais, clínicas, instituições, academias e no atendimento domiciliar. O Ambulatório de Fisio recebe em média 300 pacientes por dia, encaminhados pelo SUS. Daniela Arruda [email protected] A PUC-Campinas recebeu, no último dia 10 de novembro, o Prêmio Melhores Universidades do Guia do Estudante e Banco Real 2008. A Universidade foi a vencedora na categoria As Melhores por área do Conhecimento – Ciência do Bem-Estar com os cursos de Educação Física, Fisioterapia, Fonoaudiologia, Psicologia e Terapia Ocupacional. Dos cinco cursos premiados, quatro estão localizados no Campus II da Universidade. Somente a Faculdade de Educação Física fica no Campu I, apesar de utilizar os laboratórios do Campus II para as aulas de Anatomia e Fisiologia. O reconhecimento dos cursos pelo Guia do Estudante deu-se pela qualidade do Projeto Pedagógico, a qualificação do corpo docente e a infra-estrutura oferecida. Além desse tripé, a convivência com a comunidade interna e externa também foi responsável pela premiação dos cursos. No Centro de Ciências da Vida (CCV), por exemplo, os alunos têm a oportunidade de estagiar em unidades básicas de saúde (os chamados postos de saúde), além de ambulatórios, clínicas-escola e no Hospital e Maternidade Celso Pierro (HMCP) da PUC-Campinas. Para o pró-reitor de Graduação da Instituição, Germano Rigacci Júnior, um dos diferenciais da Universidade é a qualidade do seu projeto pedagógico. “A permanente revisão do projeto pedagógico permite adequar o curso às demandas sociais”, explicou. FONOAUDIOLOGIA Fundação - 1971 Aula prática na piscina da Clínica de Fisioterapia no Campus II da PUC-Campinas Professora e aluna em atividade prática na Clínica de Fonoaudiologia, no Campus II Os alunos da Faculdade de Fonoaudiologia colocam em prática os conhecimentos adquiridos em sala de aula na Clínica de Fonoaudiologia, no HMCP e em empresas da região em que a PUCCampinas mantém convênio, entre elas o setor de call centers, indústrias e emissoras de TV. Mais de 20% da carga horária do curso é voltada para estágios. Na Clínica de Fono foram realizados 5.118 procedimentos de janeiro a outubro deste ano, entre avaliação audiológica e terapia fonoaudiológica nos diferentes distúrbios da comunicação como deficiência auditiva, de voz, da aprendizagem, neurológicos, entre outros. PSICOLOGIA Fundação - 1971 A Faculdade de Psicologia propõe-se a formar o psicólogo segundo o modelo do profissional-pesquisador, capaz de intervir nos mais variados campos de atuação, em diferentes contextos que demandem análise, avaliação e intervenção, nos processos psicológicos e psicossociais. Os alunos podem estagiar em diferentes campos ou projetos na área da saúde, educação e empresa, como escolas públicas, instituições de reabilitação ou do terceiro setor; clínica institucional, hospitais e área da saúde pública e mental, além de organizações públicas ou privadas. TERAPIA OCUPACIONAL Fundação - 1981 Na Faculdade de Terapia Ocupacional os estágios começam no segundo semestre do curso, em diversas áreas de atuação, como o Ambulatório Adulto e o Infantil e no HMCP, como UTI, serviços junto à ortopedia e na pediatria, entre outros. Para a comunidade externa os alunos desenvolvem trabalhos no Centro de Saúde Escola, Casa das Oficinas, Casa da Cultura Tainá e Centro de Convivência Cooperativa Toninha, além do trabalho com o Centro de Atenção Psicossocial (Caps), da Prefeitura de Campinas. Outra oportunidade oferecida pelo curso são os trabalho de extensão desenvolvidos pela Faculdade. Todas essas áreas permitem uma fundamentação na formação do aluno, que também tem contato, no estágio, com a área de administração e gerenciamento dos serviços de saúde. Aluna durante reunião na Faculdade de Psicologia no Campus II da PUC-Campinas EDUCAÇÃO FÍSICA Fundação - 1971 Pista de atletismo da Faculdade de Educação Física Casa Adaptada da Faculdade de Terapia Ocupacional Graças à nova proposta do Projeto Pedagógico da Faculdade de Educação, os alunos têm a chance de se envolver com uma série de projetos e ações interdisciplinares, que atuam diretamente junto à comunidade interna e externa da Universidade. Um exemplo é o projeto Saúde na Praça, que no mês de outubro movimentou o Largo do Rosário, em Campinas, com ações dos dez cursos do Centro de Ciências da Vida (CCV) e quatro do Centro de Ciências Sociais Aplicadas (CCSA). Outra estrela do curso são as atividades complementares, que se realizam por meio de cursos ou ações voluntárias dos alunos, para grupos sociais distintos. Esse modelo de curso, somado às ações interdisciplinares, repercutem diretamente na formação dos alunos. 06 24 de novembro a 7 de dezembro/2008 Jornal da PUC-Campinas ArtCom/Apae Campinas Troca de experiências ArtCom/Apae Campinas Alunos da Apae foram estagiários no Campus II antes de serem efetivados na Universidade Parceria com Apae Campinas Fotos: Ricardo Lima Inclusão Universidade contrata seis ex-alunos da Associação Ciça Toledo [email protected] Há um mês seis ex-alunos da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Campinas (Apae) começaram a trabalhar nos serviços de jardinagem e limpeza do Campus I, da PUC-Campinas. Antes de serem contratados como funcionários pela Universidade, eles foram estagiários no Campus II. Para a diretora pedagógica da Apae Campinas, Eliane de Fátima Trevisan Nogueira, a inclusão de ex-alunos no mercado de trabalho é resultado da educação profissional oferecida pela entidade. “Os alunos passam por um treinamento no nosso Centro de Qualificação Profissional, depois fazem um estágio em uma das empresas parceiras e por fim são contratados. A atitude da PUC-Campinas de inserir nossos exalunos no seu quadro de funcionários é excelente, porque eles adquirem autonomia e renda”, avalia. “Das empresas parceiras, a PUCCampinas é pioneira no sentido de absorver essas pessoas”, completa. Eliane também comemora a atitude da Universidade de contratar seis novos ex-alunos da Apae. A Apae também realizou um treinamento para os funcionários do Departamento de Serviços Gerais (DSG) da Universidade, supervisionado por Manoel Laurindo de Lima Coutinho. “O treinamento nos capacitou a receber adequadamente os ex-alunos da Apae”, afirma o supervisor do DSG. Para o Gerente de Operações da PROAD, Aristides Viera Júnior, a Universidade está preparada para receber esses profissionais. “Nos capacitamos para receber pessoas com deficiência, porque a inclusão faz parte de nossas políticas”, declara. A Universidade, por sua vez, também realizou um treinamento para os encarregados do DSG, que atuam diretamente com os ex-alunos da Apae. Segundo o gestor do Programa de Inclusão, Lucas Camargo, o treinamento oferecido pela Instituição é realizado todas as vezes que um funcionário com deficiência é contratado. No alto, Aristides Vieira Jr, gerente de Operações e Manuel Lima Coutinho supervisor do Departamento de Serviços Gerais; acima, Márcio Brás Roque, coordenador de Cursos de Extensão A inclusão social continua na pauta de discussões da PUC-Campinas. Por meio do seu Programa de Inclusão, a Universidade prepara-se para lançar duas novas ações nos próximos meses: a segunda versão dos Colóquios Inclusivos e um curso de Capacitação em Informática, que será oferecido aos funcionários, em parceria com a Pró-Reitoria de Graduação (PROAD) e a Associação dos Funcionários Administrativos da PUC-Campinas (AFAPUCC). Para o próximo ano, estão previstos cursos de inglês e espanhol, entre outros projetos que envolvem o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, atingindo as áreas administrativa e acadêmica da Universidade. O objetivo é um só: aprimorar projetos existentes na Instituição e lançar novos, sempre visando a inclusão social, a capacitação de professores, alunos, funcionários e a comunidade externa. Para o coordenador dos Cursos de Extensão, da Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários, Márcio Antônio Brás Roque, a receptividade do público externo revela interesse por esse tipo de curso de extensão. “A capacitação é fundamental para o profissional saber relacionar-se com a pessoa com deficiência”, explica. Até o momento, foram oferecidos com sucesso o curso “Diversidade e responsabilidade empresarial: planejando a inclusão do portador de deficiência na empresa”, coordenado pela professora Rita Kather, da Faculdade de Psicologia e o curso “Semelhanças e diferenças: conhecer, respeitar e compartilhar”, ministrado pelo professor Roberto Ciasca, da Faculdade de Terapia Ocupacional. Colóquios Inclusivos tem nova rodada No próximo dia 26, será realizada a segunda rodada dos Colóquios Inclusivos, que nessa versão tem a temática da inclusão na Universidade. O evento é promovido pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários (PROEXT)da PUC-Campinas e dirigido pela coordenadora do Centro Interdisciplinar de Atenção ao Deficiente (CIAD), Roberta Puccetti. Na primeira versão dos Colóquios Inclusivos, realizada em outubro, a Univerdade reuniu especialistas do Brasil, Cuba e Portugal. Para a coordenadora do CIAD, o evento serviu de momento de reflexão para todos os participantes e a experiência dos especialistas das áreas de educação inclusiva foi fundamental para valorizar o papel da escola nessa discus- Ciências Pedagógicas, Guillermo Arias Beatón e a pedagoga e professora da Faculdade de Educação da Unicamp, Maria Teresa Eglér Mantoan. A organizadora do evento diz que está havendo uma maior conscientização entre a população brasileira sobre a temática da inclusão social. “Antes, a sociedade não olhava para essa questão”, diz. “Com o movimento educacional e social de inclusão no Brasil, hoje há uma preocupação maior de como receber e conviver com essas pessoas”, conclui. (Colaborou Daniela Arruda) são. Participaram do evento a educadora Maria de Fátima Pacheco, da Escola da Ponte, de Portugal; o professor de Psicologia da Universidade de Havana e especialista em A educadora Maria de Fátima Pacheco contou a experiência da Escola da Ponte, de Portugal Serviço Interessados em saber mais sobre inclusão social de pessoas com deficiência podem obter informações no CIAD: (19) 3343-7116 ou [email protected] 24 de novembro a 7 de dezembro/2008 07 Sintonizando... SintoniZandO... Adriana Furtado [email protected] O rádio já foi o veículo de comunicação mais popular que existiu no Brasil. Com o surgimento da televisão, na década de 1950, o rádio passou a ocupar o segundo lugar no ranking dos veículos com maior infiltração nos lares brasileiros. Hoje, segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), há cerca de 7,5 mil emissoras de rádio espalhadas pelo país. Apesar da disputa de audiência com outros veículos de comunicação de massa, como os jornais e, recentemente, a internet, o rádio mantém sua popularidade entre os brasileiros. Nos primórdios da era do rádio era preciso ter um aparelho em casa e ficar girando o dial para buscar a sintonia desejada. Com os avanços tecnológicos, no entanto, a sintonia passou a ser digital e até por controle remoto, bastando apenas um clique em um botão. Que houve mudanças na forma de ouvir o rádio é possível perceber, mas de que maneira isso afetou a rotina de quem faz rádio? E mais: como conquistar novos ouvintes na era da informação instantânea e das novas tecnologias? Para o diretor de jornalismo da rádio CBN Campinas, Edilson Damas (foto acima, à esquerda), as novas tecnologias e a interatividade entre as mídias só trouxeram benefícios para o rádio brasileiro. “A interatividade com outras mídias permite que o rádio esteja em vários meios, deu um novo fôlego para quem faz rádio e a qualidade melhorou com a digitalização”, disse Damas. Para acompanhar as novas tecnologias a Rede Bandeirantes trouxe para Campinas, há um mês, o canal de rádio Band News, que tem em sua programação notícias instantâneas. “A Band News foi concebida com uma linguagem moderna, baseada na informação rápida. A cada vinte minutos, as notícias são renovadas, sempre atendendo o interesse do ouvinte em estar por dentro de tudo”, explicou o diretor-geral da Band Campinas, Rodrigo Neves (foto acima, à direita). Hoje, mesmo quem não tem um aparelho de rádio em casa consegue ouvir a programação preferida por meio de um computador ou um tocador de MP3. Aliás, se nenhuma programação agradar, é possível fazer sua própria programação por meio da web. De acordo com o diretor da CBN, as rádios webs não são uma ameaça para as emissoras tradicionais. “É muito fácil montar uma rádio na internet, mas se não tiver conteúdo não adianta”, explica. “Por isso continuamos a pautar nosso trabalho em cima da qualidade”. Alunos montam Grupo de Cinema Cerca de 20 alunos do curso de Direito da PUCCampinas participam de um grupo de cinema que tem como objetivo, num primeiro momento, discutir questões jurídicas por meio de temáticas de filmes. A idéia é, no próximo semestre, exibir mensalmente um filme com debates entre professores e alunos. O projeto faz parte do Núcleo de Estudos de Direito e Cinema, da Faculdade de Direito, que é coordenado pelo professor Arnaldo Lemos Filho, da Faculdade de Ciências Sociais. No último dia 18, o grupo iniciou suas atividades com a exibição do filme O Batismo de Sangue (foto), de Helvecio Ratton, baseado no livro de Frei Betto, que tem como temática a tortura sofrida pelos frades dominicanos nos anos 60 que foram presos por terem apoiado um grupo guerrilheiro no combate à ditadura militar no Brasil. O debate levantou a discussão se tortura é crime político, que deve ser esquecido segundo a Lei da Anistia ou se há a questão da responsabilização jurídica dos agentes torturadores durante a ditadura militar, por ser um crime de lesa humanidade. Fotos: Ricardo Lima Resgatar a história e as mudanças das rádios AM e FM em Campinas é a proposta do livro “Nas ondas do rádio: da PRC-9 à Educativa – a trajetória das emissoras de Campinas”, da jornalista, professora e pesquisadora da PUC-Campinas, Ivete Cardoso Roldão (foto). O livro é resultado de um trabalho de três anos de pesquisa em documentos, jornais, propagandas e entrevistas com profissionais das emissoras da cidade. Para realizar o projeto a professora contou com a ajuda cinco alunos de Iniciação Científica, da Faculdade de Jornalismo. “A idéia do livro foi fazer uma linha do tempo das rádios de Campinas”, explicou a professora. (Colaborou Ana Paula Moreira) Serviço O lançamento do livro Nas ondas do rádio: da PRC-9 à Educativa – a trajetória das emissoras de Campinas, da Editora Setembro, ocorre no dia 26 de novembro, às 19h30, na Catedral do Chopp. SAIBA MAIS Não importa a freqüência, o que vale é a informação rápida e eficiente Nas ondas do rádio MURAL Jornal da PUC-Campinas Confira os principais momentos, que a autora destaca da história do rádio de Campinas “ 1930 até 1950 - “Campinas tem apenas uma única emissora a PRC-9. Primeiras experiências radialistas. Até então, só havia os sistemas de alto-falantes nas praças da cidade”. Década de 50 - “Fundada a Rádio Brasil AM, Rádio Cultura. Período rico para a cidade que passa a ter três emissoras, com transmissões esportivas e programas de auditório”. Década de 70 - “Início tímido das rádios FMs, que tinham uma qualidade de som melhor que as rádios AM. Começam apenas com transmissões musicais. Surge a Rádio Cidade (1976), Cultura FM (1976) e Educadora FM (1978)”. Década de 80 - “O cenário do rádio começa a ser modificado, com as rádios FMs ganhando espaço” Década de 90 - “Programação musical com uma roupagem destinada para o público jovem. As rádios AM investem, cada vez mais, em uma programação popular para ganhar o público perdido para as rádios FM”. Anos 2000 - A Cultura FM passa a transmitir notícia em vez de música. Surge a rádio CBN Campinas”. Divulgação Num segundo momento, o projeto pretende, também, discutirtemas sociais e culturais e estender essa discussão para toda a Universidade. Guilherme Abraão, aluno do 1º ano da Faculdade de Direito, está empolgado com o projeto e espera ampliar os locais de exibição e discussão dos filmes. “Queremos levar as reuniões para os outros campi da Universidade e, assim, aproximar a realidade dos filmes a todos os alunos”, explica. “Outra idéia do grupo é levar esse projeto para populações mais carentes de Campinas”, completa o estudante. 24 de novembro a 7 de dezembro/2008 08 Jornal da PUC-Campinas Práticas de Formação Experiência para toda a vida Fotos: Ricardo Lima Você já pensou em visitar cavernas, mexer com Photoshop, conhecer o Centro Histórico de Campinas, discutir temas sociais por meio de temáticas de filmes, fazer uma série de cursos e até retiro espiritual enquanto cursa a faculdade? Na PUC-Campinas isso é possível graças ao projeto inovador das Práticas de Formação. “O projeto, desenvolvido pela Pró-Reitoria de Graduação (PROGRAD), constitui um importante espaço de flexibilização curricular, visando a formação integral de nossos alunos”, diz o pró-reitor de graduação, Germano Rigacci Júnior. As Práticas de Formação já despertam a atenção de outras Instituições do país pela proposta inédita de oferecer oportunidades para os alunos ampliarem seu conhecimento e enriquecerem sua formação por meio de atividades artísticas, culturais, desportivas, de autoconhecimento, de cidadania, de ética, meio ambiente e religiosas. Para a coordenadora das Práticas de Formação, Carmen Sílvia Verri Ventura, as Práticas também são oportunidades para o estudante conviver com professores e alunos de outras áreas do conhecimento. “As atividades inserem valores éticos, sociais e culturais que são fundamentais na vida universitária e na formação dos alunos”, explica. Quem passa pelo centro da cidade e vê o professor João Verde, da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, andando pelas ruas ao lado de um grupo de alunos, não imagina que, naquele dia, está acontecendo mais um encontro da Prática de Formação “O desenvolvimento de Campinas de 1800 a 1929”, que tem como proposta visitar o Centro Histórico da cidade. A Prática acontece durante a semana e aos sábados, e inclui um passeio pela Maria Fumaça. “Os alunos têm a chance de conhecer melhor a cidade, valorizar sua história e também fazer novas amizades”, analisa o professor. O estudante Pedro Henrique Bello de Moura, do 2º ano de Engenharia Ambiental, fez a Prática de Formação “Cavernas, esporte ou ciência?”, dirigida pelo professor José Antonio Scaleante, da Faculdade de Turismo, que também oferece outra Prática de Formação de visita às cavernas do PETAR. “A Prática foi um estudo complementar do que vejo na sala de aula”, diz. Giovana Giovelli Reggiani, do 4º ano de Turismo, admite ter feito a Prática de Formação de caverna, em Ipeúna (SP) por pura curiosidade. “Ouvi tantos elogios da Prática que resolvi fazer. No fim, vi que ela tem tudo a ver com a minha formação”, conta. Para o professor Scala, como é conhecido na Universidade, as Práticas discutem a questão ambiental, importante para a formação dos alunos. O professor Arnaldo Lemos Filho, da Faculdade de Ciências Sociais, encontrou uma maneira de conciliar a paixão pela docência com o cinema: as Práticas de Formação. “O cinema pode fomentar uma rica discussão sobre vários temas e também ser um pretexto para ver um bom filme”, explica. De segunda a sábado acontecem as Práticas de Formação de Corel Draw e o Photoshop, dirigidas pelo professor Onofre dos Santos Júnior, da Faculdade de Artes Visuais. “Aprender a trabalhar com esses softwares é útil tanto para a vida acadêmica do aluno, como para seus trabalhos profissionais”, diz. V NOVIDADES PARA 2009 Alunos podem escolher entre 120 atividades de diferentes áreas do conhecimento A PUC-Campinas realizará, de 2 a 7 de fevereiro de 2009, a Semana Especial de Práticas de Formação, que oferecerá cerca de 80 turmas de Práticas de Formação, com carga horária de 17 horas/aula. A novidade atenderá prioritariamente cerca de 2.100 alunos concluintes, de diversos cursos de graduação. “Será um mutirão nos três períodos de aula”, explica a coordenadora das Práticas de Formação da PUCCampinas, Carmen Sílvia Verri Ventura. Arquivo pessoal Arquivo pessoal Ciça Toledo [email protected] Prática ministrada pelo professor João Verde teve visita ao centro de Campinas A aluna Giovana Reggiani, da Faculdade de Turismo na Caverna do PETAR (no alto) e passeio em Ipeúna SAIBA MAIS Professor Onofre dos Santos Júnior, durante Prática de Formação Photoshop, no Laboratório de Informática As Práticas de Formação são atividades complementares, de curta duração, que integram o currículo de todos os cursos de graduação da PUC-Campinas e que devem ser cumpridas pelos alunos fora dos turnos da grade curricular regular dos cursos. O objetivo é possibilitar a vivência acadêmica e o enriquecimento da formação humanística, profissional e universitária do aluno. As atividades podem ser desenvolvidas em minicursos, oficinas, vivências, atividades de campo, visitas técnicas, seminários, entre outras atividades. Hoje, são oferecidas cerca de 120 práticas de formação e o aluno poderá cursar, por semestre, um ou dois créditos de 17 horas/aula. Em 2005, a Universidade introduziu a Prática de Formação Acompanhamento Acadêmico do Aluno (PAAA), de 17 horas/aula, que é obrigatória para os ingressantes e tem como principal objetivo acolher o estudante na Universidade e contribuir para a sua inserção no meio acadêmico. Hoje, a PAAA está na terceira fase e é optativa para o aluno veterano. >> Serviço Professor Arnaldo Lemos, durante Prática de Formação no Campus Central Mais informações sobre as Práticas de Formação estão no site www.puc-campinas.edu.br