23/03/2015
Pena assume comissão da Faemg » Agronegócio » Diário do Comércio
Pena assume comissão da Faemg
Ampliação do Balde Cheio, para melhor gestão das unidades produtoras, é uma
das metas
Michelle Valverde
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Com o objetivo de identificar os gargalos e a atual
situação da pecuária de leite em Minas Gerais, a
Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de
Minas Gerais (Faemg) pretende elaborar um
diagnóstico da atividade neste ano. O levantamento é
considerado fundamental para direcionar as ações
voltadas para a atividade nos próximos anos.
Também está nos planos, a ampliação do programa
Balde Cheio, que tem auxiliado para uma melhor
Eduardo Pena: 2015 será um ano de grandes
desafios/Eduardo Pena / Faemg / Divulgação
gestão das unidades produtoras.
Os projetos fazem parte do plano de prioridades do novo presidente da Comissão Técnica de Pecuária
de Leite da Faemg, Eduardo de Carvalho Pena, que tomou posse no dia 17 passado. "O caminho a
percorrer é longo e existem vários desafios a serem superados. Mas vamos trabalhar da melhor forma
para que o pecuarista de leite tenha acesso a programas e informações que permitam a ampliação da
qualidade e da remuneração na atividade", avalia.
Uma das principais metas para a nova gestão da comissão é fazer um diagnóstico completo da
atividade no Estado. O projeto, que deve ser executado ainda neste ano, identificará a produção, o
perfil dos produtores, gargalos e avanços feitos desde 2005, quando foi realizado o último estudo
sobre o segmento.
"Será um trabalho grande e precisaremos do apoio de parceiros, mas os resultados servirão de base
para o desenvolvimento de projetos que auxiliem no crescimento e na melhoria da qualidade do leite
em Minas Gerais. Atualmente, usamos como referência dados do último levantamento, já se passaram
10 anos e acreditamos que muitas mudanças ocorreram durante esse período", ressalta.
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ano
Balde Cheio ­ Também está nos planos a apliação do
programa Balde Cheio, iniciativa que consiste na adoção
de técnicas de manejo de pastagem, controle zootécnico
e gestão da propriedade. Os pequenos produtores, que
possuem pouco acesso à assistência técnica e gerencial,
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são os mais beneficiados. Com o programa é possível
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mercado
obter maior eficiência na produção leiteira e,
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Minas Gerais
rentabilidade.
Pecuária no país fecha ano em queda
conseqüentemente, aumento da produtividade e na
"Queremos expandir os programas voltados para a
assistência técnica e um deles é o Balde Cheio, nossa
Àmenina dos olhos". O pecuarista precisa melhorar a
gestão na propriedade para reduzir os custo de produção e ganhar competitividade. O mercado de
leite é volátil e sofre várias influências como do dólar, das indústrias e do mercado internacional, por
exemplo, então a única forma de superar as variações e manter a rentabilidade da atividade é através
do controle de custo e da melhor eficiência", enfatiza.
Ainda segundo Pena, também será prioridade o fortalecimento das cooperativas e o incentivo para que
os pequenos produtores se organizem nas mesmas. Um dos desafios é capacitar os gestores das
cooperativas, o que é fundamental para que a administração seja eficiente promovendo maior ganho
para todos.
"As cooperativas são fundamentais para o produtor, principalmente para os pequenos. Unidos nessas
entidades, os pecuaristas conseguem obter preços mais valorizados para negociar a produção e a
adquirir insumos com custos menores do que o produtor que atua sozinho", avalia.
De acordo com Pena, faz­se necessário aprimorar a gestão das cooperativas. Muitas vezes, as
pessoas não são preparadas para assumir os cargos administrativos e, isso, pode colocar a entidade e
os seus associados em risco. Nesse sentido, disse ele, a ideia é buscar parceiros para que a gestão
desses estabeleciments seja qualificada e que seus dirigentes tenha condições de melhor administrar
melhor o negócio".
Desafios ­ Em relação ao mercado, Pena acredita que 2015 será um ano de grandes desafios. No
entanto, os preços do leite estão em patamares rentáveis, garantindo margem de lucro em torno de
20% ao ano, que contribui para os investimentos em tecnologia e na melhoria genética do rebanho.
"Com a expectativa de um pequeno crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país e a atual
situação desfavorável da economia, é preciso que o pecuarista fique atento ao aumento dos custos e
faça melhor gestão para evitar prejuízos", alerta.
Minas Gerais produz cerca de 27% do leite nacional, com volume em torno de 9,5 bilhões ao ano. A
produtividade média do plantel é de 1,6 mil litros animal/ano, quantidader muito inferior se comparado
aos rebanhos de outros países, como os dos Estados Unidos, que produzem cerca de 10 mil litros
anuais e da Argentina, cuja média é de 4,5 mil litros por animal ao ano.
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