Carisma Espiritano a luz dos Fundadores Poullart e Libermann A CONGREGAÇÃO DO ESPÍRITO SANTO • Uma história comum, mas marcada pelas histórias de homens e mulheres que se deixem desafiar pelos problemas urgentes do seu tempo. • Uma historia escrita na perseverança, na força inspiradora e renovadora do Espírito Santo. Os primeiros passos... • No dia 27 de Maio de 1703, festa de Pentecostes, Cláudio F. Poullart Des Places e 12 companheiros “pobres” fundam, em Paris, o Seminário do Espírito Santo. • Consagração do Seminário ao Espírito Santo e à proteção da Virgem Maria sem pecado concebida. Quem é CLÁUDIO FRANCISCO POULLART DES PLACES? • Nasceu no dia 26 de fevereiro de 1679, em Rennes, cidade do norte da França, de uma família nobre. Quem é CLÁUDIO FRANCISCO POULLART DES PLACES? • Um jovem promissor cujo desejo maior era formar-se em direito e ocupar um alto cargo no tribunal. Quem é CLÁUDIO FRANCISCO POULLART DES PLACES? • Com 21 anos comunicou aos seus pais, após um brilhante exame final em Direito, que queria ser sacerdote. Quem é CLÁUDIO FRANCISCO POULLART DES PLACES? • Cláudio ingressou no colégio dos Jesuitas, em Paris, em 1701, para iniciar seus estudos de teologia. Quem é CLÁUDIO FRANCISCO POULLART DES PLACES? • A intensa vida de oração o iluminou e estimulou a se compadecer de outros estudantes que com o intento de se ordenarem padres, estudavam na mesma cidade, porém em condições muito precárias. Quem é CLÁUDIO FRANCISCO POULLART DES PLACES? • Ajudava com sua pequena economia e, quando ele mesmo não disponha mais de nada, se fez mendigo em favor deles. Alugou uma casa para os estudantes que ele vinha sustentando com os restos da cozinha dos jesuitas. Quem é CLÁUDIO FRANCISCO POULLART DES PLACES? • Mais tarde, a vida comunitária tornou necessário um superior, um regulamento, uma regra de vida, critérios de admissão, Cláudio, ainda estudante, se mudou definitivamente na mesma casa com os estudantes pobres. Quem é CLÁUDIO FRANCISCO POULLART DES PLACES? • Odenação sacerdotal em 1707. • O Seminário Espírito Santo vivia de esmola. O número dos estudantes chegou a 70. • Em 1709 ocorreu uma epidemia de fome na França. Quem é CLÁUDIO FRANCISCO POULLART DES PLACES? • Cláudio Francisco adoeceu de pleurite. Seu corpo, debilitado pelos jejuns e pela carência de alimentos adequados, não resistiu. • No dia 2 de Outubro de 1709 Cláudio morreu, com apenas 30 anos, e foi enterrado numa sepultura comum. Alguns “traços” marcantes do Seminário do Espírito Santo • Depois que Cláudio mudou-se para a casa com os estudantes pobres, eles fizeram os votos de “trabalhar nos campos mais difíceis.” • “Nesta casa só pode ser admitido quem é pobre e quem possui uma moral reta e capacidade intelectual para vencer os estudos.” Os primeiros anos, depois de Poullart • O pe Garnier, sucessor de Cláudio, sobreviveu apenas 10 meses e morreu jovem também (27 anos). • O terceiro superior, Louis Bouic, porém, dirigiu muito bem a Congregação durante mais de 50 anos. Missão “Ad Intra” • A Congregação foi legalizada em 1734 com a seguinte finalidade: “...formar pobres seminaristas a serem padres dispostos...a fazer de tudo:servir nos hospitais, aos pobres, levar a Boa Nova aos infiéis...” • Os primeiros padres que saíram do seminário se empenharam como vigários em dioceses pobres, no interior da França. Missão “Ad Extra” • A França possuía, naquele tempo, muitas colônias. A grande demanda de missionários e a exigência do governo francês que não queria padres de outraa nações para cuidar dos colonizadores e colonizados abriram as portas para o envio dos primeiros padres espiritanos em “terras de missões”. • Os primeiros Espiritanos optaram pelo Canadá, já em 1732 Efeito da Revolução francesa • Em 1789, com a Revolução francesa,a Congregação perdeu tudo. Os padres se dispersaram pela França e pelo exterior, os seminaristas foram mandados para suas casas paternas. • Mesmo depois, com a ressurreição do seminário em 1805, as dificuldades foram tantas que a qualidade dos novos missionários deixou a desejar. Deus porém tinha previsto um plano, ainda não revelado. “Um só Coração, Uma só Alma” FRANCISCO M. P. LIBERMANN •O segundo fundado FRANCISCO LIBERMANN • Nasceu no dia 12 de abril de 1802, em Zabern, pequena cidade alsaciana, Leste da França. • Quinto filho do rabino “conservador” Lazard Libermann. FRANCISCO LIBERMANN • Nas vésperas do Natal de 1826, passou para o Cristianismo e foi batizado em Paris. Recebeu os nomes de Francisco Maria Paulo. Logo depois ele manifestou o desejo de ser sacerdote. FRANCISCO LIBERMANN • A reação do pai ao saber da entrada do filho na Igreja Católica, foi violenta. Nunca mais em vida pai e filho iam ver-se. • Francisco seguiu com firmeza seus estudos para o sacerdócio. FRANCISCO LIBERMANN • Fortes ataques epilépticos ameaçaram seriamente os seus planos. Embora profundamente atingido, Libermann aceitou a doença como uma cruz que não deixou de ter seu sentido para ele. F. Libermann, F. Le Vavasseur, Eugénio Tisserant • Em 1836 Francisco Libermann conheceu dois jovens: Eugênio Tisserant e Frederico Le Vavasseur. • Os dois sentiram o forte impulso de fazer algo para os Negros de sua terra. F. Libermann, F. Le Vavasseur, Eugénio Tisserant • Durante um longo período Libermann continuou manter o contato com os dois jovens até a festa do Sagrado Coração de Jesus, em 1839. • Em 1840, viajou para Roma a fim de pedir a aprovação de seu Instituto. F. Libermann, F. Le Vavasseur, Eugénio Tisserant • Logo depois da ordenação sacerdotal, guiado pelo Espírito, animado pela proteção de Nossa Senhora das Vitórias e interpelado pela situação gritante dos escravos, Libermann, fudou em 1841, junto com Frederico Le Vavasseur e Eugénio Tisserant a Obra dos Negros, sob o nome de Sociedade do Sagrado Coração de Maria. Trabalho com os negros • Os primeiros missionários partiram para a costa oeste da África, em 1843. • No espaço de um ano faleceram nove padres e irmãos, em conseqüência da malaria, dos diferentes costumes alimentares, de má adaptação ao clima equatorial e num naufrágio. Uma só missão • A obra dos Negros já não era mais desconhecida para o público francês. Tanto o Ministério da Marinha quanto a Nunciatura acharam por bem que o Seminário do Espírito Santo e a Congregação do Sagrado Coração de Maria pudessem unir as forças para a mesma missão. Na força do Espírito Santo • A preparação desta união, porém, levou anos. Muitos preconceitos de um instituto para com o outro haviam de ser superados. • Aos 23 de Setembro de 1848, Francisco Libermann preside à união da Congregação do Sagrado Coração de Maria com a Congregação do Espírito Santo. • Renasce uma família missionária mais dinâmica: A Congregação do Espírito Santo sob a proteção do Imaculado Coração de Maria, os Espiritanos. O Pe Libermann ficou como o 11 superior geral. Morte de Francisco Libermann • Francisco Libermann adoeceu, seriamente, em 1851. • Mesmo assim, ele não poupou forças para levar adiante a obra das missões. • Em 02 de fevereiro de 1852 e a Congregação ganhou mais um intercessor no Céu. E Este Carisma? - Missionariedade: “É no coração do povo de Deus e entre outras vocações, múltiplas e diversas, suscitadas pelo Espírito Santo, que nós, espiritanos, somos chamados pelo Pai...para anunciar a Boa Nova...no seguimento de Seu Filho.” E Este Carisma? - A prática dos conselhos evangélicos: “A nossa finalidade é a evangelização dos pobres...Por isso, dirigimo-nos especialmente aos povos, grupos e pessoas, que não ouviram ainda a mensagem evangélica ou mal a ouviram, àqueles cujas necessidades são maiores...” E Este Carisma? - Vida de comunidade fraterna e orante:“Seja qual for o nosso tipo de apostolado, como sacerdote ou como irmão, procuramos ser testemunhas...,vivendo nas comunidades uma autêntica caridade, feita de compreensão e de perdão mútuo, de partilha e de hospitalidade, sem qualquer forma de discriminação.” Três pilares (alicerces) do Carisma espiritano 1- Docilidade ao Espírito Santo (União Prática). 2- Vida comunitária. 3- Mística de serviço aos pobres e aos mais necessitados. “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me ungiu. Enviou-me a anunciar a Boa Nova aos pobres, a proclamar a libertação aos cativos e dar a vista aos cegos, a mandar em liberdade os oprimidos, a proclamar um ano favorável do Senhor.” (Lc 4, 18-19)