Sistemas operacionais
Gestão de memória
Prof. Diovani Milhorim
1
Memória Virtual – Segmentação





Outro método de gestão de memória virtual é a
segmentação
A segmentação providencia diferentes espaços de
endereçamento linear designados segmentos
Um segmento é um conjunto de endereços lineares
desde 0 até um máximo
Segmentos diferentes podem ter dimensões diferentes
Um processo pode possuir diferentes segmentos
2
Memória Virtual – Segmentação
•
Esquema de administração de memória que suporta a visão do
usuário da memória, leva em consideração a visão de programadores e
compiladores
Um programa é uma coleção de segmentos. Um segmento é uma
unidade lógica, tal como:
• programa principal
• procedimento / função
• método
• objeto
• variáveis locais, variáveis globais
• pilha
• tabela de símbolos, arrays
Um segmento pode ser uma únidade lógica. ex: procedimentos (funções),
bibliotecas
•
Gerência de memória pode dar suporte diretamente ao conceito de
segmentos
3
Memória Virtual – Segmentação
4
Memória Virtual – Segmentação
5
Memória Virtual – Segmentação

Com o tempo, o swapping e a libertação
de segmentos origina fragmentação...
Segmento 4
(10K)
Segmento 4
(10K)
Segmento 4
(10K)
Segmento 3
(6K)
Segmento 3
(6K)
Segmento 6
(4K)
Segmento 2
(6K)
Segmento 2
(6K)
Segmento 2
(6K)
Segmento 5
(6K)
Segmento 5
(6K)
Segmento 1
(8K)
Fragmentação
tempo
6
Memória Virtual – Segmentação

A gestão de memória segmentada é feita
com recurso a tabelas de descritores de
segmentos
Selector
Deslocamento
Endereço virtual
Tabela de descritores
0
Descritor 0
1
Descritor 1
2
Descritor 2
3
Descritor 3
Base
Endereço Físico
Estrutura de um descritor
P
Bit de presença
Base
Limite
Protecção
Controlo
7
Memória Virtual – Segmentação


Vantagens:
 Fácil implementação de partilha de dados
 Divisão de um processo em segmentos diferentes
(e.g., código, heap, stack)
 Múltiplos espaços de endereçamento linear por
processo
Desvantagens:
 Maior fragmentação da memória
 Impossibilidade de se definirem segmentos maiores
do que a memória física (a não ser que se utilize
também paginação ou overlays)
8
Memória Virtual – Misto
Segmentação com paginação.




De forma a tirar partido da paginação e da
segmentação pode-se utilizar um esquema
misto
A um esquema misto também se costuma dar o
nome segmentação com paginação
Um esquema misto era utilizado no sistema
operativo Multics
O processador Pentium também contém suporte
para este tipo de esquema.
9
Memória Virtual – Misto
Segmentação com paginação.
O endereçamento é feito em duas etapas
 O endereço é traduzido em segmentos por
uma tabela de segmentos.
 Depois, cada entrada na tabela de
segmentos e traduzida em endereços físicos
por uma tabela de página.
Duas tabelas são envolvidas (segmentos e
páginas).
10
Memória Virtual – Misto
Segmentação com paginação.
11
Memória Virtual – Misto

Vantagem:
 Elimina
as desvantagens de um esquema
puro de segmentação, mas mantém as suas
vantagens

Desvantagens:
 Maior
complexidade das MMUs
 Mais acessos à memória para conversão de
endereços virtuais em físicos
12
Gestão de Memória – UNIX



As primeiras versões do UNIX utilizavam gestão de
memória baseadas em partições variáveis e swapping
Atualmente, praticamente todas as versões do UNIX
utilizam memória virtual paginada
Processos responsáveis pela gestão de memória
 page daemon – gere as page tables e o core map, e
executa algoritmo de substituição de páginas
 swapper – efectua as transferências de páginas
entre a memória principal e secundária
13
Gestão de Memória – UNIX

Espaço de endereçamento dos processos
 Dividido em 3 partes:
 Segmento de texto – contém o código do programa, e
nunca é alterado ao longo do tempo
 Segmento de dados – pode crescer através da reserva
dinâmica de memória
 Segmento do stack – cresce e decresce ao longo do
tempo, à medida que vão havendo chamadas a funções
NOTA: não é utilizada segmentação, por isso estes
segmentos correspondem a um conjunto de páginas
 Dois processos diferentes podem partilhar o mesmo segmento
de texto (se o programa executado for o mesmo)
14
Gestão de Memória – UNIX

Espaço de endereçamento dos processos
Memória
Espaço virtual
do processo A
Processo A
Processo B
Stack
Stack
Dados
Dados
Texto
Texto
Espaço virtual
do processo B
frames
SO
15
Gestão de Memória – UNIX

Core Map



Estrutura com informações acerca das page frames
Contém uma entrada por frame
Tipicamente cada entrada do Core Map tem as seguintes
informações
 Índices do próximo frame livre e do anterior
 Nº de bloco em disco correspondente à página carregada
 Índice para a process table do processo ao qual pertence a
página carregada no frame
 Bit que indica se o framese encontra livre
 Bit que indica se está ocorrendo uma transferência de
página do frame para o disco (e vice-versa)
 Bit que indica se a página carregada deve permanecer
sempre na memória RAM
16
Gestão de Memória – UNIX
 Tanto
o Core Map como o núcleo (kernel) do
sistema operativo permanecem sempre
carregados na memória principal
Memória
Principal
...
Sempre carregados
em memória principal
Moldura 2
Moldura 1
Moldura 0
Core
Map
Kernel do SO
17
Gestão de Memória – UNIX

Algoritmo de substituição de páginas
 Originalmente era utilizado o algoritmo do relógio sobre o core
map
 À medida que as memórias foram crescendo em dimensão,
verificou-se que este algoritmo perdia eficiência
 O algoritmo foi modificado de modo a ter dois ponteiros (Twohanded clock)
 O sistema tenta sempre manter um conjunto de frames livres na
memória principal (tipicamente ¼ dos frames) – o page daemon
acorda quando não há frames livres suficientes
18
Gestão de Memória – Linux


Esquema de paginação por demanda sem conceito de Working Set
Algoritmo de substituição de páginas
 Processo kswapd (daemon) – acorda de 1 em 1 segundo para
ver se há suficientes frames livres
 O algoritmo de substituição procura diferentes tipos de páginas
a substituir:
 Páginas em cache – semelhante ao relógio
 Páginas partilhadas – descarta as que não estão a ser
utilizadas por nenhum utilizador
 Restantes páginas – analisadas por ordem crescente de
endereço virtual, com um funcionamento semelhante ao
algoritmo do relógio
 Processo bdflush (daemon) – efetua cópias de páginas
modificadas para o disco
19