Reitores pressionados a tomar posição sobre prova Évora é a primeira criticar a exame de ingresso para docentes. E vai levar assunto ao CRUP Emiha Monteiro [email protected] O REITOR da Universidade de Évora, Carlos Braumann, quer que o Conselho de Rei- tores das Universidades Portuguesas tome, na próxima reunião, uma posição pública conjunta sobre a intensão do Ministério da Educação de obrigar os professores contratados a realizar uma prova de avaliação para ingressar na carreira. Depois de Filipa Carvalho, uma professora de Biologia de Famalicão, ter enviado ao reitor da Universidade do Minho uma carta onde pedia a intervenção da universidade a comprovar dos cursos, a acreditação Próxima reunião dos reitores vai analisar O EXAME NO CENTRO DA POLÉMICA o envio do docu- mento foi recomendado pela Associação Nacional dos Professores Contratados. Milhares de cartas e emails estão a ser remetidos por docentes universidapedindo des onde estudaram. "Não tenho dúvidas de que a formação que ministramos ajuda às é da competência dos professores que formamos", afir- mou Carlos Braumann, na resposta que enviou a uma professora. E continuou: "Convicto de que a união faz ? O exame serve para avaliar conhecimentos dos professores que concorrem ao recrutamento para as escolas e o primeiro será feito até ao final deste ano. Quem tiver nota "não aprovado", fica excluído. Terá duas componentes, uma específica sobre as disciplinas lecionadas e outra de conhecimento geral. Este ano, mesmo sem prova, dos 45 mil candidatos, apenas três conseguiram vínculo. o assunto, a pedido de Évora pedi para o assunto ser agendado na próxima reunião do Concelho de Reitores com vista a uma tomaa força, da de posição conjunta". "Os professores foram formados por universidades que lhes reconhecem competências técnicas e pedagógicas para lecionar. Agora o Ministério da Educação, que também tutela as universidades, vem passar um atestado de incompetência às universidades que financia e supervisiona, e quer obrigar os professores a fazer novos exames", disse Filipa Carvalho, a autora da carta já noticiada pelo JN. Na Universidade bra, é de Coim- Madalena Alarcão, vice-reitora, quem tem res- pondido aos professores. "São diversas as áreas profis- sionais onde a avaliação de conhecimentos e competências é necessária, à entrada e durante a carreira", escreveu. E na resposta Madalena Alarcão explicou que não era a "experiência que desqualifica a formação académica prévia. Bem pelo contrário, pode evidenciar a excelência da mesma. A avaliação profissional, desde que clara e feita com rigor, não põe efetivamente em causa uma avaliação académica de qualidade". António Rendas, presidente do Concelho de Reitores, esteve incontactável durante todo o dia. •