MODALIDADES DE GESTÃO NO SUS MUNICÍPIO DE SÃO PAULO Carlos Neder EM DEFESA DO SUS SAÚDE PÚBLICA DE QUALIDADE II FÓRUM DE SAÚDE DA PASTORAL DA SAÚDE DIOCESANA – 29/06/13 Carlos Neder EM DEFESA DO SUS: SAÚDE PÚBLICA DE QUALIDADE I – SAÚDE E SEGURIDADE SOCIAL II – SUS: SETORES PÚBLICO E PRIVADO III – PRINCÍPIOS E ORGANIZAÇÃO DO SUS IV – O DILEMA DO SUB-FINANCIAMENTO V – ALTERNATIVAS DE GESTÃO VI – PESQUISAS DE OPINIÃO VII – MODELOS DE SAÚDE E PRIORIDADES VIII – ESCOLHA DAS MODALIDADES DE GESTÃO IX – PARLAMENTO E CONTROLE PÚBLICO X – PROPOSTAS I - SAÚDE E SEGURIDADE SOCIAL CONCEITOS Completo bem-estar físico, mental e social (OMS) Direito do povo e dever do Estado, a ser garantido por meio de políticas públicas, econômicas e sociais voltadas à melhoria da qualidade de vida e à reorganização das ações e serviços de saúde (Constituição Federal) Seguridade Social: Saúde, Previdência e Assistência Social (três ministérios) OSS, CNSS II – SUS: SETORES PÚBLICO E PRIVADO Setor Público Privado não lucrativo Setor lucrativo e agência reguladora (ANS) Responsabilidades dos gestores no SUS A questão dos 25% dos leitos do SUS Parcerias e PPPs Autarquias especiais e fundações estatais III - PRINCÍPIOS E ORGANIZAÇÃO DO SUS DIREITO À SAÚDE • Valores de solidariedade e justiça social • Políticas sociais e econômicas que visem a reduzir as desigualdades sociais • Necessidade de uma política nacional de saúde que estabeleça os rumos do Sistema Único de Saúde (SUS) • Organizar o SUS a partir de um conceito ampliado de Saúde, enquanto qualidade de vida e direito de cidadania • Observar condições de vida, desigualdades, políticas macroeconômicas, sociais e de desenvolvimento PRINCÍPIOS E ORGANIZAÇÃO DO SUS INTERSETORIALIDADE • A conquista do direito à saúde para todos depende da implementação de políticas públicas intersetoriais • Articular as iniciativas do SUS às das áreas de educação, de assistência social, da criança e do adolescente, da terceira idade, da geração de emprego e renda, etc. • A garantia do direito à saúde exige um projeto nacional de desenvolvimento sustentável, redistributivo e com justiça social • Resgatar o papel do Poder Público PRINCÍPIOS E ORGANIZAÇÃO DO SUS INDICADORES DE DOENÇA E SAÚDE • Indicadores de mortalidade (infantil, materna, por causas externas e outras causas) • Indicadores de morbidade (doenças e agravos) • Indicadores de qualidade de vida (alimentação, estilo de vida, acesso a bens e consumo) • Indicadores de cidadania (educação, cultura, lazer, participação) • O SUS é um sistema nacional que aborda a questão da saúde de maneira ampla, articulando diferentes indicadores. Combate à violência e democratização das informações. PRINCÍPIOS E ORGANIZAÇÃO DO SUS BASE LEGAL CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA (1988) CONSTITUIÇÕES ESTADUAIS (1989) LEIS ORGÂNICAS (1990) LEIS COMPLEMENTARES E ORDINÁRIAS DECRETOS, RESOLUÇÕES, PORTARIAS NORMAS TÉCNICAS PRINCÍPIOS E ORGANIZAÇÃO DO SUS BASE LEGAL CONSTITUIÇÃO DE 1988 – art. 196 a 200 • Saúde, matéria de relevância pública, é direito de todos e dever do Estado • Poder Público – fiscaliza a execução das ações e as executa diretamente ou através de terceiros • As Leis Orgânicas da Saúde (8080 e 8142/90) regulamentaram os princípios constitucionais do SUS, afirmando a saúde como direito universal e fundamental do ser humano e enquanto direito de cidadania PRINCÍPIOS E ORGANIZAÇÃO DO SUS BASE LEGAL PRINCÍPIOS DO SUS (mais conhecidos) • Universalidade • Integralidade • Eqüidade • Descentralização, com direção única em cada esfera de governo • Ênfase na municipalização • Regionalização e hierarquização dos serviços • Resolutividade • Participação social PRINCÍPIOS E ORGANIZAÇÃO DO SUS BASE LEGAL OUTROS PRINCÍPIOS DO SUS • Respeito à autonomia das pessoas • Assistência à saúde sem preconceitos ou privilégios • Utilização da epidemiologia e de recursos das ciências sociais para o estabelecimento de prioridades, a destinação de recursos e a orientação programática • Integração das ações de saúde, meio ambiente, saneamento básico e outras áreas, com a perspectiva da intersetorialidade • Conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos e organização das ações e serviços de saúde de modo a evitar duplicidades de meios e desperdícios • Complementariedade do setor privado IV – O DILEMA DO SUBFINANCIAMENTO CPMF, EC-29, CSS – Contribuição Social da Saúde LRF, gastos em saúde e força de trabalho Solidariedade e pactos Participação da União e do estado no financiamento Municípios gastando acima de suas possibilidades Ambientes democráticos de negócios Controle de metas e de custos V – ALTERNATIVAS DE GESTÃO QUESTÃO ORÇAMENTÁRIA É PARTE DO PROBLEMA Reforma do Estado e alternativas de gestão Planejamento e orçamento participativos Relação Executivo/Legislativo/Sociedade A defesa do SUS (Partidos, Entidades, Movimentos e Fóruns em Defesa do SUS e da Seguridade Social) Pastorais, centrais sindicais Controvérsias: coragem para tomar decisões políticas VI – PESQUISAS DE OPINIÃO Maior preocupação da população brasileira hoje Pior índice de avaliação dos governos O SUS tem avaliação positiva de quem consegue usá-lo Crise ética da saúde suplementar e controle insuficiente Papel do Estado e modelos de saúde Insatisfação dos trabalhadores públicos e privados Usuários e trabalhadores excluídos das decisões VII – MODELOS DE SAÚDE E PRIORIDADES Seguridade social, direito à saúde e intersetorialidade Atualizar a legislação do SUS: iniciativas do MS, rever marcos legais e priorizar a atenção básica, urgência e emergência Incentivos à melhoria do acesso e à qualidade das ações na atenção básica Regionalização e municipalização (regulamentação da Lei n.º 8080/90) Relação com os setores filantrópico e universitário Rever o modelo que está sendo aplicado VIII – ESCOLHA DAS MODALIDADES DE GESTÃO 1. Opções político-administrativas 2. Características do modelo de organização das ações e dos serviços de saúde que se quer 3. Características dos sub-sistemas (orçamentário, financeiro, insumos, recursos humanos, regulação, controle, auditoria, etc.) 4. Graus de descentralização, de autonomia gerencial, de participação e de controle desejados NOVAS PROPOSTAS DE GESTÃO 1. Solidariedade entre os entes da Federação e fortalecer a gestão pública 2. Acordos de gestão e definição de metas 3. Grau de autonomia dos gestores 4. Comparar custo do processo 5. Gestão de pessoal 6. Controle público dos custos e da qualidade 7. Avaliar satisfação dos usuários e dos trabalhadores IX – PARLAMENTO E CONTROLE PÚBLICO Prestações de contas no Parlamento e nos Conselhos de Saúde Controle de gastos (em especial das OSS e das OSCIPS) Controles interno e externo (CGU-TCU/SPDM; TCE/OSCIPS) Incentivar a implantação de conselhos gestores e de fóruns da sociedade civil Iniciativas como esta promovida pela Pastoral da Saúde X – PROPOSTAS Estado, democracia, participação popular e controle público: aprofundar o debate Democracia participativa: a participação como diretriz de governo e do SUS Direitos dos Usuários do SUS Capacitação de gestores e de conselheiros Democratização dos meios de comunicação Participar da elaboração dos programas de governo PROPOSTAS Pontos para a elaboração de Programas de Governo: • Financiamento do SUS e exigir maior participação dos governos federal e estadual • Discutir as diretrizes do MS e apoiar suas iniciativas em SP • Incentivar a regionalização e ver demanda dos municípios • Modelos de saúde: organização e gestão dos diversos níveis de atenção PROPOSTAS • Recuperar a proposta de gestão pública em SP • Assumir diretamente a gestão da atenção básica, fazendo dela sua prioridade •Integrar as unidades e ações de pronto-atendimento na atenção básica e fazer o mesmo com equipes de saúde da família. Rever o papel das OSS no novo modelo • Rever a relação com os setores privados, filantrópico e lucrativo • Valorizar os trabalhadores do SUS • Participação social e controle público efetivos PROPOSTAS • Integração das políticas públicas e Conselho Municipal de Seguridade Social • Fóruns em Defesa do SUS e da Seguridade Social • Pastorais, Centrais Sindicais e outros movimentos na defesa do SUS e da Seguridade Social • Democratização da comunicação e acesso a informações • Plano de ações imediatas na cidade e região • Contribuições para os programas de governo de 2014 CONTATOS Obrigado! Carlos Neder www.carlosneder.com.br [email protected] 11 - 31055632