CRISE CONVULSIVA Escola Superior de Ciências da Saúde – ESCS Hospital Regional da Asa Sul – HRAS Internato de Pediatria – 6° ano Estudantes: Janio Agostinho de Deus Silvia Caixeta de Andrade Coordenação: : Luciana Sugai www.paulomargotto.com.br - 30/5/2012 Identificação: RBM, 7 meses, 11.690g, natural de Brasília-DF, residente e procedente de Samambaia-DF. Admitido em 09/05/12. Queixa principal: "Crises convulsivas há 1mês e 4 dias". História da Doença Atual: Mãe refere que o paciente iniciou com quadro de convulsão tônicoclônica predominando em MMSS há 1mês e 4 dias com duração de cerca de 20seg cada crise, com palidez cutânea e nistagmo associados. Nega sialorréia, diurese ou evacuação durante a crise ou pós-ictal. Refere que inicialmente eram 4-5 episódios por semana, tornando-se diárias há 4 dias. Nega febre, vômitos, diarréia e uso de medicações. Há 7 dias o paciente foi levado com febre não aferida (o acompanhante não soube detalhar o sintoma) para uma Unidade de Pronto Atendimento, onde foi liberado sem medicação. Preocupada com o aumento de freqüência das crises convulsivas, o paciente foi para o HRAN em seguida, onde foi solicitado EEG (não realizado), porém foi liberado sem medicação. Há 1 dia deu entrada no pronto-socorro deste hospital apresentando último episódio convulsivo nesta madrugada. Revisão de Sistemas: sem alterações. Antecedentes Pessoais Fisiológicos: Parto vaginal hospitalar a termo. Peso:3700g, Comp:53cm, PC:35cm, Apgar:8/9. Realizou 7 consultas de pré-natal. Nega intercorrências durante gestação. Refere trabalho de parto prolongado e líquido meconial. Vacinação atualizada (apresentou cartão). DNPM: refere que a criança vocaliza, mas não fala palavras com 2 sílabas. Refere que pega objetos e transfere de uma mão para a outra, não senta sem apoio. Paciente com percentil peso-idade acima do p97. Antecedentes Pessoais Patológicos: Nega doenças comuns da infância. Nega alergias medicamentosas. Nega internações prévias, cirurgias, traumas, hemotransfusões. Antecedentes Patológicos Familiares: Mãe, 26 anos, saudável. Pai, 24 anos, saudável. Dois irmãos, de 3 e 7 anos, saudáveis. História de sopro cardíaco de resolução espontânea no irmão de 7 anos. Convulsão em tio materno durante a infância e epilepsia em 2 primas de segundo grau. Hábitos de Vida e Condições Sócio-Econômicas: Casa de alvenaria, com água tratada e esgoto. Moram na residência os pais, o paciente e os dois irmãos. Possui um cão doméstico. Pai é tabagista, mãe refere que cessou há 2 meses. Aleitamento materno exclusivo até 15 dias de vida e aleitamento materno+água até 6 meses, quando iniciou alimentação complementar. Alimentação atual: 7:30h-leite materno; 09h-mamadeira com Cremogema/Nestogeno; 12h-sopa de legumes batida; 15h mamadeira com Cremogema/Nestogeno; 18h-sopa de legumes batida; 20:30h-mamadeira com Cremogema/Nestogeno. Nos intervalos mama ao peito. Ectoscopia: BEG, ativo no leito, normocorado, hidratado, eupneico, anictérico e acianótico, obeso. Sinais Vitais: FC: 150bpm FR: 35irpm Segmentar SatO2: 95% em ar ambiente. Pele: presença de múltiplas máculas hipercrômicas com cerca de 1cm de diâmetro em todo o corpo. AR: MVF em todo o tórax, ausência de ruídos adventícios. Expansibilidade pulmonar preservada bilateralmente, ausência de uso de musculatura acessória da respiração. ACV: RCR 2T BNF, s/ sopros. ABD: atípico, RHA+, timpânico, flácido, sem visceromegalias ou massas palpáveis. Ausência de sinais de irritação peritoneal. EXT: bem perfundidas, TEC<3seg, pulsos palpáveis e simétricos. SNC: pupilas isocóricas e fotorreagentes. Criança senta com apoio e passa objeto de uma mão para outra. Presença de estrabismo convergente. Ausência de nistagmo. FA medindo cerca de 2x2cm. Quais são suas hipóteses diagnósticas? Que exames você solicitaria para confirmá-las ou descartá-las? Como pode ser classificada a convulsão da criança? Existe relação entre a convulsão e o atraso neuropsicomotor da criança? Existe relação entre a convulsão da criança e a história familiar? Algum dado dos antecedentes da criança justifica o quadro atual? HEMÁCIAS VCM HEMOGLOBINA HCM HEMATÓCRITO CHCM RDW LEUCÓCITOS NEUTRÓFILOS BASTONETES SEGMENTADO SEGMENTADOS EOSINOFILOS BASOFILOS MONOCITOS LINFOCITOS PLAQUETAS HEMATOSCOPIA (SV) SERIE VERMELHA (HBDF) HEMOSSEDIMENTAÇAO 08/05/12 05/05/12 5.25 4.87 68.6 71.3 11.8 11.8 22.5 24.2 36.0 34.7 32.8 34.0 17.9 17.4 7.3 9.1 31.0 36.0 0.1 0.0 29.0 36.0 2.1 3.3 0.5 0.5 0.0 0.0 0.6 0.5 3.9 4.7 414 472 Anisocitose (+) Anisocitose (+) Microcitose (+) -- 10 -- 08/05/2012 BILIRRUBINA TOTAL 0.08 BILIRRUBINA DIRETA 0.04 BILIRRUBINA INDIRETA 0.04 CÁLCIO 10.5 CLORETO 103 CREATININA 0.50 GLICOSE 86 POTÁSSIO 5.60 SÓDIO 139.0 TGO 24 TGP 10 URÉIA 29.0 DENSIDADE PH PROTEÍNAS GLICOSE CORPOS CETÔNICO BILIRRUBINA HEMOGLOBINA UROBILINOGENIO NITRITO EPITÉLIOS CAMPO CELULAS EPITELIAIS LEUCÓCITO FLORA BACTERIANA MUCO CRISTAIS CILINDRO 08/05/12 1.025 5.0 Ausentes Ausentes Ausentes Ausentes Ausente Normal Negativo -3 2 + ++ Ausentes Ausentes 05/05/12 1.025 5.5 Ausentes Ausentes Ausentes Ausentes Ausente Normal Negativo Algumas -3 + + Ausentes Ausentes Dilatação de ventrículo direito; Obstrução de ducto de Monro? Por que não foi solicitado o LCR? Que padrão pode ser observado no EEG? Existe relação entre o achado do EEG e da TC de crânio? “ É aquela que ocorre em vigência de doença infecciosa febril, excluindo-se as infecções do sistema nervoso central, como meningite e encefalite.” Doença benigna, auto-limitada, que não evolui com anormalidades neurológicas ou déficit cognitivo. Faixa etária: 9m – 5a (média da primeira crise entre 14-18m) Tipo de crise: tônico-clônica generalizada (admitindo-se também crises tônicas, abalos tônicos ou crises atônicas) Duração: <15min Pós-ictal: sonolência leve Frequência: normalmente 1 crise/24h Possuiu uma das características abaixo: Tipo de crise: parcial Duração: > 15min Pós-ictal: sinal focal ou sonolência duradoura Recorrência da crise em <24h Desordem convulsiva mais comum da infância Incidência: 3-4% dos lactentes e pré-escolares História familiar positiva Padrão autossômico dominante Cerca de 1/3 das crianças apresenta um segundo episódio, sendo maior o risco de recorrência se: Idade da primeira crise <12m Baixa elevação de temperatura na primeira crise História familiar positiva Crise febril complicada O risco de desenvolver epilepsia é igual ao da população geral, exceto na presença de: Crise febril complicada História familiar de epilepsia Primeira crise <12m Atraso neuropsicomotor Anormalidades neurológicas preexistentes Grande excitabilidade neuronal no período de ocorrência Fatores de vulnerabilidade Predomínio de neurotransmissores excitatórios Hipertermia Citocinas Padrão genético Crises sintomáticas Meningite Encefalite Distúrbios Hidroeletrolíticos (Na e Ca) Hipoglicemia Intoxicação Exógena Nesses casos, solicitar os exames pertinentes Desencadeamento por elevação rápida da temperatura e T>39°C Crise generalizada tônico-clônica, durando segundos a minutos, com pós-ictal apresentando leve sonolência Exame neurológico normal após a crise Identificar o foco infeccioso para descartar convulsão sintomática Crianças <18m têm quadro de infecção de SNC inespecífico, sendo necessário coleta do líquor em caso de crises reentrantes, estado de mal epiléptico, pós-ictal com sonolência excessiva e crise complicada. Eletrólitos (Na, Ca, Mg, K) Glicemia Punção lombar (quando indicada) EEG Crise febril complicada ou fator de risco para epilepsia Exames de Imagem Crise focal ou déficit neurológico preexistente Anticonvulsivante Diazepam: 0,3 - 0,5mg/kg EV ou VR, se crises >5min Orientação dos familiares Assegurar benignidade Uso de antitérmico regular Não exceder no agasalho Compressas mornas em axilas e virilhas Conduta durante a crise Profilaxia não é aceita devido à: Efeitos adversos dos anticonvulsivantes (redução da atividade cognitiva, distúrbios comportamentais, hepatotoxicidade, quadro benigno, entre outros) Segundo Nelson, pode ser feita profilaxia com diazepam oral 0,3mg/kg de 8/8h, porém não é recomendada. Em caso de crise complicada, orienta-se os pais a utilizar diazepam 0,5mg/kg por VR, pois aborta a crise atual e evita a próxima por 24h “Ocorrência de 2 ou mais crises não provocadas em >24h.” Não inclui crises febris e sintomáticas Convulsão: termo mais relacionado a manifestações motoras Estado de mal epiléptico: duração >30min ou crises reentrantes Descarga elétrica anormal no córtex cerebral, podendo ser restrita a uma área (focal) ou disseminada (generalizada) O quadro clínico depende da área acometida (EX: crises psíquicas no córtex temporal ou frontal; crises autonômicas no córtex temporal) Áreas cerebrais lesionadas teriam perda de neurônios gabaérgicos (inibitórios) ou formação de circuitos excitatórios aberrantes Classificação: Idiopáticas Sintomáticas Criptogenética A febre pode predispor a crises epilépticas, devendo ser diferenciada da convulsão febril Pós-ictal: duração de 30min – 2h Sonolência, ataxia, cefaléia, vômitos, hiperreflexia com clônus, Babinski Resolução espontânea Paralisia de Todd: hemiparesia transitória no pósictal, com remissão espontânea em 24h, devendo sua persistência ser diferenciada de eventos isquêmicos Acomete 3% da população geral, sendo que 50% inicia na infância Bom prognóstico Apenas 10-20% das crianças têm dificuldade de controle ou déficit neurológico Observar EEG corrobora com o diagnóstico, sendo a presença de pontas ou pontas-ondas relacionadas a epilepsia em 90% dos casos Idade do início Tipo da crise Fatores precipitantes Desenvolvimento neuropsicomotor A ausência de alterações não exclui a doença Na fase inter-ictal pode haver normalidade em 40% Foco em estruturas profundas não são captados Sensibilização: foto-estimulação, sono espontâneo, hiperventilação Neuroimagem: fundamental para epilepsias focais, EEG focal ou déficit neurológico Diagnóstico CLÍNICO! Início precoce Crises de difícil controle Deterioração cognitiva e motora Atraso no DNPM •Parciais •Simples (Focais) •Complexas •Rolândica •Gastaut e Panayotopoulos •Encefalite de Rasmussen •Generalizadas •Ausência •Tônico-Clônica •Mioclônica •Encefalopatias Epilépticas 40% dos casos na infância Simples: não tem perda de consciência Mais comum: distúrbios motores, movimentos tônicos ou clônicos envolvendo face e pescoço de forma unilateral Aura: desconforto torácico ou cefaléia Não há automatismos, porém os movimentos podem ser confundidos com tiques (DIFERENCIAR, pois são suprimidos pela vontade) Não tem pós-ictal, duração de 10-20s, pode conversar durante a crise EEG: pontas ou ondas uni ou bilaterais, uni ou multifocal Complexa: há perda de consciência Aura presente, como desconforto epigástrico ou sensação de medo (indica início focal) Duração de 1-2min Tem automatismo ▪ Lactente: mastigação repetitiva e deglutição; ▪ Crianças maiores: caminhar repetidamente, acariciar um objeto ▪ Pode se generalizar EEG: ondas agudas ou espículas focais no lobo temporal porção anterior, no período inter-ictal RNM: importante para detectar alterações estruturais (em geral detecta cistos subaracnóides, gliose pós-encefalite, infarto, malformação artério-venosa, glioma, esclerose temporal mesial) Os achados do EEG desaparecem com a idade no geral; sem lesões neuropatológicas Acomete mais meninos Tem forte predisposição familiar Idade média 9-10 anos (variando de 2-14 anos) QC- crises motoras com início em hemiface, sintomas orofaríngeos, consciência preservada ou não, generalização secundária eventual Mais comum durante a noite EEG- spike-waves em região rolândica Tto: carbamazepina até 14-16 anos • Gastaut - Idade média de 8,5 anos - QC- sintomas visuais rápidos, seguidos de abalos hemiclônicos ou com generalização secundária - Fase pós-ictal marcantes, com cefaléia, náuseas e vômitos - EEG mostra alterações quando o paciente fecha os olhos - Tto: carbamazepina ou oxcarbazepina • Panayotopoulos Idade média de 4,5 anos QC- vômitos, crise versiva, abalos clônicos ou generalização secundária EEG alterado durante o sono espontâneo Tto: carbamazepina ou oxcarbazepina Crises parciais motoras contínuas unilaterais Idade inicial em torno de 10 anos Manifestação após doença febril Má resposta ao anticonvulsivante e déficit neurológico progressivo (hemiparesia/plegia, déficit cognitivo, hemianopsia e afasia) Etiologia auto-imune (ativação glutamatérgica? CMV?) Neuroimagem: atrofia de um dos hemisférios cerebrais tardiamente Sinônimo de pequeno mal QC- parada da atividade motora e na fala, olhar vago, mioclonia palpebral, fácies inespecífica Automatismo presente nas mãos Duração <30s Sem aura ou estado pós-ictal Compromete a consciência Muitas vezes a crise é de dificuldade de aprendizado e atenção Faixa etária: 6-7a (> sexo feminino) O teste da hiperventilação por 3 minutos pode desencadear a crise EEG- pontas generalizadas em todas as derivações com frequência de 3 Hz Ausência complexa é aquela em que os componentes motores incluem mioclonia da face ou extremidades, ou até mesmo perda do tônus do tronco e queda EEG com pontas mais lentas (2-2,5Hz) Diagnóstico: QC+EEG Diagnóstico diferencial Ausência Crises parciais complexas 6-7 anos Acomete qualquer faixa etária EEG com pontas generalizadas de 3 Hz EEG com paroxismos focais (uni ou multi) Sem aura Aura Sem estado pós-ictal Estado pós-ictal Mais frequentes durante o dia Menos frequentes durante o dia Tto: etossuximida e ácido valpróico Prognóstico: controle das crises com relativa facilidade Evolução de 40% na adolescência com crises tônico-clônicas associadas Antigamente chamada de grande mal Mais comumente encontradas na prática clínica Pode representar a generalização de crise parcial quando existe aura ou ser primária Fatores precipitantes: infecções, febre, medicações, fadiga excessiva, stress emocional QC- Há perda da consciência de maneira súbita, movimento ocular para trás e contração tônica da musculatura, além de apnéia e cianose. Fase clônica: contração rítmica seguida de relaxamento; pode ocorrer mordedura da língua, vômito, sialorréia e liberação esfincteriana Pós-ictal: sono profundo por 30min-2h com vômitos frequentes. Podem ser observados reflexos hiperativos, clônus, entre outros. Mioclonias: contrações musculares simétricas e breves, com perda do tônus muscular e queda ou projeção do corpo para frente Tipos Benigna da Infância: tronco, pescoço e extremidades; fase de lactente. DNPM normal, EEG normal, prognóstico excelente, cessa por volta de 2a e não necessita de terapêutica específica Mioclonal da Infância: acomete crianças em torno de 2a, 50% tem crises tônico-clônicas associadas; EEG com ponta onda rápida >2,5Hz; 33% tem história familiar de epilepsia. Pode haver distúrbio de linguagem e aprendizado, porém o prognóstico a longo prazo é favorável. Mioclonal Juvenil (Síndrome de Janz): início entre 12-16a, com abalos mioclônicos em MMSS, pior se privação de sono, pode evoluir com associação de crises tônico-clônicas. Boa resposta ao ácido valpróico. Mioclonal Progressiva (Doença de Lafora): desordem autossômica recessiva com início na forma de crise tônico-clônica, deterioração mental em 1a. EEG com paroxismo de polipontas onda com ritmo de base desorganizado. Diagnóstico com depósitos nas glândulas ductais sudoríparas PAS+ na biópsia da pele. Tto com benzodiazepínico e ácido valpróico. Síndrome de West Início dos espasmo infantis entre 4-8m ▪ Contrações simétricas de pescoço, tronco e extremidades que duram segundos Criptogênico: sem história de complicação durante o parto e marcos de desenvolvimento normais; bom prognóstico Sintomático: doenças ou acidentes prévios no período pré, peri ou pós-natal; retardo mental em 80-90% dos casos. EEG: hipsiarritmia (padrão caótico, com ondas lentas bilaterais, assincrônico e de alta voltagem) Tto: glicocorticóides ou ACTH exógeno (hipótese de excesso de CRH levando à hiperexcitabilidade neuronal) ▪ Outros: ácido valpróico, vigabatrina e nitrazepam Alteração estrutural em >80%, sendo necessário exame de neuroimagem Monoterapia Menor dose possível e que não cause efeitos colaterais Monitorização dos nível séricos no início do tratamento Solicitar mensalmente HC e provas de função hepática nos primeiros 3 meses Outras indicações: uso de drogas com interação, estado de mal epiléptico, má adesão, estirão de crescimento acelerado, politerapia, crises não controladas ou que mudaram seu padrão, toxicidade, doença hepática ou renal, deficiência cognitiva ou física Podem ter suas drogas suspensas: Ausência de crises por 2 anos (risco de recorrência 20-25% nos primeiros 6m) Não fazer parte de grupo de risco Retirada gradual em 3-6m Grupo de risco: início >12a, disfunção neurológica, crise neonatal, difícil controle Não prescrever anticonvulsivantes na primeira crise afebril se: Exame físico negativo EEG normal Família que colabora ▪ 70% dessas crianças não apresenta outra crise Crise recorrente é indicação para início do anticonvulsivante E exames de neuroimagem??? Em caso de primeira crise não provocada Investigação etiológica com a família Fazer EEG (não é necessário exame de neuroimagem, mas se for realizado optar por RNM) Abordagem cirúrgica Crises intratáveis e foco epileptogênico localizado Dieta cetogênica??? Indução da cetose por restrição de carboidratos e proteínas Crises Focais Tônico-Clônicas Crises Generalizadas Ausências Mioclônicas Atônicas/tônicas 1ª escolha Carbamazepina Fenitoína Carbamazepina Fenitoína Valproato Etossuximida Valproato Etossuximida Valproato Etossuximida Valproato 2ª escolha Valproato Fenobarbital Fenobarbital Clonazepam Clonazepam Clonazepam Nitrazepam Posicionar o paciente em local seguro Posição neutra da cabeça Garantir via aérea pérvea, circulação e ventilação adequada Obter acesso venoso e ofertar oxigênio Monitor cardíaco Oxímetro de pulso Pressão arterial não invasiva Glicemia capilar Crises com duração >3-5min Chegou em crise 5min Diazepan causa encefalopatia bilirrubínica no período neonatal!! Fenitoína: não fazer IM ou diluir em SG 20 min Midazolan Nelson et.al.Tratato de Pediatria. 18ª edição www.paulomargotto.com.br Casella EB & Mângia CMF. Abordagem da crise convulsiva aguda e estado de mal epileptico em crianças. Disponível em: http://www.jped.com.br/conteudo/99-75S197/port.pdf GUERREIRO, Marilisa M.. Tratamento das crises febris. J. Pediatr. (Rio J.) [online]. 2002, vol.78, suppl.1, pp. S9-S13. ISSN 0021-7557. Clicar agora aqui! (eslide em Apresentação) Crises convulsivas no período neonatal Autor(es): Sérgio Henrique Veiga, Paulo R. Margotto, Josileide G Castro Dda Silvia Ddo Jânio