TRADUÇÃO E ADAPTAÇÃO CULTURAL PARA O PORTUGUÊS DO BRASIL DE INSTRUMENTO PARA O EXAME MORFOLÓGICO ADAPTADO AOS TRANSTORNOS DO ESPECTRO DO AUTISMO E A CONCORDÂNCIA DOS SINAIS DISMÓRFICOS ENTRE 2 OBSERVADORES 1 Autores 1 1 1 Thais Arbocese Zanolla , Eduardo Perrone , Rodrigo Ambrosio Fock , Ana Beatriz Alvarez Perez , 2 Decio Brunoni 1 2 Instituição UNIFESP - Universidade Federal de São Paulo (Rua Coronel Lisboa, 966), MACKENZIE - Universidade Presbiteriana Mackenzie (Rua da Consolação, 930) Resumo OBJETIVOS Introdução: A presença de anomalias menores (AM) varia entre os indivíduos com autismo. Kanner (1943) relatou que o autismo é um transtorno o qual as crianças estão livres de defeitos óbvios e são bem formadas. Nos anos 70 e 80, os pesquisadores documentaram que crianças com autismo eram encontrados frequentemente no exame físico achados fora do normal. Miles e Hillman (2000) propuseram que um subgrupo de crianças com autismo pode ser identificado através de características físicas indicativas do processo anormal ocorrido na embriogênese. Miles et al. (2008), desenvolveu e validou um instrumento de exame morfológico para ser utilizado na classificação de subgrupos do autismo por clínicos que não são extensivamente treinados em dismorfologia. O objetivo deste trabalho é traduzir para o português do Brasil e adaptar culturalmente os sinais clínicos presentes no exame físico morfológico dos pacientes com (TEA), que constam de 84 sinais morfológicos os quais resultam em um algorítmo que determina se o paciente é “dismórfico” ou “não dismórfico” e avaliar a taxa de concordância de AM entre dois observadores independentes. MÉTODOS Material e Métodos: Baseando-se em modelo proposto por Reichenheim & Moraes (2007), foi realizada a tradução e adaptação cultural do exame físico morfológico para o português do Brasil, e para avaliar a concordância entre 2 observadores (médicos geneticistas) foi aplicado protocolo mencionado previamente que avalia 12 grandes áreas corporais em 62 pacientes com TEA que foram diagnosticados segundo os critérios do DSM 5. RESULTADOS Resultados: A tradução e adaptação cultural do EFM realizado resultou em uma versão preliminar dos 82 sinais dismórficos. As taxas de concordância variam: filtro labial 38%), boca /lábios (46%), as unhas (46%) e dedos e polegares (72%). CONCLUSÃO Discussão: Reconhecer os sinais clínicos presentes no grupo de pacientes com TEA permite definir qual a área do corpo apresenta uma dismorfia sem que seja necessário despir as roupas destes indivíduos para realizar o exame físico, pois, o algoritmo está estruturado em 12 áreas do corpo que são: baixa estatura, padrão de crescimento dos cabelos, orelhas, face, boca, filtro, dentes, nariz, mãos, dedos e polegares, pés e unhas. Classificar os pacientes através do algoritmo permite identificar se o indivíduo é “Dismórfico” ou “Não Dismórfico”. Porém, as AM são de difícil avaliação o que torna indispensável o estabelecimento de definições mais precisas em consensos e a uniformização dos termos utilizados. A importância de promover aos clínicos um método prático de distinguir os indivíduos com autismo complexo do essencial levará a um prognóstico mais preciso, a determinação do risco de recorrência e direcionamento de tratamentos. Palavras-chaves: transtorno do espectro autista, dismorfologia, exame físico morfológico Agência de Fomento: