AVALIAÇÃO CLÍNICA DO PACIENTE COM CARCINOMA HEPATOCELULAR QUE SERÁ SUBMETIDO A CIRURGIA Elizabeth Balbi Hepatologista Centro Estadual de Transplantes - RJ Introdução Fígado: Envolvido em inúmeros processos metabólicos e sintéticos; Capacidade de regeneração em um curto espaço de tempo; Necessidade de preservar um volume suficiente de fígado funcional; Estratégias g para p aumentar o volume e a função ç do fígado remanescente; Experiência: p transplante p com doador vivo a partir p década de 90. Regeneração Volume residual: pelo menos 25%; p p do parênquima p q remanescente: Hiperplasia Proliferação de hepatócitos e células nãoparenquimais, p q , seguida g do aumento do volume celular;; Células endoteliais, células de Kupffer e células das g ç sincronizada (volume ( vias biliares regeneração dependente e injúria dependente ) Refletida pela elevação da GGT e Fosfatase alcalina; Fígado Fí d saudável: dá l 3 a 6 meses. Regeneração Evolução bioquímica D1 D3 D7 AST e ALT GGT e FAL Bilirrubinas Proteínas Plaquetas TAP 2 meses Evolução bioquímica Insuficiência Hepática Pós Hepatectomia Falência de uma ou mais das funções ç sintéticas ou excretoras do fígado após ressecção hepática, caracterizada p por hiperbilirrubinemia, p , hipoalbuminemia, alargamento do TAP/ INR, elevação do lactato e diferentes graus de encefalopatia Saner et al, al Liver International 2008 Falência hepática Alta mortalidade – até 60%; p causa de morte após p hepatectomia; p ; Principal Manifestações: Icterícia – mais sensível; Coagulopatia; E f l Encefalopatia; i Acidose metabólica; Disfunção renal; SIRS. Insuficiência Hepática Pós Hepatectomia Critério 50-50: TAP<50% ou INR >1,7 Bili bi ttotal Bilirrubina t l > 50 umol/L l/L ( 2,9mg/dl) 2 9 /dl) No dia 5 pós operatório Mortalidade de 59% ( sensibilidade 69%/ especificidade 98% ) x mortalidade 1,2% . Belguiti J et al, Ann Surg 2005 Avaliação Clínica Estado nutricional e PS; g Risco cirúrgico: Função pulmonar e cardiovascular; Co-morbidades: Co morbidades: Obesidade, dislipidemia, DM. Esquema QT prévio: Irinotecan: NASH; Oxaliplatina: dilatação sinusoidal; Bevacizumab: p poderia inibir a regeneração g ç hepática. p “Risco Risco Hepático Hepático” Estudo morfológico: Exame de imagem; Volumetria; Avaliação ç anatômica;; Peso do fígado remanescente: 0,6-0,8% do peso corporal; “Risco Risco Hepático Hepático” Avaliação Funcional: Hepatopatia crônica: MELD , Child-Pugh; Fígado “saudável”: Sorologias virais; GGT , FAL ,Transaminases; Child-Pugh. Verde de indocianina – ICGR15; Elastografia Transitória Biópsia hepática. hepática “Risco Risco Hepático Hepático” Fatores de risco para falência hepática: 1. Doença parenquimatosa hepática: • Cirrose; • Esteatose e NASH; • Colestase; • Injúria hepática pela quimioterapia. quimioterapia 2. Idade >65 anos; 3. DM; 4. Sexo masculino; 5. Desnutrição. Cirurgia e Pós Pós--operatório Fatores de risco para falência hepática: Extensão da ressecção (> 4 segmentos); Tempo de oclusão; Sangramento g e necessidade de hemotransfusão;; Reconstrução vascular Pós-operatório; Infecção; Congestão hepática; Injúria de preservação. Carcinoma hepatocelular INDICADORES PROGNÓSTICOS Ó Relacionados ao CHC - tamanho, alfafeto proteína trombose venosa portal proteína, Relacionados à cirrose - parâmetros de disfunção hepática ( classificação de CHILDPUGH ) CHC sem Quimioembolização Critérios para avaliar ressecção em cirróticos •CHILD-TURCOTTE-PUGH •MELD •Critério de Makuchi CHILD - TURCOTTE - PUGH MELD Critério de Makuuchi Teste verde de indocianina Mais usado na Ásia Á ( incidência maior hepatite viral) Injeção de 0,5 mg/kg de verde tricarboindocianina,, q que se liga g a lipoproteínas p p plasmáticas Exclusivamente removido da corrente sanguínea pelos hepatócitos e excretado na bile Boa B tolerância l â i a ressecção ã com resultado l d em 15 min <14% Excluídos pacientes com taxas >20% Seyama Y et al, Hepatol Research, 2009 Estratégias cirúrgicas Manobra de Pringle g - oclusão da tríade p portal Exclusão vascular total – clampeamento da tríade portal e veia cava supra e infra hepática. portal, hepática Clampeamento intermitente e pré condicionamento i ê i isquêmico Embolização da veia porta Indicações para embolização venosa portal pré ressecção Volume estimado do fígado g residual </= / 20% no fígado normal; </= 30% se houver fibrose ou injúria hepática severa </= </ 40% se houver h cirrose i Valthey NJ et al, Br J Surg,2007 HEPATECTOMIAS MAIORES EM FÍGADO NORMAL Clavien PA et al, NEJM, 2007 HEPATECTOMIAS MAIORES EM FÍGADO CIRRÓTICO Clavien PA et al, NEJM, 2007 Conclusões: A insuficiência f hepática pós ressecção ocorre por uma inadequada quantidade ou qualidade de fí d residual fígado id l Fatores de risco para essa condição estão relacionados l i d ao fí fígado, d as comorbidades bid d e a cirurgia proposta Estratégias E pré operatórias e per operatórias podem diminuir o risco Melhor elucidação das vias de regeneração do fígado podem no futuro permitir ressecções mais amplas l com maior i segurança.