PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL PPI Setembro/2012 PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI SUMÁRIO 1. DA APRESENTAÇÃO ............................................................................................ 4 1.1. JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 6 1.2. OBJETIVOS DO PROJETO .......................................................................... 9 1.2.1. Geral .................................................................................................. 9 1.2.2. Específicos .......................................................................................... 9 2. DA IDENTIFICAÇÃO ........................................................................................... 10 2.1. DA MANTENEDORA ................................................................................. 10 2.1.1. Dirigente Principal da Mantenedora .......................................................10 2.1.2. Finalidade ..........................................................................................10 2.2. DA MANTIDA .......................................................................................... 10 2.2.1. Da Sede ............................................................................................10 2.2.2. Dirigentes Principais da Mantida ...........................................................11 2.2.3. Histórico ............................................................................................11 2.2.4. Área de atuação e inserção regional ......................................................12 2.2.5. Aspectos Econômicos e Sociais do RN ....................................................15 2.2.5.1. 2.2.5.2. 2.2.5.3. Indústria, comércio e serviços .................................................................... 16 Turismo .................................................................................................. 18 Agricultura e Agropecuária ........................................................................ 20 2.2.6. População da área de influência do UNIFACEX ........................................21 3. DO MARCO REFERENCIAL ................................................................................. 23 3.1. REFERENCIAIS EPISTEMOLÓGICOS, EDUCACIONAIS E TÉCNICOS .......... 23 4. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA .......................................................... 26 4.1. VISÃO DE FUTURO .................................................................................. 28 4.2. MISSÃO .................................................................................................. 28 4.3. PRINCÍPIOS E VALORES ......................................................................... 29 4.3.1. PRINCÍPIOS ..........................................................................................29 4.3.2. VALORES INSTITUCIONAIS .........................................................................29 4.4. OBJETIVOS ............................................................................................. 30 4.4.1. GERAL ................................................................................................30 4.4.2. ESPECÍFICOS.........................................................................................31 4.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA ........................................................................ 32 4.6. POLÍTICAS .............................................................................................. 34 4.6.1. Conceito ............................................................................................34 4.6.2. PRESSUPOSTOS DAS POLÍTICAS INSTITUCIONAIS ..............................................36 4.6.3. POLÍTICA PARA O ENSINO ..........................................................................39 4.6.3.1. 4.6.3.2. 4.6.3.3. 4.6.3.4. 4.6.3.5. Pós-graduação ......................................................................................... 40 Graduação ............................................................................................... 41 Curso Sequencial ...................................................................................... 42 Programas Especiais de Formação Pedagógica ............................................. 42 Educação à distância (EAD) ....................................................................... 43 4.6.4. POLÍTICA PARA AS ATIVIDADES ARTICULADAS AO ENSINO ....................................43 4.6.4.1. 4.6.4.2. 4.6.4.3. Estágio.................................................................................................... 43 Prática profissional ................................................................................... 45 Atividades complementares ....................................................................... 46 PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 4.6.5. POLÍTICA PARA A EXTENSÃO .......................................................................47 4.6.6. POLÍTICA DE PESQUISA E INCIAÇÃO CIENTÍFICA ................................................48 4.6.7. POLÍTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL......................................................51 4.6.7.1. 4.6.7.2. 4.6.7.3. 4.6.7.4. 4.6.7.5. 4.6.7.6. 4.6.7.7. 4.6.7.8. Valores e transparência ............................................................................. 53 Público interno ......................................................................................... 54 Meio Ambiente ......................................................................................... 56 Fornecedores ........................................................................................... 57 Consumidores .......................................................................................... 57 Comunidade ............................................................................................ 58 Inclusão social ......................................................................................... 59 Memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural..................... 60 4.6.8. POLÍTICA DE GESTÃO ...............................................................................62 4.6.8.1. Gestão acadêmica e administrativa ............................................................. 62 4.6.8.2. Bem-estar ............................................................................................... 64 4.6.8.3. Relações Institucionais .............................................................................. 66 4.6.8.3.1. Relações da Comunidade Interna ........................................................... 66 4.6.8.3.2. Relações com a Comunidade Externa ..................................................... 67 4.6.8.3.3. Relações Mantenedora Mantida.............................................................. 68 4.6.9. POLÍTICA DE APOIO AO DISCENTE .................................................................70 4.6.9.1. 4.6.9.2. 4.6.9.3. 4.6.9.4. 4.6.9.5. 4.6.9.6. 4.6.9.7. 4.6.9.8. Acesso, seleção e permanência .................................................................. 70 Apoio ...................................................................................................... 72 Nivelamento ............................................................................................ 72 Bolsa ...................................................................................................... 73 Apoio Pedagógico ..................................................................................... 75 Programas de estímulo à produção acadêmica ............................................. 76 Acompanhamento pedagógico aos discentes ................................................ 76 Acompanhamento ao Egresso .................................................................... 76 5. DA IMPLANTAÇÃO ............................................................................................. 78 6. DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL....................................................................... 80 7.1 Projeto de Autoavaliação da IES ...........................................................81 6.1.1. Sistemática da Auto-Avaliação da IES ...................................................83 PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma nova estabilidade em função da promessa que cada projeto contém de estado melhor que o presente. Um projeto educativo pode ser tomado como promessa frente a determinadas rupturas. As promessas tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus atores e autores" (Moacir Gadotti). -3- PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 1. DA APRESENTAÇÃO O Projeto Político-pedagógico Institucional - PPI do Centro Universitário FACEX, aqui apresentado, representa mais uma importante etapa no seu processo de evolução, projetando ações transformadoras, na busca de uma Instituição Educacional cada vez mais compromissada com a melhoria das condições de vida da sociedade. Pensar a educação no terceiro milênio é uma tarefa de compromisso para os profissionais da educação, pois o cenário atual indica dois caminhos, quais sejam, assumir um comportamento voltado para a pluralidade cultural no mundo contemporâneo, reconhecendo que o universo cultural não é somente o capital, mas sim, a formação de um cidadão que se integre à sociedade de forma solidária, crítica, no sentido de transformação, ou permanecer em uma visão tradicional, mantendo a reprodução das injustiças e desigualdades sociais em nosso país. Este primeiro caminho implica em uma educação integral e integrada, que pressupõe a gestão não somente como um estabelecimento de regras e limites, mas que possibilite a convivência com respeito, num espaço onde as pessoas tenham prazer em estar e em aprender, onde todos possam aprender juntos, e este foi o caminho escolhido pelo UNIFACEX. Este Projeto Político-pedagógico Institucional foi construído, alicerçado nos princípios normativos da legislação vigente, sem esquecer o compromisso com a busca de uma educação mais igualitária e mais justa a todos os cidadãos brasileiros. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, (LDBEN) no art. 12 indica que os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar sua proposta pedagógica; Destaca que o projeto político pedagógico da escola deve ser elaborado com a participação de todos os seus atores. No art. 13 da LDB, encontramos que os docentes, entre outras funções, incumbir-se-ão de participar da elaboração da proposta pedagógica do estabelecimento de ensino. A necessidade de um projeto político-pedagógico institucional, no entanto antecede a qualquer decisão política ou exigência legal, já que a comunidade acadêmica deve ter claro a que horizonte pretende chegar com os alunos, com a comunidade e com a sociedade. Sua essência encontra-se, portanto, no campo da interação da coletividade, e sua presença precisa ser constante e significativa para o UNIFACEX, permitindo sua democratização e sua autonomia, permeada pela qualidade conseguida ao longo do processo de solidificação como instituição educacional. O UNIFACEX entende que o projeto político-pedagógico somente se constituirá em referência para as ações educativas institucionais se os sujeitos da comunidade -4- PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI acadêmica se reconhecerem nele, para referendá-lo como tal, sendo o mesmo a expressão da vontade explícita e compartilhada de todos os atores visando atingir os fins a que se propõe. Este projeto é um instrumento político, teórico e metodológico, mas, sobretudo inovador, e norteará as ações educacionais do UNIFACEX para consecução de sua missão e dos seus objetivos, pois como afirma A. Gramsci1 “O ambiente geral, o clima cultural, os valores e as imagens mudaram de trinta anos para cá. Por isso a educação, a escola, suas leituras e currículos e seus instrumentos didáticos também devem mudar, pois são realidades concretas e não metafísicas”. 1 GRAMSCI, A., Quaderni del Carcere, a cura di V. Gerratana, Torino, _ Lettere dal Carcere, a cura di A. Santucci, Palermo, Sellerio _ Scritti Giovanili: 1914-1918, Torino, Einaudi, 1972. -5- PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 1.1. JUSTIFICATIVA Este Projeto Político-pedagógico Institucional traduz a filosofia organizacional e educacional do UNIFACEX, bem como suas diretrizes e as estratégias de seu desenvolvimento e atuação a curto, médio e longo prazo. Constitui-se, portanto, em um instrumento balizador à gestão acadêmica, que expressa a prática pedagógica do UNIFACEX e de seus cursos, dando direção às atividades educacionais. Foi construído para o contexto da realidade de uma organização institucional complexa e sua estruturação “revela as características das inter-relações existentes na Instituição, nos cursos e entre cursos, no sistema educacional superior e no contexto social do qual faz parte” (PEREIRA, 2002)2. O Projeto Político-pedagógico Institucional concretiza a condição de autonomia pedagógica do Centro Universitário UNIFACEX na sua competência para fixar os currículos dos seus cursos e programas, estabelecer os conteúdos programáticos de suas atividades/disciplinas – ainda que observadas as diretrizes gerais pertinentes – estabelecer planos, programas e projetos de pesquisas científicas, produção artística e atividades de extensão. Com a autonomia estabelecida e a consequente eliminação de “obrigatoriedades”, faz-se necessário rever a forma de entender e organizar currículos, concebendo uma nova forma de construir o conhecimento e desenvolver o ensino e a aprendizagem. O Projeto Político-pedagógico Institucional direciona a elaboração do Projeto Pedagógico de cada curso oferecido pela Instituição. O Projeto Pedagógico do curso irá refletir a organização curricular, conferindo organicidade para a obtenção da relevância de suas ações. Sendo assim, definirá intencionalidades e perfis profissionais, apontará os focos decisórios do currículo (objetivos, conteúdo, metodologia, recursos didáticos e avaliação), permitirá a análise das condições reais e objetivas de trabalho, otimizará recursos humanos, físicos e financeiros e, finalmente, possibilitará a definição e administração do tempo necessário para o desenvolvimento das ações propostas. O Projeto Político-pedagógico Institucional não fornece regras de como esse processo de construção se dará, porém, antes, dá norte, rumo ou direção, possibilitando que a potencialidade do Projeto Pedagógico de cada um dos cursos “seja parte de um projeto institucional, que é parte de uma Universidade, que é parte de um sistema de educação, que é parte de um projeto de sociedade” (VEIGA, 2000)3. 2 PEREIRA, E. M. A. Subsídios para a elaboração do projeto pedagógico. Campinas, 2001. Disponível em <http://www.prg.unicamp.br/projeto pedagógico.html> 3 VEIGA, I. P. A. Projeto político-pedagógico: continuidade ou transgressão para acertar? In: CASTANHO, S.; CASTANHO, M. E. L. M., (Orgs.). O que há de novo na Educação Superior – do projeto pedagógico à prática transformadora. Campinas: Papirus, 2000. p. 188. -6- PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Mediante o compromisso assumido no estabelecimento de sua missão institucional e a observância aos aspectos objetivos que motivam a discussão do Projeto Políticopedagógico, representados, em princípio, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional - LDB e toda a legislação a ela associada, o UNIFACEX construiu o seu Projeto Político-pedagógico Institucional para integrar-se ao atual cenário de mudanças e estabelecer princípios norteadores para as atividades de ensino, pesquisa e extensão, bem como para a sua articulação. As mudanças pedagógicas não se farão por atos institucionais. Serão processuais e se constituirão no tempo, pela dinâmica da articulação entre a subjetividade – vontade de mudar – e a objetividade – condições objetivas para que as mudanças ocorram. Desse modo, o UNIFACEX entende que ao assumir o processo de mudança deve instalar um ambiente favorável em sua comunidade acadêmica, tornando-a corresponsável e parceira da construção desse modelo que incorpora a nova visão de futuro, pautada na excelência do ensino, nas metodologias inovadoras e ativas e nas novas relações com a sociedade e com o mundo do trabalho. O ambiente favorável para a adoção do modelo proposto é essencial ao seu sucesso e deve garantir a participação de todos os segmentos da comunidade acadêmica: discente, docente e técnico-administrativo, assim como prover a adequação da gestão acadêmica. Sob a égide da autonomia acadêmica, o UNIFACEX busca na construção do seu Projeto Político-pedagógico Institucional explicitar suas concepções de mundo – homem, sociedade, educação, cidadão, profissional – e a partir do entendimento institucional promover uma profunda modificação na estruturação dos projetos pedagógicos dos seus cursos. Estes deverão estar sintonizados com uma nova visão de mundo, expressa em novo paradigma de sociedade e de educação, garantindo a formação global e crítica para os envolvidos no processo como forma de capacitá-los para o exercício da cidadania, bem como torná-los sujeitos de transformação da realidade, com respostas para os problemas contemporâneos. Este Projeto Político-pedagógico, como um todo, deve ser compreendido numa perspectiva dinâmica, em constante reformulação, ainda que algumas partes sejam marcos referenciais. Mas, no seu conjunto, o Projeto Político-pedagógico é sempre uma manifestação de sujeitos concretos sintonizados com os avanços da ciência da educação e que, por isso, ousam reinventar as relações pedagógicas. A construção deste Projeto Político-pedagógico não foi uma tarefa solitária, antes, reflete um esforço conjunto dos envolvidos no processo educativo, ou seja, dirigentes, professores, alunos, pais e funcionários/colaboradores, com base na realidade da Instituição e seu entorno. Este documento é produto de um trabalho coletivo, cujos atores, vivendo em um contexto em transformação, decidem unir forças no sentido de organizar o Projeto de Instituição Educacional que todos os sujeitos envolvidos sonham e acreditam. A diversidade de valores oriunda das práticas desenvolvidas no interior do -7- PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI UNIFACEX permitiu a reflexão do movimento cotidiano, o resgate das experiências e a consolidação da identidade institucional, levando a uma proposta pedagógica, administrativa e financeira. Foi a partir do diálogo coletivo de interrogação da prática e do diagnóstico destas experiências significativas no cotidiano acadêmico que se conseguiu iluminar as relações pedagógicas estabelecidas neste ambiente, culminando no consenso de se construir uma direção, um eixo norteador para o UNIFACEX. Uma vez construído, este Projeto Político-pedagógico requer um comprometimento coletivo e um compartilhar de responsabilidades, de maneira que esta Centro Universitário alcance um desenvolvimento pleno em todos os aspectos humanos, reconhecendo e valorizando o profissional e possibilitando o desenvolvimento social dos alunos, tendo como pano de fundo o desenvolvimento educativo. O sucesso obtido na sua implementação depende, em grande parte, do comprometimento dos sujeitos envolvidos no processo desde a sua fase inicial. No Projeto Político-pedagógico está previsto que por meio da ação de seus membros se concretize a previsão daquilo que se deseja transformar, tanto no que se refere a concepções teóricas como práticas, voltando-se para a operacionalização das grandes metas da Centro Universitário, de modo que a mesma possa servir a sociedade, preparando o aluno para inserir-se no mundo em que vive, interpretando e pensando a realidade como um todo, de forma autônoma, tornando-o capaz de criticar e desenvolver expectativas e projetos em relação ao conjunto da sociedade. Mas, para esse alcance é preciso que a Instituição se transforme. Transformar não é mudar. Transformar significa chegar a situações novas, novos valores, novos princípios, novas relações. É comum transformar concepções e não transformar a prática como tem ocorrido em algumas instituições arraigadas a teorias tradicionais, de caráter racionalista, mais preocupadas com a transmissão de conhecimentos do que com a construção deste pelo aluno, mediado pelo professor, o que não deverá ocorrer no UNIFACEX. Por ser um processo de construção coletiva, este Projeto Político-pedagógico permite que se amplie o encontro entre todos os envolvidos e as mudanças que urgentemente serão necessárias. A construção coletiva do Projeto Político-pedagógico para Veiga (1996)4: “(...) busca um rumo, uma direção. É uma ação intencional, com um sentido explícito, com um compromisso definido coletivamente. (...) o Projeto Político–pedagógico como um processo permanente de reflexão e discussão dos problemas da escola, busca alternativas viáveis à efetivação de sua intencionalidade, que não é descritiva ou constatativa, mas é constitutiva”. 4 VEIGA, I. P. A. Projeto Político-Pedagógico da Escola: uma construção possível. 2. ed. Campinas: Papirus, 1996. p. 23. -8- PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 1.2. OBJETIVOS DO PROJETO 1.2.1. GERAL O UNIFACEX, na elaboração deste Projeto, teve como objetivo: Pensar um projeto de educação com foco na qualidade e na concepção de homem e de sociedade que se pretende construir. 1.2.2. ESPECÍFICOS Assumir a função educadora, para tentar envolver e empolgar a sociedade a lutar por uma educação mais real; Buscar a real qualidade de ensino, em acordo com as especificidades presentes em cada modalidade oferecida pela Centro Universitário; Construir uma escola inclusiva que ouça a voz dos alunos e valorize a experiência do professor; Delinear o horizonte da caminhada, estabelecendo a referência geral, expressando o desejo e o compromisso do grupo; Destacar a avaliação dentro de uma visão crítica, percebendo os resultados do trabalho pedagógico; Entender-se como um ambiente de construção de conceitos, transmissão dos conhecimentos historicamente acumulados e de formação da cidadania de maneira crítica e atuante na sociedade; Ser presença constante e significativa na comunidade, conservando sua democratização e sua autonomia; Ter claro o horizonte que a Instituição almeja para os seus alunos, a comunidade e a sociedade. -9- PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 2. DA IDENTIFICAÇÃO 2.1. DA MANTENEDORA Mantenedora Centro Integrado de Formação para Executivos – CIFE CNPJ: 08.241.911/0001-12 End.: Rua Orlando Silva nº: 2896 Bairro: Capim Macio Cidade: Natal Fone: (84) 3235-1415 CEP: 59080-020 UF: RN Fax: (84) 3235-1433 e-mail: [email protected] 2.1.1. DIRIGENTE PRINCIPAL DA MANTENEDORA Nome: José Maria Barreto de Figueiredo CPF: 004.254.604-44 End.: R. Alexandre Câmara Bairro: Capim Macio Fone: (84) 3642-2158 E-mail: [email protected] 2.1.2. Cidade: Natal CEP: Fax: 59-080-020 nº: 1937 UF: RN (84) 3235-1433 FINALIDADE O CIFE é pessoa jurídica de direito privado constituída como uma sociedade sem fins lucrativos e tem como finalidade promover o desenvolvimento social e cultural, voltada para a realidade do trabalho e para o ensino, por meio do aperfeiçoamento integral do homem, consoante o seu destino e dignidade de filho de Deus. 2.2. DA MANTIDA 2.2.1. DA SEDE Mantida: Centro Universitário FACEX End.: Rua Orlando Silva Bairro: Capim Macio Fone: (84) 3235-1415 nº: 2896 Cidade: Natal CEP: 59080-020 UF: RN Fax: (84) 3235-1433 e-mail: [email protected] Site: www.unifacex.com.br - 10 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 2.2.2. DIRIGENTES PRINCIPAIS DA MANTIDA Cargo Nome: CPF: End.: Bairro: Fone: E-mail: Reitor Raymundo Gomes Vieira 010.813.814-34 Avenida Jaguarari - Condomínio Green Woods – casa 30 Candelária Cidade: Natal CEP: 59064-500 (84) 3206-3787 Fax: (84) 3217-8338 [email protected] Cargo Nome: CPF: End.: Bairro: Fone: E-mail: Pró-reitorAcadêmico Ronald Fábio de Paiva Campos 673.006.424-20 Rua Pe. Estanislau, Candelária Cidade: Natal (84) 3231-5331 [email protected] Cargo Nome: CPF: End.: Bairro: Fone: E-mail: CEP: 59065-400 Fax: (84) 3235-1433 Pró-reitor de Administração Candysse Medeiros de Figueiredo Lira 664.876.684-00 Rua Morais Navarro, Cond. Vermont Aptº. 200 Lagoa Nova Cidade: Natal (84) 3217-8348 Fax: [email protected] 2.2.3. CEP: 59075-770 (84) 3217-8338 nº: 5100 UF: RN nº: 1775 UF: RN nº: UF: 2082 RN HISTÓRICO A Faculdade de Ciências, Cultura e Extensão do Rio Grande do Norte tem os seus primórdios em 23 de maio de 1972, quando por determinação de sua mantenedora, o Centro Integrado para Formação de Executivos, foi implantado o curso de Secretariado Executivo. Surgia, através desta primeira ação pedagógica da mantida, a Faculdade para Executivos. Como tivesse sua origem em curso livre, a Faculdade pautou o seu fazer educacional, cumprindo o currículo pleno estabelecido pelo Conselho Federal de Educação. Essa autonomia permitiu à mantenedora regularizar sua mantida, consoante ao disposto na Portaria Ministerial nº 942/79, bem como autorizar o seu curso matriz. Nesse aspecto a comissão verificadora foi incisiva no seu parecer ao pronuncia-se in verbis: este curso oferece condições para autorização e funcionamento. Através do Parecer SESU 267/19881, ficou autorizado o Curso de Secretariado Executivo, homologado através do Decreto nº 85.977, de 05 de maio de 1981. Estava assim a Faculdade de Ciências, Cultura e Extensão do Rio Grande do Norte, sucedânea da Faculdade para Executivos, devidamente legalizada, bem como suas ações pedagógicas retroagindo a 1972. Em síntese, a FACEX conta hoje com 22 cursos superiores devidamente autorizados. Destes, quinze já passaram pelo processo de Reconhecimento, três aguardam a designação de Comissão para Reconhecimento e quatro ainda não atingiram o tempo mínimo necessário - 11 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI para solicitar o Reconhecimento. Os Cursos de Graduação atendem a um total de 5.000 alunos regularmente matriculados, com a qualidade e esmero que a Instituição se empenha em oferecer. A Faculdade possui um Corpo Docente com 180 professores qualificados: Doutores, Mestres e Especialistas, os quais se dedicam a preparar seus discentes cuidadosamente para construir o Brasil do futuro. Colaboradores da Central de Atendimento, Biblioteca e Laboratórios estão sempre disponíveis para recebê-los. Ao todo a Mantenedora tem em média 470 colaboradores diretos atendendo desde a Educação Infantil a Pós-graduação, em um universo total de 8.000 alunos em todos os níveis de ensino. A instituição tem 4 Unidades construídas, com 89 salas de aulas, auditórios, anfiteatros, laboratórios especializados, reservadas ainda as salas da Educação Infantil, com 20000 m2 de área construída. Todas as instalações são modernas, bem equipadas, adaptadas aos Portadores de Necessidades Especiais, permitindo o amplo funcionamento de todas as atividades acadêmicas desenvolvidas no ensino, na pesquisa e extensão. A FACEX já formou ao longo destes 39 anos, 5778 alunos, nos seus diversos cursos, colocando no mercado de trabalho profissionais capacitados, com espírito inovador e empreendedor, mudando a realidade regional e do país. O programa da Pós-Graduação conta com 16 cursos de pós-graduação lato sensu, com um total de 362 especialistas pós-graduados. Todos os cursos da Pós-graduação da FACEX seguem rigorosamente a legislação pertinente e os certificados têm validade nacional, atendendo a Resolução CNE/CES n° 1, de 8 de junho de 2007. A instituição apresenta IGC 3, Contínuo 268 e Conceito Institucional 4. Em 4 setembro de 2012, através da Portaria MEC nº 1099/2012, transformou-se no Centro Universitário FACEX – UNIFACEX. 2.2.4. ÁREA DE ATUAÇÃO E INSERÇÃO REGIONAL Localizado na região Nordeste do Brasil, o estado do Rio Grande do Norte possui uma área de 52.796,791 km² e, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, tem uma população estimada em 3.168.027 habitantes. A capital, Natal, de acordo com a última atualização do Censo 2010, tem 807.739 habitantes. - 12 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Rio Grande do Norte Figura 1- mapa do Rio Grande do Norte Além de Natal, o estado tem duas outras cidades com mais de 150 mil habitantes: Mossoró (259.815 habitantes) e Parnamirim (202.456 habitantes). Com mais de 50 mil habitantes, temos os municípios de São Gonçalo do Amarante (87.668 habitantes), CearáMirim (68.141 habitantes), Macaíba (69.467 habitantes), Caicó (62.709 habitantes) e Assu (53.227 habitantes). Do ponto de vista histórico, o Rio Grande do Norte foi criado a partir da capitania do Rio Grande, doada João de Barros, feitor das Casas de Mina e da Índia, que não conseguiu iniciar a colonização, em virtude da resistência dos índios da região e de piratas franceses. Na verdade, João de Barros nunca esteve em terras potiguares. Deixou a exploração para seus filhos João e Jerônimo de Barros, que aqui comandaram expedições de conquista em 1535 e 1555, sem, contudo, garantir a posse da terra para os portugueses. Em dezembro de 1597, uma frota comandada por Jerônimo de Albuquerque desembarcou no rio Potengi, com a missão de fundar uma nova cidade e construir um forte para proteger os colonos portugueses das incursões dos piratas franceses, que estavam tentando negociar com os potiguares, índios nativos. Na mesma época, por terra, chegou à região um grupo chefiado pelo então governante de Pernambuco, Manuel Mascarenhas Homem. Em 6 de Janeiro de 1598, este grupo começou a construir o Forte dos Três Reis Magos; em 25 de dezembro do mesmo ano, foi fundada uma pequena vila a pouco mais de 2 km de distância do forte; essa vila foi batizada de Natal, em referência à data de fundação. Diferentemente de Pernambuco, o solo arenoso de Natal e de parte do Rio grande do Norte não era adequado para o cultivo de cana-de-açúcar, o que tornou o desenvolvimento da região inicialmente lento. Em 1633, os holandeses invadiram a cidade e - 13 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI renomearam o forte para Fort Keulen. E assim ficou até 1654, quando os portugueses o retomaram. Os holandeses, tais quais os portugueses, não tiveram muito interesse no desenvolvimento da região de Natal. Também preferiram se concentrar em Recife e Olinda, cidades que receberam muitos melhoramentos dos holandeses – visíveis até a atualidade. A cana-de-açúcar foi largamente cultivada da Bahia até a Paraíba, mas apenas uma área do Rio Grande do Norte, correspondente aos vales dos rios Potengi, Ceará-mirim, Trairi, Cunhaú e Curimataú mostrou-se propícia à cultura. Após o ciclo da cana, o Brasil Colônia entrou no ciclo do ouro que, pela falta de jazidas do metal precioso, pouco beneficiou o Rio Grande do Norte. Nos séculos XVIII e XIX, mais e mais o governo brasileiro deslocou-se para o centro-sul do país. Por isso, o estado do Rio Grande do Norte e, consequentemente, a cidade de Natal não sentiram, como outras, a situação de ser colônia sujeita a uma metrópole. Este fato provavelmente tenha contribuído para fazer de Natal uma das regiões mais liberais do Brasil. As razões para acreditar nisso, estão no pionerismo do estado em abolir a escravidão (dez anos antes do restante do país); e por ter tido a primeira mulher brasileira eleita prefeita, no município de Lajes, cidade localizada a aproximadamente 130 km de Natal. Chegado o início do século XIX, Natal era ainda uma pequena vila, dividida em duas áreas principais: a Cidade Baixa, perto do cais do porto, que concentrava o comércio; e a Cidade Alta, no topo dos morros ao redor do porto, onde se localizavam igrejas e prédios do governo. Somente em 1922, no governo de Pedro Velho, é que a cidade começou a se modernizar. Em 1930, após a vitória da Aliança Liberal (que enfrentou o domínio dos estados de São Paulo e Minas Gerais), Natal iniciou um processo de urbanização mais acentuado do que em décadas anteriores. Graças a sua posição estratégica, como ponto mais próximo do continente africano, o Rio Grande do Norte foi beneficiado com a instalação de uma base militar americana em Parnamirim, quando da entrada do Brasil na II Grande Guerra Mundial ao lado dos Aliados. A chegada de milhares de soldados mudou profundamente o modo de vida da cidade. Consta que – o fato merece confirmação – Natal foi a primeira cidade do Brasil a conhecer o refrigerante mais popular do planeta, a Coca-Cola. Além de inserir novos produtos no cotidiano dos moradores, novos costumes foram disseminados. Devemos aos americanos a denominação de avenidas, principalmente as do bairro do Alecrim, com a utilização de números. Os militares dos EUA ainda deixaram fortalecidos entre os potiguares os princípios de democracia e liberdade, que influenciam até hoje no modo de vida de Natal. - 14 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 2.2.5. ASPECTOS ECONÔMICOS E SOCIAIS DO RN Apesar de esforços despendidos, no tocante ao desenvolvimento econômico e social, o estado, que tem cerca de 90% de seu território incluído na zona semiárida, ainda possui o ônus de estar em uma região brasileira que historicamente guarda uma situação de inferioridade em relação às mais desenvolvidas do sul do país. Grandes esforços têm sido feitos para melhorar os diversos indicadores que têm levado o estado a uma ligeira vantagem se comparado aos demais da região Nordeste. Em 2009, as Nações Unidas divulgaram o último levantamento do Índice de Desenvolvimento Humano no Brasil, o IDH, que apontou o Rio Grande do Norte como o segundo melhor estado do Nordeste. Pelos dados do IBGE, o Rio Grande do Norte foi o segundo estado do país que mais melhorou esse índice. De 2006 em relação a 1980, a expectativa de vida do potiguar cresceu 20,5%, chegando a 70 anos e 10 meses de vida. O mesmo levantamento também aponta que a queda na mortalidade infantil no Rio Grande do Norte ficou acima do índice nacional, sendo o segundo melhor resultado do Nordeste e o quarto melhor do Brasil, tendo reduzido, em pouco mais de duas décadas, a mortalidade infantil em 67,5%. Segundo o Ministério do Trabalho, nos últimos cinco anos o Rio Grande do Norte bate recordes regionais e, até, nacionais na geração de empregos com carteira assinada. Em 2004 e 2005 o RN obteve o maior crescimento do número de empregos formais do Nordeste e, mais recentemente, obteve o quarto maior crescimento do país. No contexto econômico, o Rio Grande do Norte tem sua economia baseada em três pilares básicos: a produção de petróleo (o estado é um dos maiores produtores em terra e em plataforma marítima); o turismo – a sua segunda fonte de arrecadação, sendo o RN o terceiro destino turístico do Nordeste; e a exportação de frutas, com destaque para o melão, a manga, o abacaxi e a banana, entre outras. Pode-se enfatizar também, o comércio varejista, que se mostra muito dinâmico e competitivo. Em sua formatação, revelando talvez uma fidelidade característica dos potiguares, as redes locais e regionais conseguem sobreviver à concorrência de grandes redes nacionais e mesmo multinacionais. Natal conta com a presença de shoppings localizados em regiões privilegiadas, agregando ainda mais valor ao setor econômico. Somando-se a já tradicional exploração da pesca da lagosta, tomou corpo, na última década, a criação de camarões em cativeiro – sendo o estado o maior produtor nacional desta atividade. Em verdade, o estado é rico, estando na expectativa urgente de pessoas devidamente qualificadas que saibam explorar este potencial. - 15 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Foram evidenciados os aspectos que mais se destacam em relação às necessidades das respectivas áreas: 2.2.5.1. Indústria, comércio e serviços Com privilegiada localização geográfica Natal é o centro de referência para estados e municípios que integram a região Nordeste. Possuidor de um polo em plena ascensão, constituído por mais de 23.494 unidades empresariais entre indústrias, comércio e serviços e agropecuária; destas, 21.855 unidades atuantes, gerando cerca de 329.500 empregos (Dados IBGE -2010). A principal fonte econômica está centrada no setor terciário, com seus diversos segmentos de comércio e prestação de serviços de várias áreas, como na educação e saúde. A renda gerada por esse setor é de aproximadamente R$ 7.498.097,00, enquanto a indústria gera R$ 1.411.731,00 e a agropecuária R$ 15.241,00 (IBGE-2010). No último ano pode-se observar uma crescente geração de emprego e renda nas áreas economicamente ativas da região, exceto na área industrial de transformação, com variação de -18,26%, responsável por geração de 5.674 empregos contra 8.288 demissões no período. As áreas que obtiveram um maior crescimento foram, respectivamente: Construção Civil, com variação de 8,07%, gerando 24.321 novos postos de trabalho contra 22.260 demissões, e Serviços com variação de 4,79%, gerando 43.427 novos postos de trabalho contra 38.526 demissões. A tabela abaixo, do Ministério do Trabalho e do Emprego – MTE, mostra a evolução de empregos por setor de atividade no município de Natal, com dados comparativos até o mês de agosto/2012. Quadro 1: Evolução do emprego por setor de atividade econômica - 16 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Para atender as demandas do setor produtivo, foram viabilizadas algumas melhorias estruturais como a modernização do porto de Natal, que operava com uma profundidade de 09 metros de calado e passou operar com 12,5 metros. O aumento da profundidade significa uma elevação de 30% na eficiência e na capacidade do complexo portuário, estando apto a receber navios de aproximadamente 75 mil toneladas quando o permitido era de apenas 35 mil toneladas. O Porto de Natal recebeu através do PAC-Copa, investimentos para a construção de um Terminal Marítimo de Passageiros, com vistas a melhorar as portas de entrada das cidades sedes da Copa de 2014 e, através do PAC-2, investimentos para ampliação e a adequação do Terminal Salineiro de Areia Branca. O objetivo é deixar o canal de acesso ao porto-ilha com 17 metros de profundidade, o que dotará a indústria salineira do RN de infraestrutura para competir com os principais detentores de parcela do mercado mundial de sal. Já o atual Aeroporto Internacional Augusto Severo dispõe de pista pavimentada para aviões de grande porte, servindo de alternativa para vôos internacionais e vôo charter. Conta também com terminal de cargas, destacando-se que o Rio Grande do Norte ocupa o primeiro lugar do Nordeste em exportações de carga e o quinto em nível nacional (dados fornecidos pela INFRAERO/RN). Uma área de 15 milhões de metros quadrados, distante 40 km de Natal, no município de São Gonçalo do Amarante, foi escolhida como a mais adequada para receber o futuro sítio aeroportuário. O novo aeroporto será dotado de duas pistas de pouso/decolagens, medindo 3.000x60m, possibilitando a operação das grandes aeronaves de passageiros e cargas. A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) espera que no primeiro ano de operação, o novo aeroporto, com uma área construída de 40 mil metros quadrados, atenda a três milhões de passageiros e no ano de 2038, com uma área construída de 66 mil metros quadrados, seja capaz de atender anualmente 11 milhões de passageiros. Outro projeto em prol do desenvolvimento econômico e social do Rio Grande do Norte que demandará profissionais de logística é a implantação de duas Zonas de Processamento de Exportação (ZPE): a ZPE do sertão, localizada na cidade do Assú e a ZPE de Macaíba, localizada na região metropolitana de Natal. A ZPE do Sertão prevê uma estrutura de tecnologia da informação própria, rede elétrica-eólica e um ramal ferroviário ligando o RN com a Ferrovia Transnordestina. Essa ferrovia partirá de Assú, passando por Mossoró, Baraúna e Vale do Jaguaribe, alcançando a transnordestina, na região central do Ceará, próximo a Quixadá. A ZPE de Macaíba ganha maior notoriedade com a concessão do aeroporto de São Gonçalo do Amarante. Pelo fato dos dois equipamentos estarem acerca de dez quilômetros um do outro, a operação conjunta seria um grande imã de empresas interessadas em produzir e exportar pelo estado. Com a ZPE próxima do aeroporto, logisticamente se tornaria muito mais fácil escoar a produção para fora do país. - 17 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Os recentes acontecimentos em relação à geração de energia no mundo - como o acidente nuclear na usina japonesa de Fukushima - têm aumentado o interesse pela geração de energia limpa. Neste cenário, o Rio Grande do Norte vem sendo apontado como um dos locais com maior potencial para a geração de energia renovável em todo o mundo e fatores como regularidade e intensidade dos ventos fazem com que o Governo do Estado estime que serão investidos mais de R$ 6 bilhões em território potiguar, apenas em empreendimentos e equipamentos voltados para a geração da energia limpa. Recentemente, outra ação em nível de infraestrutura que melhorou as perspectivas de desenvolvimento logística do estado do RN foi a duplicação da rodovia BR 101 que corta o perímetro urbano da região metropolitana de Natal, interligando o estado, do norte, no município de Touros, seguindo a orla marítima ligando-o a todo o Brasil até a região Sul. Esta obra incentivou o lançamento dos primeiros condomínios logísticos na região dos municípios de Parnamirim e São José de Mipibú. 2.2.5.2. Turismo O potencial turístico do município de Natal e do estado é muito significativo. Existem em Natal 3.814 empreendimentos turísticos, divididos em agências, de alimentação, entretenimento, hospedagem e locadoras de veículos. A capacidade de desenvolvimento dessa atividade econômica vem ganhando espaço com a adoção de políticas públicas, fundadas na organização interna e na capacitação dos órgãos públicos, tais como Secretarias Municipais, Secretaria Estadual de Turismo e também nos investimentos privados, seja na montagem de estrutura de lazer para atendimento familiar ou no atendimento à demanda coletiva e social. O fluxo de usuários dos recursos turísticos oferecidos pela região tem aumentado, nos últimos anos, criando assim novas oportunidades de emprego, abrindo-se perspectivas profissionais e, com elas, novas demandas que exigem, em curto prazo, por exemplo, opções relacionadas com o meio ambiente e com atividades empresariais. No âmbito do turismo internacional e nacional, é possível afirmar que, mesmo após o período de crise de 2008, o turismo ainda tem se mostrado relevante para a atividade econômica desenvolvida no RN. Hoje, Natal é um dos principais destinos do turista nacional e trabalha para recuperar o estrangeiro. O Parque hoteleiro e os meios de hospedagem atendem com qualidade sua clientela. Natal tem a segunda maior capacidade média de hospedagem por estabelecimento do Brasil, segundo a Pesquisa Serviço de Hospedagem 2011, divulgada em fev/2012, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados apontam que, apesar de ser apenas a 6ª do país e a 3ª do Nordeste em número de leitos – são 19.532 no total, o índice tende a ficar mais expressivo, no que depender de investimentos - 18 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI programados pelo setor. Segundo a Associação Brasileira da Indústria dos Hotéis do Rio Grande do Norte (ABIH/RN), a cidade vai ganhar pelo menos cinco mil novos leitos nos próximos anos, o que renderá ao estado R$ 340 milhões em investimentos. De acordo com o Governo do Estado do RN, em apenas cinco anos o número de visitantes no Rio Grande do Norte praticamente dobrou – saiu de 1.423.886 em 2002, para 2.096.322 em 2007. Destes, 1.750.882 foram brasileiros, quase 500 mil a mais que em 2004. Já os turistas estrangeiros aumentaram em mais de 100% com base em dados da secretaria de Turismo do Município. Em 2007, foram 1.578.165 desembarques de passageiros no Estado, número que saltou para 1.894.113 em 2010. Assim, o turismo pode ser visto como uma das atividades econômicas primordiais, já que é a maior geradora de emprego e renda e possui outras 54 atividades atreladas direta ou indiretamente. Destaca-se, ainda, o fato de que, em 2014, a cidade de Natal será uma das sedes da Copa do Mundo de Futebol, considerado o maior evento esportivo da atualidade. De qualquer forma, o fluxo de pessoas aumenta e diversifica a necessidade dos profissionais qualificados, bem como de agentes promotores do desenvolvimento. Com a demanda aumentada, ano a ano, esta capacidade precisa ser gerenciada tanto quantitativamente como na qualidade de atendimento, e a FACEX está apta a contribuir com o desenvolvimento destes trabalhos. Como oportunidades de investimentos, destacam-se: hotelaria, restaurantes, bares e similares, casas de espetáculos, esportes náuticos, camping, turismo ecológico e serviços diversos, particularmente ligados à produção e comercialização de artesanato. Cabe ressaltar ainda que para melhor distribuir os investimentos e acompanhar o desenvolvimento turístico, o estado está dividido em cinco polos valendo destaque para o Polo Costa das Dunas que abrange expressiva faixa litorânea onde o fluxo turístico concentra-se com maior relevância ao sul da capital, com presença marcante de praias, dunas, lagoas, importantes reservas de Mata Atlântica do Estado (Baía Formosa, Natal e Tibau do Sul) e falésias. Na costa litorânea norte, abundam recifes de corais, compostos de crostas de algas e esqueletos de animais que vivem em colônias, grandes dunas fixas e móveis, belas lagoas e praias exuberantes. Este polo também concentra um grande número de atrações culturais que contam um pouco da rica história do Rio Grande do Norte. O Polo Costa das Dunas contempla 18 municípios, beneficiando mais de 1,1 milhão de pessoas, que correspondem à população residente estendendo-se por cerca de 200 km, costeando o Oceano Atlântico. Em nov/2011, o UNIFACEX que já vinha participando das discussões sobre as ações desenvolvidas pelo Polo, fora contemplada com um assento no Conselho de Turismo do Polo Costa das Dunas, conduzido pelo Banco do Nordeste e Secretaria Estadual de Turismo, como membro do Terceiro Setor para o biênio 2012-2013. - 19 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 2.2.5.3. Agricultura e Agropecuária A atividade agrícola no estado do Rio Grande do Norte possui dois modelos: 1) agricultura de sequeiro, que aproveita o período chuvoso para a produção de alimentos nas chamadas culturas de subsistência, feijão, milho e sorgo, principalmente, além da castanha de caju, da qual somos um dos maiores produtores do Nordeste; 2) Agricultura irrigada, com o cultivo planejado de banana, manga, melancia e, principalmente, melão. Graças à atividade da fruticultura irrigada, com destaque para os municípios do Vale do Açu, Mossoró e entorno, o Rio Grande do Norte é um dos maiores exportadores de frutas do Nordeste. Na agropecuária, merece destaque o gado de corte, leite e recria das raças Holandesa, Girolanda, Nelore, Santa Gertrudes, Simental. Dada a sua importância, anualmente o Associação Norte-rio-grandense de Criadores, ANORC, promove a Festa do Boi, no Parque Aristófanes Fernandes, em Parnamirim, reunindo os principais criadores do estado, da região Nordeste e mesmo destaques nacionais, de estados onde a atividade agropecuária, pelas condições climáticas favoráveis, é mais desenvolvida. Destaque para os leilões de raças, que terminam por atestas a qualidade do plantel dos criadores potiguares. Também devemos destacar a importância da agricultura familiar na geração de renda, empregos e, principalmente, na produção de alimentos no Rio Grande do Norte. Segundo informações do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), atualmente em nosso país há cerca de 4,5 milhões de estabelecimentos agropecuários de caráter familiar, correspondendo a 80% do total, responsáveis pela ocupação de cerca de 70% da mão-deobra na área rural dos municípios brasileiros. Tal realidade pode também ser verificada no nosso estado. Deve-se destacar que, apesar de todo o desenvolvimento vivenciado num período em que as grandes economias do mundo patinavam, assim como o Brasil de forma geral, o estado do Rio Grande do Norte foi impactado pela crise do sistema financeiro americano de 2008, tendo suas atividades econômicas reduzidas. É possível afirmar que alguns indicadores econômicos sofreram perdas no decorrer do período, provocando um efeito de redução de riqueza dos agentes econômicos (tanto pessoas físicas quanto jurídicas). Todavia, sem maiores consequências, o Brasil atravessou a crise e passou a ser visto como dono de uma posição privilegiada. Assim como o país, a atividade econômica do RN mostra sinais sólidos de recuperação. Neste mercado, A logística possui um papel tão ou mais importante do que em outras atividades econômicas, pois se trata de produtos perecíveis a curto-prazo. É imprescindível que uma empresa que atue nesta área apresente um sistema logístico eficiente, que viabilize a distribuição e comercialização do produto em um período de tempo de modo a - 20 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI assegurar que as mercadorias não sofram danos e que sejam cumpridos os prazos exigidos pelos clientes. A estrutura logística também é um elemento diferencial na competitividade, pois a fruticultura caracteriza-se por ser extremamente exigente em termos técnicos, desde o cultivo até a pós-colheita. Os profissionais de logística são responsáveis por reduzir seus custos e manter a qualidade dos produtos, para atender as exigências cada vez maiores do mercado, assegurando seu lugar e eliminando naturalmente os menos competitivos. Os dados supracitados evidenciam e corroboram o argumento de que o estado necessita, agora mais do que nunca, de profissionais qualificados e capazes de proporcionar condições para a transformação que se apresenta. Tal demanda representa postos de trabalho potenciais disponíveis para absorver os egressos de cursos implantados e a serem implantados pela Instituição de Ensino Superior (IES), como também destaca a importância do desenvolvimento do estado através de atividades de pesquisa e de extensão. 2.2.6. POPULAÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO UNIFACEX O UNIFACEX é uma instituição de ensino superior localizada na região metropolitana da cidade de Natal-RN. Além da capital do Estado, o UNIFACEX atende a outros municípios em uma região bastante povoada. A tabela que se segue demonstra a área de atuação do UNIFACEX que, de forma geral, atende à região metropolitana de Natal e municípios circunvizinhos, totalizando aproximadamente 1.300.000 habitantes. LOCAL POPULAÇÃO 3.168.027 ESTADO Natal 803.739 Parnamirim 202.456 Ceará-Mirim 68.141 Macaíba 69.467 Extremoz 24.569 São Gonçalo do Amarante 87.668 São José de Mipibu 39.776 Monte Alegre 20.685 Nísia Floresta 23.784 Tabela 1: População de natal e municípios circunvizinhos Fonte: IBGE (2010) Vivemos um momento na história humana onde conhecer é empoderar-se. O mercado busca profissionais que apresentem um currículo onde fique evidenciado seu - 21 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI interesse pelo conhecimento, pois em um mundo globalizado é exigido dos profissionais o estabelecimento de conexões e competências que só o conhecimento é capaz de mobilizar. É importante destacar que a dinamicidade das mudanças de natureza social, política, econômica, cultural e tecnológica, oriundas do reflexo da globalização, repercute na necessidade das pessoas apropriarem-se do conhecimento sistematizado para fazer frente às novas exigências do mundo do trabalho e da própria sociedade. Nesse contexto, a busca da população pelo acesso à educação tornou-se um imperativo por parte dos cidadãos, fato que tem ocasionado impactos na educação superior, sob diversos aspectos. Hodiernamente, o Brasil apresenta 2.377 Instituições de Ensino Superior, sendo o estado do Rio Grande do Norte possuidor de 25 delas, estando quinze localizadas em Natal. Dessas, vinte e uma são de natureza privada e contam com 47.238 alunos matriculados. A expansão do ensino superior tem sido uma realidade educacional em todo o Brasil, pois as Instituições de Ensino Superior representam cada vez mais um segmento importante para a sociedade brasileira. No Rio Grande do Norte, o centro universitário FACEX desenvolve suas atividades no município de Natal, mas os reflexos da sua ação são sentidos numa área de abrangência formada, principalmente, por 09 municípios, conforme mostra a tabela 1. Apesar dos avanços obtidos, nos últimos anos, com o Programa de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (REUNI), é evidente a importância da participação das instituições privadas para a inclusão e melhoria do ensino superior no Brasil, devido, principalmente, à limitação que os meios públicos demonstram de atender a demanda existente. De forma qualitativa, o quadro educacional da sociedade brasileira, e também norte-rio-grandense, tem mostrado avanços significativos. As instituições privadas participam ativamente do processo de inclusão dos brasileiros que até então estavam marginalizados e excluídos da educação superior. - 22 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 3. DO MARCO REFERENCIAL 3.1. REFERENCIAIS EPISTEMOLÓGICOS, EDUCACIONAIS E TÉCNICOS Baseado no Regimento do UNIFACEX, o Marco Referencial expõe os objetivos que marcam os seus rumos e explicita também os compromissos que devem reger o comportamento de cada um dos que integram a comunidade acadêmica. 1. Em todas as suas atividades, a Centro Universitário FACEX, pressupondo que a facilitação e obtenção de conhecimentos justificam-se como fim em si mesmas, valorizadas pelo compromisso com a verdade, essencial para o bem das pessoas, almeja: constituir-se em espaço para diálogo interdisciplinar e lugar privilegiado para a interrogação sobre o sentido da ciência e da vida humana. Daí a valorização do diálogo da Filosofia com outras formas de saber, que possibilita a discussão da unidade e do sentido do conhecimento intelectual e científico e do significado da existência humana; definir o seu projeto acadêmico, levando em conta os desafios que lhes são lançados pela situação sociopolítico-cultural do Brasil e do mundo; encarnar a opção pela pessoa humana, o que hoje implica o compromisso de colaborar na construção de uma sociedade baseada no respeito e na promoção de todos, de modo especial das classes menos favorecidas. 2. Pelo cultivo, no seio da comunidade acadêmica, dos valores expressos neste Projeto Político-pedagógico Institucional, o UNIFACEX visa a promoção da cultura e do desenvolvimento integral de pessoas que revelem: liderança, comprometida com a cultura; disponibilidade para servir; seriedade e competência profissional constantemente atualizada mediante a formação permanente; capacidade de perceber a realidade e sensibilidade às necessidades do outro e do bem comum; Compromisso de criar uma sociedade mais justa e fraterna. 3. O UNIFACEX admite em seu corpo docente, discente e administrativo, pessoas de diferentes opções científicas, filosóficas, políticas e religiosas. A entrada e permanência nos diversos quadros da Instituição é uma opção livre e pessoal, que implica, como atitude de coerência, o compromisso de respeitar os princípios orientadores do UNIFACEX e de se empenhar pela consecução de seus objetivos. 4. O UNIFACEX empenhar-se-á em garantir, na busca do conhecimento e na expressão de juízos e valores pessoais, um clima de liberdade acadêmica, que supõe - 23 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI profunda responsabilidade e respeito integral para com os direitos do outro e as exigências do bem comum. 5. No UNIFACEX as decisões relativas à vida acadêmica e à avaliação dos membros da comunidade serão tomadas, exclusivamente, de acordo com critérios estatutários, acadêmicos e ético-profissionais. 6. O UNIFACEX se empenha em oferecer um ambiente físico propício às atividades acadêmicas e conta com a colaboração de todos para a preservação e melhoria do mesmo. Acima de tudo, aspira criar um ambiente que seja fruto do calor das relações humanas entre os membros da comunidade acadêmica e venha favorecer o bem-estar e o crescimento das pessoas. 7. Consciente de sua missão educadora e da coerência consigo mesma, o UNIFACEX procura estruturar-se com eficiência para que os próprios métodos administrativos contenham uma dimensão pedagógica e seja alcançada a eficácia no cumprimento de seus objetivos. 8. As diversas formas participativas na comunidade acadêmica se intensificam e aprofundam com o diálogo em todos os níveis e pressupõem a harmonia da atividade de cada um com os demais, a fim de que a ação comum redunde em benefício da coletividade. 9. Todo exercício de cargos ou funções é um serviço a ser apresentado com dedicação à comunidade acadêmica. 10. O UNIFACEX propõe a todos os membros os seguintes compromissos: compromisso com a verdade, pelo estudo e a atitude de busca constante da mesma mediante a pesquisa científica, o desenvolvimento da criatividade e a análise crítica da realidade, à luz dos seus princípios; compromisso de vivência profunda da fraternidade manifestada no relacionamento interpessoal; no diálogo, como instrumento de compreensão mútua e de superação das dificuldades; na sinceridade e simplicidade no agir; na primazia do bem comum sobre os interesses individuais; no desenvolvimento do espírito de solidariedade e da cooperação em lugar da competição; na sensibilidade às necessidades do outro e pela disponibilidade para servir. 11. Ao educando, como agente e sujeito de sua própria formação, cabe uma participação e responsabilidade insubstituível no processo de aprendizagem e de desenvolvimento de todas as suas potencialidades. O empenho e esforço pessoal são a garantia principal de êxito. Aos seus alunos, o UNIFACEX visa proporcionar um ensino caracterizado pela busca da excelência e pela preocupação de assegurar a formação completa da pessoa, inspirada numa visão de mundo marcada pelo senso de responsabilidade e de serviço ao bem comum. - 24 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 12. O UNIFACEX interage com a sociedade, como um sistema aberto, atenta aos anseios e necessidades da região e mundo atual. Assume, por isso, como uma de suas finalidades essenciais, o empenho constante para que sua ação sobre alunos, professores e funcionários/colaboradores, nas suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, contribua eficazmente para a transformação da sociedade brasileira, no sentido de construir uma nação mais justa e livre, erradicando o analfabetismo, a miséria e a injustiça social. A Instituição está consciente, porém, de que sua responsabilidade social deve exercer-se primordialmente por meio de suas atividades de ensino e pesquisa, colocando o seu potencial acadêmico a serviço da comunidade. 13. O UNIFACEX considera a participação política um direito e dever de cada um dos membros de sua comunidade, aos quais se impõe, contudo, que não a envolvam, como Instituição, em suas atuações e procurem sempre evitar cisões na convivência comunitária. Não compete tão pouco ao UNIFACEX assumir, enquanto Instituição, posições político-partidárias. O pronunciamento do UNIFACEX acerca de problemas políticos só se justificaria em circunstâncias excepcionais, quando os valores humanos que a comunidade acadêmica professa, se vissem ameaçados. 14. Coerente consigo mesma e com esses objetivos e compromissos, o Centro Universitário procura realizar um processo de permanente auto-avaliação de seu desempenho, em busca de seu aperfeiçoamento institucional e da realização mais perfeita de seus objetivos. - 25 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 4. ORGANIZAÇÃO DIDÁTICOPEDAGÓGICA A Educação tem como intuito colaborar na construção de uma sociedade justa, fraterna e disposta ao diálogo com todos os seus integrantes. Sociedade esta que busca desenvolver a verdade, a esperança, a justiça, a fé e o amor, para que sejam respeitados os direitos de cada indivíduo, integrando-o totalmente ao meio em que vive. O ser humano vive das relações com o outro, e o UNIFACEX pretende, propiciarlhe oportunidades de vivenciar o amor na família, na comunidade e na sociedade, revelando-o como sujeito agente da história, podendo transformá-la para que se realize um futuro mais promissor. A partir da premissa que o ser humano é social e histórico, por meio de sua atividade e relação com o objeto-mundo, constrói tanto o mundo como a si próprio e, considerando, ainda, que o conhecimento é patrimônio coletivo e, portanto, deve ser socializado, o UNIFACEX pretende construir um espaço de socialização, sistematização e construção de um novo saber, a partir da mediação do professor, visando sempre à inclusão e à diminuição da evasão e repetência. Assim sendo, elegeu-se como modelo de sociedade: A DEMOCRACIA, com a participação igualitária de todos na produção e distribuição do saber e da renda. O HOMEM como sujeito, produto e produtor de sua história, crítico e detentor do conhecimento científico. O MUNDO histórico, em constantes movimentos e transformações, que se modifica pela ação do homem. A EDUCAÇÃO com relativo poder de transformação social devendo ser de boa qualidade, instrumentalizando os alunos pelo conhecimento científico a exercer sua cidadania. O CURRÍCULO como algo que supere a compartimentalização, os conteúdos fechados e que priorize a produção coletiva, ensine a ler o mundo e administre a insegurança e a incerteza atuais. O CONTEÚDO como algo historicamente produzido e vinculado ao processo de construção do conhecimento. O ENSINO como espaço onde se reelabore o conhecimento que produzirá a transformação social, coletiva, democrática, mesmo para os que estão fora dele. A APRENDIZAGEM a partir da concepção sociointeracionista, baseada nos trabalhos de Lev Semionóvich Vygotsky (1896-1934), que deve ser entendida na sua - DA IMPLANTAÇÃO - - 26 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI relação com o desenvolvimento humano. Diz Vygotsky5: “A tarefa real de uma análise do processo educativo consiste em descobrir o aparecimento e o desaparecimento destas linhas internas de desenvolvimento, no momento em que se verificam, durante a aprendizagem escolar. Esta hipótese pressupõe necessariamente que o processo de desenvolvimento não coincide com o da aprendizagem; o processo de desenvolvimento segue o da aprendizagem, que cria área de desenvolvimento potencial”. Não há dúvida que a educação tem responsabilidade na formação do cidadão capaz de transformar o país em busca de mais justiça social, igualdade e pleno desenvolvimento econômico, com respeito ao Ser Humano e que por meio do Projeto Político-pedagógico, a Instituição norteia suas práticas e visualiza seus valores socioculturais. Se os corpos discente, docente e técnico-administrativo defendem a solidariedade, a ética, a igualdade social, o reconhecimento das diferenças, a liberdade e o respeito à natureza e políticas apropriadas para eles, isto significa que estes são os valores que sustentam as suas práticas cotidianas. Essa concepção de construção coletiva de sociedade é inerente à educação de pessoas autônomas, críticas, com capacidade de entender e cumprir seus deveres e reivindicar seus direitos, a par do desenvolvimento da sensibilidade para o social, sabendo utilizar-se da tecnologia também com vistas ao bem comum e à cooperação. É nessa vertente paradoxal, mas possível, que se quer um projeto educacional, em que a história da construção do coletivo integre-se à história individual de cada vida (que não pode e nem deve ser esquecida). Para tanto, não basta tão somente adotar uma concepção de Educação Universitária. É necessário, principalmente, pensar uma prática que seja coerente com o discurso. No pensamento da comunidade do UNIFACEX, há a necessidade de se adotar uma concepção de Educação Universitária que envolva o seu papel de formadora de cidadãosprofissionais que atuem no mercado de trabalho, construindo a sociedade que se deseja. No entendimento da comunidade, a educação necessita levar em conta um processo de ensino-aprendizagem baseado no diálogo professor-aluno, ser contextualizada de forma a desenvolver a capacidade de análise das situações e a tomada de posições quanto ao social em qualquer nível (nacional ou mundial), ser engajada nos movimentos sociais de inclusão da população marginalizada, ter compromisso com a produção cultural nacional e mundial, ser capaz de atender à dualidade da preparação para a vivência social e para o ingresso no ensino superior no que tange à apropriação do conhecimento, patrimônio da humanidade. Enfim, a educação que se quer é de qualidade e considerará o seu fim primeiro que é o da humanização dos envolvidos no processo, sejam eles alunos, professores ou 5 VYGOTSKY, L.S. Pensamento e linguagem. São Paulo : Martins Fontes, 1993. - DA IMPLANTAÇÃO - - 27 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI técnico-administrativos, buscando a formação de seres pensantes, inseridos na realidade e com preparação cultural e técnica eficiente e integrada. Para tanto: a gestão da Instituição será democrática, com participação da comunidade acadêmica nas decisões; a tecnologia será valorizada pelo que acrescenta de qualidade à vida humana; as atividades de ensino, pesquisa e extensão serão baseadas no princípio da indissociabilidade; docentes, técnico-administrativos e alunos tratarão uns aos outros com fraternidade, respeitando as diferenças de qualquer natureza; o processo educativo desenvolvido será inclusivo, ou seja, respeitará a pluralidade própria da sociedade humana e era entendido como um ideal de humanização, de formação de cidadãos capazes de atuar e modificar a sociedade na qual estão inseridos; o respeito à natureza e a busca do equilíbrio ecológico serão práticas permanentes no cotidiano da vida escolar, na perspectiva do desenvolvimento sustentável; o trabalho educativo será construído mediante o diálogo, principalmente no que tange ao processo ensino-aprendizagem; todas as ações e vivências escolares estarão imbuídas de valores como a solidariedade e a ética; todos os integrantes da comunidade acadêmica serão educadores e agirão como tal. 4.1. VISÃO DE FUTURO Em sua visão de futuro, o Centro Universitário FACEX pretende consolidar-se como uma das mais importantes instituições de ensino superior do estado e da região, contribuindo com o ensino, a pesquisa e a extensão, sempre sintonizado com as tendências e vocações do mundo do trabalho e com o desenvolvimento sustentável da região onde está inserido. 4.2. MISSÃO A missão do Centro Universitário FACEX, é “disseminar os saberes, entendendo o contexto e atendendo a sociedade por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, comprometido com o desenvolvimento político, ético, cultural e socioambiental. - DA IMPLANTAÇÃO - - 28 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 4.3. PRINCÍPIOS E VALORES 4.3.1. PRINCÍPIOS A missão institucional demonstra que o Centro Universitário FACEX estará comprometido com a qualidade intelectual da formação de seus alunos, com a qualidade do atendimento às necessidades, aos anseios e às expectativas da sociedade, formando profissionais competentes e capazes de encontrar soluções criativas para os problemas locais, regionais e nacionais. Este compromisso institucional está fortemente ancorado em princípios filosóficos e crenças ético-educacionais que norteiam as suas ações, entre os quais cabe destacar: • consciência de sua responsabilidade social, compromissada com os valores de justiça, igualdade e fraternidade; • atuação permanente no resgate da cidadania – na formação do cidadão, ser ético e político, consciente de seus direitos e deveres, apto a intervir no processo de desenvolvimento sócio-econômico da comunidade em que atua, com uma visão integradora de sociedade e do mundo; • ação aglutinadora, aberta a todo saber, crítica, criativa e competente, capaz de contribuir com o desenvolvimento do Estado e da região em que está inserida. • compromisso com resultados na busca contínua do elevado desempenho acadêmico-científico de sua comunidade; • disponibilidade para fazer parcerias e alianças com outras instituições, objetivando desenvolver programas de integração com vistas à formação e ao aperfeiçoamento dos valores humanos; • igualdade de condições para o acesso e a permanência na Instituição; • liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; • pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; • respeito à liberdade e apreço à tolerância; • garantia de padrão de qualidade e vinculação entre a formação acadêmica, o trabalho e as práticas sociais; 4.3.2. VALORES INSTITUCIONAIS O Centro Universitário Facex tem sua filosofia institucional alicerçada nos seguintes valores: 1. Ética; 2. Respeito; 3. Sustentabilidade; 4. Transparência; 5. Solidariedade; - DA IMPLANTAÇÃO - - 29 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 6. Responsabilidade; 7. Lealdade; 8. Cooperação; 9. Pluralidade; 10. Comprometimento; 11. Efetividade; 12. Inovação; 13. Flexibilidade; 14. Igualdade; O UNIFACEX busca ainda destacar de forma aplicada esses e outros valores, como: • Na conduta pessoal: dignidade, caráter, ousadia, integridade e próatividade. • No relacionamento interpessoal: lealdade, respeito mútuo, compreensão, honestidade e humildade. • No exercício da atividade profissional: ética, competência, criatividade, iniciativa, disciplina, dedicação e disposição para o trabalho voluntário. • No processo de decisão: busca do consenso, justiça e verdade, igualdade de oportunidades, eficiência e eficácia. • No processo de relacionamento entre os órgãos colegiados, unidades e departamentos: cooperação, meritocracia, espírito de equipe, profissionalismo e comunicação adequada. • No relacionamento com outras instituições: responsabilidade, independência e transparência. • No relacionamento com a comunidade: solidariedade, respeito ao pluralismo e à diversidade, participação e co-responsabilidade e compromisso com o meio ambiente. 4.4. OBJETIVOS 4.4.1. GERAL O objetivo geral da Instituição é a formação profissional e o desenvolvimento de atividades acadêmicas nas diversas áreas do conhecimento, estimulando a criação cultural, o espírito científico e o pensamento reflexivo, bem como a formação dos valores humanos, tendo em vista os problemas do mundo presente, de forma a contribuir o desenvolvimento nacional e regional. - DA IMPLANTAÇÃO - - 30 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Destaca-se que o objetivo geral será traduzido da seguinte forma: • Estimular a criação cultural e o desenvolvimento do espírito científico e do pensamento reflexivo, propiciando condições de educação ao homem, como sujeito e agente de seu processo educativo e de sua história, pelo cultivo do saber, em suas diferentes vertentes, formas e modalidades. • Formar valores humanos nas diferentes áreas de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da sociedade brasileira. • Incentivar e apoiar a iniciação e a investigação científicas, visando ao desenvolvimento da ciência e da tecnologia e a criação e difusão da cultura. • Promover a divulgação de conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o saber através do ensino, de publicações ou de outras formas de comunicação. • Suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração. • Estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade. • Promover a extensão, aberta à participação da população, visando à difusão das conquistas e benefícios da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica geradas no Centro Universitário. • Preservar os valores éticos, morais, cívicos e cristãos, contribuindo para aperfeiçoar a sociedade, na busca do equilíbrio e bem estar do homem. • Ser uma instituição aberta à sociedade, contribuindo para o desenvolvimento de todas as faculdades intelectuais, físicas e espirituais do homem. e • Ser uma instituição compromissada com o desenvolvimento da cidade de Natal e, em especial, do Estado do Rio Grande do Norte e com a preservação da memória das manifestações culturais e folclóricas de seu povo. 4.4.2. ESPECÍFICOS Para atender ao objetivo geral, foram delineados os seguintes objetivos específicos: • Aperfeiçoar, permanentemente, a organização administrativa com vistas à eliminação de disfunções burocráticas e à promoção da gestão pró-ativa de médio e longo prazo; - DA IMPLANTAÇÃO - - 31 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI • Desenvolver o corpo docente e técnico-administrativo, viabilizando a associação entre o máximo de qualificação acadêmica com o máximo de compromisso social da Instituição; • Sistematizar projetos e programas para garantir o acesso, a permanência e o desenvolvimento do corpo discente; • Aperfeiçoar a organização didático-pedagógica de forma a garantir atividades e serviços acadêmicos de excelência; • Ofertar cursos de graduação e de pós-graduação nas diferentes áreas de conhecimento e em consonância com os anseios da sociedade e, consequentemente, com o mercado de trabalho. • Fomentar a investigação científica, visando o desenvolvimento da ciência e da tecnologia, a difusão da cultura e o entendimento do homem e do meio em que vive; • Promover a extensão e a cultura extensionista, aberta à participação da comunidade, visando à difusão dos resultados e benefícios da criação cultural e da pesquisa científica e tecnológica; • Propiciar condições e infra-estrutura compatível com a comunidade acadêmica e com o desenvolvimento das atividades de ensino, pesquisa e extensão realizadas pelo Centro; • Consolidar mecanismos de gestão financeira e orçamentária que permitam o desenvolvimento institucional sustentável; • Aprimorar o processo de acompanhamento e avaliação das acadêmicas de ensino, pesquisa e extensão, do atividades planejamento e da gestão universitária. 4.5. PROPOSTA PEDAGÓGICA O Centro Universitário FACEX, norteada pelo princípio de formar, mais do que informar, concretiza uma filosofia humanística em toda sua trajetória histórica, desde a época em que foi fundada sua Entidade Mantenedora, o CIFE, Centro Integrado para a Formação de Executivos. Fundamentados em seus princípios e suas práticas pedagógicas, seus criadores procuraram transformar a ciência educacional em uma missão artística, convencidos de que o trabalho do educador se aproxima mais do labor do artista do que da experiência do cientista. Acreditavam eles, que a educação deveria ser uma obra humana, que pela dimensão informativa e formativa, operasse mudanças comportamentais benéficas, por meio dos diversos modos de pensar, sentir e agir. Fundamentada em uma concepção educacional que promove a formação e a emancipação humana e profissional, a Centro Universitário tem a proposta de - DA IMPLANTAÇÃO - - 32 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI desenvolver um trabalho orientado para o pleno exercício da cidadania, com vistas à habilitação de profissionais éticos, críticos e empreendedores, culturalmente preparados e comprometidos com a construção de uma sociedade justa e humana. Visa à formação de indivíduos com perfil diferenciado e alto grau de excelência e conhecimento, priorizando três grandes eixos de atuação: a qualidade, a expansão e a inovação. E é visando à promoção de uma formação humana e social consciente que a Centro Universitário desenvolverá sua missão de “disseminar os saberes, entendendo o contexto e atendendo a sociedade por meio do ensino, da pesquisa e da extensão, comprometido com o desenvolvimento político, ético, cultural e socioambiental”. Como elemento formador, a escola é um organismo vivo, suscetível a mutações. Os princípios educacionais que orientam a prática em todos os segmentos que compõem a organização, na consecução de seu Projeto Institucional, são os seguintes: educação como principal mecanismo de emancipação e transformação social; formação integral e continuada para o exercício da cidadania de forma democrática e participativa; aprendizagem a partir da própria experiência, buscando alternativas de solução para a problemática social; formação intelectual, ética e estética que promova o desenvolvimento de competências e habilidades que possibilitem responder às exigências da sociedade contemporânea; formação de cidadãos profissionais impregnados de uma concepção humanística. Com relação à formação acadêmica e ao desenvolvimento do processo educativo, a Centro Universitário prioriza uma formação humanística, técnica, científica e profissional. Os cursos de graduação se caracterizam por capacitar pessoas para atuarem em um campo profissional para o qual são necessárias competências oriundas das diferentes áreas do conhecimento, que se constituem por processos de trabalho e instrumentos. Para orientar a prática pedagógica nos cursos de graduação e de pós-graduação, o UNIFACEX opta por manter um ensino que articule qualidade, criatividade, conhecimento e inovação, evidenciado pela preocupação com a formação e a qualificação profissional e a inserção de seus egressos nos diferentes processos produtivos da sociedade atual. Uma formação acadêmica precisa garantir qualificação técnica, científica, profissional, política e ética, representando o compromisso e a responsabilidade para a solução dos problemas sociais. Um ensino orientado pela possibilidade de qualificar para atuar, exige mais do que um bom intelectual. Exige a formação de um empreendedor capaz de bem direcionar sua vida pessoal e profissional. - DA IMPLANTAÇÃO - - 33 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Assim, a qualidade passa a ser entendida como auto-avaliação permanente e efetiva, que possibilita a manutenção da excelência na gestão dos processos pedagógicos e administrativos da Centro Universitário. A criatividade é entendida como condição de agir e interagir no contexto social, com base no conhecimento construído ao longo da formação acadêmica, visando à superação da problemática da atualidade. O conhecimento passa a ser definido como processo de organização do pensamento que possibilita articular teoria e prática, promovendo um agir consciente, crítico e transformador. A inovação é entendida como busca e introdução de novos procedimentos didáticos e tecnológicos pertinentes às atividades de Ensino, Pesquisa e Extensão. Dessa forma, para que a Instituição concretize seu projeto educacional com qualidade e excelência, as diretrizes pedagógicas constituem-se em orientação fundamental para o desenvolvimento do ensino. Acreditando que uma das finalidades dos cursos de graduação é atender às necessidades das pessoas e da sociedade, em função das novas tendências que definem as formas de viver e conviver no mundo, o UNIFACEX procura oferecer aos alunos condições para prepararem-se não só para o trabalho, mas, sobretudo, para o desenvolvimento de competências de aprendizagem, transformando informação em conhecimento. Da mesma forma, nos cursos de pós-graduação, visa aprofundar e aprimorar o conhecimento adquirido no ensino superior para o aperfeiçoamento da qualificação profissional e científica. Para promover mudanças no foco do ensino, é necessário preocupar-se com o fato de que há uma relação dialética entre o ensino e a aprendizagem. A relação entre o que o professor faz e a aprendizagem dos alunos é o que define o aprender a aprender, a pensar, a conhecer, a utilizar conceitos, a integrar e relacionar diferentes concepções com precisão. Esses são aspectos importantes e indispensáveis para uma formação em nível superior. 4.6. POLÍTICAS 4.6.1. CONCEITO Traçar uma política implica na explicitação de princípios sobre o que é desejável e factível realizar com relação a uma determinada questão, em determinado tempo e com determinados recursos. Neste sentido, trata-se de um construto, uma concepção de um “tipo-ideal” como imaginado por filósofos como Max Weber para analisar realidades complexas capazes de serem descritas apenas de forma aproximada justamente em função de tal complexidade. - DA IMPLANTAÇÃO - - 34 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI A política do UNIFACEX para a educação, considera, primeiramente, as diretrizes presentes no Plano Nacional de Educação, aprovado pela Lei n. 10.172 de 9 de janeiro de 2001, das quais destacamos, a seguir, algumas colocações: Nenhum país pode aspirar a ser desenvolvido e independente sem um forte sistema de educação superior. Em um mundo em que o conhecimento sobrepuja os recursos materiais como fator de desenvolvimento humano, a importância da educação superior e de suas instituições é cada vez maior. Para que estas possam desempenhar sua missão educacional, institucional e social, o apoio público é decisivo. Ao elaborar suas políticas, o UNIFACEX considerou, ainda, os objetivos e metas declarados no referido PNE, dos quais destacou: prover, até o final da década, a oferta de educação superior para, pelo menos, 30% da faixa etária de 18 a 24 anos de idade; estabelecer uma política de expansão que diminua as desigualdades de oferta existentes entre as diferentes regiões do País; estabelecer um amplo sistema interativo de educação a distância, utilizando-o, inclusive, para ampliar as possibilidades de atendimento nos cursos presenciais, regulares ou de educação continuada; institucionalizar um amplo e diversificado sistema de avaliação interna e externa que englobe os setores público e privado e promova a melhoria da qualidade do Ensino, da Pesquisa, da Extensão e da Gestão Acadêmica; instituir programas de fomento para que as Instituições de Educação Superior constituam sistemas próprios e, sempre que possível, nacionalmente articulados, de Avaliação Institucional e de cursos capazes de possibilitar a elevação dos padrões de qualidade do ensino, de extensão e, no caso das Universidades, também de pesquisa; estender, com base no sistema de avaliação, diferentes prerrogativas de autonomia às instituições não-universitárias públicas e privadas; estabelecer sistema de recredenciamento periódico das instituições e reconhecimento periódico dos cursos superiores, apoiado no sistema nacional de avaliação; diversificar o sistema superior de ensino, favorecendo e valorizando estabelecimentos não-universitários que ofereçam ensino de qualidade e que atendam clientelas com demandas específicas de formação: tecnológica, profissional liberal, em novas profissões, para exercício do magistério ou de formação geral; estabelecer, em nível nacional, diretrizes curriculares que assegurem a necessária flexibilidade e diversidade nos programas de estudos oferecidos pelas diferentes Instituições de Educação Superior, de forma a melhor atender às necessidades diferenciais de suas clientelas e às peculiaridades das regiões nas quais se inserem; incluir nas diretrizes curriculares dos cursos de formação de docentes temas relacionados às problemáticas tratadas nos temas transversais, especialmente no que se - DA IMPLANTAÇÃO - - 35 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI refere à abordagem tais como: gênero, educação sexual, ética (justiça, diálogo, respeito mútuo, solidariedade e tolerância), pluralidade cultural, meio ambiente, saúde e temas locais; diversificar a oferta de ensino, incentivando a criação de cursos noturnos com propostas inovadoras, de cursos sequenciais e de cursos modulares, com a certificação, permitindo maior flexibilidade na formação e ampliação da oferta de ensino; a partir de padrões mínimos fixados pelo Poder Público, exigir melhoria progressiva da infra-estrutura de laboratórios, equipamentos e bibliotecas, como condição para o recredenciamento das Instituições de Educação Superior e renovação do reconhecimento de cursos; estimular a consolidação e o desenvolvimento da pós-graduação e da pesquisa das Universidades, dobrando em dez anos o número de pesquisadores qualificados; incentivar a generalização da prática da pesquisa como elemento integrante e modernizador dos processos de ensino-aprendizagem em toda a educação superior, inclusive com a participação de alunos no desenvolvimento da pesquisa; criar políticas que facilitem às minorias, vítimas de discriminação, o acesso à educação superior, por meio de programas de compensação de deficiências de sua formação escolar anterior, permitindo-lhes, desta forma, competir em igualdade de condições nos processos de seleção e admissão a esse nível de ensino; garantir nas Instituições de Educação Superior a oferta de cursos de extensão, para atender as necessidades da educação continuada de adultos, com ou sem formação superior, na perspectiva de integrar o necessário esforço nacional de resgate da dívida social e educacional; garantir a criação de conselhos com a participação da comunidade e de entidades da sociedade civil organizada para acompanhamento e controle social das atividades acadêmicas, com o objetivo de assegurar o retorno à sociedade dos resultados das Pesquisas, do Ensino e da Extensão; estimular as Instituições de Ensino Superior a identificar, na educação básica, estudantes com altas habilidades intelectuais nos estratos de renda mais baixa, com vistas a oferecer bolsas de estudo e apoio ao prosseguimento dos estudos; observar, no que diz respeito à educação superior, as metas estabelecidas nos capítulos referentes à educação a distância, formação de professores, educação indígena, educação especial e educação de jovens e adultos. 4.6.2. PRESSUPOSTOS DAS POLÍTICAS INSTITUCIONAIS A LDB no inciso VI do Art. 43 estabelece como um dos objetivos do ensino superior: “estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os - DA IMPLANTAÇÃO - - 36 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de parceria”. O conhecimento evolui a partir de uma rede cada vez mais complexa de encontros entre o homem e o cotidiano sociocultural, invadindo as demarcações dos espaços disciplinares, buscando tangenciamentos, relações, conexões, com táticas, maneiras e artes de inventar o dia-a-dia, que subvertem o estabelecido: a fragmentação das disciplinas, a ruptura da compreensão, a cisão entre o saber e o fazer. Um novo paradigma do conhecer está surgindo das interfaces e das novas conexões que se formam entre os saberes outrora partidos e as ações outrora isoladas. Ele está sendo gerado do encontro entre ambos, provocado pela velocidade cada vez maior entre as comunicações e as informações e estabelecendo, por essa proximidade, um novo marco nas relações entre os humanos e entre estes e o mundo em que vivemos. A malha do saber vai invadindo e cruzando sistemas de ideias, de ações, criando novas competências, constituindo maneiras diferentes de se organizar e de se articular os domínios teóricos e práticos, intercomunicando-os em um diálogo aberto e promissor. Podemos, sem dúvida, afirmar que já não se pensa e se aprende como antigamente. A rede que integra os domínios do saber e do agir invadiu também o Ensino Superior. Num ritmo, que ainda não é o desejado, algumas mudanças já têm ocorrido para que as IES enfrentem a "crise do conhecimento", nas suas salas de aula. Tudo é, de fato, muito novo. E a Instituição é velha na sua maneira de ensinar, de planejar, de executar e de avaliar seu projeto educativo. O tradicionalismo e o ritualismo de suas práticas cegam a grande maioria de seus professores e dos alunos, diante das transformações, dos caminhos diferentes e não obrigatórios do aprender. O conhecimento é fruto da coordenação das ideias e se engendra quando se aprende fazendo, investigando, errando, acertando, experimentando, ousando, criticando, duvidando, opinando. A origem do conhecer é, certamente, o desejo de estabelecer e de fortalecer esses vínculos que contextualizam, humanizam e criam laços entre o objeto e o sujeito do conhecimento. A quebra dos muros e das paredes que impedem a integração do ambiente acadêmico com a vida que acontece fora dele é uma tarefa que não visa demolir o Ensino Superior, mas reconstruí-lo, a partir de seus alicerces e de muitas áreas que serão preservadas, pois constituem o que lhe é próprio, ou seja, a sua vocação de reunir pessoas para propiciar a cada uma e a todas um tempo de conhecimento mútuo e de autoconhecimento, sem os quais não se aprende ou se ensina. A queda das divisórias entre o observador e o observável é uma das marcas do avanço das ciências. Vivemos em uma sociedade da informação, do conhecimento, da diversidade, em que o cenário educacional é o privilegiado para promover a transição deste para um novo tempo da humanidade. Nesse novo tempo, o que se espera do ensino superior é que - DA IMPLANTAÇÃO - - 37 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI seus planos se definam por uma educação para a cidadania global, plena, livre de preconceitos e que se dispõe a reconhecer as diferenças, a interdependência, a complementaridade entre as pessoas. As Instituições de Ensino Superior (IES), no desempenho do seu papel de geradoras e disseminadoras de conhecimento, estão comprometidas com os avanços sociais a serem alcançados pela sociedade e, portanto, resgatam a interação social como espaço de educação e de construção da cidadania. O ensino superior está a serviço de uma concepção radical e universal de cidadania. Enquanto participante do desenvolvimento tecnológico, ele será, ao mesmo tempo, crítico do modelo econômico globalizado e parceiro do setor produtivo. Enquanto promotor da cidadania universal, orientará parte significativa de sua produção de saber pelos interesses sociais mais amplos da sociedade. O que se preconiza, portanto, é a parceria com os mais amplos espectros da sociedade, orientada por uma opção ética radical a favor da vida, onde ocorrerá, de modo indissociável, o ensino e a pesquisa. Trata-se de um ensino impregnado pelos parâmetros fundamentais da investigação científica e com direção política e orientação ética. Pois, este ensino e esta pesquisa se destinam, em última instância, à sociedade humana, não como produto imposto por especialistas a não especialistas, como um “manto que se estende”, mas como processo de parceria cúmplice, iluminado por opções éticas a favor da vida de todos, ou mais precisamente, iluminado por opções democráticas radicais. A sociedade não precisa apenas de mais uma ação assistencialista no que se refere à comunicação. As associações de bairros, ONGs, sindicatos, cooperativas e fóruns não querem “olhar fazer”. Querem “fazer juntos”, partilhar o conhecimento e a prática. É uma sociedade participante que divide informação e formação e que exige assessoria. Portanto, o UNIFACEX se propõe desenvolver uma política institucional voltada para a interação com a comunidade, articulando interfaces da vida pessoal e no trabalho com organizações não educacionais, porém com objetivos semelhantes, e propondo que as interfaces incorporem uma dimensão cultural, pois as diferenças culturais imprimem percepções diferentes para componentes das mesmas. As interfaces sociais terão como alvo as relações e parcerias sistemáticas com outras instituições de educação superior ou de pesquisa, com órgãos públicos federais, estaduais e municipais, com o setor empresarial e com a comunidade (organizações não governamentais; associações comunitárias; conselhos de políticas e de direitos; agências de fomento; empresas públicas e privadas; fundações empresariais; federações e sindicatos). Os pressupostos para as interfaces do UNIFACEX está assentada nas seguintes diretrizes: contribuir para conferir qualidade para a atuação de organizações sociais, consciente de que essa relação contribuirá para a qualificação do próprio meio - DA IMPLANTAÇÃO - - 38 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI acadêmico, compreendendo-se a importância pedagógica dos movimentos sociais em relação à educação não-formal; reforçar a imagem do UNIFACEX em nível institucional e na sua relação com a Sociedade; implementar projetos que oportunizem o treinamento prático, o aperfeiçoamento técnico-cultural, científico e de relacionamento humano, estabelecendo parcerias; fazer gestões junto aos órgãos complementares visando a alocação de recursos para os programas sociais; viabilizar projetos em parceria com agências de fomento para o financiamento das ações para viabilizar as interfaces sociais; buscar formas alternativas de financiamento dos programas e projetos para as interfaces sociais; informar para as entidades externas e o público em geral as propostas de atividades desenvolvidas na Instituição de caráter educacional, científico e cultural; dinamizar a integração do UNIFACEX com o setor público, o setor produtivo e as organizações sociais; criar parcerias que potencializem as respostas aos problemas econômicos, políticos e sócio-culturais da região de Natal; imprimir à tese e à prática das parcerias um caráter inovador, marcado por processos de construção da democracia e da justiça com sentido universal; estabelecer relações entre a sociedade civil organizada e o meio acadêmico, em especial, a reflexão sobre as formas de Educação Continuada; colaborar com a sociedade por meio de parcerias na área empresarial, atuando com treinamento, ensino, cooperação, produção científica e pesquisas. 4.6.3. POLÍTICA PARA O ENSINO Em todos os níveis de ensino, o UNIFACEX tem como finalidades educativas o desenvolvimento: de uma atitude de curiosidade, reflexão e crítica frente ao conhecimento e à interpretação da realidade; da capacidade de utilizar crítica e criativamente as diversas linguagens do mundo contemporâneo; da autonomia, cooperação e sentido de co-responsabilidade nos processos de desenvolvimento individuais e coletivos; de uma atitude de valorização, cuidado e responsabilidade individual e coletiva em relação à saúde; - DA IMPLANTAÇÃO - - 39 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI da competência para atuar no mundo do trabalho dentro de princípios de respeito por si mesmo, pelos outros e pelos recursos da comunidade; do exercício da cidadania para a transformação crítica, criativa e ética das realidades sociais; da motivação para dar prosseguimento à própria educação, de forma sistemática e assistemática; do pleno exercício de suas funções cognitivas e sócio-afetivas; da capacidade de aprender com autonomia e assimilar o crescente número de informações, adquirindo novos conhecimentos e habilidades; da capacidade de enfrentar situações inéditas com dinamismo, flexibilidade e criatividade; da capacidade de usar o conhecimento para ser feliz, relacionar-se com a natureza, ser gestor da própria vida e ajudar os outros. Com base no conteúdo supracitado é que as políticas de ensino são desenvolvidas de forma a alcançar os objetivos desejados. A seguir estão expostas as políticas de ensino da pós-graduação e da graduação dos programas e cursos do UNIFACEX. 4.6.3.1. Pós-graduação As Políticas de Pós-graduação estão consubstanciadas em ações que possibilitem alcançar metas de qualidade na pesquisa, na capacitação de corpo docente e na qualificação de cursos. O estabelecimento das Políticas de Pós-graduação partiu de pressupostos básicos que norteiam as ações e do diagnóstico da situação da pós-graduação do UNIFACEX. A partir desta análise realizada na Avaliação Institucional, estabeleceu-se o planejamento de metas e ações, cronograma e orçamento que forneçam as condições para implantação dos Programas de Pós-Graduação. As diretrizes destas políticas são: participar e contribuir com o desenvolvimento local e regional na formação de recursos humanos qualificados; promover o ensino pós-graduado em padrões internacionais de qualidade internacional e de acordo com as normas estipuladas pela CAPES/MEC; estabelecer áreas prioritárias; consolidar a concepção de Programa de Pós-graduação integrando a especialização com a graduação; desenvolver pesquisas em áreas consideradas prioritárias pela Centro Universitário para a região; formar grupos de excelência em pesquisa científica e tecnológica. - DA IMPLANTAÇÃO - - 40 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 4.6.3.2. Graduação A política do Centro Universitário FACEX para o Ensino de Graduação fundamentase na integração do Ensino com a Pesquisa e a Extensão, objetivando formação de qualidade acadêmica e profissional. Cultiva e promove, portanto, uma prática calcada em princípios éticos e cristãos que possibilite a construção do conhecimento técnicocientífico, o aperfeiçoamento cultural e o desenvolvimento de um pensamento reflexivo, crítico e responsável, que impulsione a transformação sócio-político-econômica da sociedade. O UNIFACEX agregará ao leque de oportunidades oferecidas aos alunos, cursos superiores de tecnologia, conceituados como curso de graduação, porém não de bacharelado ou licenciatura, de acordo com o Parecer do Conselho Nacional de Educação número 436/2001. Estes obedecem às Diretrizes Curriculares Nacionais aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação e têm carga horária que varia de 1.600 a 2.400 horas aula, dependendo da área profissional a que se destinam. São diretrizes da política para as licenciaturas e bacharelados: cuidado e atenção às necessidades da sociedade e região no que concerne à oferta de cursos e programas para a formação e qualificação profissional; flexibilização dos currículos, de forma a proporcionar ao aluno a maior medida possível de autonomia na sua formação acadêmica; atualização permanente dos projetos pedagógicos, levando-se em consideração as Diretrizes Curriculares e as demandas sócio-econômico-culturais da região em que a Centro Universitário se insere; discussão permanente sobre a qualidade do ensino de graduação, por diferentes fóruns, envolvendo diretores, coordenadores, conselhos e colegiados; incentivo à produção técnico-científica e didática do corpo docente; qualificação permanente do corpo docente, em termos de titulação acadêmica e de competências didático-pedagógicas; manutenção e controle da situação legal dos cursos; apoio e acompanhamento da ação pedagógica no âmbito dos cursos. São diretrizes da política para os cursos superiores de tecnologia: ofertar Educação Profissional, considerando o avanço do conhecimento tecnológico e a incorporação crescente de novos métodos e processos de produção e distribuição de bens e serviços; atuar prioritariamente na área tecnológica nos diversos setores da economia; ofertar formação especializada, levando em consideração as tendências do setor produtivo; - DA IMPLANTAÇÃO - - 41 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI desenvolver o processo educacional de forma a favorecer, de modo permanente: a transformação do conhecimento em bens e serviços em benefício da sociedade, a qualificação, requalificação e reprofissionalização do profissional, a formação de profissionais e especialistas na área tecnológica. O UNIFACEX entende, por consequência, que para garantir um futuro com dignidade para os jovens brasileiros nas próximas décadas, as autoridades devem abraçar a causa educacional e oferecer oportunidades verdadeiras para o progresso social da vasta maioria da população. Permanecer na política educacional do presente (e passado) significa a rejeição de um melhor futuro para o país e o fortalecimento da segregação social que tem caracterizado a história brasileira. Para alterar as tendências histórico-sócio-econômicas da sociedade brasileira, é absolutamente necessário oferecer oportunidades educacionais e treinamento de trabalho para todas as classes sociais. Todos os recursos humanos disponíveis devem ser mobilizados para garantir que os jovens brasileiros tenham chances adequadas de desenvolvimento. 4.6.3.3. Curso Sequencial Mesmo reconhecendo os cursos Sequenciais como mais um bom instrumento de formação profissional na sua especificidade, a Instituição não pretende incluir neste projeto a criação de tais cursos, direcionando seus recursos para a manutenção e criação de outras modalidades. 4.6.3.4. Programas Especiais de Formação Pedagógica O UNIFACEX preocupado com a formação pedagógica de docentes, tem como política promover o desenvolvimento, aprimoramento e qualificação do ser humano como agente de transformação social, contribuindo com uma alternativa de atendimento educacional flexível e que elimine barreiras, facilitando o acesso ao conhecimento por meio da educação a distância e presencial, atendendo, ainda, a Resolução CNE n. 2, de 7 de julho de 1997. Esta modalidade de ensino, ao lado dos cursos regulares de licenciatura, visa atender à necessidade de competência técnica, humana e interativa exigida pelo mercado de trabalho, tendo como referências básicas as características do educador preparado para atuar nos últimos anos do ensino fundamental, médio e educação - DA IMPLANTAÇÃO - - 42 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI profissional de nível médio e profissionalizante, tendo como pressuposto a análise do fazer docente e as Diretrizes Curriculares Nacionais. Para alcançar o seu alvo, o UNIFACEX estabeleceu as seguintes diretrizes: facilitar o acesso à formação pedagógica de profissionais graduados, habilitando-os, assim, para o exercício da docência; possibilitar a oportunidade de inserção do profissional no magistério; capacitar em serviço para atender a demanda de profissionais especializados; contribuir para a melhoria da qualidade do ensino profissionalizante. 4.6.3.5. Educação à distância (EAD) O UNIFACEX entende a Educação a Distância como a aprendizagem planejada que geralmente ocorre num local diferente do ensino e, por causa disso, requer técnicas especiais de desenho de curso, técnicas especiais de instrução, métodos especiais de comunicação por meio da eletrônica e outras tecnologias, bem como arranjos essenciais organizacionais e administrativos. Assim sendo, a política para a educação a distância; apóia-se nas seguintes diretrizes: ampliar as possibilidades de acesso ao conhecimento, de modo a diminuir a exclusão social e promover o desenvolvimento pessoal de cada cidadão; incentivar a utilização de meios e recursos tecnológicos como ferramentas de facilitação do processo de aprendizagem; incentivar e apoiar a oferta de disciplinas a distância, dentro de currículos presenciais; incentivar e apoiar a oferta de cursos de educação continuada a distância; incentivar e apoiar a oferta de cursos de treinamentos e formação complementar a distância; promover a elaboração de materiais didáticos necessários aos cursos que esteja apoiando; promover articulação e parcerias com órgãos públicos, sobretudo a Secretaria de Educação, com vistas a identificar as necessidades de formação que possam ser supridas por esta modalidade de ensino. 4.6.4. POLÍTICA PARA AS ATIVIDADES ARTICULADAS AO ENSINO 4.6.4.1. Estágio O Estágio Supervisionado é um componente curricular obrigatório que integra um conjunto de atividades que o aluno desenvolve em situações reais de vida e de trabalho, - DA IMPLANTAÇÃO - - 43 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI sob a supervisão de um docente. Propicia a aproximação do futuro profissional com a realidade em que irá atuar, permitindo-lhe aplicar, ampliar e fazer revisões nos conhecimentos teórico-práticos adquiridos durante sua vida acadêmica, contribuindo para sua aprendizagem profissional, social e cultural. O Estágio deverá constituir-se em um espaço privilegiado para a integração das atividades de ensino, pesquisa e extensão. Além disso, as experiências vivenciadas pelo estagiário poderão se constituir em objeto de estudo, análise e reflexão, transformandose em temas ou problemas a serem desenvolvidos no Trabalho de Conclusão do Curso. As diretrizes básicas da política de estágio no UNIFACEX são: a atividade de estágio é um fator significativo na formação do profissional, por proporcionar a interação do aluno com a realidade da profissão e a complementação prática do aprendizado acadêmico. a atividade de estágio deverá trazer uma contribuição prática e efetiva: para a unidade concedente de estágio, pela contribuição do aluno com o desenvolvimento desta organização, para a instituição de ensino, por colaborar com a efetividade da formação que ela oferece, para o aluno, pela experiência adquirida. o UNIFACEX deve assumir a responsabilidade de criar condições para o efetivo aprimoramento dos alunos nos estágios, como parte da sua formação profissional; todo e qualquer estágio é uma atividade curricular, com caráter pedagógico, pressupondo, portanto, sua integração ao processo curricular. Por consequência, deve ser obrigatoriamente aprovado, mediante descrição das atividades que serão realizadas, e acompanhado por um professor/orientador, mediante relatório de estágio, bem como supervisionado e avaliado por um profissional da empresa concedente; o UNIFACEX deve ter o instrumental necessário para gerir e regulamentar todos os processos referentes à atividade de estágio de modo a ter autonomia para utilizar, ou não, as chamadas agências de integração: suporte administrativo; centralização das informações; administração, organização e controle dos relatórios e avaliações sobre estágio; viabilização do relacionamento com as empresas, mediante negociação de convênio, contrato e outras parcerias. a instituição de ensino deve investir em um relacionamento tal com o mercado, que permita aos alunos o engajamento em posições nas organizações, de modo a potencializar o seu aprendizado; a Regularização do Estágio curricular obrigatório será realizada por meio de: - DA IMPLANTAÇÃO - - 44 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Acordo de Cooperação assinado entre o UNIFACEX e a Instituição concedente de estágio; Avaliação do aluno realizada pelo professor seguindo os seguintes indicadores: efetiva dedicação de horas ao projeto, conforme definido na Proposta de Parceria para Estágio Curricular Obrigatório; qualidade do produto final entregue à Unidade Concedente. atividades desenvolvidas pelo aluno na Empresa Júnior poderão ser reconhecidas como estágio curricular, desde que se refiram a projetos efetivamente realizados e condizentes com o currículo escolar. Deverá seguir as mesmas orientações do estágio curricular; os documentos necessários para efetivação do estágio curricular são: Acordo de Cooperação – Contrato que delimita as condições básicas de parceria entre o UNIFACEX e a empresa para qualquer compromisso de estágio futuro (este documento é necessário apenas no caso de a empresa estar concedendo estágio a um aluno do UNIFACEX pela primeira vez e no caso da empresa não ter acordo com agentes de integração). Documento assinado em duas vias pelo UNIFACEX e pela empresa concedente. Termo de Compromisso de Estágio – contrato que regulamenta as condições do estágio que o aluno realizará - assinado entre o aluno, a empresa e o UNIFACEX (como interveniente). Relatório Final de Estágio assinado pelo professor supervisor escolhido pelo estagiário. os estágios que não cumprirem com a documentação acima descrita não terão suas horas reconhecidas, pelo UNIFACEX, para o cumprimento da carga mínima de estágio exigida pelo MEC para cada curso. 4.6.4.2. Prática profissional O ponto de partida para a formulação dos projetos pedagógicos dos cursos atuais e a serem implantados é o primeiro artigo da Lei 9394/96 (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, LDB). Esse artigo afirma que a educação escolar deverá estar vinculada ao trabalho e à prática social. A hipótese central do trabalho considera a prática do aluno na intervenção em sala de aula e na área profissional em geral, como o elemento central para inovações curriculares, o que leva ao estabelecimento da relação entre a teoria e a prática em cada disciplina do currículo, não só nas disciplinas tradicionalmente compreendidas como “práticas”, mas em todas elas. As atividades permanentes de prática profissional articuladas com o ensino estão ligadas ao conceito de laborabilidade na medida em que essas competências constituem, na verdade, um trabalhador polivalente que pode, quando bem preparado, ser mais - DA IMPLANTAÇÃO - - 45 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI autônomo para decidir seu percurso no mercado de trabalho. Em decorrência, o professor está hoje sendo levado a parar e entender que não é mais a única fonte legítima de conhecimento para seu aluno. Talvez este seja mais hábil e mais rápido para ir à Internet buscar informações. Mas, enquanto isso acontece, fortalece-se o papel que o professor sempre teve, ou seja, de ajudar o aluno a dar sentido às informações, avaliando, criticando, compreendendo, julgando a pertinência e aplicando-as na vida prática. Dentre os meios de possibilitar a prática profissional se encontram: as atividades complementares que possibilitam a real integração entre teoria e prática profissional, valendo como parte de um currículo expresso, de um lado e, oculto de outro, que não se encontra muito explicitado em estruturas curriculares regimentais; a adoção de linhas de pesquisa que orientem e direcionem a prática, buscando respostas para as questões do cotidiano e a sustentação dos modelos de ensino voltados para a prática; programas de ensino sustentados em concepções pedagógicas crítico- reflexivas, com orientação teórico-metodológica que articule ensino-trabalho, integração teoria-prática, adotando princípios da educação adequados ao "ser trabalhador" como "ser aprendiz". 4.6.4.3. Atividades complementares Além das disciplinas teóricas e das disciplinas práticas, ditas "laboratoriais", formatadas em um padrão de turma/docente/horas-aula semanais, são previstas atividades complementares para todos os cursos de graduação do UNIFACEX, visando propiciar ao aluno a oportunidade de realizar uma trajetória autônoma e particular, no desenvolvimento do currículo. As atividades complementares podem ser desenvolvidas em três níveis: como instrumento de integração e conhecimento do aluno sobre a realidade social, econômica e do trabalho de sua área/curso; como instrumento de iniciação à pesquisa e ao ensino; como instrumento de iniciação profissional. Caberá aos colegiados de curso normalizar as atividades complementares ao longo do tempo de integralização curricular, em coerência com as diretrizes estabelecidas pela Centro Universitário FACEX e com as do MEC. As atividades complementares serão computadas no sistema de créditos, para efeito de integralização do total previsto para o curso (não incluídas as horas dedicadas ao Trabalho de Conclusão de Curso ou aos Projetos Experimentais). As atividades complementares, previstas nos Projetos Pedagógicos dos cursos, e as modalidades admitidas devem ser tornadas públicas, pela direção ou coordenação do - DA IMPLANTAÇÃO - - 46 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI curso, de sorte a permitir a sua livre escolha pelo aluno. Serão observados os limites estabelecidos para cada curso, em conformidade com a legislação pertinente, sendo orientadas e avaliadas por docentes de acordo com os critérios estabelecidos pelo Projeto Pedagógico específico. Não será permitido ao aluno repetir atividades de uma mesma natureza por dois semestres nem poderão ser desenvolvidas no mesmo horário destinado às disciplinas regulares do curso. Serão entendidas como Atividades Complementares as seguintes modalidades: programas especiais de capacitação do estudante; atividades laboratoriais além das já previstas no padrão turma/horas-aula; atividades de extensão; monitoria; atividades de pesquisa; discussões temáticas; estudos complementares; atividades acadêmicas a distância; participação em seminários, encontros, simpósios, conferências e congressos, internos ou externos à Instituição; estudos de casos; viagens de estudos; estudos desenvolvidos em empresas juniores; projetos de extensão; publicação de produção científica; módulos temáticos (com ou sem avaliação); disciplinas oferecidas por outros cursos e/ou unidades de ensino e não previstas no currículo pleno do curso; visitas programadas e outras atividades acadêmicas e culturais; trabalhos de campo orientados; estágios em laboratórios; cursos realizados em outras áreas afins; cursos livres (como, por exemplo, informática e idiomas); integração com cursos sequenciais correlatos à área; participação em eventos científicos em áreas afins; outras atividades definidas no Projeto Pedagógico de cada curso. 4.6.5. POLÍTICA PARA A EXTENSÃO Tem-se hoje, como princípio, que para a formação do profissional cidadão é imprescindível sua efetiva interação com a sociedade, seja para se situar historicamente, para se identificar culturalmente ou para referenciar sua formação com os problemas que profissionalmente terá de enfrentar. A extensão, entendida como prática acadêmica que interliga a Instituição Educacional nas suas atividades de ensino e de pesquisa com as demandas da sociedade civil, possibilita a formação do profissional cidadão e se credencia, cada vez mais, junto à sociedade, como espaço privilegiado de produção do conhecimento significativo para a superação dos desafios e das desigualdades sociais existentes. É importante consolidar a prática da extensão, possibilitando a constante busca do equilíbrio entre as demandas socialmente exigidas e as inovações que surgem do trabalho acadêmico. Nas atividades de extensão, os profissionais têm a oportunidade de traduzir para o campo operativo os conhecimentos que a Instituição vem produzindo. Nesta perspectiva, a aproximação do UNIFACEX com a sociedade deve ocorrer tendo como - DA IMPLANTAÇÃO - - 47 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI norte a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, pois a tradução do conhecimento científico no campo operativo exige profissionais com competência para a produção do conhecimento científico e técnico, assim como exige habilidades de socialização desses conhecimentos com segmentos da sociedade, de forma a contribuir para sua autonomia. A política do UNIFACEX para a Extensão Universitária se pauta pelas seguintes diretrizes: • Desenvolver habilidades e competências do alunado, possibilitando condições para que os alunos aprendam na prática os aspectos teóricos refletidos em sala de aula; • Ofertar atividades de extensão de diferentes modalidades balizados nos eixos temáticos do Fórum Nacional de Extensão, bem como nas demandas da comunidade e de forma; • Estabelecer diretrizes de valorização da participação discente em atividades extensionistas, promovendo sua inserção nos programas e projetos idealizados; • Definir e utilizar indicadores próprios de avaliação e de gestão das atividades de extensão; • Concretizar ações extensionistas relacionadas à responsabilidade social. Com a extensão, o UNIFACEX, além de proporcionar melhorias a comunidade na qual está inserido, busca também a melhoria da qualidade do ensino e da pesquisa, as atividades extensionistas podem servir como um canal de comunicação direto de retroalimentação para essas atividades. No UNIFACEX, as atividades de extensão são realizadas de acordo com documento próprio da instituição, concebido em concordância com as normas e legislação vigente se que regulamenta esse tipo de atividade. Ademais deve-se destacar que tais políticas extensionistas devem promover o fomento de ações institucionais com objetivo de incrementar a participação da comunidade acadêmica neste tipo de atividade, bem como o fortalecimento de parcerias com entidades da comunidade tendo em vista que estes são pontos frequentemente destacados, nas avaliações da instituição. 4.6.6. POLÍTICA DE PESQUISA E INCIAÇÃO CIENTÍFICA As políticas de Pesquisa da Instituição, entendidas como fonte do cultivo do saber humano estão estruturadas para promover a produção de conhecimento, contribuir para a criação cultural e fomentar o desenvolvimento do espírito crítico e do pensamento analítico. - DA IMPLANTAÇÃO - - 48 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI As atividades de pesquisa, conforme o enunciado do Projeto Político-pedagógico Institucional encontram na missão institucional, nos projetos pedagógicos de cursos e na legislação, como aspectos balizadores de orientação das atividades acadêmicas. O UNIFACEX, por ser um Centro Universitário, incentiva à investigação científica por meio de trabalhos acadêmicos, que por sua vez, envolvem o corpo docente e discente, porém, sempre direcionado às atividades de sua área de formação. O UNIFACEX reconhece no desenvolvimento da investigação científica e tecnológica um valioso instrumental pedagógico e social para a consecução de seus objetivos educacionais. O fazer ciência, participando de atividades de pesquisa aplicada, tem um importante papel não só para a formação do estudante universitário, mas também na transformação da sociedade como um todo. Na primeira situação, no UNIFACEX a pesquisa é oferecida na forma de Iniciação Científica que tem por objetivo incentivar a pesquisa entre os alunos da instituição. Como benefício direto, tem-se um aluno em contato com as novas tecnologias e que aprende a buscar conhecimento por conta própria. O aluno também aprende a lidar com cronogramas, trabalhar em equipe, melhorar seu raciocínio objetivo, buscar resultados, além de desenvolver textos técnico-científicos e apresentar trabalhos em eventos. Os resultados desse processo de Iniciação Científica são egressos mais bem preparados e cidadãos mais críticos e conscientes. Os estudantes que participam de projetos de iniciação científica têm melhores chances de criar seus próprios negócios e são mais preparados para enfrentar o mercado de trabalho. O espírito analítico-crítico, a inovação de soluções, a engenhosidade e o empreendedorismo, entre outras, são qualidades importantes trabalhadas na pesquisa e também, no processo de formação do acadêmico por desenvolver características desejáveis como autoconfiança, liderança e versatilidade. Na segunda perspectiva, as pesquisas desenvolvidas são capazes de dar respostas concretas e imediatas aos problemas que surgem no cotidiano da comunidade. A investigação do desconhecido ajuda a formar mentes organizadas no método científico, na análise crítica frente a novos desafios e na proposição e verificação experimental de hipóteses de trabalho a serem testadas de forma sistemática. Assim, o desenvolvimento de projetos de pesquisa científica e tecnológica, realizados com qualidade, atende a mais um dos objetivos do UNIFACEX que, como Instituição inserida na comunidade, pretende concretizar os interesses coletivos da sociedade. Estes interesses refletem uma melhoria na qualidade de vida em nível regional, estadual e nacional à medida que a pesquisa científica avança no conhecimento e no desenvolvimento tecnológico trazendo novas soluções. O UNIFACEX propõe, portanto, políticas que priorizem o desenvolvimento da pesquisa em diversas áreas de conhecimento, com vistas ao avanço do conhecimento - DA IMPLANTAÇÃO - - 49 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI científico, à inovação, ao intercâmbio e à divulgação científica e tecnológica que contribui significativamente para a formação de recursos humanos e transforma a sociedade. As políticas de pesquisa do UNIFACEX seguem as seguintes diretrizes: • Produzir o conhecimento e ampliar as fronteiras científicas e tecnológicas. • Incrementar a produção científica de forma interativa nos seus diversos cursos. • Incrementar a participação de docentes e de discentes nas atividades de pesquisa com ganho na qualidade dos projetos. • Consolidar a presença do UNIFACEX nos principais eventos das áreas do conhecimento em que atua. • Melhorar a qualidade e produtividade da pesquisa no UNIFACEX. • Promover o intercâmbio entre pesquisadores de diversas instituições. • Consolidar os grupos de pesquisa na Instituição. • Investir na infraestrutura adequada ao desenvolvimento da pesquisa. Deve-se ressaltar que no UNIFACEX, as atividades de pesquisa são realizadas de acordo com documento próprio da instituição intitulado “Diretrizes da Pesquisa”, concebido,em concordância com as normas e legislação vigentes, para nortear e conduzir as atividades de pesquisa e de iniciação científica no UNIFACEX. Quanto à iniciação científica, deve-se destacar, neste momento, as diretrizes que norteiam a Política para esse fim (de Iniciação Científica e Tecnológica): • aprimorar o espírito analítico-crítico e desenvolver o espírito científico do aluno universitário. • incrementar a inovação de soluções por meio da participação do aluno em Iniciação Científica e Tecnológica. • incrementar a participação de alunos nas atividades de pesquisa. • incentivar o aluno da Graduação a dar continuidade em seus estudos por meio de cursos de pós-graduação: especialização, mestrado e doutorado. • preparar o aluno para a competitividade no mercado de trabalho. • aprimorar a formação acadêmica dos alunos contribuindo significativamente para a produtividade das linhas e projetos de pesquisa em que participam. • incrementar a participação de alunos de Iniciação Científica e Tecnológica em eventos regionais, visando à qualidade dos resultados das pesquisas em que participam. • incentivar a produção científica discente própria ou em colaboração com seus orientadores, visando à criatividade e à crítica. A política para a Iniciação Científica conduz à formação da atitude científica do estudante que se reflete no desempenho de um profissional capacitado a enfrentar os novos desafios, que são a tônica de um mundo globalizado e competitivo. Para incentivar o discente no processo de iniciação científica, o UNIFACEX conta com o Programa de - DA IMPLANTAÇÃO - - 50 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Iniciação Científica (PROIC) que tem como objetivo estimular o desempenho do pensar criativo e a formação do conhecimento prático e metodológico do aluno. 4.6.7. POLÍTICAS DE RESPONSABILIDADE SOCIAL Responsabilidade social tem se tornado, nos últimos anos, um assunto cada vez mais presente no mundo das organizações, mas é um conceito ainda nebuloso, pois muitas vezes vem associado à ideia pura e simples de filantropia, caridade ou à boa vontade dos homens de negócios frente às mazelas do mundo. Algo como expiação daqueles que têm em relação àqueles que nada ou muito pouco têm. Não existe ideia mais equivocada que esta e maior distorção do conceito. Responsabilidade social não é filantropia. O UNIFACEX entende a responsabilidade social como: “um conjunto de valores baseados em princípios éticos que envolvem inicialmente os produtos, evolui para a abordagem dos processos, até chegar ao tratamento abrangente das relações compreendidas na atividade empresarial, com os empregados, os fornecedores, os consumidores, a comunidade, a sociedade e o meio ambiente. A busca de excelência pelas empresas passa a ter como objetivos a qualidade nas relações e a sustentabilidade econômica, social e ambiental”. (ETHOS, 2001)6 Uma Instituição de Ensino socialmente responsável é aquela que prevê suas ações e as realiza da melhor forma possível, antecipando as consequências e o alcance de tais ações para o benefício de todos os seus públicos. Segundo Toro e Hoyos (1998)7 (apud MELO NETO e FROES, 1999): "a responsabilidade social é o compromisso da empresa em contribuir com o desenvolvimento, o bem-estar e a melhoria da qualidade de vida dos empregados, suas famílias e a comunidade em geral”. A Educação está inserida em um conjunto de instituições políticas, culturais, jurídicas, econômicas e sociais. Ela não sobrevive isoladamente. Constitui-se em um sistema aberto, pois interage com o ambiente no qual está estabelecida, agindo e reagindo às situações, influenciando e sendo influenciada, adaptando-se continuamente e também provocando adaptações nesse ambiente. A responsabilidade social é uma forma de gestão que leva em consideração, além dos aspectos econômicos, o compromisso com as vertentes social e ambiental para a definição do modelo de negócio a ser adotado. É uma forma de administração que deve estar totalmente integrada às práticas da Instituição, impactando em seu planejamento estratégico, nos seus objetivos, na sua forma de produção, nas características de seus 6 7 INSTITUTO ETHOS. Indicadores Ethos de Responsabilidade Social, 2000. p. 6. TORO e HOYOS, 1998 apud MELO NETO, F.; FROES, C. Responsabilidade social & cidadania empresarial - a administração do terceiro setor. Rio de Janeiro: Qualitymark, 1999. p. 18. - DA IMPLANTAÇÃO - 51 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI produtos e no seu relacionamento com os diversos públicos de interação. O que define uma Instituição socialmente responsável, entre outros fatores, é a qualidade de sua interação e a atenção que dá aos públicos com os quais interage - funcionários/ colaboradores, acionistas, fornecedores, consumidores, investidores e a própria comunidade que a cerca. A responsabilidade social, portanto, representa um modelo de gestão e de relacionamento do UNIFACEX com os seus agentes sociais, baseados em princípios de benefício comum. O objetivo é garantir a legitimidade da Instituição em um ambiente social. Desta forma, torna-se necessário uma relação biunívoca IES/Sociedade que contribua na discussão dos diversos interesses que possibilitem a construção de consensos simultâneos e crescentes. Neste âmbito, ser socialmente responsável não se restringe ao cumprimento das obrigações legais, implicando ir mais além, mediante um maior investimento em capital humano, no ambiente e nas relações com a comunidade em geral. Porém, a responsabilidade social da organização moderna não deve estar voltada apenas para o bem-estar dos seus funcionários/colaboradores (internos e externos), como também deve integrar-se com a comunidade, proporcionando-lhe benefícios e sendo solidária com os seus problemas. O entendimento de que as instituições públicas e privadas estão inseridas em um ambiente complexo, interagindo com várias culturas e com vários agentes de natureza social, econômica e ambiental no desempenho de suas atividades, e que suas ações influenciam de forma decisiva esse ambiente, é fundamental para compreendermos a necessidade de uma atuação responsável junto aos seus mercados e agentes sociais, não se limitando ao cumprimento exclusivo da lei. A política para a responsabilidade social do UNIFACEX está assentada nas seguintes diretrizes: integração voluntária de preocupações sociais e ambientais por parte da Centro Universitário nas suas operações e na sua interação com outras partes interessadas; promoção de programas de incentivo, aprimoramento e qualidade de vida para os funcionários/colaboradores, gerenciamento do uso de recursos ambientais, adoção de uma sólida política de gestão participativa, patrocínio de iniciativas culturais e o estabelecimento de parcerias com outras instituições; ênfase em assuntos sociais (educação; formação ao longo da vida; informação; consulta; igualdade de oportunidades; integração das pessoas com deficiência; antecipação das mudanças educacionais e das reestruturações); abordagem equilibrada que otimize as sinergias entre as suas vertentes econômica, social e ambiental; avaliação constante dos resultados ambientais/conceito de eco-eficácia que compara a quantidade dos bens produzidos com o impacto da sua produção no ambiente; - DA IMPLANTAÇÃO - - 52 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI contribuição para o desenvolvimento de uma ecotecnologia mais respeitosa do ambiente e, em longo prazo, mais benéfica para a Instituição; consideração dos interesses da comunidade, que está cada vez mais sensível às exigências ambientais e sociais; valorização do conceito de ética e transparência, que relaciona boas práticas à percepção do aluno-cliente e sociedade em geral, implantando um programa, que englobe desde a eleição dos princípios e adoção de um código interno até a luta contra os concorrentes antiéticos; contribuição com a inclusão social, o desenvolvimento econômico e social, a defesa do meio ambiente, da memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural. 4.6.7.1. Valores e transparência O Centro Universitário FACEX pretende formar muito mais do que o profissional competente, estudioso, empenhado em sua atuação profissional: aspira a formação humana. A IES compreende como humano um cidadão-ético, isto é, o ser que se espelha no outro e em sua comunidade, toma posturas políticas, compromete-se com causas que transcendem os meros interesses individuais. No exercício de sua profissão, o egresso do UNIFACEX deve buscar transformar a realidade que avaliou criticamente nos bancos do Centro Universitário; deve compreender que os ecos de sua profissão são disseminados pelo exemplo, pois a realidade é transfigurada pelo imperativo ético. Para a formação do profissional ético, o Centro Universitário proporciona a educação superior, observando os valores éticos, de cidadania e cristãos, aprimorando cotidianamente a relação ensino-aprendizagem, a pesquisa multidisciplinar e a prestação de serviços, por meio de uma gestão profissional eminentemente humana. Alinhada aos novos tempos, a Centro Universitário desenvolve esforços visando o processo de permanente atualização administrativa com uma gestão participativa, buscando a otimização de seus processos e a consolidação de sua atuação junto à sociedade. A qualidade dos serviços oferecidos, o pronto atendimento à sua clientela e a permanente busca da melhoria, são princípios que balizam as ações internas e relações externas do Centro Universitário FACEX. Nesse contexto, está consciente de seu papel como Instituição promotora de mudanças, mediante a formação e qualificação do homem-cidadão que interage ativamente junto à sociedade, promovendo o crescimento e desenvolvimento local, regional e nacional. - DA IMPLANTAÇÃO - - 53 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI a) Auto-regulação da conduta, entendida como: Compromissos éticos – o código de ética ou de compromisso social é um instrumento de realização da visão e da missão do UNIFACEX, orientando suas ações e explicitando sua postura social nos seus relacionamentos e parcerias. O comprometimento da alta gestão com a disseminação e cumprimento da ética são bases de sustentação uma Instituição socialmente responsável, dando suporte para uma comunicação consistente. Enraizamento na cultura organizacional – Crenças e valores significam cultura, e como tal, estão incorporados pelo UNIFACEX por meio de uma difusão sistemática. Fixar a cultura implica ainda em envolver e estimular os funcionários/colaboradores, para que contribuam com sugestões que possam ser incorporadas aos processos de trabalho. b) Relações transparentes com a sociedade, entendidas como: Diálogo com as partes interessadas – O envolvimento dos parceiros na definição das estratégias de negócios do UNIFACEX gera compromisso mútuo com as metas estabelecidas, sendo tanto mais eficaz quanto sejam assegurados canais de comunicação que viabilizem o diálogo estruturado. Relações com a concorrência – O UNIFACEX entende que deve contribuir para a consolidação de elevados padrões de concorrência para seu segmento de negócios e para o mercado como um todo. Desta forma, pretende difundir uma postura ética, ou socialmente responsável. Balanço social – O registro das ações voltadas para a responsabilidade social permite avaliar seus resultados e direcionar os recursos para o futuro, além de ser um importante documento de divulgação dessas ações. O monitoramento de seus resultados por meio de indicadores pode ser complementado por auditorias feitas por entidades da sociedade (ONGs e outras instituições), agregando uma perspectiva externa à avaliação da própria organização (Base/Instituto Ethos). 4.6.7.2. A Público interno responsabilidade desenvolvimento social profissional e em relação valorização ao pessoal público dos interno, alunos e implica em funcionários/ colaboradores, bem como em melhoria nas condições de trabalho e nos relacionamentos internos. Para sua implantação devem ser considerados: a) Diálogo e participação Relações com os sindicatos – o UNIFACEX busca consolidar a prática de interlocução transparente com essas entidades, em torno de objetivos partilhados. O que significa um alinhamento entre seus interesses e dos funcionários/colaboradores. - DA IMPLANTAÇÃO - - 54 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Gestão participativa – O UNIFACEX possibilitará que os funcionários/ colaboradores compartilhem seus desafios, o que também favorece o desenvolvimento pessoal e profissional e a conquista de metas estabelecidas em conjunto. b) Respeito ao indivíduo Compromisso com o futuro da criança – Para ser reconhecida como socialmente responsável, o UNIFACEX não irá utilizar-se, direta ou indiretamente, de trabalho infantil (de menores de 14 anos de idade), conforme determina a legislação brasileira. Por outro lado, é positiva a iniciativa de empregar menores, entre 14 e 16 anos de idade, como aprendizes. A lei de aprendizes impõe procedimentos rígidos em relação a estes adolescentes, o que inclui a exigência de sua permanência na escola. Valorização da diversidade – O UNIFACEX não permite qualquer tipo de discriminação em termos de recrutamento, acesso a treinamento, remuneração, avaliação ou promoção de seus funcionários/colaboradores. Atenção especial é dada a membros de grupos que geralmente sofrem discriminação na sociedade, incentivando a contratação de docentes e técnico-administrativos com necessidades especiais. Tem, ainda, como política, a inclusão de estudantes em situação econômica desfavorecida e de portadores de necessidades especiais. c) Respeito ao trabalhador Comportamento frente a demissões – Quando as demissões são inevitáveis, o UNIFACEX as realiza com responsabilidade, estabelecendo critérios para executá-las (funcionários/colaboradores temporários, facilidade de recolocação, idade, estado civil, número de filhos etc.) e assegurando os benefícios que estiverem a seu alcance. Além disso, o UNIFACEX procura utilizar sua influência e acesso a informações para auxiliar a recolocação dos empregados demitidos. Compromisso com o desenvolvimento profissional e a empregabilidade Cabe ao UNIFACEX comprometer-se com o investimento na capacitação e desenvolvimento profissional de seus funcionários/colaboradores, oferecendo apoio a projetos de geração de empregos e fortalecimento da empregabilidade para a comunidade com que se relaciona. Cuidado com a saúde, segurança e condições de trabalho – A conscientização é a base fundamental para o desdobramento das intenções do UNIFACEX em ações que alinhem seus interesses aos dos funcionários/colaboradores. A busca por padrões internacionais de relações de trabalho é desejável, sendo as certificações, a respeito do tema, ferramentas adequadas para tanto. Preparação para aposentadoria – O UNIFACEX, socialmente responsável, tem forte compromisso com o futuro de seus funcionários. Por isso, incentiva a inclusão de seus colaboradores em programas privados de complementação previdenciária, visando - DA IMPLANTAÇÃO - - 55 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI reduzir o impacto da aposentadoria em nível de renda e estimular a participação dos aposentados em seus projetos sociais. 4.6.7.3. Como Meio Ambiente uma Instituição ambientalmente responsável, o UNIFACEX procura minimizar os impactos negativos e amplificar os positivos. Irá, portanto, agir para a manutenção e melhoria das condições ambientais, minimizando os processos e ações próprias potencialmente agressivas ao meio ambiente e disseminando em outras instituições as práticas e conhecimentos adquiridos neste sentindo. Para sua implantação, serão considerados: a) Gerenciamento do impacto ambiental Conhecimento sobre o impacto no meio ambiente – A conscientização ambiental é base para a atuação proativa na defesa do meio ambiente, que será acompanhada pela disseminação dos conhecimentos e intenções de proteção e projetos, envolvendo educação ambiental, o UNIFACEX, a cadeia produtiva e a comunidade. A conscientização ambiental será balizada por padrões nacionais e internacionais de proteção ambiental (ex.: ISO 14.000). Minimização de entradas e saídas do processo produtivo – Uma das formas de atuação ambientalmente responsável assumida pelo UNIFACEX é o cuidado com as entradas de seu processo produtivo, estando entre os principais parâmetros, comuns a todas as instituições, a utilização de energia, de água e de insumos necessários para a produção/prestação de serviços. A redução do consumo de energia, água e insumos leva à consequente redução do impacto ambiental necessário para obtê-los. Responsabilidade sobre o ciclo de vida dos produtos e serviços – Entre as principais saídas do processo produtivo estão as mercadorias, suas embalagens e os materiais não utilizados, convertidos em potenciais agentes poluidores do ar, da água e do solo. São aspectos importantes na redução do impacto ambiental, o desenvolvimento e a utilização de insumos, produtos e embalagens recicláveis ou biodegradáveis e a redução da poluição gerada. No caso desta última, também se inclui a atitude do UNIFACEX na reciclagem dos compostos e refugos originados em suas operações. b) Responsabilidade frente às gerações futuras Compensação da natureza pelo uso de recursos e impactos ambientais – O UNIFACEX desenvolverá projetos visando à compensação ambiental pelo uso de recursos naturais e pelo impacto causado por suas atividades, aprimorando os processos utilizados, voltando-se para a sustentabilidade ambiental. Educação ambiental – O UNIFACEX, na condição de Instituição ambientalmente responsável, apoiará e desenvolverá campanhas, projetos e programas educativos voltados para seus alunos e funcionários/colaboradores, para a comunidade e para - DA IMPLANTAÇÃO - - 56 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI públicos mais amplos, além de envolver-se em iniciativas de fortalecimento da educação ambiental no âmbito da sociedade como um todo. 4.6.7.4. Fornecedores O UNIFACEX divulga seus valores institucionais aos participantes de sua cadeia de fornecedores, tomando-os como orientação em casos de conflitos de interesse. A Instituição está consciente de seu papel no fortalecimento da cadeia de fornecedores, atuando no desenvolvimento dos elos mais fracos e na valorização da livre concorrência. Para sua implantação devem ser considerados: a) Seleção e Parceria com Fornecedores Critérios de Seleção de Fornecedores – A Instituição utiliza critérios voltados à responsabilidade social na escolha de seus fornecedores, exigindo, por exemplo, boas relações com os trabalhadores ou com o meio ambiente. Relações com Trabalhadores Terceirizados – O UNIFACEX evita que ocorram terceirizações em que a redução de custos seja conseguida pela degradação das condições de trabalho e das relações com os trabalhadores. Apoio ao Desenvolvimento de Fornecedores – A Instituição investe no desenvolvimento de pequenas empresas, priorizando-as na escolha de seus fornecedores e auxiliando-as a desenvolverem seus processos produtivos e de gestão. Também podem ser oferecidos, no ambiente do UNIFACEX, treinamentos de funcionários/colaboradores de pequenos fornecedores, transferindo para eles seus conhecimentos técnicos e seus valores éticos e de responsabilidade social. Para colaborar com o desenvolvimento econômico da comunidade local, o UNIFACEX prioriza entidades da comunidade como fornecedores. 4.6.7.5. Consumidores A responsabilidade social em relação à categoria “consumidores” exige do UNIFACEX o investimento permanente no desenvolvimento de serviços confiáveis, que minimizem os riscos de danos à formação do profissional e das pessoas envolvidas. Para sua implantação devem ser considerados: a) Dimensão Social do Consumo Política de Marketing e Comunicação – O UNIFACEX é um produtor de cultura e influencia o comportamento da sociedade. Por isso, suas ações de publicidade devem ter uma dimensão educativa, evitando criar expectativas que extrapolem os serviços que oferece efetivamente. Excelência do Atendimento – Cabe à Instituição, socialmente responsável, apoiar seus alunos/clientes antes, durante e após a efetuação da “venda”, entendida - DA IMPLANTAÇÃO - - 57 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI como a formação acadêmica, prevenindo prejuízos com a atuação profissional (uso do seu “produto”). A qualidade do serviço de atendimento ao aluno-cliente é uma referência importante neste aspecto, indicando a permeabilidade do UNIFACEX em adaptar-se às necessidades e demandas dos “consumidores”. Conhecimento dos Danos Potenciais e Serviços – É tarefa do UNIFACEX desenvolver ações de melhoria da confiabilidade, eficiência, segurança e disponibilidade dos seus serviços. Embora os danos de uma Instituição educacional não sejam aferidos, a Instituição está ciente dos prejuízos intelectuais, emocionais e atitudinais causados por uma formação deficitária. 4.6.7.6. Comunidade O respeito aos costumes e culturas locais e o empenho na educação e na disseminação de valores sociais fazem parte da política de envolvimento comunitário do UNIFACEX, resultado da compreensão de seu papel de agente de melhorias sociais. Para sua implantação devem ser considerados: a) Relações com a Comunidade Local Gerenciamento do Impacto da Atividade Produtiva na Comunidade – A inserção do UNIFACEX na comunidade pressupõe que ela respeite as normas e costumes locais, tendo uma interação dinâmica e transparente com os grupos locais e seus representantes, a fim de que possam solucionar conjuntamente problemas comunitários ou resolver, de modo negociado, eventuais conflitos entre as partes. Relações com Organizações Atuantes na Comunidade – O UNIFACEX, proativa na responsabilidade social, assume como meta a contribuição para o desenvolvimento da comunidade. Desta forma, apóia ou participa diretamente de projetos sociais promovidos por organizações comunitárias e ONGs, contribuindo para a disseminação de valores educativos e a melhoria das condições sociais. b) Filantropia/Investimentos Sociais Mecanismos de Apoio a Projetos Sociais – O UNIFACEX entende que a destinação de verbas e recursos a instituições e projetos sociais tem resultados mais efetivos na medida em que esteja baseada numa política estruturada com critérios predefinidos. Um aspecto relevante é a garantia de continuidade das ações, que pode ser reforçada pela constituição de instituto, fundação ou fundo social. Estratégias de Atuação na Área Social – A atuação social do UNIFACEX é potencializada pela adoção de estratégias que valorizem a qualidade dos projetos sociais beneficiados, a multiplicação de experiências bem sucedidas, a criação de redes de atendimento e o fortalecimento das políticas públicas da área social. O Centro Universitário faz, regularmente: - DA IMPLANTAÇÃO - - 58 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI doações de produtos e recursos financeiros, cedendo suas instalações, mobilizando o trabalho voluntário de seus funcionários e desenvolvendo projetos sociais próprios; doações e projetos sociais corporativos, cedendo horas de seus funcionários ou equipamentos para atividades ligadas a esses projetos. Além de apoio material, o Centro Universitário tem projetos estruturados cedendo suas competências técnicas, tecnológicas e gerenciais para fortalecer os projetos sociais (corporativos ou realizados por terceiros). O apoio de material e aporte de competências envolve organizações e lideranças locais no desenho e na implementação dos projetos sociais, intercedendo perante outros organismos, públicos ou privados, pela concretização desses projetos. Para o desenvolvimento destas ações, a Centro Universitário busca: utilizar os incentivos fiscais de dedução ou desconto de doações e patrocínios; utilizar o incentivo fiscal de 1% do Imposto de Renda devido para contribuir com os fundos geridos pelos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente; possuir mecanismos para estimular fornecedores, e outras partes interessadas a fazer doações financeiras; divulgar internamente os projetos que apóia e desenvolve, oferecendo oportunidades de trabalho voluntário, estimulando a participação dos seus funcionários. 4.6.7.7. Inclusão social O UNIFACEX entende por inclusão social o seu compromisso em promover a igualdade de acesso à formação e à orientação das pessoas desfavorecidas no mercado de trabalho e a luta contra a discriminação. Além do compromisso que a Centro Universitário tem de promover a inclusão social por meio da oferta de ensino de qualidade ao maior número possível de pessoas o que sem dúvida alguma passa pelo aumento no número de vagas - há ainda outras maneiras de se trabalhar junto à comunidade para que esta amplie seu conhecimento e consiga melhores oportunidades de inserção social. Além disso, a integração entre iniciativas é o caminho para possibilitar o fim da atual situação de injustiça no país, e o UNIFACEX entende a necessidade de praticar ações que criem um elo entre o setor público (governo), empresariado e terceiro setor. O Brasil é muito grande e, portanto, precisa de propostas de grande envergadura e que provoquem impacto para melhorar a condição social. Apesar disso, o UNIFACEX entende que as pequenas iniciativas também são vitais e podem ser desenvolvidas pelas Instituições de Ensino Superior. Esta escolha como canal para a realização de projetos de responsabilidade social pode ser justificada não só pelo fato da Instituição ter embasamento teórico, mas também maior conhecimento da comunidade onde está inserida, pois qualquer iniciativa - DA IMPLANTAÇÃO - - 59 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI desta natureza deve ter envolvimento e estar integrada à comunidade no sentido de contribuir com o desenvolvimento local. A responsabilidade social, no entanto, não deve ser confundida - de forma alguma - com filantropia. Para dar certo, um projeto tem que ser pensado a fim de que tenha continuidade, promova a auto-sustentabilidade e desenvolva a cidadania. Para desenvolver a inclusão social no ensino superior alguns tópicos foram observados, pelo UNIFACEX: promover a ética; distribuir universalmente o conhecimento e o desenvolvimento; construir inclusão e união social; delinear forma eficiente de avaliação educativa, que precisa buscar a responsabilidade social da educação superior, procurar reflexões e críticas e não apenas chegar a meras constatações de "bom ou ruim". A análise dos dados do perfil do ingressante do UNIFACEX, realizado semestralmente a partir do 1º semestre de 2001, permite afirmar que a mesma desempenha um importante papel na inclusão social em toda sua região de inserção, principalmente nas classes e grupos economicamente menos privilegiados. Os dados indicam que 72% dos alunos matriculados cursaram o ensino médio exclusivamente em escolas públicas, e 60% dos alunos possuem uma renda familiar inferior a 10 salários mínimos. O Centro Universitário FACEX promove a inclusão social da grande maioria desses alunos que, se não recebessem nenhuma forma de incentivo e apoio da Instituição, não poderiam almejar o ensino superior de qualidade. O UNIFACEX está engajado junto a empresas, prefeituras e escolas, atuando em toda região em diversas interfaces para minimizar os efeitos do abismo socioeconômico. Dentro desse contexto, a Instituição participa e estimula ações de âmbito federal, como o PROUNI e o FIES, também as ações do governo estadual, como a ESCOLA DA FAMÍLIA e as ações isoladas das prefeituras municipais de toda região que subsidiam o transporte dos alunos (30% dos alunos não residem na cidade). O Centro Universitário, em contrapartida, oferece um amplo Programa de Bolsas e convênios, além de um Programa de Empregabilidade e Estágios. 4.6.7.8. Memória cultural, da produção artística e do patrimônio cultural A palavra 'memória' nos remete necessariamente a outra, 'passado'. Ora, tudo que é memória o é porque está no passado. A memória é algo que se distingue do presente, mas que, ao mesmo tempo, o compõe. Assim como a memória, também o passado é entendido dentro do pensamento ocidental como um âmbito temporal distinto do presente. A memória é um dos caminhos para o conhecimento do passado, ela tem várias funções: pelas lembranças recuperamos acontecimentos anteriores, distinguimos o - DA IMPLANTAÇÃO - - 60 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI ontem de hoje e confirmamos que já vivemos um passado. Esta confirmação, por sua vez, nos confere um sentido de identidade, pois saber o que fomos, confirma o que somos. Ao conhecer o passado nos ligamos aos homens que viveram antes de nós, construindo uma noção de continuidade. Portanto, quando se preserva legalmente e na prática o patrimônio cultural, conserva-se a memória do que fomos e do que somos: a identidade da nação. Patrimônio, etimologicamente, significa "herança paterna" na verdade, a riqueza comum que nós herdamos como cidadãos, e que se vai transmitindo de geração a geração. O patrimônio cultural de um povo lhe confere identidade e orientação, pressupostos básicos para que se reconheça como comunidade, inspirando valores ligados à pátria, à ética e à solidariedade e estimulando o exercício da cidadania, por meio de um profundo senso de lugar e de continuidade histórica. Os sentimentos que o patrimônio evoca são transcendentes, ao mesmo tempo que sua materialidade povoa o cotidiano e referencia fortemente a vida das pessoas. Patrimônio cultural é, portanto, a soma dos bens culturais de um povo. A memória e o patrimônio cultural de um povo, portanto designam um bem destinado ao usufruto de uma comunidade, constituído pela acumulação contínua de uma diversidade de objetos que se congregam por seu passado comum: obras das belas artes e das artes aplicadas, trabalhos e produtos de todos os saberes e savoir-faire dos seres humanos. Em uma sociedade mutante, constantemente transformada pela mobilidade, a noção de patrimônio remete a uma Instituição e uma mentalidade. O valor cultural de um bem reside em sua capacidade de estimular a memória das pessoas historicamente vinculadas à comunidade, contribuindo para garantir sua identidade cultural e melhorar sua qualidade de vida. A política de preservação do patrimônio cultural no Brasil tem percorrido um caminho crescentemente integrador das iniciativas públicas e particulares, diante de um progressivo movimento de educação e de conscientização das comunidades. A arena do patrimônio cultural no Brasil está vivendo um momento novo. Se durante décadas predominou um tipo de atuação preservacionista, voltado prioritariamente para o tombamento dos chamados bens de pedra e cal – igrejas, fortes, pontes, chafarizes, prédios e conjuntos urbanos representativos de estilos arquitetônicos específicos, a aprovação do Decreto n. 3.551, de 4 de agosto de 2000, que instituiu o inventário e o registro do patrimônio cultural imaterial ou intangível, descortinou um panorama que provocou a alteração radical da antiga correlação de forças. Este Decreto resgata uma dívida histórica com os bens culturais imateriais como: saberes, celebrações, expressões, os quais irão procurar resguardar os cantos, lendas, hábitos, festas, rituais e outras práticas populares brasileiras. Com o advento do Decreto, passam tais bens e valores culturais a ter proteção especial com a possibilidade de serem tombados. - DA IMPLANTAÇÃO - - 61 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Parece justo afirmar que uma revolução silenciosa se processa quando segmentos da sociedade civil, detentores de saberes tradicionais e locais, associados a profissionais no interior do aparelho de estado, detentores de saberes específicos, põem em marcha um novo conceito de patrimônio cultural, contribuindo social e politicamente para a construção de um acervo amplo e diversificado de expressões culturais em diferentes áreas: línguas, festas, rituais, danças, lendas, mitos, músicas, saberes, técnicas e fazeres diversificados. As forças desencadeadas pelo debate em torno do patrimônio cultural intangível desenham um novo cenário. Por acreditar que o patrimônio cultural de sua comunidade pode ser considerado a sua carteira de identidade, o UNIFACEX propõe transformar-se em agente da preservação cultural, garantindo assim o respeito à memória e à manutenção de qualidade de vida, sobretudo no centro urbano em que está estabelecido. Em termos concretos, o UNIFACEX propõe as seguintes diretrizes: melhorar a qualidade de vida da comunidade, o que implica em seu bem-estar material e espiritual e na garantia do exercício da memória e da cidadania; dar continuidade às manifestações culturais; fazer da comunidade a verdadeira responsável e guardiã de seus valores culturais, pois o patrimônio cultural lhe pertence, uma vez que ela produziu os bens culturais que o compõem; conhecer o patrimônio cultural por meio de inventários e pesquisas realizadas pelos órgãos de preservação, em conjunto com a comunidade, para, então preservá-lo; buscar a contribuição dos meios de comunicação e do ensino formal e informal para a educação e informação da comunidade, visando desenvolver o sentimento de valorização dos bens culturais e a reflexão sobre as dificuldades de sua preservação; desenvolver com a comunidade acadêmica o sentimento de que o seu patrimônio cultural lhe confere identidade e orientação, pressupostos básicos para que se reconheça como comunidade, inspirando valores ligados à pátria, à ética e à solidariedade e estimulando o exercício da cidadania por meio de um profundo senso de lugar e de continuidade histórica. 4.6.8. POLÍTICA DE GESTÃO 4.6.8.1. Gestão acadêmica e administrativa As mudanças que ocorrem na sociedade e se refletem na prática organizacional têm gerado paradigmas alternativos que buscam estabelecer novos relacionamentos, tanto em nível interno quando externo, para as organizações. Eles trazem como propostas, modelos nos quais a relevância social está implícita, ressaltando assim a singularidade histórica de cada organização. - DA IMPLANTAÇÃO - - 62 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Neste contexto, a função das organizações está sendo colocada como um desafio que deve primar pela tentativa de identificar as aspirações individuais e coletivas, para integrá-las aos objetivos organizacionais. Sabe-se que no atual cenário educativo a Gestão Democrática se configura como sendo um desafio para a consolidação de um ensino verdadeiramente de qualidade. Esta exige, em primeiro lugar, uma mudança de mentalidade: deixar de lado o velho preconceito de que a Instituição é apenas um aparelho burocrático e entendê-la como uma conquista da comunidade e um bem coletivo. Assim sendo, a figura de gestores que descentralizam as ações no âmbito acadêmico, constitui o elemento que fará a diferença na construção de um ensino competente e inovador. Em uma Instituição Educacional que esteja centrada numa postura democrática, a autonomia apresenta-se como um norte a ser conquistado, pois esta vem de um exercício de democratização no qual se delega aos agentes administrativos e pedagógicos a possibilidade de dar respostas ao cidadão (aluno e responsável) a quem servem. A autonomia coloca para a IES a responsabilidade de prestar contas do que faz ou deixa de fazer, sem repassar para outro setor essa tarefa e, ao aproximar-se da comunidade é capaz de permitir uma participação realmente efetiva da mesma, o que a caracteriza como uma categoria eminentemente democrática. A gestão democrática é, pois, a proposição de um novo conceito de organização educacional que visa superar as limitações da administração, de enfoque dicotomizado, simplificado e reduzido, e a redimensioná-la, no contexto de uma concepção de mundo e de realidade caracterizado pela visão da sua complexidade e dinamicidade pela qual as diferentes dimensões e dinâmicas são utilizadas como forças na construção da realidade e de sua superação. A gestão democrática deve estar impregnada por uma atmosfera de ampla circulação das informações que facilitem os processos de divisão do trabalho, o estabelecimento do calendário escolar, a distribuição das aulas, a elaboração ou criação de novos cursos ou de novas disciplinas, a formação de grupos de trabalho, a capacitação dos recursos humanos etc. Há muitas razões que justificam a implantação de um processo de gestão democrática, das quais destacamos duas: a Educação deve formar para a cidadania e, para isso, deve dar o exemplo, pois a gestão democrática é um passo importante no aprendizado da democracia. A IES não tem um fim em si mesma, ela está também a serviço da comunidade que a mantém. a gestão democrática pode melhorar o que é específico da Instituição: o seu ensino. A participação na gestão dO Centro Universitário FACEX proporcionará um melhor conhecimento do seu funcionamento e de seus atores, estreitando o contato entre professores e alunos, o que aumentará o conhecimento mútuo e, em consequência, a - DA IMPLANTAÇÃO - - 63 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI aproximação entre as necessidades dos alunos e os conteúdos ensinados pelos professores. Existem, certamente, limitações e obstáculos à instauração do processo democrático na Gestão Acadêmica e, entre eles, pode-se citar: a pouca experiência democrática; a mentalidade de que só os técnicos têm capacidade de planejar e governar e de que a comunidade é incapaz de exercer o governo ou de participar de um planejamento coletivo em todas as fases; a própria estrutura do nosso sistema educacional que é vertical; o autoritarismo que sempre impregnou nossa política educacional; o tipo de liderança que tradicionalmente domina a atividade política no campo educacional. A política para a organização institucional do UNIFACEX está assentada nas seguintes diretrizes: estabelecer espaço e tempo para a discussão da política pedagógica, do UNIFACEX; garantir o amadurecimento e a interação dos profissionais, alunos e comunidade com vista a um planejamento participativo, determinado no calendário escolar ou definido pela comunidade, democraticamente, garantindo o acesso aos seus direitos, conhecimento e exercício de seus deveres, fazendo de todos co-partícipes e coautores no processo educacional; redimensionar a prática, pautando sua atuação numa gestão descentralizadora na qual as ações coletivas estejam contempladas; atribuir maior autonomia e maior responsabilidade para os Colegiados de Cursos de Graduação e às Coordenações dos Cursos de Pós-graduação lato-sensu, que terão um papel fundamental na elaboração, execução e avaliação dos seus Projetos Pedagógicos, articulando-os com as diretrizes já definidas pela Instituição; utilizar a gestão estratégica, como um processo organizacional que engloba inovação, adaptação, sobrevivência e limites de crescimento organizacional, caracterizando-se como uma alternativa capaz de criar identidade e estabelecer objetivos comuns. 4.6.8.2. Bem-estar Atualmente já existe um consenso que o fato de melhorar a qualidade de vida dos funcionários/colaboradores e de suas famílias contribui para tornar as instituições mais saudáveis, competitivas e produtivas. - DA IMPLANTAÇÃO - - 64 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Passada a febre tecnológica que atingiu o mundo, as organizações perceberam que o seu grande capital é mesmo o homem. Quanto melhor suas condições de trabalho e de vida, quanto maior a preocupação com o bem-estar dos fatores humanos, mais produtiva e competitiva torna-se a Instituição. Muito mais do que conhecimento técnico, o grande diferencial, hoje, é a motivação e o comprometimento dos funcionários/colaboradores com a qualidade e excelência do trabalho realizado. Bemestar interior pode ser considerado sinônimo de felicidade e qualidade de vida. O bem-estar diz respeito a um clima organizacional agradável, no qual o UNIFACEX procura harmonizar o seu desenvolvimento com o desenvolvimento da pessoa humana, de modo que fiquem identificados o atendimento das finalidades organizacionais e os objetivos individuais. Em outras palavras, a Centro Universitário entende as necessidades particulares de cada indivíduo do seu time que, por sua vez, está ciente das necessidades da Instituição. Conquistar a satisfação dos clientes é, antes de tudo, conquistar as pessoas que cuidam deles. Se os funcionários/colaboradores são importantes, automaticamente, eles colocarão o aluno/cliente em primeiro lugar, pois isto é uma questão de causa e efeito. A política para o bem-estar institucional do UNIFACEX está assentada nas seguintes diretrizes: propiciar um bom ambiente de trabalho, o que a fará mais valorizada pelos seus funcionários/colaboradores e clientes. Consequentemente, terá mais sucesso, além de ter grandes possibilidades em reter seus talentos, muitos destes desenvolvidos e capacitados pela própria Instituição; implementar programas de qualidade de vida por meio de ações de promoção psicossociais, de saúde física/mental, cultural, de cidadania, ambiental, buscando a integração de mente, corpo e espírito, num ambiente saudável e feliz de se trabalhar; implementar medidas de redução de fatores de estresse, de melhoria no desempenho integral de todas as partes do processo e de preservação de um clima organizacional saudável; partir da premissa segundo a qual qualidade de vida no trabalho é trabalhar com alguém, para alguém, fazendo o que se gosta, enfrentando questões sérias e lutando por direitos e deveres; manter a transparência nas relações internas, o equilíbrio econômico e a criatividade; assumir que o colaborador suprido de suas necessidades básicas de bem-estar está pronto para representar bem o UNIFACEX frente aos clientes que a buscam, e isso significa o aluno/cliente satisfeito; fazer da organização do trabalho um significativo fator de influência no bemestar institucional; - DA IMPLANTAÇÃO - - 65 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI ser uma Instituição que não manipula pessoas, não cria medos de dispensas imotivadas, dá espaço para a participação de todos os seus funcionários/colaboradores e sabe despertar neles a motivação e o comprometimento; estabelecer um clima de respeito e atenção entre os colegas de trabalho e com seus superiores e subordinados, estimulando sua participação em grupos de trabalho, investindo em alegria, bem-estar e outros sentimentos positivos entre os membros da equipe; saber que o bem-estar das pessoas não só é compatível com o sucesso do UNIFACEX, como pode ser o responsável direto por ele. 4.6.8.3. Relações Institucionais Há duas perspectivas de abordagem das relações institucionais: o olhar interno e o olhar externo à comunidade. 4.6.8.3.1. Relações da Comunidade Interna O olhar interno diz respeito à apreciação das relações que se estabelecem entre os diversos segmentos no interior da comunidade institucional, composta pelos dirigentes, alunos, docentes, funcionários/colaboradores, estagiários, trainees e terceirizados. O público interno em uma Instituição não é formado apenas por seus funcionários/colaboradores, mas inclui também os familiares dos mesmos. O público interno é, ainda, de vital importância para a Instituição, pois além de ser responsável pelo seu desenvolvimento no mercado e de atuar como força de trabalho, exerce também a função de agente multiplicador e formador de opinião. Ter o olhar voltado para o público interno envolve níveis que vão além dos estabelecidos nas legislações. Pressupõe um comportamento ético percebido na postura do UNIFACEX ao lidar no dia-a-dia com seus recursos humanos e que engloba e ultrapassa os limites das leis. Essas atitudes demonstram a preocupação da Centro Universitário com seu público interno, e isso tem efeitos benéficos para a Instituição, que são revertidos no desempenho dos funcionários/colaboradores e na sua imagem corporativa. De acordo com Semler (1988)8, uma das condições sine qua non para a sobrevivência das organizações em longo prazo é “fazer a empresa funcionar através da efetiva participação de seus funcionários/colaboradores, e ter uma linha de conduta administrativa flexível e aberta às transformações”. A política para as relações institucionais no interior da comunidade do centro universitário FACEX está assentada nas seguintes diretrizes: 8 SEMLER, R. Virando a própria mesa. São Paulo: Best Seller, 1988. p. 69. - DA IMPLANTAÇÃO - - 66 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI procurar alcançar os padrões de excelência em saúde ocupacional, seguindo rigorosamente as normas e parâmetros fixados pela legislação; procurar alcançar os padrões de excelência em segurança, acompanhando constantemente o percentual de acidentes de trabalho que resultaram em afastamento temporário, ou danos à integridade física, com afastamento permanente do cargo e evitar que essas situações aconteçam por meio de ações de segurança; valorizar a diversidade, não permitindo qualquer tipo de discriminação em termos de recrutamento, acesso a treinamento, remuneração, avaliação ou promoção de seus funcionários/colaboradores (atuais e futuros). As políticas de valorização e incentivo da diversidade envolvem não os diferenciar por sexo, raça, idade, origem, orientação sexual, religião, deficiência física, condições de saúde, entre outros e oferecer capacitação profissional e qualificação para todos sem distinções; implantar a gestão participativa, delegando responsabilidades e conferindo autoridade ao público interno, preocupando-se em tomar decisões de maneira descentralizada e democrática. Os programas de gestão participativa incentivam o envolvimento dos funcionários/colaboradores na solução dos problemas da Instituição, sendo que esta deve possibilitar que os envolvidos compartilhem dos desafios, disponibilizando informações e estimulando a participação; desenvolver uma política de benefícios que atenda às necessidades específicas dos seus funcionários/colaboradores, além de oferecer um salário compatível no mercado e promover capacitação contínua; criar política de equilíbrio trabalho-família que envolva plano de saúde familiar, auxílio educação para os filhos, e creche no local de trabalho; implantar programas que conciliem objetivos do UNIFACEX e dos funcionários/colaboradores, proporcionando a existência de um clima de cooperação e incentivo; criar mecanismos para que o dissenso, que é a tônica da vida acadêmica, seja trabalhado pelos diversos segmentos da comunidade. 4.6.8.3.2. Relações com a Comunidade Externa O olhar externo à comunidade diz respeito ao exame das relações construídas com as comunidades local e regional. Partindo de um planejamento, o UNIFACEX, atendendo à sua missão, crenças e à demanda de necessidades da comunidade, atua nas áreas de educação, saúde, assistência social e meio ambiente, desenvolvendo ações institucionais, visando maior retorno publicitário e de imagem. Como Instituição cidadã, tem no seu compromisso com a promoção da cidadania e o desenvolvimento da comunidade externa o seu diferencial competitivo, buscando, desta forma, ser uma organização que investe recursos financeiros, tecnológicos e mão- DA IMPLANTAÇÃO - - 67 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI de-obra em projetos de interesse público. O UNIFACEX cria um ambiente agradável de trabalho, valorizando seus recursos humanos, e é capaz de desenvolver um modelo de gestão integrado no qual as pessoas têm um papel decisivo no seu compromisso com relação à comunidade e à sociedade em geral. E ainda, se organiza e constrói maneiras alternativas de participar, conviver e viver melhor. A política para as relações institucionais com as comunidades local e regional do UNIFACEX está assentada nas seguintes diretrizes: reconhecer a importância do investimento social, valorizá-lo, e explicitá-lo em documentos (missão, visão, objetivos); praticar uma política de inclusão social e capacitação que contemple o acesso de pessoas em situação de vulnerabilidade social ou pertencentes a grupos de minorias sociais, a partir da concepção de que a competência profissional se sobrepõe à situação ou ao grupo ao qual a pessoa pertence; adotar uma política de responsabilidade social com a comunidade, expressa em ações contínuas e sistemáticas de desenvolvimento da comunidade por meio de ações/projetos sociais (próprios ou em parceria), a partir de necessidades sociais levantadas pela comunidade; manifestar-se, quando solicitada, por meio de doações e contribuições eventuais, tendo relacionamento formal com a comunidade, mantendo equipes/pessoas para trabalharem com lideranças ou outros segmentos na resolução das questões comunitárias; manter programa estruturado de apoio ao voluntariado, oferecendo recursos humanos e financeiros para seu funcionamento, levantando informações e valorizando atividades voluntárias dos funcionários/colaboradores com ações internas, como carta de incentivo pela diretoria, jornal interno ou premiação; aplicar recursos em atividades de preservação do meio ambiente, adotando uma praça, reciclando o lixo da Instituição ou por meio da coleta seletiva. 4.6.8.3.3. Relações Mantenedora Mantida O UNIFACEX entende que é altamente salutar que Mantenedora e Mantida estabeleçam entre si laços interinstitucionais vigorosos, cada uma delas comportando-se de acordo com o papel que lhes é pertinente. A concorrência feroz exige profissionalismo de gestão de ambas: Mantenedora e Mantida. Da harmonia entre o trabalho da Entidade Mantenedora e o trabalho desenvolvido pela Instituição Mantida é que depende o sucesso educacional pretendido. Não há, pois, como cogitar que a autonomia seja instrumento de desarmonia, nem como imaginar harmonia como sinônimo de subserviência. - DA IMPLANTAÇÃO - - 68 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Quando não fica tão claro e bem explicitado, o relacionamento entre Entidade Mantenedora e Instituição Mantida, pode ocorrer ingerência de funções com sobrecarga de trabalho nas mantenedoras e, outras vezes, até tumultuar o labor das instituições, mantidas. A respeitabilidade pela Instituição Educacional resulta em benefício concreto para a mantenedora. Laços com a comunidade são fundamentais no tempo presente. Em vista disto, projetos consistentes, inclusive na área cultural, resultam na caminhada para essa mencionada respeitabilidade. A desejável autonomia do UNIFACEX, nas suas mais variadas dimensões, resultará de normas, diretrizes e estratégias fixadas pela Entidade Mantenedora. É fundamental no trabalho de gestão de mantenedora e mantida criar marcas reconhecidas na comunidade e desenvolver o carisma dos educadores que as integram. A mantenedora e a mantida atuarão da melhor forma para atender ao seu público, tendo como base um adequado sistema de planejamento constituído dos seguintes instrumentos: Projeto Político-pedagógico Institucional, no qual está clara a missão, a vocação, os objetivos, os princípios e as diretrizes da Instituição Educacional; Plano de Desenvolvimento Institucional, de duração plurianual; Sistema de Acompanhamento Físico e Financeiro dos Projetos aprovados nos Planos Anuais. O Centro Integrado de Formação para Executivos - CIFE, Entidade Mantenedora do UNIFACEX, possui uma sólida filosofia educacional estabelecida pela unidade e unanimidade dos associados e traduzida no Projeto Político-pedagógico Institucional. A ela cabe dar o “tom” dos projetos educacionais do UNIFACEX, e por isso é gerida de forma estratégica. A Entidade Mantenedora é responsável por: Gestão dos recursos humanos (contratação e dispensa de pessoal); Grandes investimentos institucionais; Pleitos a serem apresentados perante as instituições governamentais que são detentoras do patrimônio institucional. Além disso, a Entidade Mantenedora é detentora das anuidades/semestralidades escolares e, em consequência, responsável pelo financiamento orçamentário da Instituição Mantida. O UNIFACEX é responsável pela oferta e qualidade dos “produtos e serviços” destinados à sociedade na qual se insere e, para isto, dispõe de condições adequadas de trabalho, pois conquistar e manter alunos são aspectos centrais do trabalho da Instituição. O Centro Universitário FACEX conta com talentos individuais e com colegiados competentes, que constroem a história da Instituição e atuam em regime de consistente - DA IMPLANTAÇÃO - - 69 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI esforço coletivo para gerir o ensino, a pesquisa e a extensão, respondendo pelos seus atos para com a Mantenedora. Há quatro grandes ordens de responsabilidade do UNIFACEX. São elas: Institucionais; Gerenciais; Acadêmicas; Políticas. Na sua estrutura organizacional, o UNIFACEX é responsável por quatro níveis de atuação: os colegiados superiores, com efetiva participação da comunidade interna e externa. Há grande ênfase nesses colegiados porque são eles que conferem legitimidade às decisões de caráter social da Instituição; a administração superior, constituída pela cúpula diretiva do UNIFACEX, com funções executivas diretas; a administração técnica, que respalda principalmente os aspectos pedagógicos do UNIFACEX; os responsáveis pela disponibilidade e manutenção dos espaços reais e virtuais do UNIFACEX; 4.6.9. POLÍTICA DE APOIO AO DISCENTE O UNIFACEX tem como política garantir o apoio necessário à plena realização do aluno como acadêmico (nos âmbitos acadêmicos, culturais, sociais e políticos), bem como desenvolver mecanismos que promovam condições socioeconômicas que viabilizem a permanência daqueles de baixa renda na Instituição. Para tanto estabeleceu políticas para o acesso, seleção e permanência do estudante, nivelamento, bolsas, apoio, estágios e intercâmbios e de acompanhamento ao egresso, abaixo descritas. 4.6.9.1. Acesso, seleção e permanência O UNIFACEX tem como política mobilizar recursos de forma a garantir a permanência e o percurso dos estudantes socialmente diferenciados no processo de formação profissional. Uma vez que sua capacidade intelectual e de formação básica já foram avaliadas e aprovadas no processo seletivo de acesso ao UNIFACEX, deixar de apoiar os alunos com dificuldades de qualquer ordem seria uma perda irreparável. Garantir a permanência do aluno no UNIFACEX é uma das prioridades da administração, pois entende ser natural que os alunos não se encontrem no modelo - DA IMPLANTAÇÃO - - 70 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI institucional existente. Hoje, há profissões que podem deixar de existir ao longo do decorrer do curso, no entanto, a evasão deve ser um fator a mais para que o UNIFACEX repense seu papel, e a trajetória do aluno é o seu termômetro. É fundamental para o bom desempenho estudantil que haja uma orientação pedagógica no momento da matrícula e ao longo do semestre letivo. O estudante deve se sentir à vontade para buscar informações sobre disciplinas junto aos professores e à Coordenação para que o seu desenvolvimento curricular seja o mais proveitoso possível. O UNIFACEX entende, ainda, que conhecer o perfil do aluno ingressante é fundamental, pois a qualidade do corpo discente, informado e esclarecido, é um dos aspectos essenciais para garantir o bom desempenho do ensino-aprendizagem. Compreender a assistência estudantil como parte da Política Educacional significa assegurar um componente mobilizador da educação, cujo acesso pode e deve se estender igualmente a todos os segmentos sociais. O acolhimento e acompanhamento são muito importantes pois a capacidade do UNIFACEX para motivar cada aluno para investir na aprendizagem tem importância fundamental para a sua formação. As diretrizes básicas da política de acesso, seleção e permanência do aluno no UNIFACEX são: instituir um programa de acompanhamento ao corpo discente, nomeadamente ao nível de apoio pedagógico e atendimento; concretizar a política de acesso e permanência de alunos provenientes de famílias menos abastadas orientando a busca de financiamento por meio do Fundo de Financiamento ao Estudante do Ensino Superior – FIES e outros incluindo os provenientes da próprio UNIFACEX; constituir um programa de Aceleração da Aprendizagem visando assegurar a equidade nas condições de acesso, permanência e êxito escolar do aluno; assegurar os direitos individuais e sociais previstos na Constituição e legislação específica; viabilizar o acesso e permanência na instituição, e garantir a igualdade de condições para o pleno desempenho acadêmico; otimizar o aproveitamento do corpo discente, fazendo com que todos aproveitem ao máximo os anos que passarão como acadêmicos; realizar pesquisas, estudos e análises para identificar em detalhes os dados sobre ingressantes, evasão/abandono, tempos médios de conclusão, formaturas, relação professor/aluno para tentar reduzir ou diminuir as taxas e, também, acelerar os processos de preenchimento das vagas, tendo em vista a melhoria das atividades educativas; incentivar as relações de companheirismo entre alunos e professores, pois estas podem ser determinantes para manter os alunos até o término do curso; - DA IMPLANTAÇÃO - - 71 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI investir na qualidade do atendimento na secretaria, pois o estudante merece uma representação administrativa atuante e ágil no sentido de atender os seus direitos, prestar informações e orientações, acompanhar com atenção os trâmites burocráticos e organizar todos os detalhes referentes ao semestre letivo. considerando que grande parte das evasões ocorrem no 1º ano, sendo que a diferença da estrutura do colégio para a Centro Universitário Centro tem um peso considerável, o UNIFACEX irá alocar professores experientes para o 1º. ano, estimulando os alunos, a se engajarem mais nas atividades acadêmicas. 4.6.9.2. Apoio O UNIFACEX presta apoio ao estudante por meio de ações, projetos e programas, procurando atendê-lo em suas necessidades, para que possa desenvolver suas atividades, visando a excelência na sua formação integral, pautada nas responsabilidades ética e social. Seu objetivo principal é a promoção do sucesso escolar, por meio da implementação de projetos orientados nesse sentido, tendo como prioridade o atendimento, resposta e acompanhamento personalizados perante os questionamentos e outras solicitações dos estudantes. As diretrizes básicas da política de apoio ao aluno no UNIFACEX são: propiciar condições para que membros do corpo discente possam desenvolver formas de pensamento e de comportamento para o trabalho intelectual independente; apoiar os estudantes nomeadamente no que se refere a representações no exterior, intercâmbio de estudantes, atividades culturais, atividades desportivas; desenvolver novas ações, pró-ativas, com vista ao combate e à prevenção do insucesso escolar; proporcionar ao estudante de graduação oportunidade de engajar-se em projetos de iniciação científica e extensão que possibilitem o aprofundamento em determinada área do conhecimento e o desenvolvimento de atitudes e habilidades favoráveis à sua formação artística e profissional. 4.6.9.3. Nivelamento A política de nivelamento como parte da política institucional visa elevar a qualidade do desempenho de todos os alunos. Este serviço auxilia os discentes no sentido de contribuir para a superação das lacunas da educação básica na sua formação, naquilo que estas podem ser prejudiciais ao andamento do seu curso, criar dificuldades acentuadas para os professores em seu trabalho e, mais grave ainda, levar os alunos com maior nível de dificuldades ao desestímulo e à desistência do curso. - DA IMPLANTAÇÃO - - 72 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI É possível implementar uma série de ações no sentido de reduzir dificuldades específicas dos estudantes, podendo-se pensar, apenas para citar algumas: reforço de conceitos em cursos preparatórios, organização de material didático, orientação acadêmica, monitoria atuante, aperfeiçoamento pedagógico dos docentes e conteúdos programáticos etc. Os colegiados do UNIFACEX poderão aprovar a adoção de disciplinas de nivelamento com ou sem adaptação, para o atendimento das necessidades específicas do corpo discente ingressante. As diretrizes básicas da política de nivelamento do aluno do UNIFACEX são: Atendimento extraclasse pelos professores que possuem regime de tempo integral e parcial com horário reservado para o atendimento de alunos; Atendimento por alunos monitores da disciplina onde foi identificada a defasagem; Atendimento por alunos de pós-graduação que estejam realizando atividades didáticas de ensino; Estudo individual ou em grupo nas instalações da Biblioteca em salas específicas para isto, com material formulado por docentes. 4.6.9.4. Bolsa O desenvolvimento da ação social escolar nos sistemas de ensino acadêmico tem sido reconhecido como um dos fatores críticos de sucesso das Instituições de Ensino Superior, tendo como objetivo a concessão de auxílios econômicos, bem como a prestação de outros serviços. O UNIFACEX tem como política oferecer apoio social direto aos estudantes economicamente mais carentes, cujos agregados familiares não consigam, por si só, fazer face aos encargos inerentes à frequência nos cursos pretendidos. O UNIFACEX tem como política oferecer apoio social direto aos estudantes economicamente mais carentes, cujos agregados familiares não consigam, por si só, fazer face aos encargos inerentes à frequência nos cursos pretendidos. As bolsas, portanto, visam propiciar ao estudante condições básicas para a continuidade do custeio da vida acadêmica. Têm como pressuposto proporcionar experiência profissional em nível técnico e administrativo, complementando a formação acadêmica, e sempre que possível, compatibilizando a natureza do trabalho com a área de formação do aluno. O critério de concessão da bolsa é a análise da situação socioeconômica e de desempenho escolar do aluno, através do programa específico – PAE. São objetivos principais do programa de bolsas: apoiar a capacitação do corpo docente e discente, para a busca da excelência nos cursos de graduação e atendimento às disposições legais pertinentes; - DA IMPLANTAÇÃO - - 73 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI estimular a participação discente necessária à implantação e/ou desenvolvimento de linhas de pesquisa e extensão; viabilizar a implantação de programas de pós-graduação lato e stricto sensu; contribuir para a elevação e manutenção dos padrões institucionais de qualidade almejados pelos processos de auto-avaliação e de avaliação externa; favorecer a dedicação dos discentes enquanto requisito importante para a qualidade do ensino e da pesquisa e condição para a formação continuada. As diretrizes básicas da política de bolsas para o aluno do UNIFACEX são: desenvolver os programas de bolsas e que poderão ser das seguintes modalidades: Bolsa Monitoria: concedida a partir do segundo período letivo. O programa possibilita a experiência da vida acadêmica, promovendo a integração de alunos de séries ou períodos mais avançados com os demais, a participação em diversas funções do UNIFACEX e o desenvolvimento das disciplinas do curso, além de treinamento em atividades didáticas; Bolsa Iniciação Científica: concedida a alunos da graduação que estejam cursando o antepenúltimo ou penúltimo ano. Para participar, o aluno deverá procurar um professor com título mínimo de mestre, que possua conhecimentos na área em que pretende desenvolver o projeto, e solicitar sua orientação; Bolsa Ex-aluno: concedida a alunos da graduação e pós-graduação que pretendam fazer outros cursos, para incentivar a educação continuada; Bolsa FIES: O Fundo de Financiamento ao Estudo do Ensino Superior - FIES - foi criado pelo Governo Federal para financiar os estudos de alunos com poucos recursos; Bolsa ProUni: Programa Universidade para Todos – Decreto nº 5.245, de 15 de outubro de 2004. Convênio firmado entre o UNIFACEX e o Governo Federal destinado à concessão de bolsas de estudo integrais ou parciais. Bolsa de Extensão: concedida a alunos da graduação visando apoiar projetos de extensão voltados para as linhas de meio ambiente, terceira idade, educação a distância, cultura e desenvolvimento regional; Bolsa PIE: desconto concedido, pela IES, no pagamento da anuidade ou mensalidade, ao aluno de curso superior. Esses descontos podem variar de 100% (bolsa de estudos integral) até descontos menores (bolsa de estudo parcial), disponíveis ao critério da mantenedora. Bolsa de Trabalho: remuneração mensal conferida ao aluno de curso superior, para que o mesmo exerça uma atividade remunerada (na própria IES ou em outras instituições/empresas públicas ou privadas), desde que - DA IMPLANTAÇÃO - - 74 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI esteja relacionada com o seu curso. As bolsas mais conhecidas são as denominadas bolsas de trabalho e bolsas de administração, colocadas frequentemente como estágio remunerado. 4.6.9.5. Apoio Pedagógico Os discentes do UNIFACEX são apoiados constantemente em várias situações. A todos os alunos é disponibilizado um apoio pedagógico dos professores, contratados em regime de tempo integral e parcial em função dos mesmos possuírem horário de atendimento ao aluno. Todos os cursos possuem uma coordenação a quem cabe orientar os alunos com relação aos problemas que enfrentam no dia-a-dia do curso. O UNIFACEX possui uma coordenação de ensino que orienta os professores no que diz respeito às questões pedagógicas e didáticas assim como atende os alunos quando professores e coordenação de curso não conseguem solucionar os problemas. O aluno tem acesso a todas as informações acadêmicas relevantes no site da Instituição na Internet. Além disto, no primeiro dia de aula do acadêmico, ele recebe o Manual do Aluno, com todas as informações relevantes a respeito da sua futura vida acadêmica, além do próprio Coordenador do Curso proferir uma palestra sobre o assunto a cada início de semestre letivo. Aos ingressantes são oportunizadas reuniões com palestras sobre o perfil de cada curso, a missão e a filosofia institucional. Eles passam também a conhecer as instalações básicas (biblioteca, laboratórios, central de atendimento), bem como a rotina de procedimentos acadêmicos. Encaminhamento profissional Existe uma política que dá suporte ao estágio, que compõe o currículo de todos os cursos de graduação. Todas as empresas da região, com potencial de absorção do profissional formado são contatadas para contribuir na constituição do curso e estabelecerem convênios pelos quais são oferecidas vagas para estágio. A instituição conta com uma coordenação específica que dá atendimento ao estágio e acompanhamento do egresso. Acompanhamento psicopedagógico O UNIFACEX mantém um sistema de acompanhamento psicopedagógico ao alunado, com o intuito de auxiliar o estudante nas dificuldades naturais encontradas no processo de aprendizagem e de sua adaptação às atividades de ensino, pesquisa e extensão. Está estruturando um acompanhamento do desempenho do aluno, de forma a possibilitar o oferecimento de medidas alternativas que favoreçam a aprendizagem adequada. Este setor é dirigido por um profissional qualificado com experiência nesta área. - DA IMPLANTAÇÃO - - 75 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 4.6.9.6. Programas de estímulo à produção acadêmica O UNIFACEX se preocupa com a produção acadêmica de seus docentes e discentes. Os primeiros são contemplados com promoções por merecimento em seu quadro de docentes considerando a produção de cada um deles e contam ainda com disponibilidade de horas para dedicar-se a produção científica. Os discentes dispõem de professores orientadores para a produção de seus trabalhos. Docentes e discentes contam com o periódico Carpe Diem, patrocinado pela instituição para publicarem o resultado de seus estudos e pesquisas. 4.6.9.7. O Acompanhamento pedagógico aos discentes UNIFACEX promove o permanente acompanhamento do processo de aprendizagem, por meio de ações como: a avaliação dos professores por meio dos alunos e dos coordenadores; a verificação formal dos conteúdos dados em sala de aula, comparativamente com os conteúdos programáticos, planos de aula e objetivos; a verificação de material da aprendizagem, por meio de sistema de autoavaliação externa e periódica de assimilação de conhecimentos; a promoção de cursos de férias e de extensão, destinados a suprir deficiências constatadas nos semestres findos; programas de nivelamento; orientação individual, por meio de professores orientadores; incentivo aos programas de monitoria. 4.6.9.8. Acompanhamento ao Egresso O UNIFACEX por meio do Programa de Acompanhamento ao Egresso - PAE - tem como objetivo estreitar o relacionamento entre a Instituição e seus ex-alunos, de graduação e pós-graduação, desencadeando ações de aproximação, contato direto e permanente, por meio de todos as formas de comunicação possíveis e viáveis, incluindo um espaço on-line. O PAE expressa o compromisso do UNIFACEX com o seu egresso e a Instituição procurará mantê-lo informado sobre notícias da sua área de formação, informações técnico - científicas, eventos (jornadas, congressos, cursos de atualização etc.), atividades de formação continuada, oportunidades, pós-graduação, perguntas a seu professor, além do contato com colegas da turma. O Programa visa ainda a organização de jornadas e congressos sobre temas atuais, de forma a manter o ex-aluno atualizado com os progressos no seu campo de atuação. - DA IMPLANTAÇÃO - - 76 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Por outro lado, o ex-aluno como profissional atuante no mercado, informará o UNIFACEX sobre os resultados alcançados e dificuldades encontradas após a graduação, bem como sugestões para melhorar e garantir a qualidade em cada área de atuação. As diretrizes básicas da política acompanhamento do egresso no UNIFACEX são: promover a manutenção do intercâmbio entre o UNIFACEX e os egressos dos seus Cursos; estimular e desenvolver a formação de um núcleo de profissionais recém formados sintônicos com o ideário do UNIFACEX; avaliar o nível de satisfação dos egressos com a formação acadêmica adquirida; avaliar a qualidade do ensino e adequação dos currículos; levantar e analisar trajetórias profissionais; levantar e avaliar situações profissionais; acompanhar os alunos dos cursos de Graduação da instituição que já estão aptos e mesmo em contato e interação com o mercado de trabalho; saber da inserção, ou não, em programas de educação continuada (pósgraduação, cursos sequenciais, cursos de curta duração etc). promover eventos destinados exclusivamente a egressos; instituir política de educação continuada, promovendo cursos de pós- graduação, reservando vagas para egressos. - DA IMPLANTAÇÃO - - 77 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 5. DA IMPLANTAÇÃO O Centro Universitário FACEX entende que o trabalho de construção do Projeto Político-pedagógico, realizado de forma participativa e espelhando o consenso possível, facilita sua implementação. A implantação do Projeto Político-pedagógico pode ser considerada como um momento importante de renovação da Instituição Educacional. Isso porque ele projeta um futuro coletivamente desejado e, projetar significa "lançar-se para frente", antever um futuro diferente do presente. Projeto pressupõe uma ação intencionada, com um sentido definido, explícito, sobre o que se quer mudar. Além disso, constitui um processo com dois momentos distintos: 1º) o momento da concepção do projeto; 2º) o momento da institucionalização e implementação do projeto. Todo projeto supõe rupturas com o presente e promessas para o futuro. Significa intenção ou coragem para arriscar quebrar um estado confortável, atravessar um período de instabilidade em nome de um resultado, de um estado melhor do que o presente. Um projeto educativo é uma promessa frente a determinadas rupturas e, para ter sucesso, suas promessas devem ser factíveis e tornar visíveis os campos de ação possíveis, motivando seus atores e autores. Sem confiança na viabilidade do resultado e clareza em como fazê-lo acontecer, não se consegue reunir disposição para deslanchar uma mudança. O êxito do projeto implica sobretudo uma noção de tempo: tempo político - o da oportunidade política de um determinado projeto; tempo institucional - cada Instituição Educacional encontra-se em um determinado tempo de sua história. Um projeto que é inovador e contagiante para uma Instituição de Ensino Superior pode não ser para outra; tempo escolar - o período do calendário da Instituição no qual o projeto é elaborado, pode ser também decisivo para o seu sucesso; tempo para amadurecer as idéias - só os projetos burocráticos chegam prontos e, por isso, se revelam ineficientes em médio prazo. Idéias novas precisam de tempo para serem sedimentadas e amadurecidas, para serem discutidas e para persuadirem. Como elementos facilitadores de êxito de um projeto, podemos destacar: comunicação eficiente: o projeto deve ser factível e seu enunciado facilmente compreensível; - DA IMPLANTAÇÃO - - 78 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI adesão voluntária e consciente ao projeto: a corresponsabilidade é um fator decisivo no êxito de um projeto. Todos ou, pelo menos, uma grande maioria, precisa estar envolvida; suporte institucional e financeiro: significa vontade política – todos, principalmente os dirigentes, devem ter pleno conhecimento e os recursos financeiros devem estar claramente definidos; controle, acompanhamento e avaliação: um projeto que não envolva constante avaliação, não permite que se saiba se seus objetivos estão sendo atingidos; atmosfera ou ambiente favorável: não se deve desprezar o componente mágico-simbólico, que contagia e cimenta a confiança de todos os que se envolvem no design e concretização de um projeto; credibilidade: as ideias podem ser boas, mas se os que as defendem não têm prestígio, comprovada competência e legitimidade, o projeto pode não deslanchar; referencial teórico: que respalde os principais conceitos e a estrutura do projeto. A falta desses elementos dificulta a elaboração e implantação de um projeto político-pedagógico novo para a Instituição Educacional. O que é novo enfrenta sempre a descrença dos que pensam que de nada adianta projetar uma boa Instituição de Ensino se não houver vontade política dos principais dirigentes. Contudo, o pensamento e a prática dos principais dirigentes se modifica quando existe pressão dos demais segmentos da comunidade acadêmica. O Projeto Político-pedagógico do UNIFACEX constitui-se em um verdadeiro processo de conscientização e de formação cívica, sendo, ainda, um processo de recuperação da importância e da necessidade do planejamento na educação superior. A implementação do Projeto Político-pedagógico Institucional do UNIFACEX inclui a participação e colaboração da comunidade acadêmica que irá resultar em uma identificação com a Instituição. As condições para sua implementação, de possibilidades e de seus limites, não passam por questões dos contextos externos e internos da Instituição. Internamente, "faz-se necessário programar ações que viabilizem contatos com a comunidade acadêmica que venham a possibilitar a formação de conceitos, o delineamento de propostas, a retroalimentação do processo, a mudança ou reafirmação de paradigmas, como condições de construção da situação pretendida e superação da situação atual" (ForGRAD, 2002) 9. 9 ForGRAD. FÓRUM DE PRÓ-REITORES DE GRADUAÇÃO DAS UNIVERSIDADES BRASILEIRAS. Resgatando espaços e construindo idéias: ForGRAD 1997 a 2002. Niterói: EdUFF, 2002. - DA IMPLANTAÇÃO - 79 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI 6. DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL A política adotada pela Instituição para a avaliação institucional visa assegurar uma sistemática de avaliação interna e externa, que contemple as dimensões qualitativa e quantitativa, vitais para o acompanhamento e o aperfeiçoamento do modelo de gestão atual. Para o sucesso do planejamento e da gestão organizacional, e para que os objetivos e metas aqui definidos sejam efetivamente atingidos, é fundamental que haja um acompanhamento efetivo de todo o processo de elaboração e implantação do PDI, bem como, verificar se os resultados obtidos estão em consonância com os planejados. O acompanhamento dos objetivos e das ações realizadas permite que os mesmos possam ser revistos e alterados, ante o dinamismo do processo educacional. Em sendo assim, seja para cuidar que as ações estejam sendo cumpridas, seja para rever as metas inicialmente estabelecidas, o UNIFACEX faz o constante acompanhamento do Plano de Desenvolvimento Institucional, dos objetivos traçados e das metas estabelecidas por meio de um processo bem definido de avaliação. Neste sentido, os objetivos e as metas que foram fruto de ampla discussão devem ser acompanhados por toda a comunidade acadêmica.A avaliação do desenvolvimento institucional é um processo de criação de cultura, de busca contínua de atualização e de autossuperação pelos atores-sujeitos e de autorregulação institucional, em nível das estruturas de poder e do sistema, assegurando, assim, sintonia com as mudanças operadas no entorno, na economia, na ciência e na tecnologia. Pressupõe o envolvimento e a disposição de cada ator-sujeito do processo universitário na busca de patamares superiores de qualidade e de relevância de seu fazer acadêmico. Trata-se de um processo de mudança e de melhoria lento, gradual, com avanços e retrocessos, de não acomodação, de compromisso com o futuro. A avaliação do desenvolvimento institucional é um processo contínuo de busca da qualidade do fazer universitário e pressupõe e exige predisposição à mudança. Desta forma, a política para a avaliação institucional está assentada nos seguintes objetivos: • orientar a gestão institucional, em suas dimensões política, acadêmica e administrativa, para promover os ajustes necessários à elevação do seu padrão de desempenho, em consonância com a Lei n. 10.861, de 14 de abril de 2004. • reformular as políticas gerais da Instituição e implementar as medidas apontadas pelo processo avaliativo mediante o compromisso da administração. • aprimorar o sistema de geração, captação e sistematização dos dados acadêmicos e administrativos, permitindo assim o melhor planejamento organizacional, bem como a avaliação continuada dos produtos e processos. - DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - - 80 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI • incrementar o Processo de Avaliação Institucional, interna e externa, realizando estudos e diagnósticos das atividades-fim e das atividades-meio, identificando em que medidas elas se articulam e correspondem à missão da Instituição na formação do profissional, na produção, divulgação e aplicação do conhecimento. • tornar permanente a avaliação institucional das atividades acadêmicas e administrativas como um dos pilares da melhoria da qualidade. Assim, a avaliação do desenvolvimento institucional implica a criação de uma metodologia de acompanhamento ordenado das ações e prioridades, analisando a distância entre o pretendido e o realizado com a finalidade de contribuir para o aprimoramento dos processos acadêmicos e administrativos e de sua imagem institucional junto à sociedade, tendo como parâmetro de eficácia o alcance social das atividades, a eficiência do funcionamento e o crescimento destas atividades. Desde a criação da Comissão Própria de Avaliação em 2004, o acompanhamento da operacionalização do Plano de Desenvolvimento Institucional passou a ser uma das atribuições da CPA, tendo em vista que uma das dimensões avaliadas no processo de autoavaliação diz respeito ao PDI e seus desdobramentos na gestão acadêmica e administrativa do centro. Atualmente a CPA é composta por: • Coordenador geral; • Um representante do corpo docente; • Um Representante dos coordenadores de curso; • Um representante do corpo discente; • Um representante do corpo-técnico administrativo; • Um representante da sociedade civil. 7.1 PROJETO DE AUTOAVALIAÇÃO DA IES A Instituição, além de controlar sistematicamente a implantação do seu plano de desenvolvimento institucional, através do acompanhamento de indicadores e metas institucionais, obedece também aos princípios da democracia ouvindo alunos, professores, funcionários e demais membros da comunidade acadêmica, de forma livre, sem coação. A auto-reflexão e, consequentemente, um juízo de valor atribuído pelos pares da própria comunidade acadêmica, é reconhecidamente de grande valia para nortear as decisões, tanto da mantenedora, quanto da mantida nas áreas acadêmica e administrativa. Com a implantação da Comissão Própria de Avaliação (CPA), adotou-se essa estratégia de forma que a participação da comunidade acadêmica é espontânea, natural - DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - - 81 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI e plena. O envolvimento de toda comunidade acadêmica é total tanto na execução da avaliação, quanto na divulgação e aplicação da mesma. Como princípios deste processode auto-avaliação devem ser destacados: • conscientização da necessidade de avaliação por todos os segmentos envolvidos; • democratização, pensada e executada como projeto coletivo com o objetivo de tornar socialmente visíveis as ações universitárias de ensino, pesquisa e extensão, envolvendo a totalidade da comunidade acadêmica em sua execução; • autonomia que, a partir do autoconhecimento da realidade institucional, abarca a possibilidade de estabelecer prioridades e gerir recursos em direção a objetivos institucionais; • reconhecimento da legitimidade e pertinência dos princípios norteadores e dos critérios a serem adotados; • auto-adesão e pelo compromisso do Centro Universitário assumir consensualmente a possibilidade e o desafio de usar a avaliação como instrumento de transformação da sua realidade e na persecução de seu projeto pedagógico para o futuro. Para tanto, se utiliza de uma gama de instrumentos de acompanhamento e avaliação institucional que se encontra descrita no documento intitulado de “Plano de Avaliação Institucional”. Nele, são detalhados todas as fase do processo de avaliação interna, bem como aspectos metodológicos e epistemológicos relevantes. É importante ressaltar que, de forma geral e independente do instrumento utilizado, a CPA entende que as orientações do CONAES, através das 10 dimensões, norteiam as políticas institucionais de planejamento e de avaliação, que são: • A missão e o plano de desenvolvimento institucional; • A política para o ensino, a pesquisa, a extensão, a pós-graduação; • A responsabilidade social da instituição; • A comunicação com a sociedade; • As políticas de pessoal, as carreiras do corpo docente e do corpo técnicoadministrativo; • Organização e gestão da instituição; • Infraestrutura física; • Planejamento e avaliação; • Políticas de atendimento aos estudantes; • Sustentabilidade financeira. O UNIFACEX, atenta as dimensões estabelecidas pelo CONAES e aos objetivos da autoavaliação, acredita e encampa este processo como um aliado do desenvolvimento institucional com qualidade em todos os aspectos da vida acadêmica e administrativa. - DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - - 82 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI De forma mais pragmática e no contexto da melhoria contínua, pode-se dizer que os resultados da avaliação institucional são considerados elementos de retroalimentação para construção e reconstrução do próprio Plano de Desenvolvimento Institucional. Nessa perspectiva, a avaliação Institucional (não só interna, mas também externa) permite ao UNIFACEX detectar suas fragilidades, suas oportunidades e plenitude de acertos. É detectando estes pontos que a Instituição procura otimizar a sua prestação de serviço, por meio de um planejamento retroalimentado que estabeleça metas possíveis, mas desafiadoras para seu crescimento qualitativo e quantitativo. Novos cursos, novas instalações e uma visão de futuro cujo foco é o Ensino, a Pesquisa e a Extensão, procurando inserir-se no contexto social como referencial de qualidade em suas ações pedagógicas. 6.1.1. SISTEMÁTICA DA AUTO-AVALIAÇÃO DA IES A organização do processo de autoavaliação no UNIFACEX, conduzido pela CPA, prevê a ocorrência de três diferentes etapas: • Preparação da avaliação; • Desenvolvimento da avaliação; • Consolidação da avaliação. No Centro, procura-se envolver toda a comunidade acadêmica de forma a obter visões heterogêneas do objeto a ser investigado, conforme as Diretrizes da Avaliação Institucional. A autoavaliação institucional contém a seguinte sistemática: Figura 2 – Processo de Avaliação Institucional - DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - - 83 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI É importante acrescentar que a avaliação se configura como um processo cíclico e permanente.De forma geral, a primeira etapa da preparação para realização da autoavaliação compreende as seguintes ações: • definição, por parte da CPA dos objetivos, estratégias, metodologia, recursos e calendário (cronograma) das ações (de acordo com os prazos estabelecidos na Portaria MEC n. 2.051/2004); • sensibilização interna com palestras e reuniões promovidas pela equipe da CPA com o envolvimento da comunidade acadêmica; • elaboração do questionário e roteiro de avaliação. O processo de planejamento e preparação da avaliação institucional se dá através de reuniões periódicas entre os membros da Comissão Própria de Avaliação do Centro. Para contemplar uma avaliação coerente com os objetivos aqui propostos de forma geral, tem-se um processo de autoavaliação permeado por abordagens tanto qualitativa quanto quantitativa. Busca-se também contemplar, de forma heterogênea, todos os segmentos que compõem a comunidade acadêmica do UNIFACEX. Portanto, todos os membros dessa comunidade representam o universo da avaliação. Alunos, coordenadores, professores e técnico-administrativos, representantes da comunidade e da mantenedora são atores corresponsáveis pela elaboração da avaliação institucional. Para os instrumentos quantitativos, não há preocupação em se definir uma amostra, pois a intenção é sempre realizar uma avaliação institucional censitária. É óbvio, porém, que na coleta de dados qualitativos não se pretende compor uma pesquisa censitária, principalmente, para o corpo discente, pois tornaria a pesquisa inexequível. O processo se limita a seleção de uma amostra que seja compatível com os elementos estatísticos para garantir boa representatividade. Para coleta de dados são utilizadas diversas técnicas. Busca-se através da triangulação de técnicas uma quantidade e heterogeneidade de dados que subsidie uma análise mais representativa, permitindo melhor reflexão sobre os pontos analisados. Destaca-se que seguindo recomendações do INEP, a autoavaliação foi institucionalizada e ocorre anualmente. Todavia, técnicas qualitativas e quantitativas são alternadas a cada ano. Na perspectiva quantitativa, o principal instrumento utilizado é um questionário on-line, desenvolvido pela própria CPA e implementado pela equipe de informática da Instituição. Os questionários contêm, atualmente, um conjunto de 190 questões configuradas e arranjadas diferentemente para cada categoria de respondentes (alunos, 116 questões. professores, 145 questões. coordenadores, 184 questões. técnicoadministrativos, 68 questões). - DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - - 84 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Para captar a percepção dos respondentes, os questionários são montados a partir de uma escala do tipo Likert de 5 pontos, onde o número 5 representa a concordância total em relação ao questionamento realizado e o número 1, a total discordância. Os questionários são aplicados ao final do segundo semestre dos anos pares através de mecanismo digital criado pela própria instituição. Dado o tamanho do universo consultado, o questionário é aplicado nas instalações do centro e é apoiado por uma equipe formada por um coordenador e monitores selecionados exclusivamente para operacionalizar o processo de autoavaliação. Vale salientar que, independente da autoavaliação institucional supracitada, os docentes, os coordenadores e alguns serviços essenciais são avaliados semestralmente através da avaliação intitulada por “avaliação de docente”. Nessa avaliação, são contemplados apenas questionamentos referentes aos aspectos pedagógicos e administrativos de cada curso. As informações obtidas servem como instrumento fundamental para o planejamento pedagógico realizado no início de cada semestre letivo, bem como para subsidiar outras ações de melhoria contínua. Para aprofundar e complementar informações obtidas quantitativamente, foi instituído para os anos impares uma sistemática de autoavaliação qualitativa. Neste momento, são realizadas reuniões com os diversos segmentos da instituição. Deve-se destacar que na perspectiva qualitativa, os alunos são representados pelos líderes de turma. Para os docentes e técnicos administrativos é selecionada uma amostra aleatória, enquanto que os coordenadores são consultados em sua totalidade. É importante ressaltar que, de forma geral e independente do instrumento utilizado, a CPA entende que as orientações do CONAES, através das 10 dimensões, norteiam não só as políticas pedagógica, social e organizacional da instituição, mas também o seu processo de autoavaliação. Uma vez planejado os meios de coleta de dados, deve-se vislumbrar como os dados serão analisados. Para os dados coletados através de questionários e formulários, a estatística descritiva é a técnica utilizada. O raciocínio de análise utilizado procura traduzir os dados coletados em pontos fortes, regulares e fracos. São considerados pontos fracos (média ≤ 2,5), regulares (2,5 < média ≤ 3,5) e fortes (média > 3,5). Isso em uma escala que varia de 1 à 5. As análises dos dados são condensadas seguindo as dimensões sugeridas. Assim, busca-se concluir e destacar quais pontos estão fortalecidos e quais pontos precisam ser trabalhados (regular e fraco). Busca-se, ainda, um acompanhamento longitudinal dos indicadores trabalhados de forma que se tenha uma análise comparativa e temporal. Tal comparação permite não só fazer um trabalho pontual, mas um monitoramento mais detalhado do desenvolvimento dos indicadores. Desta forma, são apresentadas análises dos itens relatados nas últimas avaliações institucionais em comparação com a sua atual situação, buscando associações com as estratégias deliberadas pela instituição. - DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - - 85 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI Na perspectiva qualitativa, o meio de análise se dá via técnica interpretativa denominada análise de conteúdo. Com as estratégias e os procedimentos de coleta e análise estabelecidos, a CPA prepara e divulga material informativo para todos os segmentos da comunidade acadêmica aptos a participarem do processo, com o intuito de sensibilizar e proporcionar um engajamento consciente e uma participação efetiva da comunidade nos momentos em que são convocados para dispor suas opiniões. Para cada categoria da comunidade acadêmica, estratégias de sensibilização diferentes devem ser utilizadas. Em relação aos alunos, os membros da CPA se dividem em grupos para visitar todas as turmas, esclarecendo o propósito da avaliação, bem como a importância da participação de todos. Em relação aos docentes, aos coordenadores de cursos e aos técnicos administrativos, a CPA, em parceria com a direção acadêmica, procura incentivar a participação dos mesmos no processo de autoavaliação do referido centro. Passada a fase de preparação, deve-se operacionalizar a autoavaliação. Nessa etapa, busca-se executar o que foi até então planejado. É o momento em que ocorre a coleta das informações nas suas mais diversas modalidades. Para tanto, a CPA busca, como dito anteriormente, organizar uma equipe com coordenação específica para implementação do processo de autoavaliação. Por fim, a terceira e última etapa diz respeito a consolidação da avaliação. Esta etapa deverá possibilitar a elaboração dos relatórios e propostas de políticas institucionais e, ainda, de redefinição da atuação ou da missão institucional, caso necessário. Os relatórios do processo de autoavaliação são textos compostos pelos resultados das discussões, da análise dos dados e da interpretação das informações. Esses relatórios são disponibilizados aos membros da comunidade acadêmica, à CONAES, ao MEC e à sociedade. A CPA tem a preocupação de elaborar relatórios que sejam claros, informativos, além de possuir caráter analítico e interpretativo dos resultados obtidos. Os resultados gerados pelo processo de autoavaliação e disponibilizados à comunidade têm como finalidade priorizar ações de curto, médio e longo prazo, permitindo planejar de modo compartilhado e estabelecer etapas para alcançar metas simples ou mais complexas que expressem o foco da Instituição para o futuro. Neste caso, os relatórios da avaliação são importantes fontes de informações para reconstrução do PDI. Consciente de que o processo de divulgação dos resultados chega a ser tão importante quanto o ato de proceder a avaliação, a CPA, envolvendo a comunidade acadêmica e tornando-a parceira do processo avaliativo,deve promover, juntamente com a administração superior, reuniões e discussões, sugerindo a utilização dos resultados da avaliação interna como importante subsídio para a tomada de decisões, de correções de rumos e de investimentos acadêmico e administrativo. - DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - - 86 - PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO INSTITUCIONAL - PPI O resultado do processo de autoavaliação no UNIFACEX indica possibilidades no estabelecimento de ações institucionais, tanto acadêmicas quanto administrativas. Além disso, desperta interesse por novos diagnósticos, consolidando o processo de avaliação em consonância com sua finalidade precípua, evidenciando que o trabalho não se apresenta como conclusivo, mas como um diagnóstico que exibe tanto potencialidades quanto limitações sobre as quais é preciso refletir quando o objetivo é a melhoria da qualidade. Dada sua importância, a divulgação visa oferecer a publicação dos resultados com a utilização de diversos meios, tais como: reuniões, documentos informativos (impressos e eletrônicos), entre outros. A divulgação tem por objetivo dar à avaliação institucional total transparência para a comunidade interna e externa. Essa interação visa produzir um dos insumos mais preciosos do processo avaliativo, capaz de fertilizar por meio da autoconsciência valorativa, a capacidade da Instituição planejar-se para o futuro com maior qualidade acadêmica e pertinência social. - DA AVALIAÇÃO INSTITUCIONAL - - 87 -