Funções Reais: Caminhos e Descaminhos Wanderley Moura Rezende Departamento de Matemática Aplicada IM – UFF [email protected], [email protected] O Ensino de Cálculo: Dificuldades de Natureza Epistemológica, USP/2003 Origem – Mapeamento das dificuldades de aprendizagem de natureza epistemológica infinito sistematização variabilidade discreto local global contínuo permanência construção finito Lugar Matriz - omissão/“evitação” das idéias básicas e dos problemas construtores do Cálculo no ensino de Matemática em sentido amplo O lugar-matriz e o ens. básico de Matemática emersão das idéias do Cálculo no ensino básico de Matemática Ensino básico em três vias O Projeto Uma Proposta de Natureza Didática de Emersão das Idéias Fundamentais e dos Problemas Construtores do Cálculo no Ensino Básico de Matemática Objetivos: construir mapas que possibilitem explicitar as idéias do Cálculo que se encontram escondidas no processo didático do ensino básico de matemática; elaborar uma proposta de natureza didática de emersão das idéias fundamentais e dos problemas construtores do Cálculo no ensino básico de matemática Etapa 1 - mapeamento das idéias e dos problemas construtores do Cálculo que se encontram camuflados no ensino básico de matemática Três linhas diretrizes: problema da variabilidade (funções reais) problema geométrico da medida (áreas e volumes de corpos redondos) monografias de Leila Botelho e Sandro Sá monografia de José Carlos Gaspar problema aritmético da medida (número real) monografia de Joice Camargo dos Santos Introdução Caraça (1989): o conceito de função se estabelece como uma ferramenta da matemática que ajuda o homem a entender os processos de fluência e de interdependência que são intrínsecos às coisas e aos seres do nosso Universo. Rezende (2006): Saber que a variação de uma grandeza depende da variação da outra é um aspecto importante no estudo do conceito de função, mas que se torna incompleto do ponto de vista epistemológico, se não estudamos como ocorre esta variação, isto é, se não conseguimos dar qualidade e quantificar este processo de variação. Objetivo Reflexão sobre o ensino de funções reais na educação básica, tendo como referência o seu caminho histórico de construção e os descaminhos de natureza pedagógica e epistemológica. Sierpinska (1987), Cabral (1998), (Rezende, 2003b), Botelho (2005) e Souza Sá (2005) entre outros. A Origem Histórica Conceito de função // conceito de variável O uso de símbolos na matemática: álgebra desenvolvida na Grécia por Diofanto (200/214284/298); álgebra hindu... Viète (1540-1603) - fez uso, em seus trabalhos de “uma vogal, para representar uma quantidade suposta desconhecida ou indeterminada e uma consoante para representar uma grandeza ou números supostos conhecidos ou dados” A noção de movimento e a noção de infinito Primeiro rompimento com o pensamento aristotélico: Roger Bacon (1214-1294) e Guilherme de Ockham (13001349): ciência experimental - as verdades científicas deveriam, necessariamente, ser obtidas através da experiência. Rompimento definitivo: Galileu (1564-1642) (...) o espaço percorrido por um corpo em queda livre é diretamente proporcional ao quadrado do tempo levado para percorrer este espaço. Filósofos escolásticos - “matematização” do conceito de função Representação duplamente significativa: por um lado mostra duas grandezas relacionadas entre si, variando ao mesmo tempo, e por outro lado ilustra esta variação através de um gráfico. O conceito de função se estabelece, implicitamente, por meio da curva (uma reta) ... Geometria Analítica e Cálculo Descartes (1596-1650) e Fermat (1601-1665): Geometria Analítica Newton (1642-1727) e Leibniz (1646-1716): Cálculo Infinitesimal O conceito de função “evoluiu” (...) sai, gradativamente, do âmbito do Cálculo, enquanto relação entre quantidades variáveis, para o âmbito da Teoria dos Conjuntos, como uma operação especial entre conjuntos (início do século XX). Descaminhos Pedagógicos: Alguns Indicadores Sierpinska (1987), Cabral (1998) e Rezende (2003a) fontes de obstáculos epistemológicos para a aprendizagem dos conceitos básicos do Cálculo. Problemas de taxas relacionadas e de otimização. Cabral (1998) quatro níveis de significação: o aritmético, o algébrico, o funcional e o diferencial, identificando entre eles uma hierarquia de natureza epistemológica Os dois primeiros níveis de significação são os mais comuns “O difícil mesmo é encontrar a função” Relação intrínseca entre o terceiro e o quarto nível Caminho natural para o estudo das funções reais seria caracterizá-las conforme a maneira que variam... Mas, será que este caminho é seguido na educação básica? Botelho (2005) e Souza Sá (2005): Predominância da representação algébrica injetividade/sobrejetividade x crescimento/decrescimento, ou quanto e como cresce/decresce zeros da função x pontos críticos da função Ausência de tópicos que analisem o comportamento da variabilidade e de exercícios de modelagem Gráfico - “plotado” através de uma tabela de valores “notáveis” Correspondência estática entre os valores das variáveis “x” e “y” 1G - Bianchini TABELA DE VALORES GRÁFICO NO PLANO CARTESIANO DEFINIÇÃO ZERO DA FUNÇÃO CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO INEQUAÇÕES ESTUDO DO SINAL ÁLGEBRA GEOMETRIA CÁLCULO 1G – Dante POSIÇÃO RELATIVA ENTRE DUAS RETAS TABELA DE VALORES FUNÇÃO LINEAR GRÁFICO NO PLANO CARTESIANO DEFINIÇÃO TAXA DE VARIAÇÃO ESTUDO DO SINAL CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO PROPORCIONALIDADE ZERO DA FUNÇÃO EQUAÇÃO DO 1° GRAU INEQUAÇÕES ÁLGEBRA GEOMETRIA CÁLCULO 2G - Machado DOMÍNIO TABELA DE VALORES IMAGEM VALOR MÁXIMO E VALOR MINIMO DEFINIÇÃO VÉRTICE GRÁFICO NO PLANO CARTESIANO PONTO DE MÁXIMO E PONTO DE MÍNIMO CONCAVIDADE RAÍZES E SINAIS DA FUNÇÃO EQUAÇÃO DO 2° GRAU INEQUAÇÕES CRESCIMENTO E DECRESCIMENTO ÁLGEBRA GEOMETRIA CÁLCULO 2G - Dante EIXO DE SIMETRIA INCLINAÇÃO DA RETA TANGENTE Definição Tabela de valores Gráfico no Plano Cartesiano Taxa de variação COORDENADAS DO Vértice Abertura da parábola Equação do 2° grau Concavidade SINAL DA FUNÇÃO Imagem da Função Valores Máximo e Mínimo Inequações ÁLGEBRA GEOMETRIA CÁLCULO EXP - Smole SITUAÇÕES PROBLEMA DEFINIÇÃO PROGRESSÃO GEOMÉTRICA EQUAÇÃO EXPONENCIAL TABELA DE VALORES GRÁFICO NO PLANO CARTESIANO PROPRIEDADES DA FUNÇÃO EXPONENCIAL PROPRIEDADES DAS POTÊNCIAS INEQUAÇÃO EXPONENCIAL FUNÇÃO CRESCENTE E DECRESCENTE ÁLGEBRA GEOMETRIA CÁLCULO EXP - Dante PROPRIEDADE S DA POTÊNCIA TABELA DE VALORES PROBLEMA INTRODUTÓRIO DEFINIÇÃO DOMÍNIO E IMAGEM EQUAÇÃO EXPONENCIAL GRÁFICO NO PLANO CARTESIANO INJETIVIDADE INEQUAÇÃO EXPONENCIAL FUNÇÃO CRESCENTE E DECRESCENT E ÁLGEBRA GEOMETRIA CÁLCULO LOG - Smole EQUAÇÃO EXPONENCIAL DEFINIÇÃO TABELA DE VALORES EQUAÇÃO LOGARITMICA OPERADOR LOGARITMO GRÁFICO NO PLANO CARTESIANO FUNÇÃO INVERSA DA FUNÇÃO EXPONENCIAL PROPRIEDADES DOS LOGARITMOS FUNÇÃO CRESCENTE E DECRESCENT E INEQUAÇÃO LOGARÍTMICA ÁLGEBRA GEOMETRIA CÁLCULO LOG - Iezzi OPERADOR LOGARITMO DEFINIÇÃO FUNÇÃO CRESCENTE E DECRESCENTE PROPRIEDADES DOS LOGARITMOS PROPRIEDADES DA FUNÇÃO LOGARÍTMICA GRÁFICO NO PLANO CARTESIANO EQUAÇÃO LOGARÍTMICA INEQUAÇÃO LOGARÍTMICA ÁLGEBRA GEOMETRIA CÁLCULO Algumas Considerações Qual o motivo desta omissão? Qual a dificuldade em se tratar, no ensino médio, de assuntos como “variabilidade” ou “taxa de variação”? Precisamos recuperar os “escolásticos”... Alguns Problemas 1) A tabela abaixo mostra a variação de posição de um trem que passava no quilômetro 40 de uma ferrovia quando o movimento começou a ser observado (t = 0). Depois de quanto tempo após o início da viagem, o trem passou pelo quilômetro 120 da ferrovia? Tempo (horas) Espaço (km) 0 1 2 3 4 40 70 100 130 160 dt = 1 t 0 1 2 3 4 S(t) 40 70 100 130 160 ΔS Δ2S dt = 1 t 0 1 2 3 4 S(t) 40 70 100 130 160 ΔS 30 30 30 30 Δ2S 0 0 0 Algumas propriedades preliminares y = ax3 + bx2 + cx + d a= b= c= d= dx = 1 1 0 0 2 x y Δy Δ2y Δ3y Δ4y 2,00 12,00 4,00 80,00 68,00 6,00 252,00 172,00 104,00 8,00 576,00 324,00 152,00 48,00 10,00 1100,00 524,00 200,00 48,00 0,00 12,00 1872,00 772,00 248,00 48,00 0,00 1068,00 1412,00 1804,00 2244,00 2732,00 296,00 344,00 392,00 440,00 488,00 48,00 48,00 48,00 48,00 48,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 14,00 16,00 18,00 20,00 22,00 2940,00 4352,00 6156,00 8400,00 ###### s(t) = at +b Substituindo, temos: 40 = s(0) = a.0 + b = b → b = 40 70 = s(1) = a.1 + b → a = 70 – b = 70 – 40 = 30 Logo, s(t) = 30t + 40 Como estamos procuramos s(120), basta substituir: 120 = 30.t + 40 → t = 8/3 Ou seja, o trem passou pelo quilômetro 120 da ferrovia depois de 2h e 20min. 2) Um estudante anotou a posição de um móvel ao longo do tempo e obteve a seguinte tabela: Tempo (s) 0 10 20 30 40 50 Posição (cm) 17 45 81 125 177 237 Calcular a posição do móvel nos instantes 5 s e 35 s. dt = 10 t 0 10 20 30 40 50 s(t) 17 45 81 125 177 237 Δs 2 Δs dt = 10 t 0 10 20 30 40 50 s(t) 17 45 81 125 177 237 Δs 28 36 44 52 60 2 Δs dt = 10 t 0 10 20 30 40 50 s(t) 17 45 81 125 177 237 Δs 28 36 44 52 60 2 Δs 8 8 8 8 Algumas propriedades preliminares 3 2 y = ax + bx + cx + d a= b= c= d= dx = 0 1 1 1 1 Δy Δ2y Δ3y Δ4y x y 1,00 3,00 2,00 7,00 4,00 3,00 13,00 6,00 2,00 4,00 21,00 8,00 2,00 0,00 5,00 31,00 10,00 2,00 0,00 0,00 6,00 43,00 12,00 2,00 0,00 0,00 7,00 8,00 9,00 10,00 11,00 57,00 73,00 91,00 111,00 133,00 14,00 16,00 18,00 20,00 22,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 s(t) = at2 +bt + c Substituindo, temos: 17 s(0) a.0 2 b.0 c c c 17 45 s(10) a.102 b.10 c 100a 10b 17 100a 10b 17 45 2 81 s(20) a.20 b.20 c 400a 20b 17 400a 20b 17 81 Resolvendo o sistema, temos: 200a 20b 34 90 400a 20b 17 81 200a 17 9 8 1 1 48 12 a 400 20b 17 81 b 2, 4 200 25 25 20 5 2 Logo, t 12 s(t ) t 17 5 5 Como queremos a posição do móvel nos instantes 5s e 35s, basta achar s(5) e s(35): 2 5 12 s(5) 5 17 30 5 5 2 35 12 s(35) 35 17 49 84 17 150 5 5 Ou seja, a posição do móvel no instante 5s era 30cm e no instante 35s era 150cm. 3) Uma escala N de temperatura foi feita com base nas temperaturas máxima e mínima em Nova Iguaçu. A correspondência com a escala Celsius é a seguinte: ºC ºN 18º 0º 43º 100º Em que temperatura a água ferve na escala N? dt = 25 t t(c) 18 43 0 100 Δt 2 Δt t(c) = ac +b (???) Substituindo, temos: t (c) a.c b 0 a.18 b 18a b 0 25a 100 a 4 b 72 100 a.43 b 43a b 100 Logo, t (c) 4c 72 Como estamos procuramos t(c) quando c = 100º C, basta substituir: t (c) 4.100 72 400 72 328 Ou seja, na escala N, a água ferve a 328º. 4) Uma pessoa possui um gravador de vídeo dotado de um contador que registra o número de voltas dadas pelo carretel da direita. A fita, de seis horas de duração, está parcialmente gravada. O contador indica 1750 ao final do trecho gravado e 1900 ao final da fita. Medindo o tempo de gravação correspondente às primeiras 100, 200, 300 e 400 voltas, foram encontrados os dados ao lado: Quanto tempo de gravação resta na fita? Volta (n) 100 Tempo (t) 555 200 1176 300 1863 400 2616 dn = 100 n 100 200 300 400 t(n) 555 1176 1863 2616 Δt 2 Δt dn = 100 n 100 200 300 400 t(n) 555 1176 1863 2616 Δt 621 687 753 2 Δt dn = 100 n 100 200 300 400 t(n) 555 1176 1863 2616 Δt 621 687 753 2 Δt 66 66 t(n) = an2 +bn + c Substituindo, temos: t (100) a.1002 b.100 c 555 10000a 100b c 555 t (200) a.2002 b.200 c 1176 40000a 200b c 1176 90000a 300b c 1863 t (300) a.3002 b.300 c 1863 Resolvendo o sistema, temos: 10000a 100b c 555I 40000a 200b c 1176II de ( I ), tem osque c 555 10000a 100b 90000a 300b c 1863III Logo, substit uindo em (II)e (III), temos: 40000a 200b 555 10000a 100b 1176 30000a 100b 621 30000a 100b 621 90000a 300b 555 10000a 100b 1863 80000a 200b 1308 40000a 100b 654 33 33 522 30000. 100b 621 100b 621 99 b 10000 10000 100 33 522 c 555 10000. 100. c0 10000 100 10000a 33 a Logo, t (n) 0,0033n2 5,22n Vamos encontrar agora o f(x) quando o contador marca o final do trecho gravado, ou seja: t (1750) 0,0033.17502 5,22.1750 10.106,25 9.135 19.241,25 O tempo de gravação que ainda resta na fita é a diferença entre o tempo total da fita (6h = 6h.60min = 360min = 360min.60s = 21.600s) e o tempo de gravação (19.241,25s): 21.600s - 19.241,25s = 2.358,75s ou seja, 39min e 31s 5) Um ônibus de 48 lugares foi alugado para uma excursão. O preço por passageiro é de R$ 30,00 reais acrescido de uma taxa de 1 real por lugar vazio no ônibus. Determinar uma função que relacione o número de lugares vazios com a rentabilidade do dono do Ônibus. 6) (UERJ-2002) O movimento uniformemente acelerado de um objeto pode ser representado pela seguinte progressão aritmética: 7 11 15 19 23 27... Estes números representam os deslocamentos, em metros, realizados pelo objeto, a cada segundo. Determine a função horária que descreve a posição deste objeto. (adaptado) Algumas propriedades preliminares y = a(b^cx) a= b= c= dx = x 1 2 1 1 Δ2y Δy y Δy/y 1,00 2,00 2,00 4,00 2,00 3,00 8,00 4,00 2,00 0,50 4,00 16,00 8,00 4,00 0,50 5,00 32,00 16,00 8,00 0,50 6,00 64,00 32,00 16,00 0,50 7,00 8,00 9,00 10,00 11,00 128,00 256,00 512,00 1024,00 2048,00 64,00 128,00 256,00 512,00 1024,00 32,00 64,00 128,00 256,00 512,00 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 0,50 Avaliação Final Referências BOTELHO, L.M.L. (2005) Funções Polinomiais na Educação Básica: Uma Proposta. Monografia de Pós-gradução. UFF, Niterói. BOYER, C. B. História da Matemática. (1991) 2a edição. Edgard Blücher, São Paulo, tradução de Elza Gomide de título original, Edgard Blucher, S. Paulo, 1974. BOYER, C. B. (1949) The History of the Calculus and its Conceptual Development. Dover Publications Inc., New York. CABRAL, T. C. B. (1998) Contribuições da Psicanálise à Educação Matemática: A Lógica da Intervenção nos Processos de Aprendizagem. Tese de Doutorado. USP, São Paulo. CARAÇA, B. de J. (1989) Conceitos Fundamentais da Matemática. 9a edição. Livraria Sá da Costa Editora, Lisboa. LIMA, E.L., CARVALHO, P.C.P., WAGNER, E. & MORGADO, A.C. (2001) A Matemática do Ensino Médio. Coleção do Professor de Matemática. v. 1. Sociedade Brasileira de Matemática, Rio de Janeiro KLINE, M. (1990) Mathematical Thought from Ancient to Modern Times, v.1. Oxford University Press, de Oxford, Inglaterra.. REZENDE, W. M. (2003a) O Ensino de Cálculo: Dificuldades de Natureza Epistemológica. Tese de Doutorado. USP, São Paulo. REZENDE, W. M. (2003b) Uma Proposta Didática de Emersão das Idéias Fundamentais do Cálculo no Ensino Básico. Projeto de Pesquisa. UFF, Niterói. RÜTHING, D. (1984) Some Definitions of The Concept of Function from Joh. Bernoulli to N. Bourbaki. The Mathematical Intelligencer, v. 6, (4), 7277. SIERPINSKA, A. (1987) Humanities Students and Epistemological Obstacles Related to Limits. Educational Studies in Mathematics, 18. SOUZA SÁ, S. L. de (2005) Um Mapeamento do Ensino de Funções Exponenciais e Logarítmicas no Ensino Básico. Monografia de Pósgradução. UFF, Niterói.