Notícias ISO 9001 medicina LABORATORIAL Órgão Informativo da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica / Medicina Laboratorial - dezembro 2013 - edição 55 - ano 5 48º Congresso Turismo diferente: conheça o centro do Rio a pé. Página 5 Harmonização Harmonização de de Diretoria 2014/2015 Laboratoriais Laboratoriais Solenidade de posse reúne convidados na sede da SBPC/ML Página 6 Rol da ANS 2014 Cobertura obrigatória começa a vigorar em janeiro. Página 11 Indicadores Artigo aborda importância desse tema e o que foi discutido em recente evento internacional realizado na itália, que contou com a participação da SBPC/ML. Página 2 Leishmaniose visceral Teste detecta antígenos na urina de pacientes infectados. Página 12 Câncer de pulmão Proteína é marcador precoce da doença. Página 12 Diabetes Níveis de betaína na urina indicam risco da doença. Página 14 Equipamentos médicos Produção no Brasil cresce 8,5% em 2013. Página 14 Óxido nítrico Sensor subcutâneo detecta níveis no organismo. Página 15 Biovigilância OMS lança no Brasil biblioteca virtual. Página 18 Destaques na gestão da SBPC/ML Ao encerrar seu mandato, o presidente do biênio 2012/2013, Paulo Azevedo, faz uma retrospectiva de aspectos que ele considera marcantes em sua gestão. Paula Távora, eleita para presidir a SBPC/ML nos próximos dois anos, apresenta temas importantes de seu programa de trabalho. Página 8 Editorial Com esta edição despeço-me do cargo de Editorchefe do Notícias-Medicina Laboratorial, que passa a ser ocupado a partir do próximo número pelo meu colega Gustavo Campana, diretor de Comunicação eleito para o biênio 2014/2015. Vejo esta transição com tranquilidade porque conheço a competência e profissionalismo do novo Editor-chefe. Agora, nosso periódico mensal está totalmente integrado a uma área tão estratégica da SBPC/ML, que é a Comunicação. Não me furto a dizer que me sinto orgulhoso de ter estado nesses cinco anos à frente do jornal, que surgiu com a missão de ser não apenas um veículo da SBPC/ML, mas uma fonte de informações de peso. Logo em sua primeira edição apresentou o resultado de uma pesquisa feita pela SBPC/ML que avaliou o impacto da implantação do TISS nos laboratórios. Seguiram-se reportagens, artigos e entrevistas sobre temas como testes obsoletos, regulação do setor de diagnóstico in vitro, o peso da carga tributária sobre a saúde, a polêmica RDC 25, da Anvisa, os rumos do mercado e seu crescimento, a pesquisa do IBGE que mostrou quantos laboratórios existem no Brasil, a Norma PALC 2013, publicações da SBPC/ML nesses últimos anos e tantos outros assuntos de interesse. Encerro minha participação neste espaço desejando muito sucesso à recém-empossada Diretoria da SBPC/ML para o biênio 2014/2015, da qual fui convidado a fazer parte e que tem à frente a competente patologista clínica Paula Távora. Desejo a eles e a todos os leitores e associados um 2014 com muito sucesso e pleno de realizações. Boa leitura e um forte abraço! Armando Fonseca - Editor-chefe PALC Harmonização de indicadores laboratoriais Wilson Shcolnik e Alex Galoro Tem sido fartamente demonstrado que a medição do desempenho de processos e dos desfechos pode contribuir para a melhoria da qualidade da assistência à saúde. especial No setor de laboratórios clínicos, grande parte do sucesso obtido na melhoria do gerenciamento da qualidade analítica pode ser atribuída à utilização de indicadores. De acordo com a normativa internacional para acreditação de laboratórios clínicos — ISO 15189:2012 — indicadores de qualidade podem mensurar a qualidade dos seus processos operacionais, e o quanto os laboratórios atendem a requisitos dos usuários. Esta norma recomenda o monitoramento periódico, sobretudo de aspectos críticos do processo laboratorial. A utilização de indicadores pode auxiliar em julgamentos e definição de prioridades, na avaliação da efetividade das intervenções adotadas e também permite comparações de desempenho entre diferentes prestadores de serviços de saúde. Baseados nessas premissas, vários programas de benchmarking surgiram no setor laboratorial, em vários países, tendo a SBPC/ML papel relevante nesta área ao lançar seu programa em 2006, em parceria com a ControlLab, e divulgar sua experiência em publicação realizada em 2012, periódico de grande impacto e reconhecido internacionalmente. No Brasil, a ANS vem trabalhando na definição de indicadores que possam orientar usuários do sistema de saúde suplementar na escolha de prestadores de serviços de saúde. Entretanto, no setor laboratorial muitas diferenças podem ser constatadas na utilização de indicadores, não havendo consenso universal, ou tampouco uma terminologia comum. Há várias iniciativas no sentido de se obter padronização/harmonização de práticas e de métodos em medicina laboratorial, incluindo nomenclatu- 2 ra, unidades de medida, intervalos de referência e limites de ação sobre resultados de exames laboratoriais. Resultados de testes laboratoriais remotos (TLR) devem ser harmonizados com os obtidos nos exames realizados no laboratório central. Se, por um lado, a comunicação de valores críticos é algo necessário e consensual, ainda pairam dúvidas e diferentes opiniões a respeito do tempo em que isto deve ser realizado (Horas? Minutos?), se deve haver diferenciação para casos de pacientes hospitalizados e se o tempo entre diferentes parâmetros laboratoriais devem ser os mesmos (por ex.: a dosagem de potássio ou troponina em pacientes que recorrem a serviços de emergência). Outros fatos recentes, como a utilização crescente de mobilidade, de registros eletrônicos de saúde e de protocolos clínicos, intervalos mínimos de repetições, além da concentração e formação de redes de laboratórios também têm demandado esforços de padronização/harmonização. Etapas do Processo Aspectos Requisição Terminologias, testes e perfis Práticas e intervalos de repetição Coleta e manipulação da amostra Tempo e preparo do paciente Aspectos de manipulação, transporte e armazenamento da amostra Análise Critérios de aceitação e rejeição da amostra Procedimentos analíticos (método, calibração e controle de qualidade) Laudos Tempo para liberação do resultado Formato do laudo e unidades de medida Intervalos de referência, mudança nos valores de referência e limites de decisão Testes e valores críticos Principais aspectos da harmonização de exames laboratoriais Enquanto a “padronização” está relacionada à conformidade com um padrão aceito, a “harmonização” refere-se a um acordo consensual, obtido na falta de um padrão. Wilson Alex Shcolnik Galoro Médico, Patologista Clínico, Diretor de Acreditação e Qualidade da SBPC/ML Médico, Patologista Clínico, VicePresidente da SBPC/ML Segundo o CLSI (Clinical and Laboratory Standards Institute), a harmonização representa o processo de reconhecimento, compreensão e explicação das diferenças para alcançar uniformidade dos resultados ou, pelo menos, uma maneira de conversão dos resultados de tal forma que se possa utilizá-los de forma intercambiável. Pelas razões acima expostas, um grupo da IFCC liderado pelo Prof. Mario Plebani — WG Laboratory Errors and Patient Safety — realizou em Padova, Itália, ao final de outubro de 2013, uma Conferência de Consenso sobre Indicadores de Qualidade Laboratorial, evento que reuniu especialistas de vários países, na tentativa de buscar uma harmonização sobre este tema. Estiveram presentes representantes da Austrália, Itália, Reino Unido, Estados Unidos da América do Norte, Croácia, Espanha, Rússia e China. O Brasil esteve representado pelos autores deste artigo. O trabalho realizado em Padova ainda está em curso e, em breve, será divulgado para a comunidade internacional. Alguns pontos podem ser destacados: Os critérios aceitos para a formulação dos indicadores são: - Foco no paciente, para promover qualidade e segurança; - Consistência com a definição de erro laboratorial, segundo a ISO 22367:2008 e abrangência do processo laboratorial total (total testing process —TTP), desde a solicitação do exame, identificação das amostras na fase pré-analitica, até a comunicação de resultados e sua correta interpretação e utilização; - Consistência com requisitos da norma internacional ISO 15189:2012. Os pré-requisitos considerados importantes são: 1. Importância e aplicabilidade para amplo espectro de laboratórios clínicos em nível internacional; 2. Base científica com foco em áreas de importância para análises clinicas; 3. Definição de metas de desempenho, baseado em evidências; 4. Utilização oportuna e possível como medida de melhoria contínua. Foi considerada a importância de sistemas padronizados para coleta e reporte de informações. indicadores, de acordo com a prioridade da sua implantação. Foram definidos quatro níveis de prioridade (1 = Mandatório; 2 = Importante; 3 = Sugerido; 4 = Para avaliação — Valuable). - Em relação à quantidade de indicadores por fase do processo laboratorial, foram discutidos: — 34 pré-analíticos — 7 analíticos — 13 pós-analíticos Além dos indicadores de processos operacionais, foram discutidos indicadores de processos de suporte e, também, de resultados, em consonância com a tendência atual de não se valorizar apenas quantitativamente a atividade clinica, mas atribuindo-se valor ao desfecho obtido. A isto tem se denominado efetividade clinica (clinical effectiveness). Barth, que participou dos debates de Padova representando o Reino Unido, define efetividade clinica como “provisão de serviços baseados em conhecimento cientifico, a todos os pacientes que poderão se beneficiar dos mesmos, sem que se ofereça aos pacientes que não se beneficiarão dos mesmos”. Em outras palavras, isto significa evitar a subutilização e a má utilização de exames laboratoriais. Apesar de ser reconhecida a dificuldade de se demonstrar a contribuição do laboratório clinico para o desfecho da assistência à saúde, há quem advogue a necessidade de se obter métricas que reflitam o reconhecimento dos médicos a esta contribuição. Segundo Barth, por exemplo, uma dosagem correta da hemoglobina glicada dentro do prazo de entrega prometido pode indicar um bom desempenho. Mas um laboratório poderá ser considerado um serviço de alta qualidade se oferecer um resultado obtido de acordo com as boas práticas técnicas, e com a padronização de unidades sugerida pela IFCC, acompanhada de um reporte que descreva o intervalo de tempo e valores encontrados neste exame e o realizado anteriormente. A tendência observada nas discussões foi de simplificar os conceitos, para permitir a aderência de laboratórios ao redor do mundo e houve proposta de realização de um piloto para obter informações sobre a aplicabilidade da proposta. Apesar das iniciativas até agora empreendidas, este trabalho ainda exigirá esforços de toda a comunidade laboratorial. Seu laboratório já trabalha com indicadores? É hora de arregaçar as mangas e começar! Leituras recomendadas - Houve aceitação da proposta brasileira de segmentar os Shcolnik W, de Oliveira CA, de São José AS, de Oliveira Galoro CA, Plebani M, Burnett D. Brazilian laboratory indicators program. Clin Chem Lab Med. 2012 Nov;50(11):1923-34. doi: 10.1515/cclm-2012-0357. Beastall , G.H. Adding value to laboratory medicine: a professional responsability. Clin Chem Lab Med 2013; 51(1):221-227 Plebani, M. Harmonization in Laboratory Medicine: the complete picture. Clin Chem Lab Med 2013;51(4):741-751 Clinical Laboratory Standards Institute (CLSI). – Harmonized Terminology Database. Disponível em http://www.clsi.org/standards/harmonized-database/. Acessado em 20.11.13 Barth, J. Clinical quality indicators in laboratory medicine. Annals of Clin Biochem 2012;49:9-16 Programa de Indicadores Laboratoriais SBPC/ML-ControlLab - http://www.controllab.com.br/?gclid=CICl-pDfirsCFYVZ7AodGykADg. 3 Missão cumprida Não posso terminar esta coluna sem deixar de agradecer o apoio que recebi durante o meu mandato dos meus colegas da Diretoria, da equipe da SBPC/ML, dos associados e de todos os profissionais e empresas que têm prestigiado a Sociedade, nosso trabalho, nossos congressos e eventos. Tenham a certeza que nos próximos dois anos a SBPC/ML estará em boas mãos, sob a gestão de Paula Távora. Desejo a ela muito sucesso. E a todos vocês, um 2014 repleto de realizações. Esta é a última vez que escrevo nesta coluna do Notícias-Medicina Laboratorial assinando como presidente da SBPC/ML. Encerro meu mandato com a consciência tranquila porque, nesses dois anos, me empenhei ao máximo para fazer o melhor para a Sociedade e para o setor de diagnóstico laboratorial. Saio do cargo de presidente mas permaneço na diretoria do biênio 2014/2015, graças ao convite da minha colega Paula Távora, o que me deixa muito orgulhoso e satisfeito de poder continuar a trabalhar tão perto da SBPC/ML. Até uma próxima oportunidade! Em uma reportagem publicada nesta edição vocês encontram um resumo de alguns pontos que considero importante na minha gestão. Presidente da SBPC/ML Biênio 2012/2013 Paulo Azevedo Canal direto Diretoria Executiva biênio 2012/2013 Diretor Científico: Diretor de Acreditação e Qualidade: Nairo Massakazu Sumita Wilson Shcolnik Presidente: [email protected] [email protected] Paulo Sérgio Roffé Azevedo Vice-diretor Científico: Diretor de Defesa Profissional: Murilo Rezende Melo Vitor Mercadante Pariz [email protected] [email protected] Vice-presidente: Diretora Financeira: César Alex de Oliveira Galoro Leila Sampaio Rodrigues [email protected] [email protected] Diretor Administrativo: Vice-diretora Financeira: Francisco Carneiro Leão Lucia Helena Cavalheiro Villela [email protected] [email protected] Vice-diretora Administrativa: Diretora de Comunicação: Paula Fernandes Távora Natasha Slhessarenko [email protected] Acompanhe a SBPC/ML pela internet 4 [email protected] Diretor de Eventos: Armando A. Fonseca [email protected] Vice-diretor de Eventos e Presidente do Conselho de Ex-presidentes: Carlos Alberto Franco Ballarati [email protected] ou [email protected] [email protected] website: twitter: facebook: flickr: youtube: sbpc.org.br twitter.com/sbpcml facebook.com/SBPCML flickr.com/sbpcml youtube.com/sbpcml Agenda de eventos 2014 Problemas com a interpretação do TSH? 25 de fevereiro Valores de referência. Como definir? 26 de agosto Palestra na APM Palestra na APM 48º Congresso Brasileiro de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial Resistência bcteriana – Onde estamos e para onde vamos? 9 a 12 de setembro 27 de maio Centro de Convenções SulAmérica - Rio de Janeiro - RJ Palestra na APM 22º Congresso Internacional de Química Clínica - IFCC 22 a 26 de junho Istambul - Turquia Congresso da AACC 27 a 31 de julho 23º Congresso Brasileiro de Citopatologia 9 a 12 de outubro Rio de Janeiro - RJ O Laboratório de emergência – O que oferecer? 28 de outubro Palestra na APM Chicago - EUA Mais informações: www.sbpc.org.br, seção “Agenda de Eventos”. A programação é preliminar. Datas, temas e nomes dos palestrantes podem ser alterados por motivos operacionais. Conheça o Rio a pé Percorrer a pé as ruas do Centro do Rio de Janeiro e de bairros próximos, guiado por especialistas em geografia urbana e cultura da cidade, que revelam detalhes e contam histórias, muitas delas desconhecidas pelos próprios moradores da cidade e frequentadores da região. E tudo isso sem gastar um centavo. Basta um pouco de disposição e vontade de caminhar. O Projeto Roteiros, que existe há mais de oito anos e faz parte do Programa de Extensão do Instituto de Geografia da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), é coordenado pelo professor João Baptista Ferreira de Mello, auxiliado por bolsistas e colaboradores da própria universidade. Existem 12 roteiros diurnos, dez noturnos e um especial, realizado eventualmente porque depende da disponibilidade de ônibus cedidos para transportar o grupo. No roteiro “(Re)Conhecendo o Centro do Rio a Pé”, por exemplo, os visitantes conhecem o Mosteiro de São Bento — e assistem cinco minutos de missa com cantos gregorianos —, as avenidas Rio Branco e Presidente Vargas (as principais do centro), visita-se a Igreja da Candelária, Centro Cultural Banco do Brasil, Praça 15 de Novembro, Paço Imperial, Cinelândia (palco de grandes manifestações públicas na cidade) e a Catedral Metropolitana, além de outras atrações. Ao longo da caminho, o professor e a equipe que participa do projeto dão explicações sobre o que está sendo mostrado e sobre a cidade e sua vida. A duração depende do roteiro. Recomenda-se levar água e usar calçados confortáveis para a caminhada. Informações e inscrições: tel. (21)8871-7238, www.roteiros.igeog.uerj.br, [email protected]. Documento registra nascimento da SBPC/ML “Aos 31 de maio de 1944, reuniram-se na sede da Sociedade de Medicina e Cirurgia, os médicos especializados em Laboratórios Clínicos, e convocados pelo Dr. Erasmo Lima, para a fundação de uma Sociedade de classe.” Assim começa a ata da sessão de instalação da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica. “Iniciados os trabalhos, com a presença de 60 (sessenta) associados, usou da palavra o Dr. Aleixo de Vasconcelos, que propôs, para presidente da Sociedade, o Dr. Erasmo Lima, seu idealizador”. Eleito por aclamação, o médico apresentou à assembleia os objetivos da Sociedade e submeteu à aprovação os nomes de Francisco Fialho e J. Thiers Pinto para, respectivamente, os cargos de “Tezoureiro” (segundo a grafia da época) e Secretário interinos. Ambos também foram aprovados por aclamação. Com duas páginas manuscritas, a Ata de Instalação da SBPC (décadas depois é que seria incorporada a sigla “ML”) é um dos documentos que fazem parte do acervo do Museu da Patologia Clínica Evaldo Melo. Lançado em setembro, durante o 47º Congresso da SBPC/ML, o museu é virtual e procura contar um pouco da história da SBPC/ML e da patologia clínica no Brasil. O visitante encontra reprodução de vários documentos, como atas, programa de congressos e até uma tabela de preços de exames em 1944, fotos de eventos, de equipamentos antigos de laboratório e de diversos objetos relacionados à vida da SBPC/ML desde a sua fundação. O curador do museu, o patologista clínico David Bichara, destaca que o acervo e dinâmico e está sempre ganhando novos itens. Quem deseja colaborar e enviar sugestões pode entrar em contato pelo e-mail [email protected]. 5 Diretoria da SBPC/ML do biênio 2014/2015 toma posse Evento reúne diretores e convidados na sede da Sociedade, no Rio de Janeiro. Início do mandato é em 1º de janeiro Na noite da sexta-feira, 6 de dezembro, a sede da SBPC/ML recebeu dezenas de convidados para a cerimônia de posse da presidente eleita para o biênio 2014/2015, Paula Fernandes Távora, e a Diretoria Executiva, Presidências Regionais e Conselho Fiscal. O mandato começa em 1º de janeiro. Além dos diretores dos biênios 2012/2013 e 2014/2015 e de colaboradores da SBPC/ML, estavam presentes ex-diretores e ex-presidentes da Sociedade e convidados representando instituições da área da saúde e empresas do setor de diagnóstico in vitro. Após a abertura e a execução do Hino Nacional, fezse a leitura de toda a chapa da Diretoria eleita, que inclui a Executiva, Presidentes Regionais e Conselho Fiscal. Em seguida, o vice-presidente da SBPC/ML, Alex Galoro, leu o discurso enviado pelo presidente do biênio 2012/2013, Paulo Azevedo, que não pode comparecer por motivos de saúde. "Despeço-me da presidência com tranquilidade porque sei que Paula fará um excelente trabalho, com profissionalismo e competência. Afirmo com toda a certeza que a SBPC/ML está em boas mãos", leu Galoro, em nome de Paulo Azevedo. Representando a Diretoria 2012/2013, ele homenageou as diretoras da área financeira, Leila Rodrigues e Lúcia Villela, “pelo seu trabalho e dedicação em todos esses anos”. Em seu discurso, Azevedo também agradeceu ao diretor de Acreditação e Qua6 lidade, Wilson Shcolnik e desejou muito sucesso como presidente do 48º Congresso da SBPC/ML, que será de 9 a 12 de setembro de 2014, no Rio de Janeiro. A presidente do biênio 2014/2015, Paula Távora (foto), iniciou sua fala muito emocionada, citando a presença de familiares, colegas da diretoria, amigos e autoridades. Agradeceu o apoio de Paulo Azevedo “para que a transição na presidência seja uma continuidade do trabalho feito até agora”. Destacou sentir-se orgulhosa de ser a segunda mulher a presidir a SBPC/ML — a primeira foi Marilene Melo, na gestão 1985/1987. “Iremos com muito afinco dedicar nosso tempo e energia para fortalecer nossa especialidade, as alianças no setor laboratorial, continuar a reunir os profissionais do setor e intensificar nossas lutas, e representar os interesses do nosso principal ativo: os associados”, disse. Ela destacou, também, o incentivo ao congresso, jornadas e aos eventos científicos. “Vamos reforçar e relembrar aos nossos colegas de outras especialidades o quanto somos importantes e como é muito mais seguro e produtivo para o paciente se trabalharmos juntos e em harmonia de conduta e informações.” Terminou sua fala com uma citação de Guimarães Rosa, mineiro como ela: “O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. Logo após, Paula Távora e os ex-presidentes Carlos Senne e Armando Fonseca inauguraram a nova Galeria de Fotos de Presidentes da SBPC/ML. Em seguida, foi servido um coquetel. Veja fotos da cerimônia de posse e do coquetel na galeria do Flickr da SBPC/ML: www.flickr.com/photos/sbpcml. Veja a cobertura fotográfica completa em: www.flickr.com/sbpcml 7 Destaques na gestão da SBPC/ML Ao encerrar seu mandato, o presidente do biênio 2012/2013, Paulo Azevedo, faz uma retrospectiva de aspectos que ele considera marcantes em sua gestão. Paula Távora, eleita para presidir a SBPC/ML nos próximos dois anos, apresenta temas importantes de seu programa de trabalho. Paulo Sérgio Roffé Azevedo Presidente 2012/2013 Presidência da SBPC/ML “No dia da cerimônia de posse eu disse em meu discurso que não havia nenhum sacrifício em assumir a presidência da SBPC/ML e que fazia isso com muita satisfação e orgulho. Eu sempre quis ser presidente da Sociedade. Já havia sido convidado muitos anos antes, mas precisei recusar por motivos pessoais. Por isso, aceitei quando me convidaram para o mandato de 2012/2013.” Situação financeira “Todos os que passaram pela presidência da SBPC/ML deixaram um legado. Todos viveram momentos diferentes, mas sempre trabalharam com o objetivo da melhoria contínua. Há algumas administrações a SBPC/ML passou por uma recuperação financeira, o que vem se mantendo desde então. Conseguir continuar essa obra foi uma responsabilidade muito grande da minha gestão para que a Sociedade permaneça financeiramente saudável.” Delegação de funções “Antes de assumir a presidência, eu disse ao Carlos Ballarati, que me antecedeu, que seria inviável cuidar de tudo sozinho e que iria delegar funções. Por isso, trouxe gente mais jovem para assumir diversas tarefas. Deleguei quando achei necessário porque o presidente não pode ter tudo em suas mãos. Vejo, com satisfação, que eles corresponderam, o que é importante para a SBPC/ML continuar em sua missão e se perenizar. Um bom exemplo da renovação é a diretoria de Defesa Profissional, responsável por representar a SBPC/ML junto aos órgãos do governo, agências reguladoras, Associação Médica Brasileira e outras instituições. Para assumir esse trabalho convidei o Vitor Pariz, que tem representado, e muito bem, a Sociedade. O único órgão ao qual fiz questão de continuar a representar a SBPC/ML é a ANS. Faço isso há várias gestões, desde que fui convidado para a diretoria de Defesa de Classe, que atualmente se chama Defesa Profissional. Vejo o trabalho com a ANS como um trem em movimento e no qual embarquei desde o início. Acompanho tudo o que acontece e conheço todos os processos envolvidos. Descer no meio do caminho para ser substituído abruptamente por outra pessoa pode ter sérias consequências.” Reconhecimento da acreditação laboratorial “Conseguimos que a ANS reconhecesse a importância da acreditação laboratorial e que fossem criadas normas que determinam como se deve divulgar a acreditação. Era uma reivindicação antiga e que, depois de muito esforço, foi atendida nessa gestão. Esse trabalho vai gerar frutos para a SBPC/ML e para os laboratórios, que irão melhorar à medida que eles também se conscientizarem da importância de serem acreditados.” Diretoria de Eventos “Antes de assumir a presidência, pedi que se fizesse uma alte8 ração no estatuto da SBPC/ML para criar a Diretoria e a Vicediretoria de Eventos. Nossos eventos sempre foram muito bem conduzidos sob todos os aspectos. Quem tem estado à frente na coordenação executiva é o Armando Fonseca, que faz um excelente trabalho. Mas ele não era da diretoria da Sociedade, o que limitava um pouco seu trabalho. Com a criação dos cargos de diretor e vice-diretor de Eventos, seus dois ocupantes passaram a ter voz ativa na Diretoria e puderam trabalhar melhor. Um dos primeiros resultados disso é que, agora, nossos congressos são planejados com antecedência de vários anos. Já temos confirmadas até 2016 as cidades sede e as datas de realização, além de estar garantida também a reserva de espaço no centro de convenções de cada cidade.” Paula Fernandes Távora Presidente 2014/2015 Planejamento estratégico “As ações da SBPC/ML vem sendo executadas em sequência pelas Diretorias Executivas a cada dois anos. Neste biênio optamos pela utilização de um modelo administrativo que permite organizar nossas ações e assegurar o prosseguimento daquelas que apresentam resultados positivos além de 2014/2015. Trabalharemos com a metodologia de planejamento estratégico, guiados pelo mapa estratégico, onde definimos os objetivos contínuos, que são as nossas diretrizes de trabalho. Estas compõem o detalhamento dos objetivos específicos, que dividimos por áreas e serão pautados pelas respectivas diretorias, com metas estabelecidas e desdobradas. Trabalharemos com um software de gestão estratégica que nos auxiliará no monitoramento de nossas ações, de modo a nos permitir verificar se estamos no rumo certo e tentar atingir em até cinco anos as metas propostas.” Interação com outras especialidades “A Patologia Clínica passa por um momento em que precisamos rever nosso papel no setor de saúde. Continuaremos a interagir com as outras Sociedades Médicas, de modo a termos professores da atividade laboratorial nas demais especialidades, além de trazê-las para uma maior interação científica e administrativa com a SBPC/ML.” Instituições de ensino “Pretendemos trabalhar junto ao Ministério da Educação e às instituições de ensino públicas e privadas de modo a ter profissionais da área atuando na graduação dos cursos de medicina. Hoje, existe uma fragilidade nos programas de ensino e a especialidade Patologia Clínica ou Propedêutica não faz parte da grade curricular da grande maioria dos cursos de formação e graduação em Medicina. Há médicos que se formam com um conhecimento superficial de como pedir exames de laboratório, como interpretá-los e como decidir condutas terapêuticas fundamentadas nesses exames. Também é preciso atualizálos em relação às inovações tecnológicas importantes que vêm ocorrendo em nossa área.” PALC “Temos muito orgulho em oferecer para o mercado o maior programa brasileiro de acreditação de laboratórios clínicos. Ao longo da trajetória de 15 anos do PALC adquirimos conhecimentos e experiências que geram publicações científicas e fóruns para intercâmbio de informações nos quesitos segurança do paciente e qualidade laboratorial, em âmbito nacional e internacional. Já começamos esse trabalho em 2013, com a participação em um evento na Itália sobre harmonização de indicadores de qualidade em medicina laboratorial. Vamos continuar investindo neste intercambio e reciprocidade científica que, em nossa avaliação, tem sido muito frutífera.” Educação continuada “O fomento da ciência é um dos pilares da SBPC/ML. Vamos incrementar nossas atividades de atualização científica e de difusão do conhecimento.” Defesa profissional “Embora nosso pilar seja científico, a participação na defesa profissional é inerente à nossa atividade e se reforçou ao longo dos anos. Continuaremos com uma presença forte junto ao Governo, ao Ministério da Saúde, à ANS e à Anvisa, nas quais já temos assento. É importante estar presente nessas agências, ter voto e poder opinar pois nos interessa saber como estão regulando o nosso setor.” Representatividade “Já estamos presentes na Associação Médica Brasileira e no Conselho Federal de Medicina, mas é preciso ampliar esta participação. Hoje, criamos diretrizes para a Patologia Clínica, mas vamos incentivar essas ações com diretrizes que envolvem outras especialidades. É o que fizemos recentemente com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, na diretriz sobre dislipidemias, que contou com a participação do setor laboratorial.” Relacionamento com entidades de classe e com o mercado “Continuaremos a manter a proximidade com órgãos de classe, como associações e sindicatos de laboratórios, de hospitais e de empresas, participando e defendendo os interesses da classe laboratorial no que tange, por exemplo, à precificação, ao controle da qualidade e à segurança do paciente.” Colaboradores “Estamos redesenhando nosso modelo administrativo. Somos uma Sociedade Médica madura e com uma equipe de colaboradores experientes e competentes. O ano de 2014 será uma ótima oportunidade para seu reconhecimento e valorização porque nosso próximo Congresso será no Rio de Janeiro, onde está a sede da SBPC/ML. Sinto-me tranquila de assumir um grupo que suporta a transição para uma nova gestão a cada dois anos, o que é sempre um desafio para todos os profissionais.” Acreditação pela ISQua “Já temos o certificado ISO 9001:2008 e vamos mantê-lo. Agora, queremos expandir para a acreditação internacional pela International Society for Quality in Health Care (ISQua)onde serão certificados a própria SBPC/ML e o PALC. Este projeto está sendo analisado pela Diretoria. O selo ISQua será um reconhecimento ao trabalho da SBPC/ML.” O livro discute as principais fontes de erros na fase préanalítica e as interferências nos resultados dos exames, os aspectos relacionados à prevenção dessas falhas e as soluções para evitar a recorrência. Em linguagem simples e direta, visa auxiliar o laboratório clínico nas dúvidas do dia a dia e se constitui em uma ferramenta muito útil para todos os profissionais do laboratório clínico. Foi escrito por uma equipe multidisciplinar composta por formadores de opinião, com larga experiência no ambiente laboratorial. Mais informações em www.sbpc.org.br realização apoio 9 Foto: divulgação CBDL tem nova diretoria A Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL) elegeu, no dia 4 de dezembro, a diretoria para um mandato de dois anos. O novo presidente é Fábio Arcuri, diretor da ThermoFisher no Brasil. Liliana Perez, da Roche Diagnostics, que o antecedeu, passa a ocupar o cargo de vice-presidente. Ricardo Didio, da Genese Produtos Diagnósticos, está na diretoria financeira, e João Paulo Janoni, da Biosys, na diretoria científica. No mercado de diagnósticos há 25 anos, Fábio Arcuri começou suas atividades no setor como especialista de produtos em alergia na Pharmacia Diagnostics. Nesta ocasião, iniciou a implantação do diagnóstico in vitro de alergia. Em 2004, tornou-se country manager na Phadia Diagnóstico no Brasil. Em setembro de 2011, a Phadia foi adquirida pela Thermo Fisher Scientific. Sócio fundador da CBDL, Arcuri teve participação importante quando da regulamentação dos registros de produtos junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A CBDL é uma entidade de classe que reúne 48 empresas do segmento de diagnóstico in vitro, que representam 75% do total do mercado no Brasil. Em 2012, o faturamento em reais do setor cresceu 6,8%, comparado a 2012. Fonte: Assessoria de Imprensa da CBDL Fehoesp e Sindhosp lançam Anuário Brasileiro da Saúde Foto: Neuza Nakahara Com o tema “A saúde que temos e a saúde que queremos”, a publicação foi lançada em São Paulo, em dezembro. O conteúdo apresenta projeções para os próximos 15 ou 20 anos em relação aos cenários ideal, possível e indesejado para a saúde no Brasil, feitas por estudiosos e lideranças do setor. Eles escreveram o que é preciso fazer para se alcançar um cenário ideal em duas décadas, como assegurar a sustentabilidade do setor de saúde suplementar e quais as mudanças necessárias. Outros temas abordados são o custo da burocracia no Brasil, a falta de conscientização e investi- mentos em tecnologia da informação em saúde e em profissionais especializados nessa atividade. O Anuário também apresenta um artigo de André Medici, economista sênior da área da saúde do Banco Mundial, que analisa as manifestações ocorridas em junho de 2013 em várias cidades e que colocaram a saúde entre as principais reivindicações. O Anuário é publicado pela Fehoesp, Sindhosp e Public Projetos Editoriais. Ele será distribuído a hospitais privados em todo o país, às principais clínicas e laboratórios de São Paulo, operadoras de planos de saúde, autoridades e imprensa. “Nesse ano, a Federação se une ao Sindicato na produção do Anuário, o que agrega ainda mais valor à publicação. Com as quatro edições do Anuário do Sindhosp, o veículo já se tornou referência na saúde e nossa expectativa é a de que ele ganhe ainda mais espaço e importância no debate de temas que precisam ser discutidos com seriedade e sem viés ideológico para que os desafios sejam superados”, diz o presidente da Fehoesp e do Sindhosp, Yussif Ali Mere Jr. Fonte: Imprensa do Sindhosp Parceria internacional na produção de vacina Os governos do Brasil e França anunciaram um contrato de prestação de assistência técnica ao desenvolvimento da vacina heptavalente injetável pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Biomanguinhos), da Fiocruz. A vacina terá capacidade de proteção contra sete doenças, em uma única aplicação: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, HIB (Haemophilus influenza tipo B), meningite C e poliomielite. Fonte: Agência Fiocruz de Notícias 10 Novo Rol da ANS entra em vigor em janeiro Armando Fonseca & Gustavo Campana Embora abaixo das expectativas e necessidades de atualização dos procedimentos em Medicina Laboratorial, foi publicada, em outubro de 2013, a Resolução Normativa 338, da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), com a inserção de 87 novos itens no Rol de Procedimentos e Eventos em Saúde, referência para a cobertura assistencial mínima dos planos privados de saúde contratados a partir de janeiro de 1999. A incorporação de novas tecnologias permitirá um melhor desempenho diagnóstico e assistencial de patologias de menor frequência, mas com previsão de impacto positivo no custo efetivo total dessas doenças, reduzindo complicações desnecessárias e desperdícios de recursos na economia em saúde. Os novos procedimentos do Rol da ANS entram em vigor em janeiro de 2014 e têm como foco primário a formalização da cobertura de testes já habitualmente utilizados e, em menor escala, da incorporação de novas tecnologias. Um bom exemplo é a inserção do exame Coprológico Funcional nesta nova revisão, teste de alto volume e de rotina. Esse modelo de revisão faz-se necessário, porém, as alterações de complexidade dos ensaios devem ser respeitadas e os testes obsoletos substituídos em uma revisão mais profunda. Médico Patologista Clínico, Diretor de Eventos da SBPC/ML e Editor-chefe do Notícias-Medicina Laboratorial até dezembro de 2013 Dos 87 novos procedimentos, sete são exames de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial e dois de Radiologia e Imagem. Assim, os procedimentos terapêuticos, clínicos e cirúrgicos prevalecem em número de inserções. Gustavo Dentre os procedimentos inseridos no Rol para 2014, destacam-se os medicamentos orais para câncer de uso domiciliar e as Diretrizes de Utilização Terapêutica para Exames Genéticos, sendo estas últimas relacionadas a 22 diferentes patologias, tais como Câncer Hereditário de Mama e Ovário (BRCA 1 e BRCA 2), Hemocromatose, Hemofilias A e B, Polipose Adenomatosa Familiar, entre outras. Armando Fonseca Campana Médico Patologista Clínico, Diretor de Comunicação da SBPC/ML - biênio 2014/2015 e Editor-chefe do jornal a partir de janeiro de 2014 O site da SBPC/ML www.sbpc.org.br apresenta a “Lista de doenças abrangidas pelas novas diretrizes”, as “Diretrizes de Utilização dos Procedimentos Genéticos” e a “Nota Técnica nº 876/2013”, que descreve os procedimentos para análise molecular de DNA e pesquisa de microdeleções e microduplicações por FISH. Para consultá-las no site, entre na seção “Profissional”, item “Legislação & Consultas Públicas”, página “ANS”. 11 Teste de urina detecta leishmaniose visceral Foto: divulgação Foi desenvolvido um teste Elisa não invasivo que consegue detectar em amostras de urina de pacientes com leishmaniose visceral, ou calazar, cada um dos três antígenos de Leishmania infantum. O estudo foi realizado no Instituto Forsyht (foto) — www.forsyth.org, nos EUA. A equipe usou cromatografia de fase inversa líquida de alto rendimento combinada com espectrometria de massa. As amostras foram coletadas de um grupo de 20 pacientes das cidades de Montes Claros (MG) e Teresina, com diagnóstico confirmado da doença. O teste identificou os antígenos em todos os pacientes e não reagiu com 62 amostras de urina obtidas do grupo controle. De acordo com o estudo, o teste apresentou sensibilidade de 89%, especificidade de 100% e um limite de detecção de 4pg a 10pg de antígeno por mL de urina. Os autores reconhecem que trabalharam com uma amostra pequena, mas estão otimistas com os resultados. Eles pretendem realizar testes clínicos para validá-los. Segundo o Ministério da Saúde, a leishmaniose visceral é uma zoonose caracterizada como doença rural, mas vem se expandindo para áreas urbanas de médio e grande portes e tornou-se um problema crescente de saúde pública no país e em outras regiões das Américas, onde já é considerada uma endemia em franca expansão geográfica. É uma doença crônica, sistêmica, caracterizada por febre de longa duração, perda de peso, astenia e anemia, dentre outras manifestações. Quando não tratada, o paciente morre em 90% dos casos. Fontes: LabMedica.es e Ministério da Saúde Foto: divulgação Marcadores para detecção precoce de câncer de pulmão Diversos estudos que procuram identificar marcadores que possam ajudar no diagnóstico de diferentes tipos de câncer. Um desses é realizado pela Faculdade de Medicina e Odontologia da Universidade de Valência (www.uv.es), na Espanha. Segundo um dos coautores, o professor Carlos Camps (foto), um dos maiores desafios da medicina oncológica é detectar a doença o mais cedo possível, já que a demora na localização do tumor implica em metástases em cerca de 75% dos casos. A pesquisa já confirmou que a presença no tumor da proteína C4d está associada à mortalidade. “Essa proteína é um marcador em potencial para a detecção precoce e tratamento do câncer de pulmão. Ela pode ajudar a diagnosticar o tumor mais cedo, mesmo que o paciente não apresente sintomas”, diz Eloisa Jantus-Lewintre, coautora do estudo. 12 A pesquisa enfatiza os processos que regulam a angiogênese — formação de novos vasos sanguíneos em tumores — e imunologia do tumor. Foram analisadas amostras de mais de 300 pacientes com câncer de pulmão e de outras 400 pessoas saudáveis ou com doenças respiratórias não malignas. “O câncer de pulmão é a principal causa de morte por câncer no mundo. A descoberta de novos marcadores é importante não apenas para confirmar a presença de células tumorais, mas para obter informações adicionais, que ajudem a desenhar tratamentos personalizados”, explica Camps. O artigo Investigation of Complement Activation Product C4d as a Diagnostic and Prognostic Biomarker for Lung Cancer, foi publicado online em Journal of the National Cancer Institute, em 12 de agosto de 2013. Fonte: AlphaGalileo 13 Níveis de betaína na urina indicam risco de desenvolver diabetes Um estudo na Universidade de Bergen (www.uib.no), na Noruega, identificou e avaliou aspectos preditivos da excreção de betaína em pacientes cardiovasculares em relação a seu uso como marcador de risco do indivíduo desenvolver diabetes. No início do estudo foram coletadas amostras de urina e de sangue de 2.396 pessoas, a maioria feita em consultas durante a pesquisa, que durou cerca de 39 meses. No total, foram coletadas três amostras de urina de 1.772 indivíduos e duas de 348 pessoas. Em 276, a coleta ocorreu somente na primeira consulta. Foi avaliado o surgimento de diabetes ao longo do estudo entre as 2.076 pessoas sem diagnóstico da doença, e que no início do trabalho a glicose medida em jejum era inferior a 7,0 mmol/L, e, fora do jejum, inferior a 11,1 mmol/L. A excreção mediana de betaína, em 22,2 mmol/mol de creatinina, era três vezes maior nos indivíduos com diabetes, em comparação com aqueles que não tinham a doença. Segundo os pesquisadores, foi encontrada uma associação clara, mas não linear, entre a excreção na urina de betaína com hemoglobina glicada. Esta foi o determinante mais forte da eliminação de betaína em pacientes com diabetes mellitus. “Nosso estudo sugere que a excreção de betaína em níveis elevados pela urina está associada a um risco maior de se desenvolver diabetes a longo prazo”, diz o médico Hall Schartum-Hansen, do Departamento de Ciências Clínicas da universidade e coautor do estudo. O artigo Assessment of Urinary Betaine as a Marker of Diabetes Mellitus in Cardiovascular Patients foi publicado em 6 de agosto de 2013 em PlosONE. Fonte: LabMed.es Cresce produção de equipamentos médico-hospitalares pamentos médico-hospitalares e odontológicos, quando foram criados 9,2 mil postos de trabalho — 8% a mais que em 2012. Esses dados têm como base pesquisas do IBGE. Segundo o presidente da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), Carlos Eduardo A produção brasileira de equipa- Gouvêa, o volume das exportações mentos de instrumentação médi- desse setor chegou a 924 milhões co-hospitalares e odontológicos de dólares, entre janeiro e setemcresceu 8,5% entre janeiro e se- bro de 2013, o que representa 25% tembro de 2013, em relação ao mes- a mais que no ano anterior. Já as immo período do ano anterior. As ven- portações somaram US$ 6,5 bidas no comércio varejista de pro- lhões, 9,7% a mais comparado com dutos médicos, farmacêuticos e or- o mesmo período. topédicos subiram 9,5%, em com- “O crescimento do setor se deu paração com 2012. Ainda nesse pe- principalmente pelo avanço do reríodo aumentou o número de em- conhecimento de sua importância pregos no setor industrial de equi- como coadjuvante ou como peça fundamental de terapias e na assistência médica”, diz Gouvêa. Para ele, trabalhar com o conceito de diagnóstico precoce para uma melhor precisão terapêutica resulta em grande economia em termos de gastos na saúde pública. A ABIIS reúne entidades do setor como a Associação Brasileira dos Importadores e Distribuidores de Implantes (Abraidi), Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Equipamentos, Produtos e Suprimentos Médico-Hospitalares (Abimed) e Câmara Brasileira de Diagnóstico Laboratorial (CBDL). Fonte: Assessoria de imprensa da ABIIS Nas entrelinhas do DNA Pesquisadores da Universidade de Washington,nos EUA, descobriram que na combinação de 64 letras que compõem o código genético existe um grupo que apresenta dois significados. Um está relacionado à sequência de proteínas e o outro ao controle dos genes. Estas instruções de controle aparentemente ajudam a determinar algumas características benéficas das proteínas e como elas são formadas. Fonte: Universidade de Washington 14 O óxido nítrico (NO) é uma das moléculas de sinalização mais importantes das células. Essa substância transmite mensagens no interior do cérebro e coordena funções do sistema imunológico. Em muitas células tumorais, os níveis de NO são alterados, mas pouco se sabe sobre como essa substância se comporta em células saudáveis ou de câncer. “O NO tem papéis contraditórios na progressão do câncer. Precisamos de novas ferramentas para melhor compreendê-lo”, diz Michael Strano (foto), professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts — MIT (web.mit.edu), nos EUA, que orienta a estudante de pós-doutorado Nicole Iverson. Ela construiu duas versões de um sensor com nanotubos de carbono capaz de detectar níveis de NO. O sensor do primeiro tipo, para uso em períodos de tempo curtos, é injetado na corrente sanguínea. A segunda versão destina-se a monitoramento em longo prazo. Ela é incorporada a um gel e pode ser implantada sob a pele. Nos testes com o sensor implantado em camundongos, o monitoramento ocorreu por mais de um ano, em uma primeira demonstração de que os nanossensores podem funcionar dentro do corpo por um tempo prolongado. Foto: divulgação Sensor subcutâneo detecta níveis de óxido nítrico Como o sensor pode ser adaptado para detectar outras células, os pesquisadores agora estudam também a possibilidade de usá-lo para monitorar os níveis de glicose em pacientes diabéticos, eliminando a necessidade de colher amostras de sangue. O artigo In vivo biosensing via tissuelocalizable near-infrared-fluorescent single-walled carbon nanotubes foi publicado em 3 de novembro de 2013 em Nature Nanotechnology. Fonte: Science Daily Tecnologia da informação em Medicina Laboratorial Posicionamento da SBPC/ML 2013 www.sbpc.org.br/timl Exemplar gratuito disponível para download Aborda os seguintes temas: Ambiente de TI adequado para seu laboratório. Quais os pontos mais relevantes a considerar (profissionais, equipamentos, sistemas etc.) Gerenciamento de mudanças – Uma abordagem baseada no modelo ITIL® Como implementar a certificação digital para a garantia da segurança da informação no seu laboratório Rotina inteligente realização apoio 15 Modelo propõe rede de interações para prevenir infecção hospitalar Através de modelos em computador que simulam as interações entre pacientes e profissionais de saúde, os autores do estudo confirmaram que existe uma correlação entre o tamanho da “rede social” e a propagação de organismos multir- resistentes: quanto mais esparsa, menores as taxas de transmissão. Com base nisso, criaram uma estrutura conceitual para os hospitais, cujo objetivo é modelar as redes sociais do paciente para prever e minimizar a propagação das infecções bacterianas. O próximo passo é tornar os hospitais capazes de adaptar esse modelo, a fim de diminuir o número de médicos e enfermeiros na rede social dos pacientes, especialmente os de alto risco. mos multirresistentes”, diz o coautor Sean Barnes. O artigo Exploring the Effects of Network Structure and Healthcare Worker Behavior on the Transmission of Hospital-Acquired Infections foi publicado online em 22 dezembro de 2012, em IIE Transactions on Healthcare Systems Engineering. Fonte: Universidade de Maryland Foto: divulgação Dados do Departamento de Saúde dos Estados Unidos indicam que as infecções hospitalares atacam um em cada 20 pacientes internados e são responsáveis por gastos de bilhões de dólares e pela morte de milhares de pessoas todos os anos. O objetivo de contribuir para reduzir esses números motivou um estudo em conjunto das universidades de Maryland ( w w w, u m d . e d u ) e A m e r i c a n (www.american.edu), naquele país. “Os registros eletrônicos poderão gerar informações para capturar a estrutura dessa interação e relacionar a série de fatores que podem afetar as transmissões de organis- Proteína controla produção de insulina “Levamos anos para confirmar que a TXNIP leva à morte das células beta no diabetes tipos 1 e 2. Sua ação também contribui para um segundo mecanismo importante na doença: a queda na produção de insulina pelas células beta”, explica a médica Shalev Anate (foto), coautora do estudo e diretora do Centro de Diabetes da universidade. Verificaram que níveis altos de TXNIP no organismo acionam as células beta para construir um trecho específico de material genético, o microRNA-204, que é feito com base em fragmentos de RNA que não conseguem codificar proteínas e silenciam os genes-alvo. Esse processo gera um outro nível de regulação e uma ferramenta para “ligar e desligar” os genes. postos experimentais que possam agir sobre o microRNA-204, em vez do TXNIP, importante para o desenvolvimento de novas terapias RNA. O artigo Thioredoxin-interacting protein regulates insulin transcription through microRNA-204 foi publicado online em 25 de agosto de 2013 em Nature Medicine. Fonte: Science Daily Com base nessas descobertas, a equipe redobrou os esforços para identificar uma nova classe de medicamentos capazes de regular os níveis de TXNIP e aumentar a produção de insulina pelas células beta, estendendo sua vida útil. Os pesquisadores também estão buscando com- Enxaquecas e óperas Richard Wagner produzia suas obras influenciado por crises frequentes de enxaqueca. Esta é a conclusão de um estudo feito na Alemanha, que analisou dados sobre a saúde do famoso compositor, alguns revelados em suas memórias. A ópera Sigfried, por exemplo, começa com uma “batida pulsante”, que se torna cada vez mais intensa, até alcançar o que o estudo chama de uma “pulsação quase dolorosa”, que os autores acreditam representar as dores provocadas pela enxaqueca. O estudo foi publicado na edição de Natal do British Medical Journal. Fonte: Medical News Today 16 Foto: divulgação A proteína TXNIP pode ser a chave para desenvolver medicamentos e terapias para diabéticos, segundo pesquisa da Universidade do Alabama em Birmingham (www.uab.edu), nos EUA. A proteína “manda” as células beta do pâncreas pararem de produzir insulina e, então, faz com que elas se autodestruam. O site Lab Tests Online BR auxilia a população leiga e os profissionais de saúde a conhecerem melhor os exames laboratoriais. Há informações sobre os exames, sua finalidade, preparativos, tipo de amostra coletada e forma de coleta, além de estados clínicos e doenças relacionadas. Lab Tests Online BR é desenvolvido e atualizado por médicos Patologistas Clínicos. Lab Tests Online BR é mantido pela Sociedade Brasileira de Patologia Clínica/Medicina Laboratorial (SBPC/ML), sob licença da American Association for Clinical Chemistry (AACC). Lab Tests Online ® BR Uma fonte pública e gratuita sobre exames laboratoriais preparada por profissionais especialistas em medicina laboratorial www.labtestsonline.org.br Coloque o link para Lab Tests Online BR no site do seu laboratório. É gratuito e você oferece um serviço a mais aos seus clientes. Fale com a SBPC/ML: tel. (21) 3077-1400 [email protected]. 17 OMS lança no Brasil biblioteca virtual em biovigilância Durante o 3º Encontro Global de Biovigilância da Organização Mundial de Saúde (OMS), em Brasília, em dezembro, foi lançado o Projeto NOTIFY, também conhecido como Notify Library. Consiste de um banco de dados que reúne casos emblemáticos de eventos adversos na área de sangue, teci- dos, células e órgãos. “A base de dados tem casos documentados e disponíveis para pesquisa que são úteis ao trabalho da vigilância sanitária e para aqueles que atuam no setor”, explica Luc Nöel, assessor especial do Programa de Segurança do Paciente da OMS na área de vigilância e monitoramento do uso de produtos de origem humana. Segundo ele, a escolha do Brasil para a realização do evento levou em conta a experiência do país e a estrutura organizacional da Anvisa. “O Brasil tem muito a mostrar sobre biovigilância e a escolha pelo país tem o objetivo de provocar um impacto positivo nas Américas”. Deidree Fehily, coordenadora do Centro Nacional de Transplante da Itália, entidade colaboradora da OMS, destacou ser “obrigação dos países com maior nível de desenvolvimento apoiar os demais porque a troca de experiências em meio a heterogeneidade de informações colabora para a construção do conhecimento”. A biblioteca virtual tem acesso livre e pode ser consultada por qualquer pessoa no endereço www.notifylibrary.org. A publicação dos relatos sobre os casos adversos é feita após seleção de um comitê editorial e ficam disponíveis para consulta. Fonte: Imprensa da Anvisa Foto: divulgação Relação entre acidente cardiovascular e ciclo circadiano Acidentes cardiovasculares estão entre as principais causas de mortes em homens e mulheres, e a maior parte desses eventos tende a acontecer pela amanhã, segundo pesquisa realizada pelo Hospital Brigham and Women (www.brighamandwomens.org) em parceria com a Universidade de Ciência e Saúde do Oregon (www.ohsu.edu), nos EUA. O estudo aponta que uma possível causa tem relação com o ciclo circadiano — o relógio biológico interno que regula os ritmos do nosso corpo e influencia processos como digestão, sono e renovação celular. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores estudaram 12 voluntários adultos saudáveis, durante duas semanas, por meio de um protocolo laboratorial projetado para dessincronizar ritmos diários comportamentais e ambientais. O trabalho se concentrou em avaliar o papel do ativador de plasminogênio-1 (PAI-1), que inibe a degradação de coá18 gulos sanguíneos e é, portanto, um dos principais contribuintes para ataque cardíaco e acidente vascular cerebral isquêmico. “Os resultados indicam que o sistema circadiano provoca, pela manhã, um pico na circulação nos níveis de PAI-1, independente de quaisquer influências comportamentais ou ambientais”, explica Steven Shea (foto), coautor do artigo. Ele diz que são necessárias novas pesquisas para testar se esse ritmo é amplificado, anulado ou deslocado em indivíduos que apresentam maior risco devido à obesidade, diabetes ou doença cardiovascular. O artigo Human circadian system causes morning peak in pro-thrombotic plasminogen activator inhibitor-1 (PAI-1) independent of sleep/wake cycle foi publicado em 7 de novembro de 2013 em Blood. Fonte: Science Daily Foto: divulgação Proteína é alvo potencial para tratamento contra a malária Um estudo da Universidade da Califórnia (www.ucsd.edu), nos EUA, investiga um tratamento para a malária com potencial para prevenir e bloquear a transmissão da doença. Os testes levariam ao desenvolvimento de toda uma nova classe de medicamentos derivados da imidazopiridina, que teriam como alvo potencial a proteína fosfatidilinositol-4-quinase (PI4K), essencial em todas as fases do ciclo de vida do plasmodium, parasita causador de malária. Liderada por Elizabeth Winzeler (foto), a pesquisa procura comprovar a eficácia do tratamento em todas as fases da doença. zeler, o estudo partiu desse ponto para realizar os testes. Administraram imidazopiridina em ratos e primatas infectados com plasmodium e descobriram que os compostos bloquearam o desenvolvimento dos parasitas, tanto no fígado quanto nas fases de infecção da corrente sanguínea. “Atualmente, existe apenas um medicamento aprovado para eliminar parasitas no fígado em pacientes com malária reincidente, a primaquina. A descoberta de que a PI4K torna o plasmodium suscetível à imidazopiridina deve ajudar os pesquisadores a aperfeiçoarem esses compostos para futuros testes clínicos em seres humanos”, acrescenta Winzeler. O fígado é o destino dos parasitas que invadem o corpo quando um humano é picado por um mosquito portador do plasmodium. O artigo Targeting Plasmodium PI(4)K to eliNo órgão, eles se multiplicam e se espalham minate malaria foi publicado em 27 de nopela corrente sanguínea, se desenvolvem e vembro de 2013 em Nature. causam os sintomas da doença. Segundo WinFonte: Science Daily Erros genéticos adicionais causam fibrose cística Dos mais de 1.900 erros já relatados no gene responsável pela fibrose cística, ainda não estava claro quantos deles realmente contribuíam para a transmissão da doença de forma hereditária. Recentemente, um trabalho realizado na Faculdade de Medicina da Universidade Johns Hopkins (www.hopkinsmedicine.org), nos EUA, relatou avanços significativos na definição de quais mutações são benignas ou prejudiciais. O estudo amplia de 22 para 127 o número das mutações conhecidas causadoras de fibrose cística, o que representa 95% das variações encontradas em pacientes com a doença. Para chegar a esses resultados, a equipe analisou um banco de dados contendo informação genética de cerca de 40 mil pacientes. Todas as mutações que apareceram com frequência de pelo menos 0,01% nesse universo foram examinadas. Os dados estão sendo usados por médicos, para ajudar no diagnóstico; por especialistas em saúde pública, para refinar a triagem neonatal; e por profissionais que investigam novas terapias. “Essas novas informações darão uma resposta clara a dezenas de milhares de pessoas todos os anos, que são aqueles diagnosticados como potenciais portadores; pais de crianças que foram alertados depois do teste do pezinho; crianças e adultos que estão procurando por um diagnóstico”, diz a consultora genética e coautora Karen Siklosi. Ela avalia que o processo utilizado no estudo pode ser repetido para ajudar a caracterizar outras desordens genéticas raras. O artigo Defining the disease liability of variants in the cystic fibrosis transmembrane conductance regulator gene foi publicado em 25 de agosto de 2013 em Nature Genetics. Fonte: Science Daily Notícias medicina LABORATORIAL Sociedade Brasileira de Patologia Clínica Medicina Laboratorial Rua Dois de Dezembro, 78 sala 909 CEP 22220-040 - Rio de Janeiro - RJ Tel. (21) 3077-1400 Fax (21) 2205-3386 http://www.sbpc.org.br http://www.facebook.com/SBPCML http://twitter.com/sbpcml Fale com a redação: [email protected] 20 Presidente 2012/2013 Paulo Azevedo Diretora de Comunicação Natasha Slhessarenko Editor-chefe Armando Fonseca Jornal da SBPC/ML - Periodicidade mensal Conselho Editorial Adagmar Andriolo Alvaro Martins Carlos Ballarati Carlos Senne Elimar Antônio Bittar João Nilson Zunino José Carlos Lima Marilene Melo Mário Flávio Alcântara Ulysses Moraes de Oliveira Wilson Shcolnik Jornalista responsável Roberto Duarte Reg. 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