A TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NO ENSINO DA BIBLIOTECONOMIA: contribuição estratégica da Educação a Distância Mariza Russo Seminário de Educação a Distância - NUTES mar. 2009 A partir de 1970 Nova dinâmica tecnológica & Foco na flexibilidade dentro das organizações X Produção em massa Surgimento das tecnologias intensivas em informação Estratégias competitivas no Ambiente 21. Economia baseada na terra e no capital Fundamentada no conhecimento domínio de novos saberes capacidade de transformá-los em vantagem competitiva Sociedade da Informação •colaboração interdisciplinar •projetos estratégicos •formação profissional •demandas do mercado Forças Fraquezas recursos das tecnologias da informação integração parcial dos países periféricos à nova economia acesso desigual às informações e ao conhecimento Tecnologia da educação a distância uma das respostas para minimizar problemas crônicos da formação profissional 9% da população brasileira, entre 18 e 25 anos está matriculada no ensino superior, em contraste com dados internacionais de 30% da Argentina, 50% dos Estados Unidos e 60% do Canadá (FORMIGA, 2004). Dados de 2006: 13,26% Aplicar a tecnologia de Educação a Distância (EaD) no Curso de Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação (CBG), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), como estratégia para promover a capacitação dos futuros profissionais, visando sua preparação para atuar no mercado de trabalho do Ambiente 21. Utilizar a tecnologia de EaD com a finalidade de motivar o seu uso mais freqüente, na área de Biblioteconomia. ORIGEM Cursos por correspondência (década de 1950) “Tecnologia da Esperança” Niskier (1999) Foram ampliadas as condições de ensino, antes centradas somente nas salas de aula, transportando-as para alternativas mais audaciosas. Tecnologia de informação contribuição estratégica Expectativas da Sociedade Contemporânea flexibilidade de tempo e de espaço redução de custos maior alcance geográfico maior intercâmbio de informações entre profissionais das diversas áreas do saber, intensificando as oportunidades de ampliar o aprendizado Decreto no 2.494, de 10 de fevereiro de 1998 1º instrumento de valorização da EaD - avanços consideráveis no assunto. “uma forma de ensino que possibilita a auto-aprendizagem, com a mediação de recursos didáticos sistematicamente organizados, apresentados em diferentes suportes de informação, utilizados isoladamente ou combinados e veiculados pelos diversos meios de comunicação” (NISKIER, [2000]). 2. 279.000 alunos matriculados em vários tipos de cursos a distância ( ensino credenciado, educação corporativa e outros projetos nacionais e regionais). Um em cada oitenta brasileiros estudou por EaD em 2005. Existem em todo o Brasil 889 cursos a distância (credenciados pelo Sistema de Ensino e conselhos estaduais de educação). O maior grupo isolado é o de pós-graduação latosensu (246 cursos); os de graduação são 205. * Associação Brasileira de Educação a Distância Nos Estados Unidos, do Séc. XIX, buscando formar a identidade profissional da área, Melvin Dewey criou o Library Journal e a American Library Association e foram então implementados os primeiros cursos de Biblioteconomia (SOUZA, 2001). No Brasil, o Decreto no 8.835, de 11 de julho de 1911, oficializou o primeiro curso de Biblioteconomia, em nível de graduação, na Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, cuja primeira turma teve início em abril de 1915. CENÁRIO ATUAL RUSSO et al., 2005 Maior concentração na região sudeste Diretrizes curriculares (LDB, 1996) Experiências esparsas em aplicação de EaD (UFF e UFSC) HIPÓTESE A área de Biblioteconomia é conservadora em relação à introdução de processos de inovação, principalmente em se tratando da utilização das tecnologias de informação mais modernas em seus programas de ensino. Estudo de Caso permite que sejam observados os fatos, da forma em que eles ocorrem, para se registrar as variáveis de interesse, passíveis de análises posteriores Área Biblioteconomia Universo • • • O curso aplica a modalidade de EaD no currículo? Caso positivo, em uma ou em mais disciplinas? Caso negativo, existe a previsão de uso desta metodologia, em futuro próximo? • • • Existência de política de EaD na instituição de ensino, na qual o curso está inserido; Reconhecimento das facilidades e dificuldades na implementação da modalidade de EaD Levantamento das vantagens e desvantagens na aplicação da EaD. Verificar grau de inclusão da EaD no ensino da área de Biblioteconomia. Formação de profissionais para atender às demandas do mercado Preparação de cidadãos comprometidos com a construção de uma sociedade mais inclusiva Motivação para o uso de EaD nos cursos da área de Biblioteconomia CALDIN, C.F. et al. Os 25 anos do ensino da Biblioteconomia na UFSC. Encontros Bibli: Revista de Biblioteconomia e Ciência da informação, Florianópolis, n. 7, abr. 1999. FORMIGA, Marcos. Evolução dos 100 anos da Educação a distância no Brasil. In: BAYMA, Fátima (org.). Educação corporativa: desenvolvendo e gerenciando competências. São paulo: Pearson Prentice Hall, 2004. LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Ed. 34, 1999. NISKIER, Arnaldo. O Direito à tecnologia da esperança. [2000] Disponível em: http://www.cjf.gov.br/revista/numero6/artigo18.htm. Acesso em:07 set. 2007. NISKIER, Arnaldo. Educação à distância: tecnologia da esperança – políticas e estratégias para a implantação de um sistema nacional de educação aberta e à distância. São Paulo: Loyola, 1999. OLIVEIRA, Fátima Bayma. A Contribuição estratégica da Educação. In: _______. Tecnologia da informação e da comunicação: desafios e propostas estratégicas para o desenvolvimento dos negócios. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2006. RUSSO, Mariza et. al. Proposta político-pedagógica de implantação do Curso de Biblioteconomia e Gestão de Unidades de Informação (CBG/UFRJ). Rio de Janeiro: Universidade Federal do Rio de Janeiro, 2005. 45 f. SOUZA, Francisco das Chagas. Contexto do ensino de Fundamentos Teóricos de Biblioteconomia na UFSC. Encontros Bibli: Revista de Biblioteconomia e Ciência da informação, Florianópolis, n. 12, dezembro 2001.