UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC
CURSO DE NUTRIÇÃO
ANDRÉIA MENDONÇA
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PRÉ-ESCOLARES DE 2
A 5 ANOS QUE FREQÜENTAM O ENSINO PÚBLICO DO MUNICÍPIO
DE IÇARA/SC
CRICIÚMA (SC), JULHO DE 2009
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
2
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE – UNESC
CURSO DE NUTRIÇÃO
ANDRÉIA MENDONÇA
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PRÉ-ESCOLARES DE 2
A 5 ANOS QUE FREQÜENTAM O ENSINO PÚBLICO DO MUNICÍPIO
DE IÇARA/SC
Trabalho de Conclusão de Curso, apresentado para a
obtenção do grau de Bacharel no Curso de Nutrição da
Universidade do Extremo Sul Catarinense, UNESC.
Orientadora: Profª Esp. Rita Suselaine Vieira Ribeiro.
CRICIÚMA (SC), JULHO DE 2009.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
3
ANDRÉIA MENDONÇA
AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE PRÉ-ESCOLARES DE 2 A 5 ANOS
QUE FREQUENTAM O ENSINO PÚBLICO DO MUNICIPIO DE IÇARA – SC
Trabalho de Conclusão de Curso aprovado
pela Banca Examinadora para obtenção do
Grau de Bacharel, no Curso de Nutrição da
Universidade do Extremo Sul Catarinense,
UNESC, com linha de Pesquisa em Saúde
Pública.
Criciúma, 03 de julho de 2009.
BANCA EXAMINADORA
____________________________________________________________________
Profª. Rita Suselaine Ribeiro Vieira – Especialista – (UNESC) – Orientadora
____________________________________________________________________
Profª. Fabiane Maciel Fabris – Especialista – (UNESC)
____________________________________________________________________
Profª. Paula Rosane Vieira Guimarães – Mestre – (UNESC)
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
4
Ao
Deus
que
me
inspirou,
capacitou
e
sustentou: o meu amor e minha eterna gratidão.
“Porque Dele e por meio Dele e para Ele são
todas
as
coisas.
A
Ele,
pois
a
glória
eternamente. Amém,” Rm 11.36
Aos meus pais Antônio e Luiza, que sempre me
incentivaram
e
me
proporcionaram
a
oportunidade de concluir o ensino superior;
À minha orientadora, Rita, pelo exemplo de
envolvimento com o trabalho e dedicação à
profissão.
Às minhas colegas e amigas Ednara e Gabrielle
que estiveram presentes nos momentos de
alegria e descontração bem como nas horas
mais difíceis.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
5
AGRADECIMENTOS
A Deus, o Todo Poderoso, Criador da Vida e principal responsável pela
realização deste sonho.
À minha orientadora Profª. Rita Suselaine Vieira Ribeiro, por ter transmitido
uma parcela de seus conhecimentos com disposição, dedicação e amizade.
À Banca Examinadora: Profª. Fabiane Maciel Fabris e Paula Rosane Vieira
Guimarães pelas contribuições dadas ao trabalho.
Aos meus pais Antônio e Luiza, pelo constante apoio e empenho para a
conclusão desta etapa.
À Prefeitura Municipal de Içara, à Secretaria de Educação, pela autorização
para a realização do presente estudo.
Às Nutricionistas da Secretaria de Educação, Rúbia da Cunha e Gabriela
Colle, pela colaboração e confiança para o desenvolvimento da pesquisa.
Aos diretores e funcionários das escolas participantes da pesquisa, que me
receberam com prontidão e simpatia.
A todos os alunos e suas famílias que integraram o estudo, pelo
reconhecimento e colaboração durante a coleta de dados.
Aos demais professores do Curso de Nutrição, que estiveram presentes nesta
longa trajetória.
A todos que de maneira direta e indiretamente, contribuíram para a realização
deste estudo.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
6
“Nós
não somos o que gostaríamos de ser.
Nós não somos o que ainda iremos ser. Mas,
graças a Deus, não somos mais quem nós
éramos.” (Martin Luther King)
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
7
RESUMO
Os pré-escolares são considerados um grupo biologicamente vulnerável aos agravos
nutricionais. Neste intervalo de idade podem apresentar uma diminuição ponderal
que, quando associada à condição socioeconômica, a baixa qualidade nutricional do
alimento ingerido, a inapetência e outros fatores, podem levar à desnutrição.
Crianças desnutridas adoecem mais, são mais baixas e apresentam dificuldade no
aprendizado escolar. Porém, vários estudos demonstram o crescimento da
obesidade infantil, causado principalmente pela formação de hábitos alimentares
errôneos e o sedentarismo da criança moderna. A obesidade infantil predispõe à
obesidade na vida adulta e ao desenvolvimento de doenças crônicas não
transmissíveis ainda na infância. As pesquisas nesta área justificam-se pelas
crescentes taxas observadas de excesso de peso, pela permanência de casos de
desnutrição e pela facilidade de detecção precoce destes problemas nutricionais. O
objetivo deste estudo é avaliar o estado nutricional de pré-escolares da rede pública
de ensino e encontrar associações com o perfil socioeconômico das famílias. Foram
coletadas medidas antropométricas de peso e altura e avaliadas os índices P/I, P/E,
E/I e IMC/Idade utilizando-se a tabela da Organização Mundial da Saúde (WHO,
2006) adotada pelo Ministério da Saúde (2008) e os seus parâmetros de
classificação. O perfil socioeconômico foi obtido por meio da aplicação de um
questionário socioeconômico aos pais e/ou responsáveis.
Os resultados apontam valores elevados de excesso de peso, onde 12,8% das
crianças (n=19) apresentaram peso elevado para a idade (P/I); 16,8% (n=25) peso
elevado para estatura (P/E); e utilizando o Índice de Massa Corporal (IMC)
encontrou-se 18,1% (n=27) de obesidade e 13,4% (n=20), sendo maior freqüência
no sexo masculino associados com renda per capita entre ½ a 1 salário mínimo e
mães com ensino médio completo. O estudo apresentou também valores altos de
déficit de peso para a estatura (5,4%) e baixo IMC para idade (8,7%), encontrado
com maior freqüência no sexo feminino, associados com renda per capita entre 1 a 2
salários mínimos e mães com ensino médio completo. O nutricionista é o profissional
capacitado para atuar de maneira preventiva e intervencionista no combate a estes
agravos na infância. É imprescindível a implementação dos programas de educação
alimentar e nutricional direcionadas ao público infantil por parte dos governantes.
Palavras-chaves: estado nutricional, pré-escolares, excesso de peso, renda per
capita, escolaridade materna.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
8
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Distribuição das características socioeconômicas das famílias
dos pré-escolares de 2 a 5 anos que freqüentam o ensino público, Içara
(SC).................................................................................................................. 37
Tabela 2 – Distribuição da idade em meses dos pré-escolares de 2 a 5
anos que freqüentam o ensino público, Içara (SC).........................................
40
Tabela 3 – Distribuição por sexo conforme estado nutricional os préescolares de 2 a 5 anos que freqüentam o ensino público, Içara (SC)...........
41
Tabela 4 – Distribuição da renda per capita conforme estado nutricional dos
pré-escolares de 2 a 5 anos que freqüentam o ensino público, Içara (SC).... 44
Tabela 5 – Distribuição do estado nutricional dos pré-escolares de 2 a 5
anos conforme escolaridade materna, Içara (SC) ..........................................
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
45
9
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
AMREC
Associação dos Municípios da Região Carbonífera
CEI
Centro de Educação Infantil
CNS
Conselho Nacional da Saúde
DEP
Desnutrição Energético-protéica
E/I
Estatura por idade
ENDEF
Estudo Nacional de Despesas Familiares
IBGE
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
IMC
Índice de Massa Corporal
MS
Ministério da Saúde
NCHS
National Center for Health Statistics
OPAS
Organização Pan-americana da Saúde
OMS
Organização Mundial da Saúde
P/E
Peso por estatura
P/I
Peso por idade
POF 2002/2003
Pesquisa de Orçamentos Familiares do ano de 2002/2003
PNSN
Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição
SISVAN
Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional
WHO
World Health Organization
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
10
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................
12
2 JUSTIFICATIVA...............................................................................................
15
3 OBJETIVOS.....................................................................................................
17
3.1 Objetivo geral............................................................................................... 17
3.2 Objetivos específicos.................................................................................. 17
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA.......................................................................
18
4.1 Características do pré-escolar e consumo alimentar..............................
18
4.2 Estado Nutricional.......................................................................................
19
4.3 Métodos antropométricos e avaliação do estado nutricional................. 21
4.4 Transição nutricional..................................................................................
23
4.5 Desnutrição energético-protéica................................................................ 25
4.6 Obesidade infantil........................................................................................ 27
4.7 Manutenção da obesidade na vida adulta................................................. 30
5 METODOLOGIA............................................................................................... 31
5.1 Delineamento da pesquisa.........................................................................
31
5.2 Local.............................................................................................................
31
5.3 População..................................................................................................... 32
5.4 Amostra........................................................................................................
32
5.5 Critérios de inclusão e exclusão................................................................ 32
5.6 Instrumento de obtenção de dados........................................................... 33
5.7 Forma de obtenção de dados..................................................................... 33
5.8 Forma de análise dos dados......................................................................
34
5.9 Aspectos éticos...........................................................................................
35
5.10 Limitações do estudo................................................................................ 35
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO.......................................................................
36
6.1 Perfil Socioeconômico................................................................................
36
6.2 Avaliação do Estado Nutricional................................................................ 39
CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................
48
REFERÊNCIAS................................................................................................... 50
APÊNDICE 1 – Planilha dos dados antropométricos..................................... 57
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
11
APÊNDICE 2 – Questionário socioeconômico ............................................... 59
APÊNCIDE 3 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido ..................... 61
ANEXOS 1 – Folha de aprovação do Comitê de Ética...................................
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
63
12
1 INTRODUÇÃO
A idade pré-escolar (2-6 anos) é caracterizada pela redução da velocidade
de crescimento com conseqüente diminuição do apetite, associadas à atenção
voltada para as novas descobertas, o que colabora para a falta de interesse pela
alimentação (MARTINS, 2008).
Avaliar o desenvolvimento e mensurar o crescimento de uma criança é a
forma de conhecer e vigiar seu nível de saúde geral. O acompanhamento da
evolução do crescimento da criança é uma metodologia simples, e esta atitude, pode
permitir uma intervenção precoce, em casos de identificação de riscos nutricionais
(ACCIOLY; SAUNDERS; LACERDA, 2005).
A avaliação do estado nutricional é um método utilizado para identificar o
estado nutricional de indivíduos (MARTINS, 2008). O Ministério da Saúde possui um
instrumento valioso, conhecido como Vigilância Alimentar e Nutricional – SISVAN
que é um sistema de informação que realiza a avaliação do estado nutricional das
crianças por meio dos métodos antropométricos, permitindo auxiliar e apoiar às
ações a serem desenvolvidas de promoção da saúde, revelando os riscos
nutricionais e direcionando o planejamento para intervenções dos agravos a saúde
(FAGUNDES et al., 2004).
Em muitos países os agravos nutricionais que acometem a população
infantil, são as formas crônicas e agudas de desnutrição e o excesso de peso
(CORSO; VITERITTE; PERES, 2004).
As crianças que estão neste intervalo de idade podem apresentar uma
diminuição ponderal que quando associada à condição socioeconômica, baixa
qualidade nutricional do alimento ingerido e outros fatores, pode leva à desnutrição.
A desnutrição é caracterizada pela diminuição das reservas corporais de energia e
proteínas e deficiência de micronutrientes, resultado de uma ingestão inadequada de
alimentos (CUPPARI, 2005).
Segundo dados do POF - Pesquisa de Orçamentos Familiares 2002/2003
(Ministério da Saúde/IBGE) a maior prevalência de desnutrição e baixo peso para
idade na fase pré-escolar, se encontram na região Norte (11%) do país. Nas áreas
urbanas e rurais da região Sul a prevalência varia entre 5% e 7%.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
13
Crianças
desnutridas
adoecem
mais,
têm
as
suas
defesas
comprometidas, são mais baixas, têm menor peso e possuem dificuldades no
aprendizado escolar. Torna-se um ciclo vicioso de falta de nutrientes que leva a falta
de apetite, causando maior perda de peso, que em casos graves leva a morte
(CARDOSO; LOPES; TADDEI, 2006).
De fato, o Brasil já demonstrou na década de 80 estarmos atravessando o
processo de transição nutricional, situação epidemiológica, onde o problema da
desnutrição passa a ser substituído pelo problema da obesidade (OLIVEIRA, 2004).
A obesidade é a doença crônica não transmissível, que se caracteriza
pelo acúmulo de tecido adiposo em forma de energia não utilizada. Encontra-se com
maior prevalência entre países onde predomina a economia industrializada
(OLIVEIRA et al., 2004).
A formação de hábitos alimentares errôneos e o sedentarismo da criança
moderna, associados com as condições socioeconômicas, têm levado ao
crescimento da obesidade infantil (ANCONA LOPEZ; BRASIL, 2004).
Várias pesquisas apontam para o crescimento das taxas de excesso de
peso entre pré-escolares no Brasil. Kuranishi et al (2001) em estudo realizado na
cidade de Maringá (PR), encontraram a prevalência de 13,02% de sobrepeso e
8,21% de obesidade confirmada. Os pesquisadores concluíram que a obesidade
nesta população mostrou-se como um fator nutricional preocupante quando
comparado ao indicado pelo NCHS (até 2,3%). A prevalência de sobrepeso também
foi alarmente, pois este dado revela alto risco para um aumento futuro das taxas de
obesidade.
Corso e colaboradores (2004) realizaram um estudo na cidade de
Florianópolis (SC) com 638 crianças pré-escolares e observaram uma porcentagem
significativa de sobrepeso (8,6%). Conforme autores, este dado mostrou-se superior
à encontrada em estudos internacionais e alguns estudos nacionais com a mesma
faixa etária.
Ainda no Estado de Santa Catarina, no município de Criciúma, pesquisa
realizada em creche municipal do Bairro Boa Vista, ao analisar 141 crianças com
faixa etária de zero a cinco anos, constatou que 41,1% das crianças apresentavam
sobrepeso para o índice peso/altura, (FAGUNDES, 2004).
Com base nestes últimos dados, constata-se a crescente prevalência de
excesso de peso entre pré-escolares da região Sul.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
14
A obesidade está fortemente associada com outras doenças como
hipertensão arterial, diabetes, infarto do miocárdio, doença degenerativa articular,
etc. Além disso, o aspecto emocional de uma criança ou adolescente obeso fica
comprometido (FAGUNDES, 2004).
Pesquisas confirmam ainda, uma forte correlação entre o peso na infância
e na idade adulta, indicando que crianças com excesso de peso correm um alto risco
de se tornarem adultos obesos (SOAR, 2004).
Enfim, ressaltam-se a importância de um diagnóstico precoce dos
problemas nutricionais, a fim de serem tomadas medidas de intervenção adequadas
à situação epidemiológica encontrada nas diferentes regiões. Baseando-se nesta
afirmação surge a seguinte questão: qual é o perfil epidemiológico nutricional dos
pré-escolares matriculados na rede de ensino público do município de Içara (SC)?
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
15
2 JUSTIFICATIVA
O estado nutricional de uma criança é importante porque possui papel
fundamental para que seu crescimento seja progressivo e para que desenvolva suas
aptidões psicomotoras e sociais e ainda, exerce influência na redução dos riscos de
morbi-mortalidade (CASTRO et al., 2005).
Um estado nutricional inadequado nesta fase pode ocasionar em
alterações significativas. As carências nutricionais podem acarretar em problemas de
crescimento e desenvolvimento cognitivos, atraso na vida escolar e redução da
capacidade de trabalho na vida adulta (ANCONA LOPEZ; CAMPOS JUNIOR, 2007).
A deficiência de vitamina A, por exemplo, é uma carência que afeta milhões
de crianças no mundo. A carência desta vitamina pode levar à cegueira e ainda
compromete o sistema imunológico, o que reduz a resistência à diarréia e ao
sarampo. Essas conseqüências contribuem para o déficit de crescimento e atraso no
desenvolvimento. A diarréia e o sarampo são responsáveis pela morte de 2,2
milhões e 1 milhão de crianças no mundo, respectivamente (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2007).
Sabe-se que a vitamina A aumenta a amplitude e a freqüência de secreção
noturna do hormônio de crescimento, estando sua carência associada ao retardo de
crescimento. Sarni et al (2002) em seu estudo com 47 pré-puberes no Estado de São
Paulo, encontraram associação entre crianças com comprometimento estatural e
inadequação do nível sérico de carotenóides e baixa ingestão de vitamina A.
A ausência de vários nutrientes pode contribuir para a ocorrência de anemias
carenciais como folatos, proteínas, vitamina B12, sendo o ferro o mais importante
nutriente. Estima-se que aproximadamente 90% das anemias no mundo sejam por
deficiência de ferro. A deficiência de ferro pode contribuir para a morbidade devido a
menor resistência a infecções, pode prejudicar o crescimento, o desenvolvimento da
linguagem, reduzir a produtividade e o apetite além de atraso no desenvolvimento
cognitivo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2007).
A desnutrição por carência de caloria e proteína é a forma mais letal da má
nutrição. É correto afirmar que estudos têm constatado uma redução na prevalência
de desnutrição, porém é relevante ainda, a existência de casos no país
(MINISTÉRIO DA SAÚDE / IBGE, 2006). Kuranishi et al (2001), por exemplo, em
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
16
estudo realizado no município de Maringá (PR) revelou que 10,21% dos préescolares avaliados se encontravam com risco para desnutrição (crônica),
apresentando baixa estatura para idade e Castro (2005), encontrou em seu estudo a
prevalência de 27,6% de risco para desnutrição entre pré-escolares de Minas Gerais,
para o índice peso-para-idade.
É crescente o número de crianças com excesso de peso nas últimas
décadas, apresentando-se como uma epidemia global. No Brasil, o número de
crianças obesas não atinge proporções tão elevadas quando comparado a países
desenvolvidos, mas em função do crescimento do sedentarismo e hábitos
alimentares inadequados, estamos sujeitos ao crescimento da população infantil
obesa e por conseqüência, uma população adulta sofrendo com doenças crônicas
(ACCIOLY; SAUNDERS; LACERDA, 2005).
Outro aspecto que deve ser observado em relação à obesidade infantil é
a sua relação com os custos e implicações para os serviços de saúde e para a
sociedade, outro aspecto relevante são os gastos gerados pelas conseqüências
metabólicas oriundos do excesso de peso (SOTELO; COLUGNATI; TADDEI, 2004).
A importância de pesquisas sobre o estado nutricional de pré-escolares,
se justifica, pelas crescentes taxas observadas de excesso de peso encontrado
nesta faixa etária, em diversos estudos atuais, tanto em nível Nacional quanto do
Estado de Santa Catarina. A facilidade de detecção precoce deste problema
nutricional possibilita a implementação de medidas intervencionistas e de prevenção
no combate a aos distúrbios nutricionais na infância (BARRETO; BRASIL;
MARANHÃO, 2007).
Dessa forma, a detecção precoce de crianças com distúrbios nutricionais,
associado com a tomada de medidas para controlar este problema, faz com que o
prognóstico seja mais favorável em longo prazo (SOTELO; COLUGNATI; TADDEI,
2004).
Portanto espera-se que os resultados desta investigação sirvam como
orientação para as possíveis medidas adotadas pelo programa de alimentação
escolar do município de Içara (SC), visando à melhoria dos hábitos alimentares e do
estado nutricional dos pré-escolares que freqüentam a rede pública de ensino e, que
possam gerar dados e informações que possibilitarão estudos comparativos entre os
municípios do Estado de Santa Catarina e regiões do Brasil.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
17
3 OBJETIVOS
3.1 Objetivo geral
Avaliar o estado nutricional de pré-escolares de dois a cinco anos de
idade que freqüentam o ensino público do município de Içara (SC), no ano de 2009.
3.2 Objetivos específicos
a) Traçar o perfil socioeconômico das famílias dos alunos;
b) Avaliar o estado nutricional dos pré-escolares matriculados nos Centros
de Educação Infantil da rede pública de ensino do município de Içara/ SC;
c) Descrever associações entre o estado nutricional dos alunos com as
variáveis: renda per capita e escolaridade materna;
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
18
4 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
4.1 Características do pré-escolar e consumo alimentar
Conforme Martins (2008) a fase pré-escolar compreende a idade entre 2 a
6 anos, que caracteriza-se pelo redução do ritmo de crescimento e a redução da
velocidade de ganho de peso e estatura, levando conseqüentemente a uma
diminuição do apetite.
A criança passa a desenvolver novas habilidades psicomotoras,
permitindo maior liberdade, a fim de explorar as descobertas do ambiente que a
rodeia,
expressando
também
aceitação
ou
recusa
pelos
alimentos.
Há
amadurecimento da linguagem e das habilidades sociais relacionados à alimentação,
a criança desenvolve os sentidos e diversifica os sabores, formando preferências
alimentares (VITOLO, 2003).
A saúde e nutrição estão intimamente relacionadas na infância. A prática
de uma dieta balanceada favorece níveis ideais de saúde, crescimento e
desenvolvimento infantil, atuando diretamente na melhora do nível intelectual,
reduzindo os transtornos de aprendizagem, causado por deficiências nutricionais
(ANCONA LOPEZ; BRASIL, 2004).
Os elementos fundamentais à nutrição como proteínas, lipídeos,
carboidratos, vitaminas, sais minerais e água, devem cobrir as necessidades de
energia e recomendações nutricionais para a alimentação na infância (CARDOSO;
LOPES; TADDEI, 2006).
Desde a infância, a alimentação é o foco das interações sociais. As
escolhas alimentares possuem influência da cultura, de crenças, do convívio com
amigos, onde a família exerce o papel principal de modelo para o hábito alimentar da
criança. Os hábitos alimentares adquiridos na infância tendem a ser solidificados na
idade adulta, sendo importante estimular a formação de hábitos saudáveis o mais
precocemente possível (VITOLO, 2003).
As preferências alimentares nesta fase, geralmente são de alimentos de
alto valor energético e rico em carboidratos e gordura, pois possuem melhor
palatabilidade (LOPES, BRASIL, 2004). No início da vida, todo o ser humano possui
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
19
preferência inata pelo sabor doce, sendo o sabor azedo e amargo rejeitado e o
salgado, indiferente. É comum a neofobia alimentar nesta idade, sendo necessárias
várias exposições ao novo alimento, para que ocorra a sua aceitação (ACCIOLY;
SAUNDERS; LACERDA, 2005).
Comparando a quantidade de energia necessária para o primeiro ano de
vida, os pré-escolares necessitam de menos energia para suprir os seus
requerimentos energéticos diários. O apetite da criança torna-se irregular neste
período, gerando flutuações de um dia alimentar para o outro, às vezes, até de uma
refeição para outra (ACCIOLY; SAUNDERS; LACERDA, 2005).
Uma alimentação deficiente comprometerá a saúde de uma criança pela
diminuição da capacidade de resistir a doenças e infecções. O estado nutricional
infantil possui papel fundamental para que seu crescimento pôndero estatural e
intelectual sejam progressivo e para que possa desenvolver suas aptidões
psicomotoras e sociais (VITOLO, 2003).
Os níveis ideais de saúde, de crescimento e desenvolvimento intelectual,
são estabelecidos através de uma alimentação balanceada, que deve ser praticada
desde criança, de forma que possa atuar na melhoria do nível educativo, reduzindo
assim, o risco de doenças relacionadas à alimentação que porventura, possam
comprometer o aprendizado, como as carências nutricionais, que levam à
desnutrição e a anemia. O hábito alimentar adequado praticado desde a infância,
previne ainda a obesidade e reduz o risco de desenvolvimento de distúrbios
alimentares (ANCONA LOPEZ; BRASIL, 2004).
4.2 Estado Nutricional
O estado nutricional adequado é definido como a conseqüência do
equilíbrio entre a ingestão de nutrientes e o gasto energético do organismo para
cumprir as necessidades nutricionais. Este pode servir como um indicador do estado
de saúde de um indivíduo, revelando também a aptidão do corpo em absorver e
metabolizar os nutrientes provenientes da alimentação (ENGSTRON, 2002).
Podem-se encontrar três tipos de manifestação orgânica do estado
nutricional. A primeira é a eutrofia, que está relacionada à adequação nutricional,
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
20
estado onde se encontra o equilíbrio entre o consumo e as necessidades
nutricionais. O segundo estado é gerado por carências nutricionais, representado
pela desnutrição (ou risco de desnutrição), ocorre pela escassez quantitativa e/ou
qualitativa de nutrientes. E, por fim, os distúrbios nutricionais gerados pelo consumo
excessivo de nutrientes quando comparado às necessidades nutricionais, sendo
classificado como sobrepeso e/ou obesidade (FAGUNDES et al., 2004).
O estado nutricional de uma criança é importante porque possui papel
fundamental para que seu crescimento seja progressivo e para que desenvolva suas
aptidões psicomotoras e sociais e ainda, exerce influência na redução dos riscos de
morbi-mortalidade (CASTRO et al., 2005).
Os indicadores socioeconômicos representam como um dos mais
importantes fatores associados com o estado nutricional de crianças, sendo
considerados determinantes básicos para a desnutrição, conforme o Fundo das
Nações Unidas para a Infância (1998).
Entre esses indicadores estão à renda familiar, que dependendo, pode ou
não, oferecer a disponibilidade de alimentos, uma qualidade ao ambiente de vivência
e acesso a serviços básicos de saneamento e de assistência à saúde. O maior nível
educacional dos membros das famílias, também influencia indiretamente no estado
nutricional, pois oferece melhor oportunidade de emprego e um nível salarial mais
abastado. Em especial utiliza-se a escolaridade materna para associar com o estado
nutricional das crianças, pois o maior grau de instrução da mãe possibilidade uma
melhor compreensão da causa das doenças infantis, maior eficiência nos cuidados
higiênicos e maior freqüência de utilização dos serviços de saúde públicos. Além
disso, existem outros fatores relacionados à saúde da criança, como o peso ao
nascer e freqüência de doenças na infância (diarréia e infecções) (BARROSO;
SICHIERI; SALLES-COSTA, 2008).
Porém, a melhor escolaridade da mãe, possibilita que esta trabalhe fora
do lar, dificultando o gerenciamento dos cuidados adequados com a criança. Mesmo
sendo informadas sobre as práticas saudáveis de alimentação, alegam falta de
tempo. Assim, muitas famílias são influenciadas pela característica alimentação
contemporânea, onde o cuidador não possui tempo para o preparo e consumo dos
alimentos, havendo assim, preferência por alimentos pré-processados e de fácil
preparo (DIEZ GARCIA, 2003).
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
21
Castro et al (2005), associaram em sua pesquisa o nível de escolaridade
das mães com o melhor estado nutricional de pré-escolares e, baixa freqüência de
anemia observada em relação às outras crianças. Afirmando que o saber ler e
escrever da mãe favorece a transferência de conhecimentos do meio social para o
ambiente familiar.
A POF 2002/2003 confirma estreita relação entre o estado nutricional e
renda, demonstrando associação entre o excesso de peso e o maior nível
econômico, provavelmente, ligado ao maior acesso das crianças com melhor poder
aquisitivo a alimentos hipercalóricos e outras vantagens da vida moderna, como
locomoção por meio de carros, videogames, computadores, etc, bem como ao
acesso a bens e serviços básicos.
Outros estudos vêm demonstrando a prevalência de desnutrição com
baixa renda per capita. Fisberg, Marchioni e Cardoso (2004) encontraram maior
déficit nutricional em crianças de famílias com renda familiar per capita inferior a 1
SM.
Vários estudos reafirmação a associação da desnutrição e baixa renda
devido a uma dieta inadequada, baixa escolaridade materna, precárias condições de
habitação
e
saneamento
e,
famílias
numerosas
(FISBERG;
MARCHIONI;
CARDOSO, 2004).
4.3 Métodos antropométricos e avaliação do estado nutricional
O método antropométrico é o meio preconizado para a vigilância do
estado nutricional, sendo um procedimento de avaliação das variáveis físicas e na
composição corporal. Através do método antropométrico é possível realizar a
avaliação do peso e da estatura, além de outras medidas do corpo, representando
também a taxa de crescimento e desenvolvimento de crianças. Este método possui
vantagens como ser simples, barato, pouco invasivo e ainda, de fácil aplicação e
padronização (FAGUNDES et al., 2004).
O peso corporal é o resultado da somatória dos diversos tecidos do corpo,
como órgãos e estrutura que compõe o organismo. O termo “estatura” compreende o
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
22
comprimento de um indivíduo, medido quando deitado e altura compreende um
indivíduo medido em pé (LOPES; JUNIOR, 2007).
No Brasil, dados da POF 2002/2003 (Ministério da Saúde/IBGE), apontam
para uma piora da altura mediana entre crianças menores de 5 anos, sendo que o
desvio para menos nas medidas de altura ocorreu com mais intensidade nos três
primeiros anos de vida, mesmo os especialistas afirmando que houve um
crescimento nas pesquisas sobre saúde infantil. Porém, a explicação sugerida para
tal fato, seria a imprecisão dos instrumentos de coleta utilizados.
O Ministério da Saúde (2008) adotou alguns índices e parâmetros para a
avaliação do diagnóstico nutricional de crianças, sendo estes o peso por idade (P/I),
estatura por idade (E/I), peso por estatura (P/E) e IMC por idade.
Os índices são obtidos pela combinação de duas ou mais variáveis
antropométricas, que quando utilizada isoladamente não fornece um diagnóstico,
sendo importante para agrupar e interpretar medidas (FAGUNDES et al., 2004).
O peso por idade (P/I), é utilizado para o acompanhamento do
crescimento infantil, expressado pela massa corporal para a idade cronológica
(FAGUNDES et al., 2004). O P/I registrado pelo POF 2002/2003 das crianças
brasileiras menores de 5 anos é de 7%, sendo considerado uma prevalência
relativamente baixa de déficit ponderal. Para a prevalência peso para idade em
regiões geográficas, foram registradas elevadas prevalências nas regiões rurais da
Região Norte, sendo de 14,9% para menores de 5 anos, configurando prevalência
moderada de desnutrição.
A estatura por idade (E/I) expressa o crescimento linear da criança em
relação à idade, sendo considerado o indicador mais sensível para verificar a
qualidade de vida de uma população. Quando a criança expressa déficit de estatura
para este índice, revela retardo do crescimento linear, indicando, portanto,
desnutrição de longa duração (ou crônica) decorrente da deficiência de macro ou
micronutrientes, como a Vitamina A que participa do processo de excreção do
hormônio de crescimento (POF 2002/2003).
O peso por estatura (P/E), que se refere ao peso corporal comparado à
estatura é muito utilizado para o diagnóstico de excesso de peso, porém, carecendo
ainda de medidas complementares para o diagnóstico de sobrepeso e obesidade
(FAGUNDES et al., 2004). Quando a criança apresenta déficit de peso para estatura,
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
23
revela uma deficiência recente de energia, representando assim, desnutrição aguda,
por catabolismo de tecidos corporais (POF 2002/2003).
Para a interpretação dos índices antropométricos, o Ministério da Saúde
adotou a classificação por percentil, sendo esta uma medida estatística, originada da
divisão de uma série de observações em cem partes iguais, onde cada ponto desta
divisão corresponde a um percentil (FAGUNDES et al., 2004).
Para a análise do estado nutricional é adotado como medida de referência
à nova tabela do Ministério da Saúde (2008), que utiliza os valores estabelecidos
pela WHO (2006).
Conforme os Protocolos do SISVAN (2008), uma criança com a
classificação de peso elevado para a idade pode, porventura, ter problemas de
crescimento, por este motivo, os melhores índices para avaliar o excesso de peso é
o IMC para idade ou o peso para estatura. Porém, o índice antropométrico mais
recomendado pelo SISVAN é o IMC para idade para avaliar o excesso de peso na
criança, pois a associação entre peso e altura ao quadrado é mais sensível para
indicar risco à saúde do que com a medida da altura isolada (peso para estatura)
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008).
4.4 Transição nutricional
Até o final do século XIX, os principais problemas de saúde pública eram a
fome endêmica e as doenças infecciosas, sendo responsáveis por elevadas taxas de
mortalidade infantil e pela baixa expectativa de vida das populações (BUCHALLA;
WALDMAN; LAURENTI, 2003).
A melhora nas condições de nutrição, a ampliação do saneamento
urbano, a cobertura de serviços médicos, o acréscimo do grau de escolaridade, entre
outros fatores, resultou na queda da mortalidade por doenças infecciosas,
especialmente no grupo infantil no decorrer do século XX (PIGNATTI, 2004).
As mudanças seculares no padrão nutricional são resultantes das
modificações na estrutura da dieta da população, correlacionadas com as alterações
socioeconômicas, demográficas e relacionadas à saúde, caracterizando o conceito
de transição nutricional (MONTEIRO, 2000).
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
24
Uma dieta adequada em quantidade e qualidade proporciona nutriente e
energia necessários para o bom funcionamento do organismo e manutenção de um
estado de saúde adequado. Da mesma forma, é possível verificar prejuízos
decorrentes de o consumo alimentar insuficiente, representado pelas deficiências
nutricionais, e do consumo excessivo de alimentos, demonstrados pela obesidade
(MONDINI, MONTEIRO, 1994).
A redução na prevalência de desnutrição entre menores de cinco anos é
um dos aspectos apresentados pela comparação dos estudos realizados nas últimas
duas décadas em nível nacional e microrregional (Estudo Nacional de Despesas
Familiares - ENDEF, 1974/1975; Pesquisa Nacional de Saúde e Nutrição - PNSN,
1989, POF/ 2002-2003) (BATISTA FILHO, RISSIN, 2003).
No Brasil, uma das características acentuadas do processo de transição
nutricional é o antagonismo entre a desnutrição e a obesidade. A diminuição da
ocorrência de desnutrição entre crianças e adultos vem acontecendo em um ritmo
aumentado, sendo substituído pelo acréscimo da prevalência de sobrepeso e
obesidade. Concomitante ao declínio da ocorrência de desnutrição, observa-se
através da projeção de pesquisas realizadas nos últimos trinta anos o aumenta da
prevalência de sobrepeso e obesidade na população brasileira, sendo apresentada
de forma claramente epidêmica (BATISTA FILHO; RISSIN, 2003).
São vários os aspectos encontrados para definir a transição nutricional
que está acontecendo neste século. Porém dados comuns nos levam, como principal
fator,
a
mudança
dos
padrões
nutricionais
resultantes
da
tendência
à
industrialização, implantação de indústrias de alimentos, que ampliou e diversificou a
oferta de alimentos industrializados, aliado ao sedentarismo. Isso repercutiu em
mudança no padrão alimentar e de vida das sociedades ocidentais. Os alimentos
industrializados possuem uma maior densidade energética, são ricos em gordura
saturada, açúcares e em sua maioria são refinados, possuindo reduzida quantidade
de fibras e carboidrato complexo quando comparado aos alimentos nãoprocessados. Este tipo de alimentação é usualmente caracterizado como “dieta
ocidental”, que associada à diminuição progressiva da prática de atividade física por
parte dos indivíduos, resulta no aumento da composição corporal, refletindo nas altas
taxas de prevalência da obesidade (OLIVEIRA, 2004).
Além disso, pode-se destacar a crescente participação da mulher no
mercado de trabalho, o que reduz o tempo disponível para o cuidado com a
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
25
alimentação da família, optando-se por alimentos pré-processados e de fácil preparo
(TUMA et al., 2005).
A partir dessas mudanças, as doenças crônicas não transmissíveis, como,
por exemplo, obesidade, hipertensão e diabetes, são cada vez mais comuns entre a
população brasileira, inclusive entre as crianças e adolescentes (BATISTA FILHO;
RISSIN, 2003).
4.5 Desnutrição energético-protéica
A desnutrição energético-protéica (DEP) é caracterizada pela carência de
nutrientes no organismo, causado principalmente, pelo consumo insuficiente. Os
nutrientes são necessários para o adequado funcionamento vital. Essa carência
nutricional pode produzir graves seqüelas que comprometem o futuro normal das
crianças, quando não tratadas, podem levar a morte (FAGUNDES, 2004). Existe
uma associação entre casos de desnutrição precoce e grave com aumento da
mortalidade e ainda, com o comprometimento do desenvolvimento cognitivo e motor,
atraso escolar e redução da capacidade de trabalho na vida adulta (ANCONA
LOPEZ; CAMPOS JUNIOR; 2007).
A desnutrição é classificada em causa primária, quando ocorre pela falta
de alimentos ou oferta alimentar insuficiente em energia e nutrientes (micro e macro)
e em causa secundária, devido ao inadequado aproveitamento funcional e biológico
dos nutrientes pelo organismo, ou elevação do gasto energético associado a alguma
doença de base (ANCONA LOPEZ; CAMPOS JUNIOR; 2007).
O quadro típico da DEP, quando leve e moderada, são as alterações de
crescimento, visíveis através da desaceleração da curva de crescimento e redução
do tecido adiposo, anemia leve e moderada, ressecamento de pele e cabelo e
alterações de desenvolvimento psicomotor (ACCIOLY; SAUNDERS; LACERDA,
2005).
Os sinais clínicos decorrentes da desnutrição energético-protéica
acompanham a privação nutricional imposta ao organismo. Por exemplo, pele seca,
xeroftalmia e cegueira ocorrem com a deficiência de vitamina A. Alterações ósseas,
hipotonia e neuropatia periférica, são resultantes da carência da vitamina D e E.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
26
Escorbuto e sangramentos resultam da deficiência de vitamina C, entre outros
(CARDOSO; LOPES; TADDEI, 2006).
Crianças
com
desnutrição
grave,
estão
seriamente
doentes,
frequentemente, ocorre anorexia e infecções de repetição, podendo seguir com
presença de marasmo ou kwashiorkor.
O kwashiorkor caracteriza-se pela presença de edema, atribuída pela
deficiência protéica grave, que levaria a uma baixa concentração de albumina sérica
(ACCIOLY; SAUNDERS; LACERDA, 2005).
O marasmo é a forma de desnutrição mais prevalente em nosso meio,
onde o emagrecimento é intenso, deixando a criança com aspecto envelhecido,
sendo este reflexo da perda de tecido celular subcutâneo e muscular, sendo que o
comportamento mais freqüente é apático (ANCONA LOPEZ; BRASIL, 2004).
A desnutrição em algumas regiões do Brasil ainda está sendo considerado
um importante problema de saúde pública, principalmente entre crianças menores de
5 anos, sendo que na Região Norte do país a desnutrição infantil alcança maior
magnitude (CAVALCANTE et al., 2006).
Em países do Terceiro Mundo a desnutrição é uma doença comum, onde
25% das crianças podem ser afetadas, sendo um dos principais fatores das altas
taxas de mortalidade, entre crianças menores de 5 anos (CARDOSO; LOPES;
TADDEI, 2006).
Dados obtidos por inquéritos nacionais antropométricos, Pesquisa
Nacional sobre Demografia e Saúde (Ministério da Saúde/IBGE), revelaram
melhoras nas taxas de DEP, sendo marcantes nas regiões mais desenvolvidas. No
Sudeste, a queda da prevalência de desnutrição em menores de 5 anos foi de 11,7%
(1974) para 2,0% (1996), enquanto para a região Nordeste tais taxas reduziram de
27% para 8,3%. No último POF realizado em 2002/2003, obteu-se como resultado
prevalência moderada de desnutrição, sendo de 11% para crianças menores de 5
anos das áreas rurais da Região Norte, confirmando que esta é a região do país
onde o problema de desnutrição alcançou maior magnitude. A prevalência de
desnutrição esta associada com a baixa renda econômica nesta região.
Conforme o informativo da Organização Pan-Americana da Saúde, em
1995 a desnutrição foi responsável por metade do número de mortes entre crianças
menores de cinco anos no mundo. No mesmo na mais de 200 milhões de crianças
tiveram seu crescimento prejudicado devido à má nutrição. Estas crianças têm maior
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
27
probabilidade de apresentar baixo desenvolvimento cognitivo, sofrer danos
neurológicos e possuem menor resistência a doenças, sendo que, na idade adulta
apresentam
maiores
riscos
de
desenvolverem
doenças
cardiovasculares,
hipertensão, diabetes, colesterol elevado e problemas (OPAS/OMS, 2000).
Ferreira (2006) em estudo envolvendo população rural e urbana (do
Estado de Alagoas) encontrou alta prevalência de déficit estatural entre crianças de
baixa renda e, obesidade entre a população adulta da mesma localidade. Os dados
encontrados,
associados
ao
estudo
do consumo
alimentar
e
morbidade,
apresentaram um resultado intrigante, que colabora com a teoria de que a
desnutrição no início da vida aumenta a suscetibilidade de doenças crônicas não
transmissíveis na idade adulta.
Em detrimento da significativa redução da prevalência da DEP tem o
aumento nas taxas do sobrepeso e obesidade, que marca o fenômeno da “transição
nutricional”, como foi dito anteriormente.
4.6 Obesidade Infantil
A obesidade é uma doença crônica, complexa, de etiologia multifatorial
que resulta no balanço energético positivo. É definido como o acúmulo excessivo de
gordura. Em geral ocorrem pela associação de fatores genéticos, ambientais e
comportamentais, trazendo frequentemente, prejuízos à saúde (ANCONA LOPEZ;
CAMPOS JUNIOR, 2007).
No Brasil, a Pesquisa Nacional de Orçamentos Familiares 2002/2003
evidenciou que há 10,5 milhões de adultos obesos. Nos últimos 15 anos houve um
aumento de 3,1 para 8,2% na prevalência de obesidade no sexo masculino. No sexo
feminino esta prevalência subiu de 5,9 para 13,3% nas regiões brasileiras. Estima-se
que atualmente existam no mundo, cerca de 250 milhões de adultos obesos e cerca
de 1 bilhão de pessoas com sobrepeso ou obesidade (ACCIOLY; SAUNDERS;
LACERDA, 2005).
Nas últimas décadas, a obesidade tem se apresentado como uma
epidemia global também em crianças.
Nos EUA, o tema vem sendo estudado
exaustivamente, em detrimento do crescente e assustador número de crianças
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
28
obesas, chegando a atingir de 25 a 30% das crianças na pré-puberdade
(CARDOSO; LOPES; TADDEI, 2006).
Relatos da Organização Mundial da Saúde apontam ao crescimento da
obesidade infantil em torno de 10 a 40% em países da Europa na ultima década. A
obesidade ocorre com maior freqüência nos primeiros anos de vida, depois entre 5 e
6 anos e na adolescência (MELLO; LUFT; MEYER, 2004).
O número de crianças obesas no Brasil não atinge proporções tão
elevadas, se comparadas com países desenvolvidos, porém, em função do aumento
do sedentarismo e hábitos alimentares inadequados, estamos sujeitos ao
crescimento da população infantil obesa e por conseqüência, uma população adulta
sofrendo com doenças crônicas (ACCIOLY; SAUNDERS; LACERDA, 2005).
Vários estudos realizados no Estado de Santa Catarina vêm
demonstrando a prevalência de excesso de peso entre crianças. Um estudo
realizado em Florianópolis (SC) com 419 escolares de ensino público, revelou uma
elevada prevalência de excesso de peso em crianças do sexo masculino, sendo de
17,9% para sobrepeso e 6,7% para obesidade (SOAR et al.,2004). Corso, Viteritte e
Peres (2004) realizaram um estudo neste mesmo município com 638 crianças préescolares e, observaram uma porcentagem significativa de sobrepeso (8,6%),
mostrando-se superior a encontrada em estudos internacionais e algumas pesquisas
nacionais com a mesma faixa etária. A pesquisa revelou também uma associação de
sobrepeso com crianças do sexo feminino que residiam em áreas não carentes.
Uma pesquisa realizada em uma creche municipal do Bairro Boa Vista do
município de Criciúma (SC), analisou 141 crianças com faixa etária de zero a cinco
anos. O estudo revelou que para o índice peso/idade, 18,4% das crianças
apresentou sobrepeso e 41,1% para o índice peso/altura (FAGUNDES, 2004).
Estudos transversais com crianças com excesso de peso demonstraram
uma associação com maior risco para doenças cardiovasculares e respiratórias,
ainda afecções ortopédicas e problemas endócrinos, além de uma baixa auto-estima.
A persistência da obesidade e o sobrepeso na infância estão fortemente
associados com sua permanência na vida adulta, podendo favorecer ao
desenvolvimento de problemas mecânicos, metabólicos e inflamatórios. Os estudos
de coorte em crianças comprovam maiores riscos de permanecerem com excesso
de peso na vida adulta, e de desenvolverem hipertensão arterial, diabetes mellitus
tipo II, dislipidemia, doenças cardiovasculares, aterosclerose, disfunção hepática e
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
29
outras co-morbidades. No caso de desenvolvimento de gordura visceral (no tronco),
os distúrbios metabólicos são mais evidentes, como a hipertrigliceridemia, baixos
níveis de HDL, intolerância a glicose, hipertensão, que surgem cada vez mais
precocemente (CARDOSO; LOPES; TADDEI, 2006).
O excesso de peso aparece nas diferentes classes econômicas, porém,
ocorre em maior escala nas classes com renda mais favorecidas. O alto poder
aquisitivo possui influência no desenvolvimento da obesidade por meio dos hábitos
modernos, resultantes de padrões de comportamento que afetam a ingestão calórica
e o gasto energético. Porém, também é observado em países em desenvolvimento,
relação entre obesidade e baixa classe socioeconômica, onde se torna restrito o
acesso a alimentos saudáveis, como carnes, peixes, vegetais e frutas frescas e
compra de alimentos mais baratos de alta densidade energética (MELLO; LUFT;
MEYER, 2004).
Vários estudos têm associado às condições socioeconômicas mais
desfavoráveis com a maior prevalência de excesso de peso. Strauss e Knight (1999
apud TORRES; ALVES, 2007) demonstraram em seu estudo maior risco para
obesidade em crianças de baixa renda.
Darmon e colaboradores (2003 apud
TORRES; ALVES, 2007) sugerem em seu estudo associação entre baixa renda e
obesidade, onde constatou que as famílias de baixa renda fazem uma seleção de
alimentos de baixo custo que possuem uma densidade energética maior.
A diminuição das dietas energeticamente densas, mudanças do hábito
sedentário e aumento da atividade física têm sido considerados como as principais
intervenções no controle de crianças com excesso de peso (TORRES; ALVES,
2007).
Portanto, deve-se prevenir a obesidade infantil com medidas adequadas
de prescrição dietética na infância, de preferência desde o nascimento, através de
programas de educação que possam ser aplicados no nível de atenção primária da
saúde e, nas escolas o trabalho de educação nutricional deve ser realizado, além do
aumento da atividade física. A alimentação escolar deve além de atender às
necessidades nutricionais, ser um agente formador de hábitos alimentares saudáveis
(MELLO; LUFT; MEYER, 2004).
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
30
4.7 Manutenção da obesidade na vida adulta
Existem muitas controvérsias em relação à manutenção da obesidade
infantil na vida adulta. Ancona Lopez, Brasil (2004) afirmam em sua obra que o risco
de uma criança obesa se tornar um adulto obeso aumenta acentuadamente
conforme a idade, dentro da própria infância. Assim quanto mais idade tem uma
criança obesa, maior probabilidade esta terá de se tornar um adulto obeso. Acreditase que isto ocorra devido a grande capacidade de hiperplasia das células gordurosas
na infância tardia e, ainda na adolescência, o número de adipócitos pode aumentar
de 3 a 5 vezes (CARDOSO; LOPES; TADDEI, 2006).
Um estudo de coorte realizado com 5.362 crianças britânicas, na
Inglaterra, revelou que 40% das crianças obesas avaliadas aos 11 anos,
continuaram a ser obesas aos 26 anos de idade e, 50% dos que estavam obesos
aos 15 anos continuaram o sendo, confirmando uma relação entre o grau da
obesidade e a idade da criança. Concluindo que quanto maior o grau da obesidade
maior é o risco relativo e, este risco aumenta na adolescência (STARK et al., 1981
apud ACCIOLY; SAUNDERS; LACERDA, 2005).
No Brasil, um estudo realizado por Engstron e Anjos (1996) utilizando
informações coletados pelo PNSN (Pesquisa Nacional sobre Saúde e Nutrição,
1989), evidenciou que o risco de uma criança brasileira ter sobrepeso foi 3,19 vezes
maior se a mãe também apresentava sobrepeso. Confirmando a hipótese de que a
obesidade na infância é preditiva a obesidade na vida adulta. Serdula et al (1993,
apud
ENGSTRON;
ANJOS,
1996)
concluíram
que
crianças
americanas
consideradas obesas, apresentaram 2 a 6,5 vezes mais risco de se tornarem adultos
obesos, principalmente, as crianças em graus mais extremos da obesidade e idade
mais avançada, como os escolares.
Essa associação deve enfatizar a urgência da necessidade da abordagem
familiar para o excesso de peso, detectando precocemente crianças com tendência a
obesidade. O tratamento da obesidade em crianças costuma ser negligenciado, tanto
por parte da família como por parte dos profissionais da saúde, que acreditam em
uma resolução espontânea para o problema. Porém, sabe-se que tratar adultos
obesos torna-se mais difícil devido a associação com doenças relevantes de morbi-
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
31
mortalidade, cabendo assim, agir de forma preventiva, selecionando como alvo o
público infantil que se apresentam no grupo de risco.
5. METODOLOGIA
5.1 Delineamento da pesquisa
Este estudo caracteriza-se como sendo do tipo básico, descritivo,
transversal e quantitativo.
Conforme Oliveira (2002) o estudo descritivo é aquele que procura
compreender aspectos vastos e gerais de um contexto social e as correlações entre
variáveis, possibilitando através de análises, a identificação de distintas formas de
fenômenos, sua classificação e ordenação.
Segundo Appolinário (2004), o estudo descritivo limita-se a descrever o
fenômeno observado. No desenvolvimento de pesquisas descritivas, a abordagem
quantitativa é muito utilizada, onde procura quantificar dados, opiniões, nas formas
de coleta de informações, através de aplicações de técnicas estatísticas, buscando
classificar relações entre variáveis (OLIVEIRA, 2002).
Os estudos transversais são aqueles que fornecem dados de prevalência
sobre as condições de indivíduos examinados em um determinado momento
(VAUGHAN; MORROW, 1992). Enfim, este estudo será constituído de levantamento
de variáveis antropométricos e socioeconômico.
5.2 Local
A pesquisa foi realizada na cidade de Içara, fundada no ano de 1961,
localizada no Sul do estado de Santa Catarina, distante 192 km da capital
Florianópolis (SC) e 296 km de Porto Alegre (RS). A cidade pertence à Associação
dos Municípios da Região Carbonífera (AMREC). O município é conhecido
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
32
nacionalmente como a “Capital do Mel”, por ser um grande produtor deste alimento,
chegando a produzir 600 toneladas por ano. A base da economia de Içara é a
agricultura, ganhando destaque o cultivo de fumo e a produção de feijão. A
econômica ainda, gira em torno da produção de produtos descartáveis, frita (matériaprima para cerâmica) e turismo. A cidade conta com duas praias, o Balneário Rincão
que é o segundo maior balneário de Santa Catarina, que atrai na alta temporada
cerca de 100.000 habitantes e o Balneário Barra Velha. Além disso, possui uma das
maiores lagoas do Sul do Estado, a Lagoa dos Esteves (PREFEITURA MUNICIPAL
DE IÇARA, 2008).
Conforme dados do IBGE (2007), a cidade possui 54.107 habitantes e
uma área de 293 km², sendo constituído por população urbana, rural e litorânea.
Possuem aproximadamente 4.522 crianças com idade ente zero e quatro anos.
5.3 População
A população envolveu alunos da educação infantil de ambos os sexos,
matriculados em dez Centros de Educação Infantil de ensino público do município de
Içara, durante o período de coleta de dados, com idade entre dois a cinco anos
completos.
5.4 Amostra
Os dez CEI’s que participaram da pesquisa foram selecionadas por
conveniência e tempo para a realização da pesquisa, representando 29,4% dos 34
CEI’s presentes no município.
5.5 Critérios de inclusão e exclusão
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
33
Foram incluídas na pesquisa crianças de 2 a 5 anos de idade
matriculadas nos CEI’s selecionados, que estavam presente no dia da coleta de
dados e, cujos os pais ou responsáveis aceitaram,
assinando o termo de
consentimento e preenchendo o questionário socioeconômico.
Foram excluídas da pesquisa as crianças com idade inferior a 24 meses e
superior a 60 meses; os alunos que faltarem no dia da coleta dos dados; os alunos
que recusarem realizar as medidas antropométricas e cujos pais não aceitarem a
sua participam ou não assinarem o termo de consentimento livre e esclarecido
(Apêndice 3).
5.6 Instrumento de obtenção de dados
Para a coleta dos dados antropométricos, foi utilizado uma balança e um
estadiômetro, pertencentes aos CEI’s. Quando não havia estadiômetro, foi utilizada
uma fita métrica inextensível, dividida em centímetros, fixada em parede lisa e sem
rodapé. As crianças estavam sem calçado e com o mínimo de roupa. Os dados
foram registrados em uma planilha (Apêndice 1) contendo o código do CEI, o código
e nome do aluno, a data de nascimento, a idade em meses, peso, altura e os
percentis do P/I, P/E, E/I e IMC por idade.
Para coleta dos dados socioeconômicos foi utilizado um questionário
(Apêndice 2). O questionário foi aplicado aos pais, sendo este composto por 6
questões, referentes a renda familiar, grau de escolaridade dos pais, número de
pessoas que moram na casa, número de pessoas que trabalham , tipo de material
utilizado para a construção da casa e se a casa onde residem é alugada, financiada,
própria ou cedida.
5.7 Forma de obtenção de dados
A coleta de dados foi realizada nos meses de março e abril do ano de
2009. Para a obtenção dos dados socioeconômicos, foi realizada reunião com os
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
34
pais, onde a pesquisadora os convidou a participar da pesquisa e aplicou o
questionário após, esclarecido as informações e assinado o termo de consentimento.
As variáveis de peso (Kg) e altura (cm) foram coletadas por estagiárias de
Nutrição da Secretaria de Educação, treinadas para desempenhar tal tarefa. As
crianças participantes estavam com roupas leves (uniforme da creche) e sem
calçados.
O nome e a data de nascimento foram fornecidos pelos professores dos
CEI’s. A variável idade, calculada em meses, foi obtida pela diferença entre a data do
exame antropométrico e a data de nascimento.
5.8 Forma de análise dos dados
Foram avaliados os índices de peso para idade (P/I), peso para estatura
(P/E), estatura para idade (E/I) e IMC por idade conforme tabela da Organização
Mundial da Saúde (WHO, 2006), adotada pelo Ministério da Saúde (2008).
Os parâmetros de classificação foram utilizados os preconizados pelo
Ministério da Saúde (MS-SISVAN, 2008). Para o índice peso para idade (P/I) será
classificado como peso muito baixo para idade os valores menores que o percentil
0,1; peso baixo para a idade os valores maiores ou igual ao percentil 0,1 e menores
que o percentil 3; peso adequado ou eutrófico maior ou igual ao percentil 3 e menor
que o percentil 97; peso elevado para a idade maior ou igual ao percentil 97. Os
pontos de corte para estatura por idade (E/I), será classificado como baixa estatura
para idade o valor menor que o percentil 3 e, estatura adequada para a idade o valor
maior ou igual ao percentil 3. Para o diagnóstico nutricional de peso para estatura
(P/E), será classificado como peso baixo para a idade as crianças que estiverem
abaixo do percentil 3, o valor maior ou igual ao percentil 3 e menor que 97, revela
peso adequado e quando maior ou igual ao percentil 97 será classificado como peso
elevado para a altura.
O IMC será obtido através da divisão do peso pela altura elevada ao
quadrado. O resultado será analisado na tabela onde, o valor abaixo do percentil 3 é
classificado como IMC baixo para a idade; quando maior ou igual ao percentil 3 e
menor que o percentil 85 é considerado eutrófico; o valor maior ou igual ao percentil
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
35
85 e menor que 97 é classificado como sobrepeso e, IMC maior ou igual ao percentil
97 é considerado obesidade.
Os dados de avaliação do estado nutricional juntamente com os dados
socioeconômicos foram digitados em um banco de dados no programam Epi Data e
analisados no software Epi Info versão 6. Os resultados obtidos foram apresentados
em tabelas.
5.9 Aspectos éticos
O presente estudo foi encaminhado e aprovado pelo Comitê de Ética da
Universidade do Extremo Sul Catarinense – UNESC de acordo com a resolução 196
de 10 de outubro de 1996, do Conselho Nacional de Saúde (CNS) sob o protocolo nº
351/ 2008 (Anexo 1).
Os pré-escolares participaram do estudo de maneira voluntária, com
prévia autorização da direção da escola e também do seu responsável, antes de
serem incluídos na pesquisa.
5.10 Limitações do estudo
A coleta de dados não alcançou todas as instituições públicas do
município e não houve coleta de dados instituições privadas de educação infantil,
portanto, os resultados não representam uma totalidade.
Não houve coleta de dados quando os pais não assinarem o termo de
consentimento ou não aceitarem preencher o questionário socioeconômico e, de
crianças que faltaram no dia da coleta dos dados antropométricos, isso impediu que
a pesquisa atingisse todos os alunos matriculados.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
36
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
6.1 Perfil socioeconômico
O perfil socioeconômico foi obtido através da aplicação de um
questionário aos pais e/ou responsáveis pelos alunos participantes da pesquisa.
Conforme a tabela 1, apresentada a seguir, verificou-se que a maioria dos
participantes, 100 (67,1%), reside em casa própria; 19 (12,8%) em casa alugada; 20
famílias (13,4%) residem em casa cedida; 9 (6%) em casa financiada e 1 (0,7%) não
respondeu a questão.
A respeito do tipo do material da casa onde residem, 89 (59,7%)
responderam de alvenaria; 33 (22,1%) residem em casa de madeira e 27 (18,1%)
residem em casa mista.
Em relação ao número de pessoas que moram na casa, em ordem de
predominância, verificou-se que o maior número das famílias é composto por três
pessoas na casa (37,6%), representando 56 famílias. Oliveira (2004) em seu artigo
sobre a transição nutricional, relacionou o excesso de peso com a redução do
tamanho das famílias, devido a maior disponibilidade de alimento que se torna
possível em uma família pequena. Em seguida, predominou as famílias compostas
por quatro pessoas (34,2%), sendo 51 famílias; 24 (16,1%) famílias residem em
cinco pessoas na casa; 8 (5,4%) afirmaram morar em seis pessoas; 6 (4%) alegam
morar somente em duas; 3 (2%)
famílias são compostas por sete pessoas e 1
(0,7%) família participante é composta por oito pessoas na mesma casa.
Em relação à escolaridade do pai, constatou-se que o maior número dos
pais participantes possui o ensino fundamental incompleto, sendo 38 pais,
representados por 25,5% da população. Seguido de 37 (24,8%) que possuem o
ensino médio completo; 18 participantes (12,1%) apresentam o ensino fundamental
completo; 16 (10,7%) responderam ensino superior incompleto; 13 (8,7%) não
responderam a esta questão; 12 (8,1%) possuem o ensino médio incompleto; 11
(7,4%) alegam ter o ensino superior completo e 4 (2,7%) participantes são
analfabetos.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
37
Tabela 1 – Distribuição das características socioeconômicas das famílias dos
pré-escolares de 2 a 5 anos que freqüentam o ensino público, Içara (SC).
Variáveis
Casa
Própria
Alugada
Cedida
Financiada
Não responderam
Tipo
Alvenaria
Madeira
Mista
Outro material
Número de pessoas no domicílio
2
3
4
5
6
7
8
Escolaridade do Pai
Analfabeto
Ensino fundamental incompleto
Ensino fundamental completo
Ensino médio incompleto
Ensino médio completo
Ensino superior incompleto
Ensino superior completo
Não responderam
Escolaridade da Mãe
Analfabeto
Ensino fundamental incompleto
Ensino fundamental completo
Ensino médio incompleto
Ensino médio completo
Ensino superior incompleto
Ensino superior completo
Não responderam
Número de pessoas que trabalham
1
2
3
4
Não responderam
Renda familiar
Até 1 SM
1-3 SM
3-7 SM
7-10 SM
>10 SM
Não responderam
Renda per capita
½ SM
½ - 1 SM
>1 SM
Fonte: Dados da pesquisa, 2009.
n
%
Média
DP
100
19
20
9
1
67,1
12,8
13,4
6
0,7
-
-
89
33
27
0
59,7
22,1
18,1
0
-
-
-
-
6
56
51
24
8
3
1
4,0
37,6
34,2
16,1
5,4
2,0
0,7
-
-
4
38
18
12
37
16
11
13
2,7
25,5
12,1
8,1
24,8
10,7
7,4
8,7
-
-
2
37
18
13
46
14
15
4
1,3
24,8
12,1
8,7
30,9
9,4
10,1
2,7
-
-
58
78
9
3
1
38,9
52,3
6,0
2,0
0,7
-
-
3
72
59
6
2
7
2,11
48,3
39,6
4,23
1,34
4,7
376,70
893,00
1.350,00
3.583,00
4.400,00
-
±66,4
±235,3
±389,6
±435,5
±141,4
-
28
72
42
18,8
48,3
28,2
171,2
306,04
677,00
±34,5
±70,5
±210,1
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
38
Em relação à escolaridade das mães, verificou-se que 46 participantes
(30,9%) possuem o ensino médio completo. Seguido de 37 (24,8%) que possuem o
ensino fundamental incompleto. O ensino fundamental completo foi respondido na
seqüência com valor de 12,1%, representando 18 participantes; 15 (10,1%) possuem
o ensino superior completo; 14 (9,4%) ensino superior incompleto; 13 (8,7%)
responderam ter o ensino médio incompleto; 4 (2,7%) não responderam à questão e
2 (1,3%) mães são analfabetas.
No geral, constatou-se que o maior índice de analfabetismo foi encontrado
entre os pais e a maior porcentagem de ensino superior completo entre as mães. A
escolaridade predominante entre as mães foi o ensino médio completo, enquanto a
dos pais foi o ensino fundamental incompleto. Isto demonstra que as mulheres desta
pesquisa apresentam maior tempo de estudo, quando comparado, aos homens.
Estudos demonstram que a maior proporção de crianças com desnutrição encontrase entre filhos de mães sem instrução (MAIA, 2006). Castro et al (2004) afirma que o
maior grau de escolaridade materna é diretamente proporcional ao maior
conhecimento das causas das doenças na infância, a melhores hábitos higiênicos
com a criança e a melhor utilização dos serviços públicos de saúde. E a maior
escolaridade paterna pode estar associada com a melhor disponibilidade de
emprego bem remunerado e maior disponibilidade de alimentos no domicílio (SILVA
et al, 2002).
Em relação ao número de pessoas que trabalham na casa, predominou
com 52,3% (n=78) o valor de duas pessoas. Jenovesi et al (2003) encontrou em seu
estudo com 2.519 escolares, uma associação entre mães desempregadas com filhos
mais ativos e consequentemente, eutróficos. O autor sugeriu que isso ocorra pelo
fato de que mães que não trabalham fora passarem mais tempo com os filhos. E
Simon, Souza e Souza (2009) encontraram em pesquisa com 566 pré-escolares de
São Paulo, uma maior prevalência de excesso de peso (34,4%) entre as crianças
cujas mães trabalham fora de casa, pela tendência de agradar a criança com
alimentos altamente calóricos (balas, chocolates, biscoitos recheados, salgadinhos,
etc) para compensar a ausência devido ao trabalho.
Os valores encontrados de renda familiar variam em um intervalo de R$
300,00 a R$ 4.500,00, com média de R$ 1.428,34 (± 799,00). Constatou-se que o
maior número da população pesquisada recebe de 1 a 3 salários mínimos (48,3%),
totalizando 72 famílias com média salarial de R$ 893,00 (± 235,3). Seguido de 39,6%
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
39
dos participantes (n=59) que recebem de 3 a 7 salários mínimos (SM) com média de
R$ 1.350,00 (± 389,6). 4,7% (n=7) não responderam a essa questão. Na faixa de 7 a
10 SM, encontrou-se 4,23% dos participantes (n=6) com média salarial de R$
3.583,00 (± 435,5). 2,11% (n=3) da população estudada recebe até 1 SM com
média de R$ 376,70 (± 66,4) e 1,41% (n=2) recebem mais que 10 SM, sendo a
média de R$4.400,00 (± 141,4). A importância do nível da renda como determinante
das condições de saúde se explica pela vasta influência que esta oferece na
possibilidade de adquirir e utilizar bens ou serviços primordiais à manutenção da
condição adequada de saúde, como alimentação, moradia com boas condições de
saneamento e higiene, vestuário, entre outros (CASTRO et al, 2005).
A renda per capita apresentou um intervalo de R$ 100,00 a R$ 1.500,00,
com média de R$ 376,90 (± 208,90). Constatou-se que 18,8% (n=28) das famílias,
vivem na chamada “linha da pobreza”, ou seja, recebem até meio salário mínimo (½
SM) por pessoa na casa, sendo a média per capita R$ 171,20 (± 34,5). O grupo
predominante, foi das famílias que recebem de ½ SM até 1 SM por pessoa,
representada por 48,3% (n=72), com média per capita de R$ 306,05 (± 70,5). E
28,2% (n=42) possuem renda per capita superior a 1 SM, sendo a média R$677 (±
210,1).
6.2 Avaliação do Estado Nutricional
Participaram da pesquisa 10 Centros de Educação Infantil (CEI) da cidade
de Içara, representando um total 29,4% dos 34 CEI’s existentes no município.
Foram avaliadas 149 crianças, sendo 76 (51,0%) do sexo feminino e 73 (49,0%) do
sexo masculino. As idades das crianças participantes da pesquisa variaram entre 24
a 60 meses. A idade média dos participantes foi de 47,5 meses (± 8,5). Foram
divididos em três grupos de idade, conforme mostra tabela 2 abaixo, onde, a maioria
representada por 76 crianças (51,0%) apresentou idade entre 48 a 60 meses, sendo
42 (57,5%) do sexo masculino e 34 (44,7%) do feminino. O grupo com idade entre 36
a 48 meses apresentou 53 (35,6%) crianças onde, 29 (38,2%) eram do sexo
feminino e 24 (32,9%) do sexo masculino e 20 crianças (13,4%) constituíram o grupo
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
40
com idade entre 24 a 36 meses, sendo 13 (17,1%) do sexo feminino e 7 (9,6%) do
masculino.
Tabela 2: Distribuição da idade em meses dos pré-escolares de 2 a 5 anos que
freqüentam o ensino público, Içara (SC).
Sexo
Total Geral
24 – 36
36 – 48
48 – 60
n
%
n
%
n
%
n
%
Feminino
76
51,0
13
17,1
29
38,2
34
44,7
Masculino
73
49,0
7
9,6
24
32,9
42
57,5
Total
149
100
20
13,4
53
35,6
76
51,0
Fonte: Dados da pesquisa, 2009.
Por meio da tabela 3, apresentada a seguir, é possível visualizar os
resultados encontrados da avaliação do estado nutricional dos pré-escolares
participantes da pesquisa.
Observou-se, no geral, que o estado nutricional predominante para todos
os índices avaliados foi a eutrofia, ou seja, estão dentro dos padrões nutricionais
esperados de crescimento e de peso para a idade. O percentual encontrado de
eutrofia para o índice peso para idade (P/I) foi de 84,6% (n=126). Para o índice peso
por estatura (P/E) foi de 77,9% (n=116). Para o índice estatura por idade (E/I) foi
encontrado o valor de 98,0% (n=146) e 59,7% (n=89) de eutrofia para o índice de
massa corporal (IMC).
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
41
Tabela 3: Distribuição por sexo conforme estado nutricional dos pré-escolares de 2 a
5 anos que freqüentam o ensino público, Içara (SC).
Variáveis
Sexo
Sexo
Total
Feminino
Masculino
P/I
n
%
n
%
n
%
Peso muito baixo para idade
1
1,3
0
0
1
0,7
2
2,6
1
1,4
3
2,0
65
85,5
61
83,6
126
84,6
8
10,5
11
15,1
19
12,8
5
6,6
3
4,1
8
5,4
59
77,6
57
78,1
116
77,9
12
15,8
13
17,8
25
16,8
1
1,3
2
2,7
3
2,0
75
98,7
71
97,3
146
98,0
10
13,2
3
4,1
13
8,7
45
59,2
44
60,3
89
59,7
8
10,5
12
16,4
20
13,4
13
17,1
14
19,2
27
18,1
(Percentil < 0,1)
Peso baixo para idade
(Percentil ≥ 0,1 - < 3)
Peso adequado para idade
(Percentil ≥ 3 - < 97)
Peso elevado para idade
(Percentil ≥ 97)
P/E
Peso baixo para estatura
(Percentil < 3)
Peso adequado para estatura
(Percentil ≥ 3 - <97)
Peso elevado para estatura
(Percentil ≥ 97)
E/I
Baixa estatura para idade
(Percentil < 3)
Estatura adequada para idade
(Percentil ≥ 3)
IMC/Idade
Baixo IMC para idade
(Percentil < 3)
IMC adequado ou eutrófico
(Percentil ≥ 3 - < 85)
Sobrepeso
(Percentil ≥ 85 - <97)
Obesidade
(Percentil ≥ 97)
Fonte: Dados da pesquisa, 2009. p valor= 0,00
O excesso de peso entre a população estudada apresentou-se elevado
para todos os índices avaliados. Onde, 12,8% das crianças (n=19) apresentaram
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
42
peso elevado para a idade (P/I); 16,8% (n=25) da população estudada apresentaram
peso elevado para estatura (P/E). Para o IMC, foi encontrado um valor alto de 18,1%
(n=27) de crianças obesas, e 13,4% (n=20) de crianças com sobrepeso. O excesso
de peso foi encontrado com maior freqüência no sexo masculino.
Atualmente, é de conhecimento que crianças obesas têm mais propensão
de serem adultos obesos. Segundo Mello, Luft e Meyer (2004) a obesidade na
infância está relacionada a várias complicações, quanto mais tempo à criança se
mantém obesa, maior é a possibilidade do desenvolvimento de complicações como
hipertensão, problemas cardíacos, diabetes e outras, tornando-se cada vez mais
precoce o desenvolvimento dessas doenças relacionadas à obesidade. Relatos da
OMS expõem o crescimento da prevalência da obesidade infantil em torno de 10% a
40% nos últimos dez anos em países europeus. A obesidade ocorre mais
frequentemente no primeiro ano de vida, entre 5 e 6 anos e na adolescência.
Cristaldo e Costa (2006) em pesquisa realizada no estado do Paraná com
1483 crianças na faixa etária de 12 a 60 meses, encontraram 8,7% de excesso de
peso para o índice P/I, sendo valor inferior quando comparado ao encontrado no
presente estudo (12,8%).
Castro et al (2005) em pesquisa realizada com 87 pré-escolares de 24 a
72 meses do município de Viçosa (MG), encontraram peso elevado em 5,7% para o
índice P/I e 4,6% da população pesquisada para o índice P/E.
Outra pesquisa, realizada com 126 pré-escolares do município de Coronel
Fabriciano (MG), com faixa etária de 6 meses a 6 anos, apresentou o valor de 1,1%
de peso elevado utilizando os mesmos índices (P/I e P/E) (SANTOS; CRUZ;
GUIMARÃES, 2008).
Corso et al (2004) encontrou um valor de 8,6% de peso elevado para o
índice P/E, em estudo realizado com 638 crianças da pré-escola no município de
Florianópolis (SC). Sendo, que o valor encontrado pelo presente estudo (16,8%)
representa o dobro do percentual encontrado em pré-escolares da Capital. Tuma,
Costa e Schmitz (2005) observaram 6,1% de peso elevado para estatura e 6,9% de
peso elevado para a idade entre 230 crianças avaliadas da pré-escola no município
de Brasília (DF), novamente representando um valor inferior ao encontrado pelo
presente estudo.
Biscegli et al (2007) em pesquisa com 113 pré-escolares de 6 a 60 meses
do município de Catanduva (SP), obteve através do IMC, um percentual de 15,9% de
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
43
obesidade, sendo freqüente no sexo feminino. O presente estudo apresentou valor
superior (18,1%) sendo encontrado com maior freqüência no sexo masculino.
Fagundes (2004) encontrou o valor de 18,4% de peso elevado e 41,1% de
peso elevado para a estatura para a idade em pesquisa com 141 crianças de 0 a 5
anos de idade do município de Criciúma (SC), estes dados foram surpreendentes e
revelam-se superior ao encontrado entre os pré-escolares participantes do presente
estudo (12,8% e 16,8% respectivamente). Porém, deve-se considerar que o autor
encontrou uma associação entre a freqüência de peso elevado para a idade com a
freqüência de déficit de estatura.
Portanto, os valores obtidos neste estudo demonstram uma incidência
expressiva de peso elevado entre pré-escolares no município de Içara (SC).
Foi verificado, conforme tabela 4, apresentada a seguir, que o maior
número de crianças com peso elevado, é proveniente de famílias com renda per
capita entre meio a um salário mínimo. E, conforme tabela 5, vemos que essas
crianças com excesso de peso são filhos de mães com o ensino médio completo.
O estado nutricional dos filhos pode ser influenciado pelo grau de
escolaridade de suas mães, são vários os estudos que apresentam relações entre
estas variáveis. Jenovesi et al (2003), encontrou em sua pesquisa realizada no
estado de São Paulo com 2.519 crianças, uma relação entre as mães com mais
escolaridade e filhos mais ativos (eutróficos). As explicações para tal achado seriam
de que mães com mais escolaridade, estimulariam a prática física pelos filhos ou por
terem mais condições financeiras de oferecer ambiente para tal prática.
Campagnolo, Vitolo e Gama (2008) demonstraram em estudo no Rio Grande do Sul,
uma associação entre o maior grau de escolaridade das mães com maior
adiposidade abdominal entre adolescentes e hábito excessivo de assistir TV. Para os
autores foi uma surpresa tal achado, uma vez que seria de esperar que mães com
maior tempo de educação fossem mais conscientes dos prejuízos do sedentarismo,
devido ao conhecimento sobre as conseqüências de tal prática e dos malefícios do
excesso de peso.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
44
Tabela 4: Distribuição da renda per capita conforme estado nutricional dos préescolares de 2 a 5 anos que freqüentam o ensino público, Içara (SC).
Índices
< ½ SM
½ - 1 Sm
1- 2 SM
> 2 SM
P/I
n
%
n
%
n
%
n
%
Peso muito baixo para idade
0
0,0
0
0,0
1
0,7
0
0,0
0
0,0
2
1,4
1
0,7
0
0,0
24
16,9
59
41,5
33
23,2
3
2,1
4
2,8
11
7,7
4
2,8
0
0,0
1
0,7
2
1,4
3
2,1
1
0,7
22
15,5
60
42,3
25
17,6
4
2,8
5
3,5
10
7,0
9
6,3
0
0,0
2
1,4
0
0,0
1
0,7
0
0,0
26
18,3
72
50,7
36
25,4
5
3,5
3
2,1
3
2,1
5
3,5
1
0,7
17
12,0
45
31,7
19
13,4
3
2,1
2
1,4
13
9,2
4
2,8
1
0,7
6
4,2
11
7,7
9
6,3
0
0,0
(Percentil < 0,1)
Peso baixo para idade
(Percentil ≥ 3)
Peso adequado para idade
(Percentil ≥ 3 - < 97)
Peso elevado para idade
(Percentil ≥ 97)
P/E
Peso baixo para estatura
(Percentil < 3)
Peso adequado para estatura
(Percentil ≥ 3 - <97)
Peso elevado para estatura
(Percentil ≥ 97)
E/I
Baixa estatura para idade
(Percentil < 3)
Estatura adequada para idade
(Percentil ≥ 3)
IMC/Idade
Baixo IMC para idade
(Percentil < 3)
IMC adequado ou eutrófico
(Percentil ≥ 3 - < 85)
Sobrepeso
(Percentil ≥ 85 - <97)
Obesidade
(Percentil ≥ 97)
Fonte: Dados da pesquisa, 2009.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
45
Tabela 5: Distribuição do estado nutricional dos pré-escolares de 2 a 5 anos
conforme escolaridade materna, Içara (SC).
Índices
Analf.
Fundam.
Médio
Superior
In
Com
In
Com
In
Com
n
n
n
n
n
n
n
Peso muito baixo para idade
0
0
0
0
1
0
0
Peso baixo para idade
0
0
0
1
1
0
0
Peso adequado para idade
2
33
16
11
34
13
14
Peso elevado para idade
0
4
2
1
10
1
1
Peso baixo para estatura
1
0
1
1
2
1
1
Peso adequado para estatura
1
34
15
7
32
11
13
Peso elevado para estatura
0
3
2
5
12
2
1
Baixa estatura para idade
0
0
0
1
2
0
0
Estatura adequada para idade
2
37
18
12
44
14
15
Baixo IMC para idade
1
2
1
1
3
2
2
IMC adequado ou eutrófico
1
28
13
5
23
8
9
Sobrepeso
0
3
2
2
8
2
3
Obesidade
0
5
12
2
1
P/I
1
P/E
E/I
2
3
IMC/Idade
4
4
1
2
2
3
4
Fonte: Dados da pesquisa, 2009. p valor = 0,81; =0,03; = 0,54; = 0,35.
Marinho et al (2007) em pesquisa com 390 famílias realizada no Estado
de São Paulo, encontrou associação entre déficit de estatura e baixa escolaridade
materna (inferior a quatro anos). Alegaram no estudo que a educação materna é
importante na nutrição dos filhos, pois a mulher é considerada como a principal
provedora de alimentação da criança, sendo a mãe a principal mediadora entre a
criança e o meio externo nos primeiros anos de vida. Reforçando assim, a idéia de
que o conhecimento da mãe tem total influência no desenvolvimento do filho.
Alguns autores alegam ainda, associação entre o maior nível de instrução
materna com a maior possibilidade das mães trabalharem fora de casa. O fato das
mães trabalharem fora de casa, pode levar ao desmame precoce, o que é um fator
de risco para o sobrepeso e a obesidade, já que várias pesquisas afirmam que o
aleitamento materno (exclusivo, por até seis meses ou mais) é um fator de proteção
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
46
para as crianças contra estes desvios nutricionais (CARVALHO, 2007; SIMON;
SOUZA; SOUZA, 2009).
Ao avaliar a presença de déficit de peso e altura na população de préescolares no presente estudo, constatou-se que para o índice P/I, 0,7% (n=1)
apresentou muito baixo peso para idade (desnutrição grave) e 2,0% (n=3) peso baixo
para idade (desnutrição leve), com incidência no sexo feminino. Verificou-se que a
criança com desnutrição grave, possui renda per capita familiar próximo de dois
salários mínimos. As crianças com desnutrição leve apresentam renda per capita
entre meio a um salário mínimo.
Foi encontrado baixo peso para estatura (desnutrição aguda) em 5,4%
(n=8) dos participantes, sendo em maior número entre as meninas, com renda per
capita familiar maior que um salário mínimo. Em sua maioria, as mães apresentam o
ensino médio completo. Não havendo, portanto, relação entre baixa renda per capita
e menor escolaridade materna com o déficit de peso para estatura.
Para o índice E/I, verificou-se que 2,0% (n=3) das crianças apresentam
baixa estatura para a idade (desnutrição crônica). Constatou-se maior incidência no
sexo masculino. As famílias dessas crianças possuem, em sua maioria, renda per
capita inferior a meio salário mínimo. E, em relação à escolaridade das mães dessas
crianças, a maioria possui ensino médio completo. A pesquisa POF 2002/2003
encontrou relação entre meninos com déficit de estatura e menor rendimento per
capita familiar. O presente estudo encontrou resultados semelhantes. Zollner e
Fisberg (2006) também encontraram associação entre o déficit de estatura e renda
per capita inferior a meio salário mínimo ao analisar 556 crianças de 4 a 84 meses
em São Paulo. Tuma, Costa e Schmitz (2005) observaram déficit de estatura em
4,8% do número de 230 pré-escolares avaliadas no município de Brasília (DF) sendo
superior ao encontrado no presente estudo (2,0%). Castro et al (2005) encontrou em
sua pesquisa a presença de desnutrição crônica (baixa estatura por idade) em 3,5%
dos 87 pré-escolares analisados.
E, foram classificados como baixo IMC para idade 8,7% (n=13) dos préescolares, sendo encontrado com maior freqüência entre a população feminina.
Conforme Ministério da Saúde (2008) existe uma margem esperada de
incidência de déficits de peso de até 3%, demonstrando que os valores encontrados
para o índice P/E (5,4%) e IMC (8,7%) no presente estudo, estão acima da
referência.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
47
Observou-se ainda, no geral, que a média de renda per capita das
crianças com déficit de peso no presente estudo é superior a um salário mínimo e, a
média de escolaridade das mães é o segundo grau incompleto. A POF 2002/2003
confirmou a estreita associação entre a renda familiar e o estado nutricional das
crianças, indicando que o problema da desnutrição infantil estava concentrado nas
famílias com renda de até meio salário mínimo per capita, porém, essa associação
não foi encontrada na presente pesquisa.
Barreto, Brasil e Maranhão (2007) encontraram a presença de 3,2% de
baixo IMC para a idade, em pesquisa realizada com 3.721 pré-escolares do
município de Natal (RN), região Norte do país. No presente estudo encontrou-se um
valor superior de 8,7% sendo, portanto, considerado um percentual elevado para
crianças da região Sul do Brasil. Deve-se relevar que as crianças pesquisadas pelos
autores eram matriculadas em instituições tanto públicas quanto privadas, o presente
estudo, analisou somente crianças de instituições públicas.
Fagundes (2004) em pesquisa com 141 crianças de zero a cinco anos de
idade do município de Criciúma (SC), encontrou presença de déficit de crescimento
(desnutrição crônica) em 7,1% das crianças para o índice E/I, sendo três vezes
superior ao encontrado no presente estudo (2,0%). Para índice P/E encontrou 2,1%
de déficit de peso para estatura, sendo que no presente estudo com pré-escolares
do município de Içara foi encontrado o dobro do valor (5,4%). E para o índice P/I
ambas as pesquisas encontraram valores semelhantes déficit de peso para idade,
sendo 0,7%.
Teixeira e Heller (2004) encontraram 11,23% de desnutrição crônica e
6,07% de desnutrição aguda entre 659 crianças do município de Juiz de Fora (MG).
Esse resultado é superior ao encontrado no presente estudo, devendo-se levar em
consideração que as crianças na pesquisa de Teixeira e Heller, habitavam em área
de invasão, com más condições de vida e saneamento básico.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
48
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Participaram da pesquisa 149 crianças, 76 do sexo feminino e 73 do sexo
masculino. Observou-se que a maioria das famílias reside em casa própria, de
alvenaria, composta por três pessoas, onde duas trabalham fora de casa.
Em relação à escolaridade dos pais, observou-se um maior índice de
analfabetismo entre os homens e maior porcentagem de mães com ensino superior
completo; o grau de escolaridade predominante entre as mães foi o ensino médio
completo enquanto, que a dos pais foi o ensino fundamental incompleto.
Constatou-se que o maior número das famílias vivem com renda entre 1 a 3
SM e renda per capita, entre ½ a 1 SM.
O estado nutricional predominante entre os pré-escolares foi a eutrofia. O
estudo evidenciou a existência de um grande número de crianças com peso baixo
para a estatura (5,4%) e baixo IMC para a idade (8,7%), superior ao valor de
referência preconizado pelo Ministério da Saúde (3%), encontrado com maior
freqüência no sexo feminino, com renda per capita entre 1 a 2 SM, sendo o grau de
escolaridade materna, o ensino médio completo; o estudo não encontrou associação
entre baixa renda per capita e baixa escolaridade materna com déficit de peso,
apresentada por diversos autores.
Os resultados obtidos ainda revelam um número elevado de crianças com
excesso de peso, superior a vários estudos realizados com esta faixa etária no país.
Apresentou-se com maior freqüência em crianças do sexo masculino, provenientes
de famílias com renda per capita entre ½ a 1 SM, cujas mães possuem o ensino
médio incompleto.
Enfim, os dados encontrados neste trabalho indicam que, mesmo em um
município de pequeno porte, com uma pequena amostra é possível observar a
progressiva redução de déficits nutricionais e o aumento na incidência de excesso de
peso. Evidenciando nitidamente o processo de transição nutricional, reforçando
assim, a preocupação com os distúrbios nutricionais infantis e suas conseqüências.
Com isso, emerge mais uma vez, a necessidade da implementação dos programas
de educação alimentar e nutricional direcionados ao público infantil. O PNAE
(Programa Nacional de Alimentação Escolar) é um programa do governo que
garante alimentação das crianças no período que estão nas escolas. É papel do
profissional nutricionista vinculado ao programa realizar ações de avaliação do
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
49
estado nutricional para a vigilância de saúde infantil, porém, são muitas as atividades
que devem ser efetuadas dentro do programa e, grande o número de instituições a
serem atendidas para o pequeno número de profissionais contratados.
O nutricionista é o profissional capacitado para atuar de maneira preventiva e
intervencionista no combate a estes agravos nutricionais na infância, bem como em
todas as circunstâncias que envolvam a relação entre o homem e o alimento.
Reforça-se a criação ou implementação de ações de incentivo à adoção de
estilo de vida e hábitos saudáveis, principalmente pelas creches, já que essas
instituições oferecem parte da alimentação infantil, que estas ações atinjam também
as famílias dessas crianças, pais e/ou responsáveis, uma vez que são nos primeiros
anos de vida que são estabelecidas as preferências alimentares que, repercutem nas
condições de saúde da criança até a sua vida adulta.
Trabalhos como este, vêm acrescentar conhecimentos a cerca do estado de
saúde das crianças de nossa região. Este tema é merecedor de atenção, pois o
estado nutricional infantil reflete na saúde da população de amanhã e, o que temos
visto é uma população sofrendo, cada dia mais, com doenças crônicas, resultantes
dos maus hábitos de vida, principalmente, os hábitos alimentares errôneos.
Faz-se relevante a necessidade da continuidade de pesquisas sobre este
tema, em proporções maiores, para a obtenção de resultados mais fidedignos sobre
a realidade desta situação em nossa localidade como nas demais regiões do país.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
50
REFERÊNCIAS
ABRANTES, M.M.; LAMOUNIER, J.A.; COLOSIMO, E. A. Prevalência de sobrepeso
e obesidade em crianças e adolescentes das regiões Sudeste e Nordeste. Jornal de
Pediatria. Sociedade Brasileira de Pediatria. p. 335-340. 2002. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0021-5572002000400014>
Acesso em: 27/05/2009.
ACCIOLY, E.; SAUNDERS, C.; LACERDA, E. M. A. Nutrição em obstetrícia e
pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 3º Reimpressão, 2005. 540 p.
ANCONA LOPEZ, F.; CAMPOS JUNIOR, D. Tratado de pediatria. São Paulo:
Manole, 2007. 2177 p.
______; BRASIL, A. L. D. Nutrição e dietética em clínica pediátrica. São Paulo:
Atheneu, 2004.
APPOLINÁRIO, F. Dicionário de metodologia científica: um guia para a produção
do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2004. 304 p.
BARRETO, A. C. N. G.; BRASIL, L. M. P.; MARANHÃO, H. S. Sobrepeso: Uma nova
realidade no estado nutricional de pré-escolares de Natal, RN. Rev. Assoc. Med.
Bras., v. 53, n. 4, p. 311-316. 2007. Disponível em:<
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v53n4/15.pdf> Acesso em: 21/05/2009.
BARROSO, G. S.; SICHIERI, R.; SALLES-COSTA, R. Fatores associados ao déficit
nutricional em crianças residentes em uma área de prevalência elevada de
insegurança alimentar. Rev. Bras. Epidemiol. vol.11, n.3, pp. 484-494. 2008.
Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v11n3/14.pdf> Acesso em:
01/06/2009
BATISTA FILHO, M.; RISSIN, A. A transição nutricional no Brasil: tendências
regionais e temporais. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 19, supl. 1, p. 181191. 2003. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/csp/v19s1/a19v19s1.pdf>
Acesso em: 25/05/2009.
BUCHALLA, C. M.; WALDMAN, EL. A.; LAURENTI, R. A mortalidade por doenças
infecciosas no início e no final do século XX no município de São Paulo. Rev. Bras.
Epidemiologia, São Paulo, v.6, n.4, dez. 2003. Disponível em:<
http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v6n4/08.pdf> Acesso em: 23/05/2009.
CAMPAGNOLO, P. D.; VITOLO, M. R.; GAMA, C. M. Fatores associados ao hábito
de assistir TV em excesso entre adolescentes. Rev. Bras. Med. Esporte, vol. 14, n.
3, mai./jun. 2008. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/rbme/v14n3/a07v14n3.pdf> Acesso em : 22/05/2009.
CARDOSO, A. L.; LOPES, L. A.; TADDEI, J. A. A. C. Tópicos atuais em nutrição
pediátrica. São Paulo: Atheneu, 2006. 184 p.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
51
CARVALHO, P. B. R. Principais práticas alimentares e sua repercussão no
estado nutricional em escolares de cidade satélite de Brasília- DF. 2007. 74 p.
Dissertação. (Pós-graduação em ciências médicas). Universidade de Brasília,
Brasília. Disponível em:
<http://bdtd.bce.unb.br/tedesimplificado/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=25
56> Acesso em: 22/05/2009.
CASTRO, T. G. et al. Saúde e nutrição de crianças de 0 a 60 meses de um
assentamento de reforma agrária, Vale do Rio Doce, MG, Brasil. . Rev. Nutr.,
Campinas, v. 17, n. 2, p.167-76, abr./jun. 2004.
______. Caracterização do consumo alimentar, ambiente socioeconômico e estado
nutricional de pré-escolares de creches municipais. Rev. Nutr., Campinas, v. 18, n.
3, p. 321-330, maio/jun. 2005.
CAVALCANTE, A. A. M. et al. Consumo alimentar e estado nutricional de crianças
atendidas em serviços públicos de saúde do município de Viçosa, Minas Gerais.
Rev. de Nutri., Campinas, v.3, n.19, p.321-330, maio/jun. 2006.
CORSO, A. C. T., VITERITTE, P. L., PERES, M. A. Prevalência de sobrepeso e sua
associação com a área de residência em crianças menores de 6 anos de idade
matriculadas em creches públicas de Florianópolis, Santa Catarina. Rev. Bras.
Epidemiol.; v. 7, n. 2, p. 201-209. 2004.
CORSO, A. C. T.; BOTELHO, L. J.; ZENI, L. A. Z. R.; MOREIRA, E. A. M. Sobrepeso
em crianças menores de 6 anos de idade em Florianópolis, SC. Rev. Nutr., vol.16,
n.1, pp. 21-28. 2003. Disponível em http://www.scielo.br/pdf/rn/v16n1/a02v16n1.pdf
Acesso em: 28/05/2009
CORSO, A. C. T.; BURALLI, K. O.; SOUZA, J. M. P. Crescimento físico de escolares
de Florianópolis, Santa Catarina, Brasil: um estudo caso-controle. Cad. Saúde
Pública, vol.17, n.1, pp. 79-87. 2001.
CRISTALDO, J. J. ; COSTA, M. C. D. Avaliação antropométrica de crianças de
12 a 60 meses do município de Cascavel-Pr. 2007. Disponível em:<
http://www.fag.edu.br/tcc/2007/Nutricao/(AVALIA_307AO%20ANTROPOM_311TRIC
A%20DE%20CRIAN_307AS%20DE%2012%20A%2060%20ME.pdf> Acesso em:
19/05/2009.
CUPPARI, L. Guia de nutrição: nutrição clínica no adulto. 2. ed Barueri, SP:
Manole, 2005. 474 p.
DARMON, N., FERGUSON, E., BRIEND, A. Do economic constraints encourage de
selection of energy dense diets? Appetite, v.41, p.315-322. 2003 apud TORRES, A.
A. L.; ALVES, E. D. Epidemia da obesidade infantil. Revista Nutrição Profissional.
V.3, n.1, p.42-44, jan./fev. 2007.
DIEZ GARCIA, R. W. Reflexos da globalização na cultura alimentar: considerações
sobre as mudanças na alimentação urbana. Rev. Nutr., vol.16, n.4, pp. 483-492.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
52
2003. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rn/v16n4/a11v16n4.pdf> Acesso em:
27/05/2009.
ENGSTRON, E. M. (Org.). Diagnóstico nutricional de adolescentes escolares. In:
______ (Org). SISVAN: instrumentos para o combate aos distúrbios nutricionais em
serviços de saúde: o diagnóstico nutricional. 2. ed. Rio de Janeiro: FIOCRUZ, 2002.
p. 99-114.
______, E. M. ; ANJOS, Luiz A. Relação entre o estado nutricional materno e
sobrepeso nas crianças brasileiras. Rev. Saúde Pública., vol.30, n.3, pp. 233-239.
1996. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rsp/v30n3/5067.pdf> Acesso em:
19/05/2009.
FAGUNDES, A. A. et al. Vigilância alimentar e nutricional - Sisvan; orientações
básicas para a coleta, o processamento, a análise de dados e a informação em
serviços de saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004. 119 p. (Normas e manuais
técnicos). Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/cd10_18a.pdf>
Acesso em: 15/09/2008.
FAGUNDES, G. D. Avaliação do estado nutricional de crianças de zero a cinco
anos e fatores associados em uma creche municipal de Criciúma. 2004. 56 f.
Monografia (Especialização em Saúde Pública e Ação Comunitária). Pós-graduação
em Saúde Pública – Universidade do Extremo Sul Catarinense, Criciúma.
FERNANDES, I. T., GALLO, P. R., ADVÍNCULA, A. O. Avaliação antropométrica de
pré-escolares do município de Mogi-Guaçu, São Paulo: subsídio para políticas de
saúde. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife, v. 6, n. 2, p. 217-222, abr./jun.
2006. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v6n2/30919.pdf> Acesso em:
15/04/2009.
FERREIRA, H. S. Mulheres obesas de baixa estatura e seus filhos desnutridos.
Estud. Av., vol.20, n.58, pp. 159-166. 2006. Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/ea/v20n58/15.pdf> Acesso em: 01/06/2009.
FISBERG, R. M.; MARCHIONI, D. M. L.; CARDOSO, M. R. A. Estado nutricional e
fatores associados ao déficit de crescimento de crianças freqüentadoras de creches
públicas do Município de São Paulo, Brasil. Cad. Saúde Pública, vol.20, n.3, pp.
812-817. 2004. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/csp/v20n3/18.pdf> Acesso
em: 01/06/2009.
FUNDO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A INFÂNCIA. Desnutrição: causas,
conseqüências e soluções, Brasília (DF). 1998.
GIUGLIANO, R.; CARNEIRO, E. C. Fatores associados à obesidade em escolares.
J. Pediatr. Rio de Janeiro, v. 80, n.1, p. 17-22, 2004 Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n1/v80n1a05.pdf> Acesso em: 27/05/2009.
IBGE: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Coordenação de Trabalho
e Rendimento. Pesquisa de orçamentos familiares 2002-2003: antropometria e
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
53
análise do estado nutricional de crianças e adolescentes no Brasil. Rio de Janeiro:
IBGE, 2006. 76 p. Disponível em: <
http://www1.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2002analise/
analise.pdf> Acesso em: 27/05/2009.
______. Banco de Dados: Cidades. Disponível em:
<http://www.ibge.gov.br/cidadesat/topwindow.htm?1> Acesso em: 09/09/2008.
JENOVESI, J. F. et al. Perfil de atividade física entre escolares da rede pública de
diferentes estados nutricionais. Rev. Bras. Ci. e Mov. Brasília, v.11, n.4, p.57-62,
out./dez. 2003. Disponível em: < http://www.ucb.br/mestradoef/RBCM/11/11%20%204/c_11_4_9.pdf> Acesso em: 22/05/2009.
LEOPARDI, M. T. Metodologia da pesquisa na saúde. Santa Maria: Pallotti, 2º ed.
Rev. e Atual, 294 p. 2002.
LOPEZ, F. A., BRASIL, A. L. D. Nutrição e Dietética em Clínica Pediátrica. São
Paulo: Atheneu, 368 p. 2004.
KURANISHI, L. T. et al. Avaliação do estado nutricional de pré-escolares
matriculados nas creches municipais de Maringá-PR no ano de 2001.
Universidade Estadual de Maringá – UEM. Departamento de Medicina. Disponível
em: <http://www.saudebrasilnet.com.br/premios/saude/premio2/trabalhos/025.pdf>
Acesso em: 17/09/2008.
MAIA, M. M. M. Estado Nutricional, consumo alimentar, deficiências de
micronutrientes e doenças parasitárias em crianças de 0 a 10 anos de idade
atendidas em serviços de saúde da cidade de Manaus, Amazonas. 2006. 190 f.
Dissertação (Mestrado em Ciências) – Instituto de Ciências Biológicas, Universidade
Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2006 in:
MARINHO, P. S. et al. Obesidade e baixa estatura: estado nutricional de indivíduos
da mesma família. Rev. Bras. Crescimento e Desenvolv. Hum. São Paulo, n°17, v.
1, p.156-164. 2007. Disponível em: <http://pepsic.bvspsi.org.br/pdf/rbcdh/v17n1/15.pdf> Acesso em: 20/05/2009.
MARTINS, C. Avaliação do estado nutricional e diagnóstico. Curitiba:
NutroClínica, v.1. 2008.
MELLO, E. D.; LUFT, V. C.; MEYER, F. Obesidade infantil: como podemos ser
eficazes? J. Pediatr. Rio de Janeiro, vol.80, n.3, pp. 173-182. 2004. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/jped/v80n3/v80n3a04.pdf> Acesso em: 19/05/2009.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Secretaria de atenção à saúde. Departamento de atenção
básica. Caderno de atenção básica nº 20: Carência por micronutrientes. Brasília –
DF, 2007. Disponível em: <
http://www.telessaudebrasil.org.br/lildbi/docsonline/5/0/105CAB_20_carencias_de_nutrientes.pdf> Acesso em: 20/05/2009.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
54
MONTEIRO, C. A.; CONDE, W. L. Tendência secular da desnutrição e da obesidade
na infância na cidade de São Paulo (1974-1996). Rev. Saúde Pública, v.34, n.6,
supl, p.52–61, dez. 2000. Disponível em:<
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v34n6s0/3518.pdf> Acesso em: 16/05/2009.
MONDINI, L.; MONTEIRO, C. A. Mudanças no padrão de alimentação da população
urbana brasileira (1962-1988). Revista de Saúde Pública. São Paulo, v. 28, n. 6, p.
433-439, dez., 1994.
OLIVEIRA, C. L. et al. Obesidade e síndrome metabólica na infância e adolescência.
Rev. Nutr., Campinas, v. 17, n. 2, p. 237-245, abr./jun. 2004.
OLIVEIRA, R. C. A transição nutricional no contexto da transição demográfica e
epidemiológica. Rev. Min. Saúde Pub., v. 3, n. 5, p. 16-23, jul./dez. 2004.
OLIVEIRA, S. L.Tratado de metodologia científica. Projetos de pesquisas, TGI<
TCC, monografias, dissertações e teses. São Paulo: Pioneira Thomson Learning,
2002. 320 p.
Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS). Informativo da Organização
Pan-Americana da Saúde sobre desnutrição e má nutrição. Brasília. 2000.
Disponível em:< http://www.opas.org.br/sistema/fotos/nutricao.htm> Acesso em:
20/05/2009.
PIGNATTI, M. G. Saúde e ambiente: as doenças emergentes no Brasil. Ambient.
Soc., Campinas, v.7, n.1, jan./jun., 2004.
PREFEITURA MUNICIPAL DE IÇARA, SC. Web site oficial da prefeitura
municipal de Içara. Disponível em: http://www.icara.sc.gov.br/ Acesso em:
10/09/2008.
SANTOS, D. C. A.; CRUZ, N. R.; GUIMARÃES, E. M. A. Determinação do perfil
nutricional de crianças institucionalizadas em creches municipais de Coronel
Fabriciano, MG. Nutrir Gerais – Revista Digital de Nutrição, Ipatinga: Unileste-Mg, v.
2, n. 2, fev./jul. 2008.
SARNI, Roseli S. et al. Vitamina A: nível sérico e ingestão dietética em crianças
e adolecentes com déficit estatural de causa não hormonal. Rev. Assoc. Med.
Bras.. 2002, vol.48, n.1, pp. 48-53. Disponível em:<
http://www.scielo.br/pdf/ramb/v48n1/a29v48n1.pdf> Acesso em: 25/05/2009.
SERDULA, M. K. e Cols. Do obese children become obese adults? A review of the
literature. Prev. Med., 22: 167-77, 1993 apud ENGSTROM, E. M. ; ANJOS, Luiz A.
Relação entre o estado nutricional materno e sobrepeso nas crianças brasileiras.
Rev. Saúde Pública, vol.30, n.3, p. 233-239. 1996, Disponível em: <
http://www.scielo.br/pdf/rsp/v30n3/5067.pdf> Acesso em: 19/05/2009.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
55
SILVA, D. G. et al. Anemia ferropriva em crianças de 6 a 12 meses atendidas na
rede pública de saúde do município de Viçosa, Minas Gerais. Rev. Nutr., Campinas,
v. 15, n. 3, p. 301-8, set./dez. 2002.
SIMON, V. G. N.; SOUZA, J. M. P.; SOUZA, S. B. Aleitamento materno, alimentação
complementar, sobrepeso e obesidade em pré-escolares. Rev. Saúde Pública, v.
43, n. 1, p. 60-69. 2009. Disponível em: <
http://www.scielosp.org/pdf/rsp/v43n1/6990.pdf> Acesso em: 22/05/2009.
STARK, O.; ATKINS, E.; WOLF, O.; DOUGLAS, J. Longitudinal study of obesity in
the national survey of health an development. Br. Med. J., 283: 13-17, 1981 apud
ACCIOLY, E., SAUNDERS, C., LACERDA, E. M. A. Nutrição em obstetrícia e
pediatria. Rio de Janeiro: Cultura Médica, 3º Reimpressão, 540 p. 2005.
STRAUSS, R.S., KNIGHT, J. Influence of the home environment on the development
of obesity in children. Pediatrics, v.103, n.6, p.1 a 8, 1999 apud TORRES, A. A. L.;
ALVES, E. D. Epidemia da obesidade infantil. Rev. Nutr. Profissional. V.3, n.1,
p.42-44, jan./fev.2007.
SOAR, C. et al. Prevalência de sobrepeso e obesidade em escolares de uma escola
pública de Florianópolis, Santa Catarina. Rev. Bras. Saúde Matern. Infant., Recife,
v. 4, n. 4, p. 391-397, out./dez., 2004. Disponível em:<
http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v4n4/a08v04n4.pdf> Acesso em: 19/05/2009.
SOTELO, Y. A. M., COLUGNATI, F. A. B., TADDEI, J. A. C. Prevalência de
sobrepeso e obesidade entre escolares da rede pública segundo três critérios de
diagnóstico antropométrico. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 20, n. 1, p. 233240, jan./fev. 2004. Disponível em: <
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2004000100040>
Acesso em: 04/05/2009.
TEIXEIRA, J. C.; HELLER, L. Fatores ambientais associados à desnutrição infantil
em áreas de invasão, Juiz de Fora, MG. Rev. Bras. Epidemiol. 2004, vol.7, n.3, pp.
270-278. Disponível em:< http://www.scielo.br/pdf/rbepid/v7n3/05.pdf > Acesso em:
27/05/2009.
TORRES, A. A. L.; ALVES, E. D. Epidemia da obesidade infantil. Revista Nutr.
Profissional, v.3, n.1, p.42-44, jan./fev. 2007.
TUMA, R. C. F. B., COSTA, T. H. M. C., SHMITZ, B. S. Avaliação antropométrica e
dietética de pré-escolares em três creches de Brasília, Distrito Federal. Rev. Bras.
Saúde Matern. Infant., Recife, v. 5, n. 4, p. 419-428, out./dez., 2005. Disponível
em:< http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v5n4/27760.pdf> Acesso em: 03/10/2008.
VITOLO, M. R. Nutrição: da gestação à adolescência. Rio de Janeiro: Reichmann
& Affonso, 2003. 322 p.
ZOLLNER, C. C.; FISBERG, R. M. Estado nutricional e sua relação com fatores
biológicos, sociais e demográficos de crianças assistidas em creches da Prefeitura
do Município de São Paulo. Rev. Bras. Saúde Matern. Infanti., Recife, n.6, v.3,
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
56
p.319-328, jul. / set. 2006. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/rbsmi/v6n3/31903.pdf> Acesso em: 20/05/2009.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
57
APÊNDICE 1 - Planilha dos dados antropométricos.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
58
DADOS ANTROPOMÉTRICOS
Código do CEI: ______
Resnponsável: __________________________________Data:____/_____/_____
Cód.
Aluno
Nome do Aluno
Data
Nasc.
Idade em
Meses
Peso
Alt.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
P/E
Índices
P/I E/I
IMC
59
APÊNDICE 2 - Questionário socioeconômico aplicado com os pais dos alunos.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
60
Responda as perguntas abaixo
1. Quantas pessoas moram na casa?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
2. Quantas pessoas trabalham na casa?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
3. Qual a renda mensal da família (soma dos salários de todos que trabalham)?
_________________________________________________________________
_________________________________________________________________
4. Assinale o seu grau de escolaridade:
Analfabeto
Ensino fundamental incompleto (Primeiro
grau incompleto)
Ensino fundamental completo (Primeiro
grau completo)
Ensino médio incompleto (Segundo grau
incompleto)
Ensino médio completo (Segundo grau
incompleto)
Superior incompleto
Superior completo
( ) pai
( ) pai
( ) mãe
( ) mãe
( ) pai
( ) mãe
( ) pai
( ) mãe
( ) pai
( ) mãe
( ) pai
( ) pai
( ) mãe
( ) mãe
5. A casa onde os senhores residem é:
( )Alvenaria (tijolo)
material
( )Madeira ( )Mista (madeira e tijolo) ( ) Outro
6. A casa onde os senhores residem é:
( )Própria ( )Alugada ( )Cedida (
)Financiada
Obrigado por sua colaboração.
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
61
APÊNDICE 3 – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
62
UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você sendo está convidado a representar o seu filho(a) em uma pesquisa.
Após ser esclarecida as informações a seguir, no caso de aceitar a fazer parte do
estudo, assine ao final deste documento.
INFORMAÇÕES SOBRE A PESQUISA
Título do projeto: Avaliação do estado nutricional de pré-escolares de 2 a 5 anos
que freqüentam o ensino público do município de Içara / SC.
Área: Saúde pública
Nome do supervisor: Rita Suselaine Ribeiro Vieira Telefone: (48) 3433-6728
Nome da pesquisadora: Andréia Mendonça
Telefone: (48) 3432-8726 / 99420052
Sua participação nesta pesquisa consistirá em permitir que os dados de
peso e de altura de seu filho (a) sejam coletados pelos professores de educação
física que trabalham na creche em que seu filho (a) está matriculado (a).
O objetivo deste estudo é identificar o perfil do estado nutricional das
crianças com idade entre dois e cinco anos que freqüentam o ensino público de
nosso município. Se você aceitar a participar, será necessário responder algumas
perguntas.
Sua participação é voluntária. A qualquer momento você pode desistir de
participar e retirar seu consentimento, não necessitando apresentar nenhuma
justificativa, bastando, para isso, informar sua decisão a pesquisadora. Sua recusa
não lhe trará nenhum prejuízo.
Os dados obtidos serão confidenciais e asseguramos o sigilo de sua
participação durante todas as fases da pesquisa, inclusive após a publicação da
mesma.
Os dados não serão divulgados de forma a denegrir sua imagem, pois o
objetivo principal é saber qual é o perfil nutricional dos pré-escolares de nosso
município. O seu anonimato e de seu filho (a) serão preservado por questões éticas.
Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone do
pesquisador para localizá-lo a qualquer tempo. Em caso de dúvidas, você pode
procurar o Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Extremo Sul
Catarinense.
A sua participação, neste estudo, não é obrigatória.
DA PARTICIPAÇÃO DA PESSOA COMO SUJEITO
Eu, ____________________________________________, responsável
legal do menor ___________________________________________, concordo em
representar voluntariamente a criança que participará desta pesquisa. Fui
devidamente informado e esclarecido pelo pesquisador sobre a pesquisa, os
procedimentos nela envolvidos e benefícios decorrentes da minha participação. Foime garantido que posso recusar a participação sem que isto leve a qualquer
penalidade.
Local e data: ________________________________________________
Assinatura do representante da criança
Assinatura do pesquisador
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
63
ANEXO 1 – Folha de aprovação do Comitê de Ética
Create PDF files without this message by purchasing novaPDF printer (http://www.novapdf.com)
Download

avaliação do estado nutricional de pré