Fotos/ Divulgação Vida [email protected] O ESTADO DO MARANHÃO · São Luís, 26 de junho de 2015 - sexta-feira Prêmio Beyoncé e Jay-Z esperam o segundo filho, segundo a revista “In Touch”. O casal contratou uma barriga de aluguel. “Não sinto saudade. Foram 25 anos incríveis, mas adorei poder começar uma nova história” Fátima Bernardes, sobre saída do JN, há três anos OMS prevê que, em 10 anos, Brasil terá 75 milhões de crianças obesas Estudo revela que sobrepeso e obesidade na infância têm como principal causa o consumo excessivo de fast-foods; os pais devem introduzir cardápio com alimentos saudáveis no dia a dia dos filhos para evitar diversos problemas de saúde Fotos/Divulgação O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em parceria com o Ministério da Saúde, fez estudo que revelou que uma em cada três crianças entre 5 e 9 anos de idade está acima do peso recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Os obesos entre os meninos chegam a 16,6%, e as meninas somam 11,8%. Se nada for feito para mudar esse quadro, a OMS estima que, até o ano de 2025, haja 75 milhões de crianças com sobrepeso e obesidade no Brasil. Um dos fatores que leva a obesidade entre crianças e adolescentes é o consumo de fastfood. A nutricionista e coordenadora do curso de Nutrição do UniCEUB, Karina Aragão, explica a preferência da população começando pelos adultos. Propagandas e o sabor agradável são algumas das razões para o início precoce do consumo de fastfood na infância e a perpetuação na adolescência: “Este tipo de hábito alimentar acompanha o modelo globalizado de alimentação”. Fast-food é, segundo especialistas, um dos principais fatores de aumento de peso na infância e na adolescência, pelo consumo excessivo Problemas - A nutricionista chama a atenção para os problemas de saúde e psicológicos que a obesidade pode causar. “Diversos estudos vêm demonstrando que crianças acima do peso apresentam transtornos psicológicos como depressão, ansiedade e dificuldade de ajuste social”, explica ela. Ela acrescenta outros problemas de saúde causados pelo consumo exagerado de fast-food: “Considerando que esses alimentos são ricos em gordura saturada, gordura trans e açúcar, mas com boa palatabilidade, as crianças tendem a querer consumir com alta frequência e a exposição a estes componentes predispõe ao estresse oxidativo, favorecendo o desenvolvimento de resistência à insulina e dislipidemia, o que gera aumento precoce do risco cardiovascular”. O ideal é que crianças e adolescentes não consumam ou evitem ao máximo a ingestão de fast-food. Porém, comidas com alto teor de gordura e doces são servidos em contextos positivos, como recompensas e comemorações, fazendo com que haja a associação desses alimentos com Karina Aragão, nutricionista Pesquisa diz que mais de 50% dos brasileiros estão acima do peso Cirurgia bariátrica é uma das alternativas para o tratamento de pessoas com obesidade São Paulo – Uma pesquisa da Bariatric Surgery Worldwide aponta que 1,7 bilhão de pessoas no mundo sofrem com o excesso de peso e obesidade. O Brasil é o segundo país que mais realiza cirurgias de redução de estômago, chegando, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), a 72 mil cirurgias em 2012, perdendo apenas para os Estados Unidos que, em 2003, fizeram cerca de 150 mil procedimentos. Dados da pesquisa Vigilância de Fatores de risco e proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico revelam que 52,5% dos brasileiros estão acima do peso e 17,5% são obesos. Segundo o gastroenterologista Jose Luis Lopes, o risco durante a cirurgia bariátrica é menor que 2%. “Por outro lado, os problemas de não fazer e continuar obeso são muitos, como o de desenvolver pressão alta, diabetes, dislipidemia (colesterol e/ou triglicérides altos), artropatias (doenças articulares por desgaste) e apneia do sono (alteração na respiração durante o sono). “ Diversas vezes, indivíduos obesos sofrem estigmatização social e discriminação, podendo impactar negativamente em sua qualidade de vida" Saiba mais Existem três tipos de cirurgia: restritiva, caracterizada pela diminuição da quantidade de alimentos que entra no trato gastrointestinal; mal absortiva, que reduz a capacidade de absorção do intestino, e mista, que utiliza as duas técnicas. A mista (bypass em y de Roux) é a mais equilibrada e com bons resultados a curto e longo prazos. Inicialmente, a cirurgia é indicada para pessoas que apresentam índice de massa corporal (IMC = peso/ altura x altura), superior a 40 ou acima de 35 com pelo menos uma comorbidade (diabetes, pressão alta etc.). A cirurgia não deve ser vista como último recurso, mas usada precocemente para evitar a progressão de doenças relacionadas à obesidade, auxiliando a aumentar a longevidade e qualidade de vida das pessoas. Esses riscos acarretam na diminuição da expectativa de vida do paciente”, alerta. Metade dos pacientes que passam pelo procedimento voltam a engordar parcialmente e cerca de 5% das pessoas recuperam o peso que tinham antes de fazer a cirurgia. algo positivo, o que reforça o consumo. “Por outro lado, as crianças são forçadas a ingerir alimentos mais saudáveis, como hortaliças, verduras e legumes, causando na maioria das vezes a recusa por associarem a algo negativo, como a briga dos pais para que elas comam saudavelmente”, afirma a nutricionista. No dia a dia, a especialista recomenda que sejam evitados os alimentos industrializados, frituras e o consumo de sal e açúcar: “Não há motivo para adoçar um suco de abacaxi, por exemplo. Mas o que não deve ser feito é tornar a alimentação saudável algo obrigatório e os alimentos industrializados algo proibido, porque o resultado é desastroso”. Cardápio - Para a mudança dos hábitos alimentares, Karina Aragão recomenda que os pais introduzam no cardápio dos filhos frutas, sejam elas isoladas ou combinadas com outras ou ainda com castanhas, vitaminas de frutas com leite, variando as preparações e evitando a monotonia. Os sanduíches também são boas opções quando montados com pães com menor teor de gordura e menos aditivos, uma fonte de proteína magra como queijo branco ou frango desfiado, acompanhado de salada. “Quem opta por comer em lanchonetes e restaurantes deve priorizar os pratos saudáveis, como saladas e frutas, alimentos ricos em fibras e pobres em açúcar, sal e gordura ruim e, principalmente, ser disciplinado. O ideal é preparar o próprio lanche em casa para não ficar refém do que estes locais oferecem. Planejamento é a palavra-chave”, afirma a nutricionista. Refrigerantes são péssimos. Além de ricos em açúcar e sódio, contêm aditivos químicos que prejudicam, por exemplo, o aproveitamento do cálcio. Salsicha, nuggets, salgadinhos de pacote e macarrão instantâneo são ricos em sódio e gordura e pobres em nutrientes. Alimentos que parecem saudáveis e não são, como sucos industrializados “de caixinha” e cereais matinais também são repletos de sódio, aditivos químicos e pobres nutricionalmente. Por isso, o melhor é aprender a ler os rótulos dos alimentos para não cair nas armadilhas. Fisioterapia durante a gravidez traz benefícios para mães e bebês Exercícios específicos podem ser feitos antes e depois do parto, aliviando dores e ajudando a prevenir ocorrência de doenças A reta final da gravidez pode provocar inchaço, dores na lombar e certo desconforto físico para as gestantes em função das mudanças físicas e hormonais que marcam o período. Muitas vezes, as dores podem aparecer desde o início da gestação devido a alterações posturais anteriores à gestação. O que nem todas as mamães sabem é que a fisioterapia durante a gravidez e após o parto pode aliviar esses sintomas, promovendo bem-estar tanto para a mãe quanto para o bebê. De acordo com a fisioterapeuta Ana Paula Dellalibera Vaz, da Life Clínica, existem hoje exercícios específicos para gestantes que previnem, tratam e reabilitam possíveis disfunções, dores e lesões. “Os exercícios com a musculatura do períneo preparam o corpo da mãe para o parto e previnem problemas como a incontinência urinária de esforço, por exemplo, que podem ocorrer devido ao aumento da pressão sobre o assoalho pélvico pelo crescimento do bebê. Outros exercícios específicos ajudam na prevenção da diabetes e hipertensão gestacional”, afirma a fisioterapeuta. Dentre as atividades, os mais frequentes são alongamentos, fortalecimento, exercícios aeróbicos e consciência corporal, que proporcionam a correção da postura e melhoram a circulação sanguínea. “Esses exercícios vão aliviar a gestante em momentos de câimbras, inchaço, falta de ar e dores que ela possa ter ao longo da gravidez. Alguns movimentos, que são aprendidos com ajuda de um profissional, podem ser repetidos em casa, em momentos de desconforto”, orienta. Dores - A fisioterapia também pode auxiliar nos momentos de dores agudas na coluna, muito frequentes na gestação, através da terapia manual (técnicas de massagens) e termoterapia (calor e frio superficial) uma vez que, a gestante não pode recorrer a medicamentos para dor e antiinflamatórios com frequência. “A Drenagem Linfática também é uma técnica de massagem muito importante para a gestante, pois ajuda a prevenir e tratar os inchaços, controlar a retenção de líquidos e promover bem-estar Gestantes devem fazer exercícios específicos para evitar mal-estar geral”, orienta Ana Paula. No pós-parto, o indicado é fazer drenagem linfática, exercícios perineais, conscientização postural e alongamento. Vale ressaltar que, antes de iniciar a prática dos exercícios, a gestante precisa consultar o obstetra que acompanha a gravidez. “Cada mulher é única, portanto, recebe uma série de exercícios espe- cíficos, com diferentes intensidades e frequências, respeitando o desempenho físico e o tempo de gestação”, finaliza Ana Paula. “Essas atividades, além de aumentarem a autoestima da mãe, diminuem o risco de depressão pós-parto e fortalecem a musculatura, já que os cuidados com o bebê também exigem disposição extra da mãe”, disse.