70% dos Técnicos de Segurança do Trabalho são demitidos por
motivo de relacionamento
A profissão de Técnico de Segurança começou no Brasil com a denominação de inspetor de Segurança.
No segundo momento a alcunha passou a Supervisor de Segurança e logo em seguida, mudou para
Técnico de Segurança do Trabalho.A própria nomenclatura da profissão induz a conduta de
relacionamento que traz muitos prejuízos para a vida profissional dos nossos colegas de profissão.
Não está claro que a função do técnico é ser promotor de Segurança e Saúde no Trabalho. Vale lembrar
que promover é diferente de um executor. Essa confusão fortalece a conduta generalista, ou seja, o faz
tudo. Sabemos, também, que o TST é uma das poucas profissões em que as funções são estabelecidas
por lei através da portaria 3275/MTE – que levada a rigor, contempla quase que 100% das ações do
profissional sem desvio de função. Fazer gestão e promover, o que é mais amplo do que fscalização e
cumprimento da legislação e apontamento de erros e defeitos.
Existe uma tese bem conhecida nas relações do trabalho de que, o sucesso de uma profissão no nível
médio que é nosso caso, ela não pode ser por imposição ela deve ser conquistada nas relações de
trabalho. Considerando essas variáveis, podemos reduziremos um câncer da profissão, chamado: Desvio
de função. Muitas vezes a necessidade de manter o emprego, força o técnico a cumprir ordens que não
condizem com as funções já estabelecidas. Vale salientar que todas estas dificuldades elas não se
resumem apenas ao TST. Acompanha também todos os profissionais de SESMT – Serviço Especializado
de Segurança e Saúde no Trabalho, com menos grau de intensidade, essa realidade atinge mais o
técnico por estar mais ligado de forma presencial ao local de trabalho, interagindo com a rotina produtiva
da empresa.
Nesse sentido, quando o TST conseguir se colocar como promotor da saúde e segurança do trabalho,
aplicando mecanismos de avaliação de desempenho e demonstração de forma clara que suas ações
proporcionam o ganho de qualidade de vida no trabalho e agregando valores para o negocio da empresa
para o trabalhador, considerando as Normas do Estado, o profissional será mais respeitado e minimizará
essa tragédia de que 70% do TST são demitidos por questões de relacionamentos e não por
desempenho técnico.
Várias podem ser as justificativas para uma demissão, desde o comportamento do colaborador até
mudanças estruturais nas empresas. Mas uma coisa é fato: quase sempre, dependendo do motivo, o
colaborador não é informado nem percebe que perderá o emprego
Uma pesquisa realizada pela Curriculum aponta que os dois principais motivos pelos quais empresas
demitem seus colaboradores são o baixo desempenho ou comportamento inadequado. Segundo o
levantamento, as duas situações, juntas, respondem por 62% das demissões. Bem, mas o que são os
outros 38%?
Várias podem ser as justificativas para uma demissão, desde o comportamento do colaborador até
mudanças estruturais nas empresas. Mas uma coisa é fato: quase sempre, dependendo do motivo, o
colaborador não é informado nem percebe que será demitido. Só que, segundo o presidente da
Curriculum, Marcelo Abrileri, é possível o funcionário identificar através de alguns sinais que seu emprego
está ameaçado. Veja abaixo uma lista com os oito principais indícios que ele considerou:
1) Redução de responsabilidades
Quando se percebe que os papéis do profissional estão sendo restringidos de maneira programada,
significa que a esfera de atuação dele está sendo reduzida. Ausência de responsabilidades e novos
projetos podem ser sinal de uma possível demissão. No caso de pessoas da esfera gerencial, quando
deixam de ser convidadas para reuniões estratégicas à continuidade das suas funções, é sinal que estão
sendo afastadas das decisões e também um indício de redução do papel delas dentro da organização.
Novamente pode ser também sinal de desligamento do funcionário.
2) Reestruturação e mudanças
Em momentos de reestruturação de equipes e demissões, poucos são os empregados que estão imunes.
São eles apenas os que conduzem os processos de reestruturação. As primeiras áreas a sofrerem cortes
muito comumente são a comercial e a de marketing. Diante da necessidade de redução ou otimização de
custos, é muito comum a aplicação de métodos como downsizing, reengenharia de processos, além da
terceirização de algumas atividades. É frequente ocorrer grande número de demissões com estes
processos.
3) Negócios ruins para a empresa
É a situação difícil e clássica em que a companhia, mesmo considerando bem seus colaboradores, vê-se
obrigada a realizar cortes. Nessa hora, há de se avaliar onde serão realizados os cortes, pois eles podem
ocorrer em áreas de diretoria e até mesmo num departamento inteiro que seja pouco ou nada lucrativo.
4) Venda da empresa
Na maior parte das vezes quando há venda da companhia, acaba ocorrendo mudança de diretoria e de
gestores. Neste caso, é necessário verificar se o novo gestor já tem um time anterior de que gosta e com
quem está acostumado a trabalhar. Em caso positivo, é necessária atenção, pois talvez ele tenha em
mente uma equipe com quem já trabalhou, podendo haver substituições.
5) União com outra empresa
Em caso de merge (união de duas companhias), além da possível mudança da diretoria e dos gestores,
há também, em muitos casos, mais pessoas com características e competências similares. Também é
bastante provável que apenas uma parte destas pessoas continue trabalhando na empresa.
6) Atribuição de tarefas de pouca importância
Quando o colaborador começa a receber tarefas com pouca importância, ou sem nenhum objetivo ou
sentido definido para o negócio da companhia, pode ser um sinal de que este empregado já não está
mais alinhado com a equipe, o que pode também ser um indício de demissão à vista.
7) Anúncio de vagas na mesma posição do atual funcionário
Se isso acontecer e nenhuma expansão de equipe foi comunicada, pode ser um sinal de que a posição
do profissional no organograma pode vir a ser preenchida por outra pessoa. Muita atenção nesta hora.
8) Conflitos com equipe e chefes
Se nem a equipe nem o chefe estão em harmonia com o profissional, este pode ser um indício de que as
coisas não estão indo bem. O problema pode acabar sendo resolvido com uma demissão. Portanto, é
necessário que a pessoa tome cuidado, evitando assumir posturas conflitantes.
“Buscar uma nova recolocação profissional é algo extremamente lícito e saudável, quando realmente o
candidato não vê mais futuro dentro da empresa ou não deseja mais continuar nela. No entanto, se este
não é o caso e ele deseja permanecer no emprego atual, ele deve dar o melhor de si. Isso deve estar
alinhado com o desejo da companhia em retê-lo”, conclui Abrileri.
Fonte: SINTESP
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