ID: 58026518
20-02-2015
Tiragem: 16364
Pág: 14
País: Portugal
Cores: Cor
Period.: Diária
Área: 15,77 x 10,73 cm²
Âmbito: Economia, Negócios e.
Corte: 1 de 1
Saúde
Administradores dos hospitais apelam
para que demissões “não se tornem virais”
Os administradores hospitalares
compreenderm a vaga de
demissões em bloco dos chefes
dos serviços e das urgências
que têm vindo a acontecer
nos maiores hospitais do país, nos
últimos oito meses. No entanto,
a presidente da Associação
dos Administradores Hospitalares
(APAH) espera que as demissões
“não se transformem num
comportamento viral” e que
esta “não seja uma nova forma
de fazer gestão hospitalar”.
Marta Temido reconhece
as dificuldades acrescidas
nos hospitais e o cenário de
“difícil gestão” mas não ao ponto
de estarem “ingovernáveis”.
Ontem houve mais uma demissão
na saúde. O director clínico do
Centro Hospitalar Lisboa Norte,
do qual fazem parte os hospitais
de Santa Maria – o maior
do país – e o Pulido Valente,
pediu a demissão alegando
razões académicas. Mas segundo
o Sindicato Independente dos
Médicos (SIM) existia um mal-estar interno entre o médico e
o corpo clínico. Para o secretário-geral do SIM, Roque da Cunha,
este pedido de demissão resulta
de um “erro de ‘casting’”
e não está relacionado
com as demissões em
bloco dos directores de
serviços e de urgência.
Um dia antes de Miguel
Oliveira e Silva
ter pedido a
demissão do
Santa Maria, quase todos os
directores de serviços (28 dos 33)
do Amadora-Sintra puseram o
lugar à disposição em protesto
contra a “contínua degradação
das condições de trabalho e da
qualidade assistencial” e “a falta
de pessoal”. Contas feitas, desde
Junho e sem a demissão do Santa
Maria, houve quatro demissões
em bloco de chefes de urgências
ou de serviços dos maiores
hospitais do País – São João,
Garcia de Orta, Amadora-Sintra.
Cenário que levou o PS a pedir
novamente a demissão do
ministro Paulo Macedo ou, em
alternativa, que tome
“medidas drásticas”
para resolver o
“caos” no SNS. A.P.
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