DESCRIPÇÃO SEGMENTAR
NAS ANOMALIAS
CONGENITAS
INTRODUÇÃO
• A análise segmentar seqüencial permite a
descrição das malformações cardíacas
congênitas complexas de maneira direta e
simples
INTRODUÇÃO
• Todos os corações normais e anormais são
constituídos por três segmentos: átrios, massa
ventricular e os troncos arteriais
• Podem também ocorrer anormalidades na entrada das
grandes veias ou na saída das artérias do coração
ACHADOS USUAIS
• Os termos “morfologicamente esquerdo”
e “morfologicamente direito” devem ser
usados para descrever as estruturas
• Dessa forma, as descrições terão sentido
mesmo quando as estruturas estiverem
localizadas anormalmente
ÁTRIOS
• Para os átrios, o componente
mais constante é o apêndice atrial
• A forma do direito é um triângulo
de base larga, enquanto o
esquerdo é tubular e encurvado
ÁTRIOS
 Ainda mais diferente é a junção
entre o apêndice e o componente
atrial de parede lisa
 No apêndice morfologicamente
direito, tal junção é ampla e marcada
por uma extensa crista com músculos
pectíneos, enquanto no esquerdo ela
é estreita, sem cristas e com poucos
músculos pectíneos
MASSA VENTRICULAR
• Quase sempre com dois
ventrículos, raramente apresenta
um ventrículo único de morfologia
indeterminada
MASSA VENTRICULAR
 A morfologia é melhor
determinada através do
componente trabecular apical
 Trabeculações grosseiras são
características do ventrículo
morfologicamente direito, e
trabeculações finas do ventrículo
morfologicamente esquerdo
MASSA VENTRICULAR
 Todos os ventrículos podem possuir
componentes de entrada e/ou de
saída, normais possuem um de cada
 O melhor guia para distinguir o
ventrículo direito que só tem uma via
de entrada é a presença de cordas
tendíneas, fixando o aparelho valvar
tricuspídeo ao septo; situação não
observada no ventrículo
morfologicamente esquerdo
Atlas Colorido de Cardopatias Congênitas, Correlações Clínico-Morfológicas, 1995.
Robert H. Anderson. Tradução: Vera Demarchi Aiello
TRONCOS ARTERIAIS
 São sempre identificados por
seu padrão de ramificação
 Em corações normais a aorta
da origem a ramos sistêmicos e
coronarianos; enquanto o tronco
pulmonar dividi-se em artérias
pulmonar esquerda e direita
TRONCOS ARTERIAIS
 Outras duas formas de arranjo dos
arteriais podem ser encontradas: a
primeira o tronco arterial é comum,
suprindo diretamente ramos
sistêmicos e pulmonares; o segunda
ocorre sem a presença de artérias
pulmonares centrais intrapericárdicas,
sendo melhor descrita como tronco
arterial solitário
Atlas Colorido de Cardopatias Congênitas, Correlações Clínico-Morfológicas, 1995.
Robert H. Anderson. Tradução: Vera Demarchi Aiello
ARRANJO ATRIAL
• Quatro formas possíveis: o
usual ou solitus, em espelho ou
inverso e os isomerismos atriais,
esquerdo e direito, onde ambos
os átrios apresentam a mesma
morfologia
ARRANJO ATRIAL
 O arranjo atrial tipo solitus e tipo em
espelho, normalmente acompanham
o arranjo dos demais órgão torácicos
e abdominais
 Entretanto os padrões tipo
isomerismo, geralmente estão
associados a um padrão irregular dos
outros órgãos, chamado do
heterotaxia
ARRANJO ATRIAL
• O isomerismo dos brônquios
quase sempre se correlaciona
com o isomerismo atrial
• Já os órgão abdominais a
variabilidade é bem maior
VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
ATRIOVENTRICULAR
• Existem dois grupos de
conexões atrioventriculares: as
biventriculares, cada átrio está
conectado ao seu próprio
ventrículo; e as conexões
univentriculares
VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
ATRIOVENTRICULAR
 As conexões biventriculares podem
ser ainda classificadas em
concordantes, onde AD está
conectado ao VD e AE ao VE ou
discordantes, onde AD para VE e AE
para VD
 Quando os apêndices atriais são
isoméricos as conexões
biventriculares são classificadas
como ambíguas
VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
ATRIOVENTRICULAR
 As conexões univentriculares são
encontradas sempre que um
ventrículo tem uma dupla via de
entrada, ou então quando a conexão
à direita ou à esquerda está ausente
 Podem ainda ser subclassificadas
em: morfologicamente de ventrículo
esquerdo, morfologicamente de
ventrículo direito, ou ainda de
morfologia indeterminada
VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
ATRIOVENTRICULAR
• Ainda nas conexões
univentriculares pode haver duas
valvas atrioventriculares ou então
uma valva única
VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
ATRIOVENTRICULAR
 Quando há duas valvas
atrioventriculares, uma pode ser
estenótica, regurgitante, imperfurada,
apresentar inserção de seu aparelho
valvar em ambos os lados do septo, ou
ainda apresentar cavalgamento no septo
 Quando existe uma valva AV
cavalgando, a morfologia do coração será
intermediária entre a conexão AV
biventricular e a univentricular
VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
ATRIOVENTRICULAR
 Se menos de 50% da valva
cavalga o septo, então a conexão
é descrita como biventricular
 A conexão será univentricular
apenas se mais de 50% de
ambas as valvas se abrem dentro
de um mesmo ventrículo
VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
VENTRICULOARTERIAL
• Quando há dois troncos arteriais
presentes, eles podem estar
conectados a massa ventricular de
forma concordante ou discordante
• Alternativamente, ambas as artérias
podem emergir de um mesmo
ventrículo, que poderá ser o direito,
esquerdo, ou de morfologia
indeterminada
VARIAÇÃO NA JUNÇÃO
VENTRICULOARTERIAL
• Quando apenas um tronco
arterial está conectado à massa
ventricular, então existe via de
saída única do coração
• Tronco comum ou tronco
solitário, guarnecido por uma
valva arterial comum
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Descrição Segmentar nas Anomalias Congenitas