Segurança Pública na Faixa de Fronteira: diagnóstico da cooperação na América do Sul Prof. Alcides Costa Vaz IREL-UnB VII Fórum Nacional de Segurança Pública UFMT Cuiabá, Julho de 2013. O que torna a cooperação necessária? A natureza e alcance dos desafios à segurança acentuados pelas vulnerabilidades dos espaços fronteiriços Pressões provindas das dinâmicas econômicas e sociais sobre as fronteiras Recursos materiais, humanos, financeiros e tecnológicos limitados Interesse/necessidade de otimizar recursos e experiências Fatores Restritivos Injunções e condicionamentos políticos fomentando visões díspares e desconfianças dentro e entre os países Fragilidades do ordenamento institucional e jurídico acentuadas pela marginalização das regiões fronteiriças Recursos materiais, econômicos, humanos e tecnológicos limitados Introspecção dos orgãos de segurança Falta de confiança Âmbitos da Cooperação Regional em Segurança Diálogo Político Cooperação Militar Cooperação Policial Cooperação Judicial Cooperação em Inteligência MAS nas regiões de fronteiras se concentram essencialmente nos campos militar e policial. Os Principais Fóruns Regionais No plano hemisférico: Organização dos Estados Americanos (OEA), CS-OEA, CICT, CICAD Latino Americanos: Grupo do Rio, OPANAL, Centro Americanos e Caribenhos: SICA, CARICOM, Sul-Americanos: UNASUL, CAN, OTCA, ALBA, MERCOSUL UNASUL Conselho Sul Americano de Defesa (2008) Conselho sobre o Problema Mundial das Drogas (2009) Conselho Sul Americano em Matéria de Segurança Cidadã, Justica e Coordenação de Ações Contra a Deliquencia Organizada Transnacional (2012) Características Gerais da CSF Prevalência de iniciativas nacionais com limitada articulação bilateral Plataformas institucionais regionais ainda recentes Inexistência de referencias empíricas consolidadas entre diferentes áreas e modalidades Pressões pelo alargamento de seu alcance e escopo, mas condução ainda difusa. Avaliação Geral Baixa visibilidade, mas a CSF se expande gradualmente, mas ainda com baixos níveis de coordenação; nos planos bilaterais e regional. Baixa efetividade dos canais bilaterais para o tratamento das questões fronteiriças (comitês de fronteira e COMBIFRONS) Construção institucional e o diálogo político regional ainda em estágios iniciais Tendência à concentração em questões afetas aos controles fronteiriços (migrações e aduanas) e nas ameaças prementes (combate às drogas e ao crime organizado). Valorização da cooperação em defesa e das sinergias com a segurança pública; Preocupações crescentes com a relativa desarticulação das políticas e ações nacionais; Valorização de maior autonomia, mas a cooperação segue ainda dependente de insumos externos em alguns âmbitos. OBRIGADO! • o tráfico de seres humanos; • os ataques à segurança cibernética; • a possibilidade de acidente ou incidente durante o transporte marítimo de materiais potencialmente perigosos; • a possibilidade do acesso, posse e uso de armas de destruição em massa e seus sistemas vetores por terroristas. Panorama de Segurança Regional Baixo nível de conflitividade inter-estatal Elevados índices de criminalidade e de violência Forte presença do crime organizado e da deliquência transnacional Expansão dos diferentes modalidades de tráfico (drogas ilícitas, armas, munições, espécies, recursos naturais, seres humanos) Pressões sobre recursos naturais e de biodiversidade; Panorama da Segurança Regional Debilidade e desarticulação das instituições de segurança Elevados níveis de corrupção Os Principais Desafios Percebidos Declaração de Segurança das Américas, 2003. • o terrorismo, o crime organizado transnacional, as drogas, a corrupção, a lavagem de ativos, o tráfico ilícito de armas e as conexões entre eles; • a pobreza extrema e a exclusão social; • os desastres naturais e os de origem humana, o HIV/AIDS e outras doenças, outros riscos à saúde e a deterioração do meio ambiente; Os Âmbitos da Cooperação Regional Diálogo Político Defesa Cooperação Judicial Cooperação Policial Inteligência O Diálogo Político Regional sobre Segurança e Defesa • • • • • • • • • Fomento às Medidas de Confiança Mútua Segurança, estabilidade democrática e DDHH. Combate às drogas, ao tráfico de armas, ao crime organizado e à corrupção; Prevenção e resolução de conflitos; Missões de Paz Questões fronteiriças; Indústria de armamentos; P&D e desenvolvimento de produtos de segurança e defesa. Ameaças à segurança humana; Segurança cibernética; Cooperação em Defesa Mecanismos bilaterais: mecanismos de consulta e coordenação; grupos de trabalho e comissões de defesa; intercâmbio educacional e exercícios conjuntos; medidas de confiança Mecanismos e ações multilaterais: Acordos Marcos de Cooperação, operações conjuntas (Cabañas), Medidas de Confiança. Ainda muito dependente de apoio e recursos externos (EUA em particular). Cooperação Judicial Regida pelos acordos bilaterais ou multilaterais assinados nessa área pelos diversos países e, na sua ausência, pelos princípios de voluntariedade e reciprocidade. Na região, é eminentemente bilateral. Principais objetos: assistência mútua em matéria penal, com ênfase gradual em novos temas como espaços jurídicos transnacionais, Direitos Humanos, Direitos Sociais e Direito Ambiental. Instrumentos básicos CARTAS ROGATÓRIAS : solicitações de assistência judicial dirigidas às autoridades judiciais estrangeiras para a obtenção de informação ou provas ou para a prática de diligências. PRECATÓRIAS: mandatos expedidos pelas autoridades judiciais para que um agente diplomático ou consular realize determinadas diligências. OFÍCIOS DE SOLICITAÇÃO: pedidos de assistência judicial encaminhados às representações diplomáticas credenciadas. Cooperação Policial Principais dimensões: - Formação e treinamento - Intercâmbio de experiências e práticas - Coordenação de ações - Produção e compartilhamento de informações e inteligência. Cooperação em Inteligência Encontros de Oficiais de Inteligência Intercâmbio de Informações Ações conjuntas