Da Medicina Baseada em Evidências à Pesquisa Translacional: refletindo sobre paradigmas Profa. Melania Amorim UFCG – IMIP – IPESQ - ISEA 3/8/2011 Medicina Baseada em Evidências O que significa? “ Uso consciencioso, explícito e judicioso das melhores evidências científicas correntemente disponíveis para tomar decisões relativas ao cuidado de pacientes individuais ” SACKETT DL, ROSENBERG WM, GRAY JA, HAYNES RB, RICHARDSON WS. Evidence-based medicine: what it is and what it isn't. Br Med J. 1996; 312:71-72. Editorial Medicina Baseada em Evidências Existe uma Medicina não baseada em evidências? Conceitos clássicos: Medicina Ciência e Arte Medicina NÃO é Ciência no conceito popperiano Como surgiram as práticas médicas? “Mitologia” médica Medicina Baseada em Evidências COMO NASCE UM PARADIGMA? (macacos e bananas) www.professores.uff.br/jorge/paradigma.pdf Medicina Baseada em Evidências Quando começou? China, a.C. 1743: tratamento do escorbuto Londres (século 19 – Snow) Viena (século 19 – Semmelweiss) Pilares da MBE Medicina Baseada em Evidências 1743 Medicina Baseada em Evidências Medicina Baseada em Evidências Tratamentos: • 1/4 de cidra/ dia • 25 gotas de um elixir (vitriol) • 2 colheres de vinagre • água do mar • 2 laranjas e 1 limão • noz-moscada Medicina Baseada em Evidências Medicina Baseada em Evidências Medicina Baseada em Evidências Medicina Baseada em Evidências First Clinic Second Clinic Births Deaths Rate (%) Births Deaths Rate (%) 1841 3,036 237 7.8 2,442 86 3.5 1842 3,287 518 15.8 2,659 202 7.6 1843 3,060 274 9.0 2,739 164 6.0 1844 3,157 260 8.2 2,956 68 2.3 1845 3,492 241 6.9 3,241 66 2.04 1846 4,010 459 11.5 3,754 105 2.8 Total 20,042 1,989 17,791 691 Average 1841-1846 9.92 3.88 Medicina Baseada em Evidências Puerperal fever mortality rates for the First and Second Clinic at the Vienna General Hospital 1841–1846 Medicina Baseada em Evidências Quando começou? Definição do termo: 1992 (Evidence Based Medicine Working Group) NOVO PARADIGMA (Kuhn) Medicina Baseada em Evidências “ In God we trust, the rest must show data ” Curt D. Furberg, M.D. American College of Cardiology Meeting, Orlando, 1996 Medicina Baseada em Evidências O que é? A prática da MBE consiste na integração de: Experiência clínica individual com As melhores evidências clínicas disponíveis obtidas em pesquisas sistemáticas e As características e expectativas dos pacientes Medicina Baseada em Evidências I. Experiência clínica individual Proficiência, habilidade e julgamento adquirido pelos médicos, individualmente, através da experiência e da prática clinica Essencial para determinar se as evidências ou as orientações se aplicam (e como) a determinado(s) paciente(s) Medicina Baseada em Evidências II. Evidências clínicas externas Evidências obtidas em pesquisas confiáveis com seres humanos Estudos ideais: ENSAIOS CLÍNICOS RANDOMIZADOS (“padrão-ouro”) Evidências recentes (últimos 10 anos) Substituem testes diagnósticos e tratamentos existentes por outros mais acurados, mais eficazes e mais inócuos Medicina Baseada em Evidências Tipos de Estudos OBSERVACIONAIS DESCRITIVOS INTERVENÇÃO ANALÍTICOS Relatos de Caso COORTE Séries de Casos CASO-CONTROLE Estudos transversais ENSAIOS CLÍNICOS Fase I Fase II Fase III Randomizados Não-randomizados Níveis de Evidências ECR Revisão Sistemática Metanálise Coorte Caso controle Séries de casos Opinião de especialistas Níveis de Evidências Ia Metanálises e ensaios clínicos randomizados Ib Estudos clínicos randomizados IIa Ao menos um estudo clínico bem desenhado sem randomização IIb Ao menos um outro tipo de estudo bem desenhado III Estudos descritivos bem desenhados IV Relatos de comitês de experts e/ou experiência clínica de autoridades Medicina Baseada em Evidências Graus de Recomendação A Exige ao menos um ECR como parte de experiência clínica publicada de boa qualidade e dirigida à recomendação específica (níveis Ia, Ib) B Exige a disponibilidades de estudos controlados bem desenhados mas não randomizados relativos à recomendação (níveis IIa, IIb, III) C Exige evidências obtidas de relatos de comitê de experts ou opiniões e/ou experiência clínica de autoridades reconhecidas. Indica a ausência estudos clínicos de boa qualidade (nível IV) CAM-IMIP Sistemas de Classificação das Evidências Nivel de Nível de evidência evidência I RS, ECR II Coorte Graus de recomendação A B III Caso-controle IV Série de casos C V Opinião de experts D Oxford Centre of Evidence Based Medicine; http://www.cebm.net 23 Sistemas de Classificação das Evidências From Levels to Grades Grades equal to levels 45% Increased grades 1 or 2 steps 48% Increased grades from C to A 27% Increased grades from B to A or C to B 21% Decreased grades 1 or 2 steps - 7% http://www.cc-ims.net/revman/other-resources/gradepro Medicina Baseada em Evidências III. Características e expectativas dos pacientes CRENÇAS CULTURAIS VALORES PESSOAIS EXPERIÊNCIAS ANTERIORES NÍVEL EDUCACIONAL NÍVEL SÓCIO-ECONÔMICO Medicina Baseada em Evidências III. Características e expectativas dos pacientes Sempre tiveram um papel central para determinar se um tratamento ou intervenção será realizado (e qual o tratamento ou intervenção) Tem havido uma progressiva melhora na atenção médica a estes valores e expectativas Evidências Experiência clínica Paciente TOMADA DE DECISÃO CLÍNICA Medicina Baseada em Evidências O que não é? MBE não é “receita de bolo” (as evidências precisam ser extrapoladas para as características únicas de cada paciente) MBE não tem por finalidade o corte de gastos (às vezes quando a eficácia é otimizada os custos se elevam, e não caem) Medicina Baseada em Evidências O que não é? MBE nem é fácil de seguir nem impossível de se praticar MBE não se restringe aos ensaios clínicos controlados e às metanálises (algumas questões da prática clínica requerem outros tipos de estudos) Medicina Baseada em Evidências Questões da Prática Clínica DIAGNÓSTICO TRATAMENTO PROGNÓSTICO ETIOLOGIA PREVENÇÃO Medicina Baseada em Evidências Por que não é fácil de seguir? Para se manter atualizado em clínica médica seria necessário se ler 19 artigos por dia (FONTES PRIMÁRIAS) durante todos os dias do ano (Davidoff et al., 1995). Evidence-based medicine; a new journal to help doctors identify the information they need. BMJ 1995;310:1085-6. Medicina Baseada em Evidências Por que não é fácil de seguir? Surgimento constante de novos tratamentos Abundância de novas referências bibliográficas Necessidade de análise crítica dos artigos científicos Problemas inerentes aos livros-texto Medicina Baseada em Evidências Medicina Baseada em Evidências Por que não é fácil de seguir? Análise Crítica dos Artigos Científicos DESENHO DO ESTUDO TAMANHO DA AMOSTRA – PODER ESTATÍSTICO POSSÍVEIS VIESES (BIAS) ANÁLISE ESTATÍSTICA INTERPRETAÇÃO – NNT Medicina Baseada em Evidências Por que não é impossível? Revisões sistemáticas Metanálises Fontes secundárias: COCHRANE, revistas sobre MBE Bancos de dados: MEDLINE, EMBASE, LILACS, SCIELO, SCOPUS Medicina Baseada em Evidências Por que não é impossível? Bancos de Dados MEDLINE SCOPUS http://www.pubmed.org http://www.scopus.com LILACS SCIELO http://www.bireme.br http://www.scielo.org EMBASE http://www.embase.com Medicina Baseada em Evidências Por que não é impossível? Bancos de Dados DeCS – MESH Operadores booleanos AND – OR – NOT Iniciando a pesquisa Refinando a pesquisa Limites (PERÍODO, AUTOR, TIPO DE ESTUDO, REVISTA, LOCAL DE PUBLICAÇÃO, LÍNGUA) Medicina Baseada em Evidências Por que não é impossível? MEDLINE http://askmedline.nlm.nih.gov/ask/pico.php Problem Intervention Control Outcome(s) Surveillance SISTEMATIZAR A PESQUISA Medicina Baseada em Evidências Por que não é impossível? Bancos de dados e sites para acesso ao texto completo online: http://www.mdconsult.com http://www.bireme.br (SCIELO) http://www.freemedicaljournals.com ACESSO VIA PERIÓDICOS CAPES http://www.periodicos.capes.gov.br Medicina Baseada em Evidências Por que não é impossível? UPTODATE (http://www.uptodate.com) Revisão narrativa baseada em evidências Sistema de apoio às boas práticas clínicas Atualizado periodicamente Usa as melhores evidências científicas correntemente disponíveis para responder às principais questões clínicas rápida e facilmente Economiza tempo, melhora os desfechos e reduz os gastos em saúde Medicina Baseada em Evidências Cinco passos para praticar MBE 1. Elaborar uma pergunta a ser respondida 2. Pesquisa das melhores evidências 3. Avaliação crítica das evidências 4. Integração das evidências com a experiência e com as características individuais de cada caso => IMPLEMENTAÇÃO DE NOVAS PRÁTICAS 5. Avaliação da própria performance Medicina Baseada em Evidências Como pesquisar rapidamente as evidências disponíveis? Revisões sistemáticas (atualizadas periodicamente) de ensaios clinicos randomizados THE COCHRANE COLLABORATION Medicina Baseada em Evidências Revisões Sistemáticas Incluem ECR já realizados (dados publicados ou não) Análise rigorosa dos métodos (incluídos apenas ECR de boa qualidade) Resumo estatístico dos divesos desfechos dos ECR THE COCHRANE COLLABORATION THE COCHRANE LIBRARY http://www.cochrane.org http://www2.cochrane.org/reviews/en/ab009217.html BIBLIOTECA COCHRANE ACESSO PELA BIREME (GRATUITO) PESQUISA COMPLETA Medicina Baseada em Evidências IC 95% OR Metanálise 0,1 0,2 Redução do risco 1 5 10 Aumento do risco Corticoterapia x SDRN Roberts D, Dalziel S. Antenatal corticosteroids for accelerating fetal lung maturation for women at risk of preterm birth. In: The Cochrane Library, Issue 6, 2011. UTILIZAÇÃO DE ANTIBIOTICOPROFILAXIA INTRAPARTO E SEPSE NEONATAL PRECOCE POR EGB Razão de Risco (IC 95%) RR IC95% Estudo Tratamento Controle Boyer, 1986 0/85 4/79 0,12 (0,02-0,70) Matorras, 1991 0/60 3/65 0,14 (0,01-1,39) Tuppuralnen, 1989 1/88 5/111 0,13 (0,01-1,22) 0,22 (0,07-0,76) 0,17 (0,07-0,39) TOTAL 1/233 12/255 0,05 0,1 1 10 200 Ohlsson A, Shah ViS. Intrapartum antibiotics for known maternal Group B streptococcal colonization.In: The Cochrane Library, Issue 06, 2011 MgSO4 x PLACEBO: ECLAMPSIA Episiotomia e trauma perineal grave Episiotomia e necessidade de sutura Medicina Baseada em Evidências Por que pesquisar revisões sistemáticas? As conclusões encontradas têm maior chance de ser verdadeiras do que a pesquisa e avaliação individual Permitem a síntese de informações Resolvem a questão das “controvérsias” Economiza o precioso e escasso tempo do profissional de saúde Medicina Baseada em Evidências Por que pesquisar revisões sistemáticas? Evita erros e duplicação de pesquisas Aumento do poder estatístico para evidenciar diferenças Podem definir a necessidade de novos ECR Podem orientar a tomada de decisões Medicina Baseada em Evidências Revisões Sistemáticas GRAUS DE RECOMENDAÇÃO A: Evidências fortes o suficiente para recomendar a intervenção B: Evidências insuficientes para recomendar ou contra-indicar a conduta C: Evidências fortes o suficiente para contra-indicar a conduta Medicina Baseada em Evidências Como pesquisar rapidamente as evidências disponíveis? Revistas de MBE que publicam pela segunda vez artigos clínicos revisados com conclusões consideradas válidas (são revisados cerca de 50-70 artigos por semana para selecionar os mais relevantes) Ex.: Evidence-based Obstetrics & Gynecology Medicina Baseada em Evidências Recursos de MBE 1. NHS Research and Development. Center for EvidenceBased Medicine http://cebm.jr2.ox.ac.uk 2. Cochrane Collaboration http://www.cochrane.org 3. Evidence-based Medicine http://hiru.hirunet.mcmaster.ca/ebm/ 4. Evidence-based Medicine Journal http://www.acponline.org/journals/ebm/ebmmenu.htm 5. InfoPOEMs (Patient Oriented Evidence that Matters) http://www.infopoems.com Medicina Baseada em Evidências Recursos de MBE 6. TRIPDATABASE http://www.tripdatabase.com 7. Núcleo de Medicina Baseada em Evidências http://www.esp.ce.gov.br/evidenciaufc 8. BIREME (com acesso à COCHRANE) http://cochrane.bvsalud.org/portal/php/index.php?lang=pt 9. Evidencias.com http://www.evidencias.com Medicina Baseada em Evidências http://library.umassmed.edu/EBM/index.cfm Medicina Baseada em Evidências Levando a pesquisa para a prática clínica Criar evidências Sumariar as evidências Disseminar as evidências Implementar as evidências Medicina Baseada em Evidências Criar Evidências Pesquisa básica Estudos de observação Ensaios clínicos randomizados (ECR) Medicina Baseada em Evidências Sumariar Evidências Metanálises Revisões sistemáticas COCHRANE Centros de MBE Medicina Baseada em Evidências Disseminar Evidências Diretrizes COCHRANE Educação Médica continuada Programas de Residência Médica Pós-Graduação Publicações de MBE Medicina Baseada em Evidências Disseminar Evidências DIRETRIZES Recomendações para manejo de pacientes com situações clínicas específicas Recomendações baseadas em evidências Graus de recomendação Atualização periódica Medicina Baseada em Evidências Disseminar Evidências DIRETRIZES CDC http://www.cdc.gov US Preventive Services Task Force National Guideline Clearing House http://www.guideline.gov/ OMS http://www.who.int Medicina Baseada em Evidências Disseminar Evidências DIRETRIZES Projeto Diretrizes (AMB) http:www.amb.org.br http:www.febrasgo.org Medicina Baseada em Evidências Desafios Analisar a eficácia da prática da MBE Gerar evidências avaliando a MBE Papel da MBE na tomada de decisões práticas, inclusive em emergências Estratégias para educação e disseminação das ferramentas da MBE Medicina Baseada em Evidências Estratégias para educação e disseminação das ferramentas da MBE Avaliar atitudes dos médicos em relação a MBE Avaliar o conhecimento médico das ferramentas metodológicas para compreensão dos diversos estudos Pesquisa formativa Desenvolver estratégias para educação em MBE Medicina Baseada em Evidências Limitações Controvérsias – METANÁLISES X ECR Evidências não disponíveis – só detectada sua falta quando se realiza uma revisão sistemática Evidências insuficientes Medicina Baseada em Evidências E o futuro? Apesar da resistência (ainda) de alguns profissionais, o paradigma da MBE já é “ciência normal” Medicina translacional – “from bench to bedside” como evolução e futura superação da MBE Medicina Translacional Refletindo sobre paradigmas A medicina translacional consiste na prática médica baseada na epidemiologia intervencionista. Surge como progressão natural da MBE (superação do paradigma). Objetiva melhorar a saúde e a longevidade da população mundial. Medicina Translacional Refletindo sobre paradigmas Depende da integração das pesquisas básicas com a arena da investigação clínica, traduzindo os resultados dos ECR em mudanças da prática clínica, informadas por evidências não apenas das ciências da saúde, mas também das ciências políticas e sociais… Medicina Translacional Ou seja: Integra as ciências básicas, sociais e políticas (transdisciplinaridade) com o objetivo de otimizar os cuidados com os pacientes e estabelecer medidas preventivas que se estendem além dos serviços de saúde. Medicina Translacional Ou seja: Permite a transposição da Medicina Baseada em Evidências para soluções SUSTENTÁVEIS para os problemas de saúde pública. Paradigma de sustentabilidade: integração de políticas efetivas de saúde com a ecologia. Medicina Translacional Medicina Translacional Fases da pesquisa translacional FASE 1: “From bench to bedside” Processo de pesquisa que explora necessidades, desenvolve tratamentos potenciais em pesquisa básica e avalia eficácia e segurança (ECR) Integração pesquisa básica e medicina clínica (principalmente ECR) Avaliação clínica das terapias derivadas de outras disciplinas (Psicologia, Educação física, Nutrição) Medicina Translacional Fases da pesquisa translacional FASE 2: “na vida real” Avalia como os achados da fase 1 funcionam quando aplicados na rotina clínica. Desenvolvimento e aplicação de novas tecnologias em um processo centrado no paciente. Ênfase nos pacientes e na “vida real”, onde fatores demográficos e prioridades em termos de saúde pública podem modificar a decisão clínica e a resposta terapêutica. Medicina Translacional Fases da pesquisa translacional FASE 2: “na vida real” Permite elaborar guidelines sobre necessidades, aceitabilidade, efetividade e custo-eficácia em ambientes ecológicos e estabelecer políticas para promover a captação para uma ótima gestão e otimização dos recursos. Pesquisas explorando as respostas dos pacientes às intervenções e o cumprimento da prescrição. Medicina Translacional Fases da pesquisa translacional FASE 2: “na vida real” Avaliação de custo-efetividade e economia de recursos. Outros desenhos de estudo necessários, desafiando a hierarquia tradicional da qualidade dos estudos, bem como o financiamento de pesquisas, tradicionalmente dominado pelos ECR: necessidade de abordagens tipológicas não-hierárquicas. Medicina Translacional Fases da pesquisa translacional FASE 3: “soluções sustentáveis” Adiciona as informações necessárias para converter as estratégias de prevenção e tratamento com efetividade e custo-efetividade comprovadas na fase 2 em soluções sustentáveis. Assim, os governos podem gerar políticas de saúde baseadas em evidências. Diferentes tipos de pesquisa necessários. Medicina Translacional Fases da pesquisa translacional FASE 3: “soluções sustentáveis” Deve ser avaliada a complexa interação entre medidas políticas e ambientais que afetam a susceptibilidade a doenças e a sustentabilidade das estratégias clínicas e de saúde pública para prevenção e tratamento. A sustentabilidade depende das evidências! Medicina Translacional Fases da pesquisa translacional FASE 3: evidências para soluções sustentáveis Metodologia de Melhora Contínua (MMC) ou kaizen em japonês Boas práticas – Auditoria Pesquisa não-experimental transdisciplinar para informar melhora da qualidade Obtenção de evidências para transformar os múltiplos fatores ambientais e políticos, o que irá reduzir a necessidade de financiamento para sustentar a intervenção Medicina Translacional Lean MEJ et al. Editorial. Translational research. BMJ 2008; 337:a863 doi: 10.1136/bmj.a863 (Published 28 August) Medicina Translacional Medicina Translacional