XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. AVALIAÇÃO DA MATURIDADE EM GERENCIAMENTO DE PROJETOS PELA METODOLOGIA P3M3 - UM ESTUDO DE CASO PARA DEPARTAMENTO DE EMPRESA VAREJISTA Paulo Otavio Tonin (FIA) [email protected] No ambiente dinâmico e em constante mudança dos negócios atuais, projetos têm assumido um papel fundamental para o desdobramento estratégico. Todavia, a simples adoção de boas práticas em gerenciamento de projetos, não tem garantido sucesso na implantação dos mesmos. A falta de processos padronizados, tornam os resultados imprevisíveis e inviabilizam o retorno sobre o investimento - mesmo com boas práticas já estabelecidas. Modelos de maturidade em gerenciamento de projetos são ferramentas de mensuração e planejamento de melhorias contínuas, visando curvas de aprendizagem cada vez mais aceleradas. Este trabalho procurou diagnosticar - tanto por meios qualitativos como quantitativos - o nível de maturidade de um departamento de uma empresa varejista. Foi utilizado um questionário de autoavaliação para os cálculos, e informações secundárias para auxiliar no diagnóstico. Os resultados obtidos mostraram-se bem aderentes a realidade organizacional, e provaram estatisticamente que a documentação e utilização de lições aprendidas tiveram impacto positivo no nível de maturidade da área estudada. Palavras-chave: Modelos de Maturidade, Avaliação de Maturidade, Gerenciamento de Projetos. XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. 1. Introdução 1.1. Descrição da empresa e detalhamento do caso Fundado por Sam Walton em 1962 o Walmart nasceu no Arkansas, EUA, crescendo vertiginosamente ao oferecer preços baixos todos os dias. Após a abertura de capital em 1972, consolidou-se no varejo norte americano – somando 276 lojas em 11 Estados – ao final desta mesma década. O primeiro hipermercado Supercenter abriu suas portas em 1988 e, já no ano seguinte, havia 1.402 lojas Walmart, 123 Sam’s Club e uma oferta de empregos dez vezes maior. O início da operação internacional aconteceu na Cidade do México, em 1991, a partir de uma parceria junto à um varejista local; visando amenizar graves diferenças culturais, bem como acelerar a curva de aprendizagem em seu novo mercado (BALL et. al, 2005). O Walmart chegou ao Brasil em 1995 e hoje atende à diferentes clientes, nas suas mais de 550 lojas. Com faturamento de R$ 25,9 bilhões em 2012, emprega cerca de 80 mil pessoas e ocupa a terceira posição no ranking da Associação Brasileira de Supermercados. O presente estudo está focado na investigação e na quantificação do grau de maturidade, em gerenciamento de projetos, da área de Produtividade e Melhoria Contínua, do Walmart Brasil. A tratativa e análise dos dados deu-se com a ajuda da metodologia P3M3® – Portfolio, Programme and Project Management Maturity Model; e, para maior compreensão, a casa P3M3® pode ser visualizada através da Figura 1: FIGURA 1 – Casa do P3M3® Fonte: P3M3® Introduction and Guide - OGC (2010) 2 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. Apesar de funcional, e inserida em uma organização verticalmente estruturada, a área de Produtividade e Melhoria Contínua já encontra-se voltada completamente para projetos. Portanto, diante dos desafios em planejamento e entrega, a lacuna teórica que surge, sobre o nível de maturidade nos processos que a área trabalha, apresenta-se como a questão-chave deste trabalho. Embora configurado como estudo de caso, o trabalho não exclui a contribuição acadêmica que traz, ao empregar uma metodologia não muito conhecida no campo de pesquisa. Além de buscar parâmetros que possam servir de base para posteriores aprimoramentos – correlacionando diferentes fatores organizacionais e encontrando as causas para os resultados obtidos. 2. Referencial teórico 2.1. Os desafios atuais e o gerenciamento de projetos O processo decisório sobre o melhor uso de recursos, destinados à atividades temporárias, para entrega de resultados específicos, pode ser chamado de gerenciamento de projetos (MAXIMIANO, 2006). Carvalho e Rabechini Júnior (2005) afirmam que, de maneira geral, toda empresa vive às custas de projetos – incluindo àquelas cujo produto ou serviço final não sejam gerados através deles. Harrison (2006) complementa que o achatamento das margens, a diminuição dos prazos para inovação, a pressão pela eliminação de desperdícios e a busca por mais qualidade, são fatores preponderantes para projetos organizacionais. A consultoria KPMG (2005) também detectou que atualizações tecnológicas e requerimentos regulatórios e de governança, têm direcionando o aumento de atividades conduzidas por projetos. Desta maneira, projetos podem alavancar as empresas através da entrega de melhores resultados. Tal compreensão, reforça a importância da existência de práticas adequadas ao seu gerenciamento (PRICEWATERHOUSECOOPERS, 2004). Os quais, na visão de Rad e Levin (2002) e de Kerzner (2003b) o desdobramento estratégico está, invariavelmente, atrelado ao sucesso de projetos. Mesmo entendendo-os como instrumento tático, todas as ações e processos relacionados à eles dão suporte ao sucesso competitivo. Assim, segundo Harrison (2006), um crescimento sustentável somente é obtido através das múltiplas interações entre planejamento e execução, continuamente processadas no interior das estruturas organizacionais – cuja compreensão, ainda segundo o autor, torna-se necessária à fundamentação da discussão a respeito da maturidade em gerenciamento de projetos. 3 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. 2.2. As estruturas organizacionais e sua relação com o gerenciamento de projetos Kezner (2003a) coloca que as organizações são compostas por grupos de pessoas orientadas a atender os objetivos do negócio. Assim, a maneira pela qual uma organização estrutura os relacionamentos entre os níveis hierárquicos, e seu fluxo de informações, é caracterizada como estrutura organizacional. Keeling (2002) explica que tais estruturas possuem vasta extensão, permeando todas as áreas funcionais bem como gerentes de projetos. Conforme o Guia PMBoK® (2008), estruturas organizacionais caracterizam-se como fator ambiental, afetando a maneira pela qual os projetos são executados. O conhecimento das estruturas organizacionais é base, portanto, para o entendimento da maturidade em gerenciamento de projetos – pois, quaisquer que sejam as melhorias ou novas estratégias, todas se esbarram nos processos organizacionais existentes (HARRISON, 2006). Em pesquisa conduzida por PricewaterhouseCoopers (2004) descobriu-se que, em média, 59% das razões de fracasso em projetos estão atreladas a aspectos organizacionais. Ao se abrir cada causa de fracasso, pode-se verificar, na Figura 2, que aquelas sob ação direta do gerente de projeto (baixa qualidade das entregas e definição inadequada dos stakeholders) encontramse entre as últimas colocadas na pesquisa realizada. FIGURA 2 – Razões de fracassos em projetos Fonte: Traduzido e adaptado de PwC (2004) 4 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. A estrutura organizacional do Walmart é classificada, por Hitt et al (2008), como funcional e focada na liderança em custos. Nesta estrutura verticalizada, Rummler e Brache (1994) enxergam pontos desconexos entre as diversas atividades organizacionais. Deste modo, para que haja sincronização, o estudo conduzido por KPMG (2005) afirma que é preciso padronizar, primeiramente, os processos internos. Tal padronização, de acordo com o Office of Government Commerce (2010), é também o começo para se alcançar maiores níveis de maturidade em gerenciamento de projetos. 2.3. A maturidade em gerenciamento de projetos A partir de 2005 uma onda pela excelência em gerenciamento de projetos surgiu, onde, segundo Carvalho e Rabechini Júnior (2005), investimentos voltados à implantação de modelos de maturidade puderam ser percebidos. A Figura 3 evidencia que, mesmo diversas organizações conhecerem, e terem indicadores de valor agregado bem definidos, não é consistente a melhoria do desempenho – a medida que estes indicadores são adotados. Demonstrando, o quão importante é a solidificação da maturidade – em detrimento de uma simples implantação de boas práticas em gerenciamento de projetos. % Organizações com medidas de sucesso definidas FIGURA 3 – Indicadores de valor versus desempenho em projetos Indicadores Desempenho 45% 63% 33% Prazo Custo Escopo Prazo estourado Custo estourado Fora do escopo Fonte: Traduzido e adaptado de KPMG (2005) e Chaos Report (2009 apud PRETI, 2010) Oliveira (2006) enxerga os modelos de maturidade como bússola, por orientarem o fortalecimento dos pontos com maiores carências identificadas. O resultado de se gerenciar projetos, sem o entendimento do grau de padronização dos seus processos e do nível de 5 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. eficácia da metodologia adotada, pode representar uma sucessão de fracassos e impactar no tempo de aprendizagem (KERZNER, 2003a). Segundo Kerzner (2001), qualquer progresso conquistado aqui é sempre gradual – com uma curva de aprendizagem progressiva e medida em anos. A Figura 4 procura ilustrar esta melhoria da maturidade em função do tempo: FIGURA 4 – Curva de melhoria da maturidade em gerenciamento de projetos Fonte: P3M3® Introduction and Guide, OGC (2010) De maneira geral, os modelos de maturidade vêm apresentando um papel cada vez mais importante, principalmente pelo fato dos esforços voltados à projetos serem mais bem dirigidos por estes modelos (BOUER; CARVALHO, 2005). Adicionalmente, Preti (2010) coloca que os modelos de maturidade são uma alternativa de baixo custo para tornar a gestão e os resultados mais previsíveis, aumentando o retorno sobre o investimento. 2.3.1. Os modelos de maturidade em gerenciamento de projetos Harrison (2006) traz que, para a área de software, o modelo mais difundido atualmente é o Capability Maturity Model® Integration – desenvolvido pela SEI. Outro modelo de grande destaque, mas de maior abrangência, é o OPM3 do PMI. De acordo com o autor, o Organizational Project Management Maturity Model reuniu e envolveu diversos gerentes de projetos durante seu desenvolvimento, e foi concebido para avaliar a gestão de projetos, programas e portfólio. Já o modelo de maturidade P3M3® (Portfolio, Programme and Project Management Maturity Model) do OGC, escritório independente do governo britânico, é reconhecido, 6 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. segundo Preti (2010), pela sua eficiência e simplicidade de aplicação – por ser totalmente gratuito, incluindo documentação e ferramental de avaliação. Devido ao seu amplo espectro, é flexível e adaptável, possibilitando uso focado ou mesmo combinado entre os três submodelos. Diferentes perspectivas processuais, tangentes ao gerenciamento de portfolio, programas ou projetos, capacitam o modelo a se ajustar ao conjunto específico de processos a serem avaliados – facilitando planejamentos de longo prazo. O Quadro 1 descreve cada uma destas perspectivas processuais: QUADRO 1 – Perspectivas processuais do P3M3® Perspectiva Processual Descrição Controle do Gerenciamento Define o quão bem uma organização é capaz de manter o controle sobre iniciativas e projetos que estão em andamento Gerenciamento dos Benefícios Define o quão bem uma organização gerencia, controla, acompanha e garante o aumento do retorno sobre o investimento Gerenciamento Financeiro Define o quão bem uma organização gerencia, controla e acompanha os investimentos realizados em seus projetos, assim como analisa e prevê suas receitas Engajamento Stakeholders Gerenciamento dos Riscos Determina o quão bem uma organização alinha e comunica suas iniciativas para o ambiente externo visando minimizar possíveis impactos negativos que possam ocorrer Determina o quão bem uma organização encontra, analisa e acompanha os riscos e como ela minimiza o impacto de ameaças e maximiza os benefícios de oportunidades existentes Governança Determina o quão bem uma organização controla e alinha todos os seus investimentos com a estratégia global da empresa Gerenciamento dos Recursos Determina o quão bem uma organização gerencia os seus recursos, incluindo capital humano, imobilizados, informações e ferramentas Fonte: PRETI, (2010, p.15) Assim como o CMMI®, o P3M3® possui uma estrutura composta por cinco níveis de maturidade – os quais são detalhados por Preti (2010): a) Consciência do processo: processos não documentados, vocabulário básico, sistemas informais e sem controle; b) Processo repetível: abordagem padronizada, treinamentos informais, sucesso dependente de talento individual; c) Processo definido: padrões documentados, utilização de ferramentas, profissionais capacitados para cada projeto; d) Processo gerenciado: análises estatísticas, gestão do negócio com base em evidências; 7 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. e) Processo otimizado: gerenciamento integrado com a governança corporativa, organização preparada se antecipar a demandas futuras. De maneira integrada, a Figura 5 ilustra a ampla estrutura do P3M3®: FIGURA 5 – Estrutura do P3M3® Fonte: Traduzido de Preti (2010, p.14) 3. Metodologia O método de pesquisa indutiva, de acordo com Marconi e Lakatos (1985), utiliza a lógica e parte do entendimento de diferentes fenômenos para se chegar às conclusões. É exatamente neste sentido, que pretende-se avaliar e entender o grau de maturidade em gerenciamento de projetos da área de Produtividade e Melhoria Contínua do Walmart Brasil. A partir de um questionário, foi possível à área se auto-avaliar, bem como calibrar sua percepção a respeito do gerenciamento de seus próprios projetos. Segundo Berto e Nakano (1999), observar a realidade de maneira direta através do uso da lógica indutiva, com a proximidade do pesquisador junto ao objeto da análise, termina por configurar o método científico do estudo de caso. No presente trabalho, apesar da pesquisa possuir natureza qualitativa, não se excluiu 8 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. a possibilidade de análises quantitativas – devido ao caráter numérico que os níveis de maturidade podem assumir. Desta maneira, a partir de informações pré-existentes, convertidas em dados, correlações estatísticas puderam ser realizadas, permitindo à pesquisa assumir uma natureza qualitativa ampla mas, ao mesmo tempo, uma natureza quantitativa restrita. O escopo da avaliação, baseou-se no que a área estudada tem familiaridade – gerenciamento de projetos. Decidindo-se, junto à Diretoria da área, a pertinência do entendimento do grau de maturidade para todas as sete perspectivas processuais. Deste modo, todos do departamento foram abordados, não apenas pela representatividade que o grupo poderia conferir à pesquisa, mas por lidarem com os desafios de gerenciamento de projetos em seu cotidiano. Por fim, coube ao autor, a responsabilidade pela apuração geral de cada nível de maturidade, mediante a fórmula: Nível de maturidade calculado = [10+(5/4)x(∑ax0+∑bx2+∑cx4+∑dx6+∑ex8)]/10 Neste processo de cálculo, as letras de “a” até “e” representam as alternativas de resposta – chegando ao nível de maturidade, de cada perspectiva processual, operando-se um somatório sobre o número de respostas iguais e aplicando-se um peso equivalente, conforme a Tabela 1: TABELA 1: Referência de pontuação para cálculo do nível de maturidade Resposta Nível de maturidade Pontuação a b c d e 1 – consciência do processo 2 – processo repetível 3 – processo definido 4 – processo gerenciado 5 – processo otimizado 0 2 4 6 8 Fonte: Elaborado pelo autor Para efeito de arredondamento, o nível de maturidade final considerado foi composto apenas pela parte inteira do número calculado. Esta manobra matemática foi escolhida para evitar apurações demasiadamente otimistas – as quais podiam distorcer, por experiências individuais de sucesso, o nível resultante de maturidade. Após apuração, o processo analítico pretendeu não apenas identificar os níveis de maturidade em gerenciamento de projetos, mas, também, concluir sobre as causas relacionadas aos resultados encontrados. 4. Análise e diagnóstico 4.1. Contextualização do departamento foco de estudo 9 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. A área de Produtividade e Melhoria Contínua do Walmart Brasil é, essencialmente, uma área voltada ao gerenciamento de projetos. Ao se entender o CBTD (custo baixo todo dia) como uma das estratégias corporativas prioritárias, verifica-se a direção pela qual se espera que a organização caminhe. Por isso, dado o fomento a soluções de classe mundial para redução de custos, a área acaba recebendo diferentes demandas, com particularidades distintas, e requerendo conhecimentos específicos. Obviamente, um portfolio de projetos tão abrangente necessita de boa gestão, competência técnica e realização dos benefícios esperados – justificando a adoção de boas práticas de gerenciamento de projetos pela área, antes mesmo da implantação do Escritório Corporativo de Projetos na companhia. 4.2. Aplicação e análise do modelo PjM3 – Project Management Maturity Model A aplicação completa do modelo baseia-se em nove questões de múltipla escolha. Cada uma das cinco alternativas de escolha possui relação direta com um nível de maturidade específico. Assim, além de avaliar a maturidade em gerenciamento de projetos de cada perspectiva processual, o modelo também possui duas questões adicionais, que avaliam a maturidade geral da organização, bem como a maneira pela qual os projetos são gerenciados por ela. Para aplicação prática, o questionário foi entregue para cada consultor da área de Produtividade e Melhoria Contínua e também para o gerente funcional. De maneira a possibilitar a organização do processo de coleta dos dados, e nivelar o conhecimento dos respondentes, uma explanação completa sobre as sete perspectivas processuais foi dada previamente pelo autor. O Quadro 2 fornece a tabulação dos dados de acordo com a somatória das respostas fornecidas, para cada uma das questões: QUADRO 2 – Distribuição da somatória de respostas, por questão 10 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. Número Questão 1 2 3 Descrição da Questão Respostas Foco Nossa organização pode ser melhor caracterizada como Maturidade possuindo: Nosso controle do gerenciamento pode ser melhor descrito Projeto por: Nosso gerenciamento dos benefícios pode ser melhor descrito Projeto por: a b c d e 1 4 1 1 0 2 3 1 1 0 3 2 1 1 0 4 Nosso gerenciamento financeiro é melhor descrito por: Projeto 2 3 2 0 0 5 Nossa aproximação com os stakeholders é melhor descrita por: Projeto 1 4 1 1 0 6 Nosso gerenciamento dos riscos é melhor descrito por: Projeto 5 1 1 0 0 7 Nós entregamos governança organizacional como: Projeto 2 5 0 0 0 8 Nosso gerenciamento dos recursos é melhor descrito por: Projeto 2 4 1 0 0 9 A organização: Projeto 4 1 2 0 0 Fonte: Elaborado pelo autor Por conseguinte, os níveis de maturidade calculados pela fórmula proposta e seus resultantes finais, dados pela metodologia de arredondamento, podem ser verificados através do Quadro 3: QUADRO 3 – Níveis resultantes de maturidade da área estudada Número Questão 1 2 3 4 5 6 Foco Nível Calculado Nível Resultante Maturidade 3,25 3,00 Projeto 3,00 3,00 Projeto 2,75 2,00 Projeto 2,75 2,00 Projeto 3,25 3,00 Projeto 1,75 1,00 Descrição da Questão Nossa organização pode ser melhor caracterizada como possuindo: Nosso controle do gerenciamento pode ser melhor descrito por: Nosso gerenciamento dos benefícios pode ser melhor descrito por: Nosso gerenciamento financeiro é melhor descrito por: Nossa aproximação com os stakeholders é melhor descrita por: Nosso gerenciamento dos riscos é melhor descrito por: 7 Nós entregamos governança organizacional como: Projeto 2,25 2,00 8 Nosso gerenciamento dos recursos é melhor descrito por: Projeto 2,50 2,00 9 A organização: Projeto 2,25 2,00 Fonte: Elaborado pelo autor Nos Quadros 2 e 3 é possível verificar que as perspectivas processuais encontram-se sequenciadas no questionário de auto-avaliação. Com o objetivo de explorar o meio em que se encontra o gerenciamento de projetos na organização, é possível calibrar, teoricamente, a aderência do modelo a realidade organizacional. O Quadro 4 mostra esta calibração – ao 11 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. calcular uma média simples do nível resultante de maturidade das questões de 2 a 8 e compará-la ao resultado da questão 9 – validando a aderência das respostas: QUADRO 4 – Calibração da aderência do modelo PjM3 a realidade organizacional Número Questão 2-8 9 Foco Nível Resultante Média do nível de maturidade das perspectivas processuais Projeto 2,00 A organização: Projeto 2,00 Descrição da Questão Fonte: Elaborado pelo autor Dada tal estrutura, uma outra verificação complementar também pode ser aplicada, procurando-se constatar disparidades na maturidade avaliada no âmbito de gerenciamento de projetos, contra a maturidade avaliada relacionada a governança corporativa. Entendendo-se que um gerenciamento maduro de projetos depende de um amplo patrocínio e processos de governança consolidados, o resultado da questão de número 1, obviamente, nunca poderia ser menor que o da questão 9. Conforme se pode observar nos números do Quadro 3, a maturidade da organização possui processos definidos (nível resultante 3), ao passo que o gerenciamento geral de projetos possui apenas processos repetíveis (nível resultante 2) – validando, uma vez mais, a plena aderência do modelo a realidade organizacional. Para melhor compreensão e visualização executiva dos níveis de maturidade avaliados, as perspectivas processuais podem ser plotadas em gráfico de barras verticais – nos quais a altura das barras representa os níveis resultantes calculados. A Figura 6 ilustra os resultados finais: FIGURA 6 – Resultados da avaliação de maturidade 12 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. Fonte: Elaborado pelo autor 4.3. Diagnóstico sobre a avaliação da maturidade Além de fornecer o questionário de auto-avaliação, o P3M3® suporta o diagnóstico dos níveis de maturidade encontrados – ao descrever funções e práticas para cada perspectiva processual. Tais funções e práticas são classificadas como atributos, os quais são divididos em duas categorias principais: a) Atributos genéricos; b) Atributos específicos. Atributos genéricos objetivam descrever cada nível de maturidade de forma generalista e é comum a todas as perspectivas processuais; ao passo que atributos específicos descrevem as particularidades de cada perspectiva processual e, portanto, detalham práticas e precisam ações para a melhoria da maturidade avaliada. O Quadro 5 resume o diagnóstico da área estudada – através do suporte metodológico e de evidências observadas: QUADRO 5 – Diagnóstico da maturidade em gerenciamento de projetos da área estudada 13 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. Diagnóstico sobre os níveis de maturidade encontrados a partir do modelo PjM 3 Perspectivas Nível de processuais maturidade Diagnóstico · Plano de gestão da mudança integrado e controlado pelo projeto; Nível 3 Controle do processos · Ciclos de vida dos projetos documentados, e revisões periódicas orientadas para gerenciamento melhoria do gerenciamento; definidos · Alterações submetidas aos responsáveis e em alguns casos aprovadas formalmente. · Planos de comunicações estruturados de maneira consistente e conduzidos pela Nível 3 equipe de projeto; Engajamento processos · Orçamentos para comunicações previamente aprovados, e suportados pelos stakeholders definidos departamentos de Comunicação e Recursos Humanos, com utilização de diversos canais para direcionar a mensagem. · Requisitos funcionais e técnicos parcialmente formalizados, bem como benefícios estimados; Nível 2 - · Alguns patrocinadores presentes e benefícios dotados de critérios de medição, mas Gerenciamento processos carentes de sincronização estratégica; dos benefícios repetíveis · Benefícios fora da responsabilidade da equipe de projeto, e revisão pós implementação orientada apenas para entregas – e não para realização dos benefícios estimados. · Investimentos e custos inconsistentes e não integrados ao planejamento financeiro da Nível 2 Gerenciamento organização; processos financeiro · Planos de benefícios com aprovação local, e reporte ocasional dos custos incorridos; repetíveis · Ausência de figura responsável pelo gerenciamento financeiro de projetos. · Carência de alinhamento estratégico; · Canais de governança não estabelecidos e inconsistência sobre papéis e Nível 2 responsabilidades; Governança processos · Projetos iniciados por necessidades locais, e com metodologias de priorização repetíveis limitadas; · Recursos humanos informalmente alocados, sem compromissos firmados entre as diferentes áreas. Nível 2 - · Falta de abordagens estruturadas para o planejamento de recursos; Gerenciamento processos · Carência de entendimento das especificidades de cada recurso; dos recursos repetíveis · Inexistência de revisões sobre recursos baseado em suas complexidades. · Inexistência de gestão sobre riscos potenciais; Nível 1 Gerenciamento · Ações sobre riscos puramente reativas e não planejadas; consciência dos riscos · Ausência de revisões formais para identificação de novos riscos; do processo · Grande probabilidade de impacto em projetos – mesmo por ameaças previsíveis. Fonte: Elaborado pelo autor 4.4. Diagnóstico a partir de dados secundários sobre os níveis de maturidade Conforme previsto na metodologia de pesquisa, informações pré-existentes poderiam ser analisadas para obtenção de um diagnóstico quantitativo. Através de correlações estatísticas, hipóteses poderiam ser validadas ou mesmo entendimentos complementares fundamentados sobre os níveis de maturidade encontrados. As informações escolhidas para esta análise foi o conjunto de lições aprendidas dos projetos da área estudada, atendendo a dois cuidados básicos – os quais podem ser resumidos: a) Cronologia da documentação das lições aprendidas; 14 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. b) Tempo de duração do projeto. A partir destes cuidados, foi possível agrupar na Tabela 2 o número total de lições aprendidas, e classifica-las de acordo com as sete perspectivas processuais do modelo P3M3: TABELA 2: Número de lições aprendidas, por perspectiva processual, da área estudada Perspectivas processuais Número de lições aprendidas Controle do Gerenciamento Gerenciamento dos Benefícios Gerenciamento Financeiro Engajamento Stakeholders Gerenciamento dos Riscos Governança Gerenciamento dos Recursos 33 29 32 36 18 27 24 Total de lições aprendidas 199 Fonte: Elaborado pelo autor Assim, tornou-se possível investigar os efeitos sobre a maturidade em gerenciamento de projetos ao se documentar lições aprendidas. Para tal, o Quadro 6 procura tabular estas informações e organiza-las em forma de dados, de maneira a serem correlacionados através de uma regressão linear simples. De acordo com Ryan (2009), a regressão linear é caracterizada como ferramenta estatística, sendo comumente empregada para os seguintes intuitos: a) Descrição; b) Predição; c) Estimação; d) Controle. Neste estudo, inferiu-se que o número de lições aprendidas, documentadas nos projetos já encerrados, poderia ser um direcionador dos níveis de maturidade calculados. Desta maneira, no caso de a regressão linear retornar um valor significativo, a relação de causa-e-efeito seria validada – embora o método mais indicado pelo autor para validar relações de causa-e-efeito sejam experimentos planejados. QUADRO 6 – Níveis de maturidade e lições aprendidas 15 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. Nível Calculado N° Lições Aprendidas Nosso controle do gerenciamento pode ser melhor descrito por: 3,00 33 Nosso gerenciamento dos benefícios pode ser melhor descrito por: 2,75 29 Nosso gerenciamento financeiro é melhor descrito por: 2,75 32 Nossa aproximação com os stakeholders é melhor descrita por: 3,25 36 Nosso gerenciamento dos riscos é melhor descrito por: 1,75 18 Nós entregamos governança organizacional como: 2,25 27 Nosso gerenciamento dos recursos é melhor descrito por: 2,50 24 Descrição da Questão Fonte: Elaborado pelo autor A análise quantitativa, portanto, procurou descrever estatisticamente como os níveis de maturidade estão correlacionados ao número de lições aprendidas que cada perspectiva processual tem „colecionado‟. A Tabela 3 traz os números dados pela ferramenta computacional: TABELA 3 – Sumário estatístico da regressão linear Estatísticas de Regressão R Múltiplo R Quadrado R Quadrado Ajustado Erro padrão 0,947644 0,898029 0,877635 0,17386 Fonte: Elaborado pelo autor Pelos dados da Tabela 3, é possível observar uma significativa correlação estatística entre o número de lições aprendidas e os níveis de maturidade, que é traduzido pelo valor do R Quadrado acima de 0,75 e muito próximo de 1. Assim, quanto mais lições aprendidas são documentadas pela área de Produtividade e Melhoria Contínua, maior serão seus níveis de maturidade em gerenciamento de projetos. 5. Conclusões 16 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. Ao se pensar em maturidade em gerenciamento de projetos, é preciso possuir um claro entendimento que a utilização de modelos de maturidade são focados em melhorar resultados oriundos de projetos. Assumindo que níveis de maturidade posicionam os processos vigentes em escalas mensuráveis, verifica-se a importância de se utilizar destes modelos como alavancas transformacionais. O modelo P3M3®, por ser livre e de pronta aplicação, apresenta enorme potencial para ampla utilização. Dadas as pressões advindas de um ambiente dinâmico e em constante mudança, somado aos baixos níveis de maturidade nas empresas brasileiras, o P3M3® aparece como candidato rápido e barato para direcionar novas estratégias – como políticas de conformidade e combate à corrupção, e gerenciamento dos riscos. Embora concebido pelo britânico OGC, e com nomenclaturas diferentes do PMBoK do norte americano PMI, o P3M3® revelou-se extremamente eficaz ao conseguir introduzir conceitos particulares a Escritórios Corporativos de Projetos – como gerenciamento de benefícios e governança organizacional – no nível mais granular. Ao se definir o gerenciamento de benefícios como uma perspectiva processual, o P3M3® vai além de simplesmente recomendar, como boa prática, um contrato de projeto durante a fase inicial; e define uma consistência tanto para a mensuração quanto para a captura de benefícios – mesmo depois do projeto já encerrado. Conforme resultados observados pela pesquisa de PricewaterhouseCoopers (2004), estruturas organizacionais funcionais são dotadas de níveis mais baixos de maturidade – pela existência de pontos desconexos entre as diversas atividades. O presente trabalho ressalta a importância de organizações estruturadas verticalmente pensarem em como melhor gerenciar e alocar seus recursos, para poderem avançar de acordo com seus planos de crescimento. No entanto, sem uma governança organizacional adequadamente implementada, torna-se difícil o correto gerenciamento dos recursos, devido a carência de um suporte que garanta a alocação do que fora negociado – seja ele um recurso humano, financeiro ou infraestrutural. Por outro lado, o controle do gerenciamento encontra espaço para ser endereçado através de metodologias de gerenciamento de projetos. Seja por meio de artefatos próprios, e orientados para cada perspectiva processual, seja por meio de um compêndio de boas práticas adotados especificamente para este fim. Como fator de sucesso para o controle do gerenciamento, no 17 XXXV ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCAO Perspectivas Globais para a Engenharia de Produção Fortaleza, CE, Brasil, 13 a 16 de outubro de 2015. entanto, frisa-se a escolha, a nomeação e a capacitação de indivíduos-chave por toda a organização. Embora explanado o impacto significativo que a documentação de lições aprendidas tiveram sobre os níveis de maturidade da área estudada, esta correlação dificilmente seria observada se as lições aprendidas não tivessem sido utilizadas de maneira ativa pela área no planejamento dos seus projetos subsequentes. Ou seja, o fato de se colecionar lições aprendidas não impacta na maturidade em gerenciamento de projetos, se as mesmas não são utilizadas para acelerar a curva de aprendizagem, prever riscos e oportunidades e aumentar as chances de sucesso dos projetos em curso. Por fim, ao se pensar em áreas funcionais de organizações verticalizadas as quais poderiam compor um comitê executivo orientado para o incremento da maturidade em gerenciamento de projetos, podem-se apontar as seguintes – já vislumbrando planejamentos futuros: a) PMO corporativo; b) Planejamento financeiro; c) Controles internos; d) Recursos humanos. e) Assuntos corporativos; f) Educação corporativa. REFERÊNCIAS BALL, D., McCULLOCH Jr., W., GERINGER, J., MINOR, M., McNETT, J. International business: the challenge of global competition. 11.ed. New York: McGraw-Hill, 2005. BERTO, R. M. V. S.; NAKANO, D. N. A produção científica nos anais do encontro nacional de engenharia de produção: um levantamento dos métodos do tipo de pesquisa. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, 19., / INTERNATIONAL CONGRESS OF INDUSTRIAL ENGINEERING, 5., 1999, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: UFRJ/ABEPRO, 1999. 1 CD-ROM. BOUER, R.; CARVALHO, M. M. 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