Infecções respiratórias e
outras...
SAÚDE DA CRIANÇA.
Prof Marlon A Santos
ASPECTOS GERAIS DAS
INFECÇÕES RESPIRATÓRIAS
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As infecções das VAS são descritas de
inúmeras maneiras diferentes, de acordo
com as áreas gerais de envolvimento nas
infecções mais comuns.
VIAS AÉREAS SUPERIORES; consiste
principalmente de nariz, e da faringe;
VIAS AÉREAS INFERIORES; consiste
dos brônquios, dos bronquíolos;
Infecções, da epiglote e da laringe são
caracterizadas como síndromes do
CRUPE.
ETIOLOGIA E CARACTERÍSTICA
A etiologia e a evolução destas
infecções são influenciadas por
inúmeros fatores;
 AGENTES INFECCIOSOS:
Na sua maioria é gerada por vírus.
 Outros
agentes
podem
estar
envolvidos na invasão primária ou
secundária,
compreendem
os
estreptococos,
estafilococos
e
outros.
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IDADE:
Lactentes até 03 meses, taxa menor de infecção, com
aumento dos 03 a 06 meses. Continua a subir durante a
idade pré-escolar.
Em torno dos 05 anos, as infecções resp. virais são muito
menos freqüentes, mas há aumento das infecções por
Mycoplasma Pneumoniae e por estreptococos.
TAMANHO:
Diferenças de tamanho. Diâmetro das vias aéreas.
A TUBA DE EUSTÁQUIO, relativamente curta e aberta nos
lactentes e nas cças mais jovens permite que os
patógenos tenham fácil acesso ao ouvido.
RESISTÊNCIA:
Deficiência do sistema imune.
Os acompanhantes diários, principalmente quando as
pessoas que cuidam da cça fumam.
VARIAÇÕES SAZONAIS:
Invernos e primavera, porém as infecções por micoplasma
ocorrem mais no outono e no início de inverno.
A asma acontece com maior freqüência nas épocas de frio.
Manifestações clínicas
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Lactentes e cças jovens, especialmente
aquelas entre 6 meses e 3 anos de idade,
reagem de forma mais grave à infecção
aguda do trato resp. do que nas cças com
mais idade, e se mostram muito mais
doentes que
seria indicado pelas
manifestações locais.
As cças jovens demonstram inúmeros
sinais
generalizados,
bem
como
manifestações
locais,
que
diferem
daqueles observados em cças com mais
idade e em adultos.
Um lactente ou cça pode evidenciar
qualquer um ou todos os sinais.
Sinais e sintomas:
Febre: pode estar ausente;
Meningismo: (dor e rigidez nas costas e pescoço, sem
infecção das meninges);
Anorexia: comum a maioria das doenças da infância;
Vômito: cças jovens vomitam prontamente com a doença;
Diarréia: usualmente, diarréia branda e transitória, mas
pode torna-se intensa;
Dor abd: queixa comum, a linfadenite mesentérica pode
ser a causa.
Sinais e sintomas:
Obstrução nasal: as pequenas passagens
nasais dos lactentes são facilmente
bloqueadas pelo edema da mucosa e pela
exsudação;
Secreção nasal: freqüentemente acompanha
as infecções respiratórias;
Tosse: aspecto comum da doença
respiratória;
Sons respiratórios: sons associados à
doença resp;
Faringite: queixa freqüente das cças com
mais idade.
Faringite
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Infecção das VAS por Estreptococos B-hemolíticos do
grupo A. Não é uma doença grave, mas as cças afetadas
correm o risco de seqüelas graves: (febre reumática
aguda, doença inflamatória do coração, das articulações,
SNC e renal agudo.
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA:
Relativamente curta, varia da gravidade, desde a doença
subclínica até a toxidade comparativamente grave.
SINTOMAS: cefaléia, febre, dor abdominal, linfodenopatia
cervical anterior.
Com diminuição de 3 a 5 dias, a menos que somado a
uma outra infecção das VAS. Outras complicações podem
surgir após o tratamento com antibióticos em torno do 10º
a 18º dia.
Faringite
Amigdalite/tonsilite
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Pares de tonsilas: são parte de uma massa de tecido
linfóide que circunda a naso e a orofaringe. Divide-se
em tonsilas faríngeas (adenóide), linguais e tubárias
(otorrino).
ETIOLOGIA: Ocorre em associação com a faringite, por
causa do tecido linfóide abundante e da freqüência das
IRAS. Pode ser Viral ou Bacteriana.
MANIFESTAÇÃO CLÍNICA: inflamação (aumenta de
tamanho pelo edema) que obstrui a passagem do ar e
do alimento, levando a cça a respirar pela boca.
Amigdalite estreptocócica
Otite média
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ETIOLOGIA: resultado das disfunções da tuba de Eustáquio. Ela
conecta o ouvido médio (OM) até a nasofaringe, está
normalmente fechada e achatada, impedindo que os
microorganismos oriundos da cavidade faríngea penetrem o
ouvido médio. Ela se abre para possibilitar a drenagem das
secreções produzidas pela mucosa do ouvido médio e pelo
ambiente externo. A drenagem comprometida provoca retenção
da secreção no OM. O ar, incapaz de sair através das tubas
obstruídas, é absorvido para dentro da circulação, causando
pressão negativa dentro do OM. Quando ela se abre, esta
diferença na pressão faz com que as bactérias sejam sugadas
para dentro do compartimento do OM, patógenos se proliferam
rapidamente e invadem a mucosa.
CONDUTA TERAPÊUTICA
TIMPANOPLASTIA, MIRINGOTOMIA
(TÍMPANO), PODEM SER NECESSÁRIA.
Antibioticoterapia: cças apresentam dentro de 48
a 72hs uma melhora significativa.
Analgésicos e antitérmicos são usadas para
aliviar o desconforto e reduzir os sintomas.
Adenoidectomia não é recomendada para tto da
OM em cça de 1 a 3 anos, sem patologia
específica da adenóide.
OTITE
Laringite
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Inflamação do revestimento mucoso da laringe e da
traquéia provoca um estreitamento das VAS.
Murmúrio respiratório; estridor inspiratório e as
retrações supra-esternais.
Hipoxia torna-se evidente.
Doença auto limitada, sem seqüelas a longo prazo.
Atinge cças com mais idade e adolescente.
Os vírus na maioria das vezes é o agente causador.
SINAIS/SINTOMAS: coriza, congestão nasal, febre,
cefaléia, mialgia, indisposição. As queixas variam
muito com o vírus infectante.
É mais comum na síndrome da CRUPE.
Laringite
INFERIORES; BRONQUITE
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Doença branda, auto limitada, que requer apenas
tto sintomático.
Inflamação das grandes vias aéreas, estando
quase sempre ligadas as IRAS.
Afeta cças nos 4 primeiros anos de vida.
Ocorre geralmente por vírus, podendo ocorrer
por bactérias, fungos, distúrbios alérgicos,
irritantes transportados pelo ar.
Sintomas; tosse seca persistente, piorando à
noite, tornando-se produtiva em 2 a 3 dias.
BRONQUITE
DICAS BÁSICAS DE COMO OLHAR UM RX.
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Observar o RX sempre de fora do tórax, para ver se foi mais ou menos penetrado.
O RX muito alto poderá ser visto uma SARA, irreal. RX sempre é compatível.
A identificação sempre a Direita. Posição do paciente.
Alto = Deitado./ Meio = Sentado./ Baixo = Em pé.
Olhar o osso onde a 2ª vértebra tem que desaparecer, se a 3ª torácica é técnica
errada. Observar o sinal da cruz “vértebra e clavícula”.
Olhar as pleuras, não podem ser vistas, se for vistas temos problemas.
Olhar ângulo costo frênico, igual costela. Observar ângulo cardiofrenico é para estar
livre.
O diafragma lado Direito está na maioria das vezes elevadas.
No paciente em jejum a bolha gástrica é visível.
Retificação do arco costal, “peito cheio de ar”.
Botão aortico a Esquerda nem sempre é visível.
Hilo pulmonar “artéria e brônquios juntos”, artéria pulmonar D e E.
Brônquios não são para ser visto.
Artéria pulmonar “ausculta de B2” tem uma projeção para as bases.
Não deve ser visto projeção apical, é sinal de hipertensão pulmonar.
Projeção apical é o aumento da basal.
BRONQUIOLITE
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Infecção viral aguda,com efeito máximo ao
nível bronquiolar.
Maior incidência no inverno e primavera.
FISIOPATOLOGIA:
A mucosa dos bronquíolos mostra-se
edemaciada, e o lúmem está cheio de muco e
exsudato, as paredes dos brônquios e
bronquíolos estão infiltradas por células
inflamatórias; e a pneumonite intersticial
peribronquiolar está usualmente presente.
BRONQUIOLITE
Impacto obstrutivo maximo em nível bronquilar.
SINAIS/SINTOMAS: dispnéia, tosse improdutiva paroxística,
taquipnéia com retrações e batimento de asa de nariz e pode
haver sibilancia.
PNEUMONIAS:
inflamação do parênquima pulmonar, é comum durante a
infância, mas ocorre com freqüência no período da lactância e no
início da infância.
FORMAS DE PNMs: lobar, broncopneumonia (lobular), começa
nos brônquios terminais, pnms intertisticiais (processo
inflamatório fica mais ou menos confinado dentro das paredes
alveolares), pneumonite (inflamação aguda localizada do pulmão
sem a toxemia associada à pnm lobar.
MORFOLOGIA: viral, bacteriana, fúngica e por corpo estranho.
BRONQUIOLITE
Disfunção respiratória de longo prazo
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ASMA
Definida como “obstrução da VA ou um
estreitamento que se caracteriza por irritabilidade
brônquica após a exposição a vários estímulos”, e
que é reversível, quer de modo espontâneo, quer
com tto.
SINAIS/SINTOMAS:
dificuldade
respiratória,
sibilância e/ou opressão torácica, tosse irritativa não
produtiva, agitação, apreensão, lábios coloração
avermelhada escura e intensa, cianose dos leitos
ungueais peri-orais,sudorese, ombro em posição
arqueada, fala frases curtas, pausadas e ofegantes.
Podendo ser; intermitente a cça fica isenta de
sintomas por longos períodos, ou crônica, a cça
requer terapia clínica freqüente ou contínua.
ASMA
Etiologia ainda é duvidosa, evidencias somente a partir da
hipersensibilidade as substancias ambientais, as quais deflagram uma
reação alérgica.
As teorias tentam explicar a reação das VAs incluem;
1 – um defeito básico nos receptores B-adrenérgicos nos leucócitos.
2 – a atividade colinérgica aumentada nas VAs.
A sma é um distúrbio extremamente complexo, envolvendo fatores
bioquímicos, imunológicos, infecciosos, endócrinos e psicológicos.
Fisiopatologia;
1- inflamação e edema das mucosas.
2- acúmulo de secreções viscosas a partir de glândulas “mucosas”.
3- espasmos da musculatura lisa dos brônquios e bronquíolos, o que
diminui o calibre dos bronquíolos.
ASMA
Celulite
(Flegmão; Fleimão)
Conceito
É uma inflamação supurativa causada por Streptococcus
pyogenes, que envolve principalmente o tecido subcutâneo.
A diferença entre a celulite e a erisipela é que na celulite as
bordas não são tão definidas quanto na erisipela e as recidivas são
raras. O aspecto é semelhante, de menor intensidade.
Quadro
clínico
Inicialmente ocorre eritema local, que rapidamente evolui para
infiltração depressível da área. Pode haver rompimento do tecido,
com eliminação de pus e material necrótico. Quando se apresenta
como abscesso, há tendência à circunscrição e supuração, quando
se apresenta como flegmão, há tendência à difusão do processo.
Celulite
As complicações da celulite incluem gangrena, abscesso
metastático e septicemia.
Observação
Não tem relação com a lipodistrofia ginóide, popularmente
denominada celulite e que diz respeito a distúrbio da
distribuição de gordura, comum nas mulheres.
Tratamento
É sempre sistêmico, com o emprego de penicilina, cefazolina
ou vancomicina.
Celulite periorbitária
IMPETIGO ESTAFILOCÓCICO OU
NEONATAL
Agente causal: Staphylococcus aureus coagulase-positivo tipo 2 ou
fagotipo 71.
Quadro clínico: atinge recém-nascidos, principalmente nos dias
quentes. É caracterizado pela presença de bolhas frágeis e amplas,
sugerindo o aspecto das bolhas do pênfigo foliáceo ("fogo
selvagem"). Quando se rompem, tais bolhas deixam crostas
circinadas
e
exsudativas
(impetigo
circinado).
Localização preferencial: face, seguindo-se as mãos e áreas não
cobertas dos recém-nascidos.
Nos adultos costuma atingir axilas, mãos e virilhas.
IMPETIGO ESTAFILOCÓCICO OU
NEONATAL
Complicações: Os sintomas e sinais sistêmicos da
criança são fraqueza, febre tardia, diarréia com
fezes esverdeadas. Podem desenvolver-se
rapidamente bacteremia, pneumonia e meningite,
resultando, não raro, em morte. O tipo neonatal é
extremamente contagioso, ameaçando berçários e
tendo início geralmente entre os 4o. e 10o. dias de
vida
da
criança.
Tratamento: Assepsia rigorosa, antibioticoterapia
sistêmica.
IMPETIGO ESTAFILOCÓCICO
OU NEONATAL
GLOMERULONEFRITE

A
glomerulonefrite
pós-estreptocócica
é
uma
glomerulonefrite difusa aguda (GNDA) que se desenvolve
após uma infecção por Streptococcus.

Em geral, 1 a 3 semanas após uma infecção de garganta ou
de pele, o indivíduo começa a apresentar urina escura (cor
de chá), inchaço e diminuição do volume urinário. Ao ser
examinado, é freqüente constatar-se hipertensão arterial
sistêmica e os exames de laboratório nessa ocasião
revelam hematúria. Proteinúria é variável e déficit de função
renal é comum.
GLOMERULONEFRITE
 Quando
constatadas as primeiras manifestações
renais, comumente a infecção que a antecedeu não
mais está presente.
 O tratamento desta glomerulonefrite é eminentemente
sintomático, pois seu curso de um modo geral é autolimitado, e corresponde a cuidados com a retenção
excessiva de líquidos pelo corpo, que leva a inchaço,
hipertensão arterial e eventuais outras complicações.
Esta glomerulonefrite usualmente tem boa evolução, em
geral não evolui para insuficiência
OBRIGADA!
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